Supervisão do Banco de Portugal só analisou relatório Costa Pinto em 2018

  • Lusa
  • 26 Julho 2021

A análise do departamento de Supervisão Prudencial do Banco de Portugal só teve lugar em janeiro de 2018, quando o relatório Costa Pinto foi entregue a 30 de abril de 2015.

O departamento de Supervisão Prudencial do Banco de Portugal (BdP) só analisou e registou o relatório Costa Pinto em 2018, apesar de ter sido finalizado em 2015, divulgou esta segunda-feira o deputado do PS João Paulo Correia.

A análise do departamento de Supervisão Prudencial só foi exarada a 04 de janeiro de 2018, muito tempo depois do relatório estar concluído e de ser entregue ao senhor governador Carlos Costa”, disse João Paulo Correia no parlamento, na discussão que precede as votações do relatório da comissão de inquérito ao Novo Banco.

O deputado do PS frisou que o despacho do antigo governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, para elaborar o relatório data de 14 de novembro de 2014, tendo o relatório finalizado sido entregue em 30 de abril de 2015.

Na semana passada, o PSD pediu ao Banco de Portugal, com natureza urgente, que remetesse à comissão de inquérito “o despacho do governador de nomeação/constituição da Comissão responsável pelo “Relatório Costa Pinto”, bem como o “despacho final” após a elaboração do documento.

Quanto à data do despacho final, de acordo com João Paulo Correia, “foi uma decisão tomada a 23 de abril de 2019”, data em que decorria a comissão de inquérito à recapitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD).

“Só passados anos é que a análise do Departamento de Supervisão Prudencial do Banco de Portugal foi realizada”, frisou o coordenador do PS na Comissão Eventual de Inquérito Parlamentar às perdas registadas pelo Novo Banco e imputadas ao Fundo de Resolução.

João Paulo Correia recordou ainda que “foi nessa altura que alguns partidos pediram, através dessa comissão de inquérito, o acesso ao relatório João Costa Pinto”.

O relatório Costa Pinto, que analisou a conduta da supervisão bancária até à resolução do BES, é crítico da atuação do Banco de Portugal.

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“Nova equipa de gestão é muito mais coesa e alinhada”, diz CEO da Galp

Responsável pelas mudanças na gestão de topo, Andy Brown diz: "Agora sim, olho à volta da mesa e tenho absoluta confiança que as pessoas que me rodeiam vão ser capazes de levar a cabo a estratégia".

O CEO da Galp, Andy Brown, assumiu esta segunda-feira total responsabilidade pela recente remodelação na Comissão Executiva da empresa, que na semana passada afastou três administradores da petrolífera da cúpula de poder da petrolífera. Chegado há menos de seis meses, Brown não perdeu tempo a “arrumar a casa” ao seu gosto: apresentou recentemente um novo plano estratégico até 2025 e agora a equipa “de confiança” que o vai executar e levar a bom porto.

“Esta nova equipa de gestão é muito mais coesa e alinhada. A minha prioridade é executar o plano estratégico até 2025 com uma equipa na qual tenho total confiança na sua capacidade de o fazer”, disse o responsável máximo da petrolífera numa call com analistas e investidores para apresentar os resultados do primeiro semestre do ano.

E deixou bem claro:Agora sim, olho à volta da mesa e tenho absoluta confiança que as pessoas que me rodeiam vão ser capazes de levar a cabo a estratégia. Que tenho uma equipa que vai executar a tarefa. É uma mudança da forma de liderança na Galp. É uma grande mudança para a empresa”.

Na passada sexta-feira, a empresa anunciou que os gestores de topo Sofia Tenreiro, Susana Quintana-Plaza e Carlos Silva renunciaram aos cargos na administração da petrolífera portuguesa. No início de 2021, A Galp viu terminar o ciclo de seis anos em que o ex-CEO Carlos Gomes da Silva esteve aos comandos da empresa.

“Eu estive por detrás das mudanças na liderança da Galp. Estou há quase seis meses no cargo, herdei uma equipa que tinha pontos fortes e pontos fracos. Percebi que tinha de clarificar a estratégia, clarificar a alocação de capital, definir para onde vamos, o que estamos a fazer e escolher as melhores pessoas para pôr em prática o que apresentámos no Capital Markets Day”, admitiu Brown numa call com analistas e investidores para apresentar os resultados do primeiro semestre do ano.

O CEO disse que desde que está à frente da petrolífera avaliou a performance da equipa e de cada indivíduo. “Temos uma agenda complicada, com a transição energética, por isso preciso da melhor equipa para avançar para esse futuro. Tem de haver espírito de equipa, capacidade de trabalhar como uma equipa em todos os negócios, mas também agilidade e capacidade de tomar decisões rapidamente para não perder as oportunidades que surgem”, explicou o CEO.

Com apenas cinco membros, falta ainda escolher o 5º elemento para a Comissão Executiva da Galp: um COO para a área de Renováveis e Novos Negócios. Com esta área a ganhar cada vez mais relevância nas contas e no negócio da petrolífera, o objetivo é que o novo responsável pela pasta tenha um perfil mais internacional, tal como é desejado por Andy Brown.

“Já tenho pessoas na empresa para formar a equipa e não quero perder muito tempo a recrutar a melhor pessoa para o cargo, capaz de construir um negócio de renováveis rentável e de escala mundial”.

Fazem parte da nova comissão executiva da petrolífera, além do CEO Andy Brown, Filipe Silva (CFO e também responsável pela área de Investor relations), Carlos Costa Pinta (COO Corporate Office), Thore E. Kristiansen (COO Production & Operations), que ficará agora também responsável pelos negócios de Upstream e Indústria), e ainda Teresa Abecasis (COO Commercial).

Nesta comissão executiva mais reduzida, Kristiansen será assim uma espécie de “super administrador”, com a tutela de todo o hub energético de Sines, incluindo os projetos de hidrogénio verde já anunciados pela empresa para serem desenvolvidos no local.

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BCP quer até 900 saídas para poupar 35 milhões por ano

Banco liderado por Miguel Maya prevê saídas entre 800 a 900 trabalhadores. Reestruturação vai custar 90 milhões e BCP espera alcançar poupanças de 35 milhões por ano.

O BCP avançou com um plano de reestruturação que irá levar à saída de até 900 trabalhadores nos próximos anos. Miguel Maya disse que avançou para este plano não por causa da pandemia, embora o vírus tenha acelerado a tendência. Com a redução dos quadros, o banco espera alcançar poupanças de 35 milhões de euros por ano.

O banco anunciou esta segunda-feira que a reestruturação vai ter um custo de 90 milhões de euros, tendo sido este um dos fatores que pressionou os resultados no primeiro semestre — lucro caiu 80% para 12,3 milhões.

Na conferência de resultados, o CEO adiantou que o banco não avançou com a redução de pessoal no ano passado por causa de crise pandémica e da incerteza. Porém, “chegamos a um momento em que temos visibilidade sobre o futuro, entendemos que o devíamos fazer”, frisou Miguel Maya, que destacou que “o processo para fazer na sua totalidade este ano, não é para atrasar”.

Esta reestruturação “não tem a ver com a pandemia”, acrescentou o gestor. Mas “a pandemia funcionou como um acelerador de tendências”, como a maior procura digital por serviços bancários e ainda maior concorrência das fintech.

Segundo o banco, antecipando saídas entre 800 a 900 trabalhadores, 50% a 55% diz respeito a cortes de pessoal nas agências do banco e 45% a 50% nas áreas centrais.

Em termos domésticos, a instituição contava com 6.937 pessoas nos seus quadros no final de junho, menos 217 do que há um ano. E também tem menos agências: encerrou 35 e tem agora 458 balcões.

Maya admite despedimento coletivo

Miguel Maya explicou tem necessidade de “retirar a capacidade em excesso que o banco tem” e não é indiferente de onde o banco retira as pessoas”. E, nessa medida, admitiu que pode avançar para rescisões unilaterais caso o BCP não alcance o seu objetivo — para já avançou com programas de rescisões amigáveis e reformas antecipadas.

“Como queremos reduzir o número de pessoas a sair, e que saiam as pessoas que o banco tenham a mais, [o banco] pode exigir medidas unilaterais”, disse o CEO na conferência de resultados.

Sem adiantar números, Miguel Maya adiantou que o processo de redução “está a correr bem, dentro das expectativas do banco”. “Gostaríamos que não fossem necessárias, que se chegasse a acordo com todos os trabalhadores, infelizmente nem sempre é possível”, adiantou.

Recusou que esta questão seja uma “pressão” para a sua equipa. “É uma questão de transparência, (…) temos obrigação de falar verdade com as pessoas”, referiu.

Também recusou a acusação da UGT garantindo que “não há concertação nestas matérias”. “O que há uma clara compreensão dos desafios que o setor tem pela frente“, contextualizou o CEO do BCP.

(Notícia atualizada às 18h28)

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Aon e WTW desistem da fusão lançada há 16 meses por 30 mil milhões

  • ECO Seguros
  • 26 Julho 2021

Em resultado do fracasso, a Aon afirma que, conforme previsto no acordo selado em março de 2020, pagará 1 000 milhões de compensação à concorrente que pretendia comprar por 30 mil milhões de dólares.

A Aon Plc e a Willis Towers Watson (WTW) acordaram mutuamente colocar ponto final no projeto de combinação iniciado há 16 meses, desistindo também de continuar a litigância com o Departamento de Justiça dos EUA (DOJ), que se opôs à operação avançando para os tribunais com uma queixa contra as proponentes.

Apesar do sentimento favorável dos reguladores no resto do mundo, incluindo a recente aprovação (com condições) por parte de Comissão Europeia, “chegámos a um impasse com o Departamento de Justiça dos EUA,” afirma Greg Case, CEO da Aon num comunicado. “O DOJ exagera na sua posição ao considerar que a complementaridade dos nossos negócios atinge a concorrência em áreas vastas da economia.”

“A incapacidade de garantir resolução célere do litígio levou-nos a esta decisão,” explicou Case no comunicado em que assume o fracasso da operação estimada em 30 mil milhões de dólares e que representaria a maior fusão de sempre na indústria global de corretagem de seguros.

Em consequência do falhanço do projeto de fusão, a Aon pagará à Willis Towers Watson a compensação devida de 1 000 milhões de dólares, conforme previsto no acordo em que a primeira compraria a segunda. As empresas reconhecem que ganharam muito com estes 16 meses de colaboração e preparação para a combinação, mantêm uma relação amigável, mas encaram o futuro de forma independente.

O colapso da operação, que faria da Aon novo líder mundial, mantém a Marsh (grupo MMC) primeira no ranking global da corretagem de seguros e consultoria de risco.

Veja mais sobre:
DOJ decide bloquear fusão Aon-WTW
As jurisdições onde a fusão esperava aprovação

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Dezasseis países da UE já têm planos aprovados, outros nove só depois do verão

  • Lusa
  • 26 Julho 2021

Mais de metade dos Estados-membros da UE viram os planos nacionais aprovados pela Comissão Europeia e pelo Conselho. Os restantes nove só serão adotados em setembro.

Dezasseis países da União Europeia (UE) têm os seus planos de recuperação e resiliência (PRR) aprovados pela Comissão Europeia e pelo Conselho para aceder às verbas pós-crise da Covid-19, devendo receber nos próximos dias o pré-financiamento de Bruxelas.

Esta manhã, o Conselho da UE aprovou o segundo pacote de PRR para atribuição das verbas pós-crise da covid-19 à Croácia, Chipre, Lituânia e Eslovénia, num Ecofin extraordinário realizado por videoconferência.

Depois da ‘luz verde’ dada ao primeiro pacote em meados deste mês, abrangendo 12 países, entre os quais Portugal, são já 16 (e mais de metade do total) os Estados-membros com planos nacionais aprovados pela Comissão Europeia e pelo Conselho.

Com as atividades das instituições a abrandarem para férias, os restantes nove PRR não serão adotados antes de setembro, sendo que alguns Estados-membros ainda nem entregaram os respetivos planos a Bruxelas, casos dos Países Baixos e Bulgária, que foram a eleições.

Já o plano da Hungria, submetido a Bruxelas em meados de maio, terá um prazo suplementar para a sua avaliação até 30 de setembro, dado o bloqueio relacionado com desacordos sobre o cumprimento do Estado de direito, anunciou esta segunda-feira o vice-presidente executivo da Comissão Europeia Valdis Dombrovskis.

No caso dos 16 países com PRR já aprovados, a estimativa de Valdis Dombrovskis é que, “dentro de dias ou semanas”, a Comissão Europeia consiga avançar com o pré-financiamento de 13%, segundo declarou o responsável em conferência de imprensa no final de um Ecofin extraordinário por videoconferência.

O aval dado esta segunda-feira pelos ministros da Economia e das Finanças da UE ao segundo pacote de planos será sucedido, nos próximos dias, pela adoção por procedimento escrito.

Uma vez adotado este segundo pacote de planos nacionais de investimentos e reformas, resta à Comissão Europeia celebrar com os quatro Estados-membros os acordos de financiamento – que regulam a transferência das subvenções – e os acordos de empréstimos, o que deverá suceder nos próximos dias, para que comecem a ser libertados os primeiros fundos, ao abrigo do pré-financiamento de 13% (do montante total de cada PRR) previsto no regulamento.

Em meados deste mês, o Conselho Ecofin aprovou os primeiros 12 PRR, entre os quais o de Portugal, no valor global de 16,6 mil milhões de euros (dos quais 13,9 mil milhões de euros dizem respeito a subvenções a fundo perdido e os restantes 2,7 mil milhões são na forma de empréstimos em condições particularmente favoráveis).

Foram também aprovados na altura os planos de Alemanha, Áustria, Bélgica, Eslováquia, Espanha, Dinamarca, França, Grécia, Itália, Letónia e Luxemburgo.

Para financiar a recuperação, a Comissão Europeia vai contrair, em nome da UE, empréstimos nos mercados de capitais até 750 mil milhões de euros a preços de 2018 – cerca de 800 mil milhões de euros a preços correntes –, o que se traduz em cerca de 150 mil milhões de euros por ano, em média, entre meados de 2021 e 2026, fazendo da UE um dos principais emissores. Até ao momento, o executivo comunitário já fez duas emissões de dívida.

As verbas vão financiar o Mecanismo de Recuperação e Resiliência, avaliado em 672,5 mil milhões de euros (a preços de 2018) e elemento central do “Next Generation EU”, o fundo de 750 mil milhões de euros aprovado pelos líderes europeus em julho de 2020 para a recuperação económica da UE da crise provocada pela pandemia de covid-19.

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BCP puxa por Lisboa em dia sem brilho da família EDP

Títulos do BCP e Galp Energia mantiveram a bolsa de Lisboa no verde, enquanto as cotadas da família EDP impediram uma subida mais expressiva do índice.

Lisboa encerrou a primeira sessão da semana em “terreno” positivo, animada pelas ações do BCP que valorizaram mais de 4%. Pelo contrário, a impedir uma subida mais acentuada do índice estiveram as cotadas da família EDP. Lisboa contrariou, assim, a tendência negativa registada no resto dos mercados europeus.

O PSI-20 subiu 0,49% para 5.100,90 pontos, naquela que foi a quinta sessão consecutiva de ganhos, com oito cotadas no “vermelho” e 10 no “verde”. A dar impulso ao índice esteve o BCP ao disparar 4,15% para 0,128 euros, recuperando da perda observada na abertura das bolsas, no rescaldo dos prejuízos do Bank Millennium.

Já depois do fecho dos mercados, o banco liderado por Miguel Maya apresentou as suas contas, revelando uma forte quebra nos lucros, de mais de 80%, exatamente por causa do banco polaco. Ainda assim, teve lucros de 12 milhões.

Ainda a impulsionar o índice esteve a Galp Energia ao valorizar 1,92% para 8,508 euros, animada pelos resultados apresentados antes da abertura das bolsas. A petrolífera regressou aos lucros, registando um ganho de 166 milhões de euros.

Nas subidas, destaque ainda para a Altri que somou 1,64% para 1,27% e para as ações da Navigator que apresentaram uma valorização de 1,21% para 3,004 euros.

No lado oposto, a impedir uma subida mais expressiva do índice estão as cotadas da família EDP: a EDP caiu 0,81% para 4,532 euros e a EDP Renováveis desvalorizou 1,05% para 20,76 euros. Destaque ainda para a Jerónimo Martins que perdeu 0,69% para 16,565 euros e para a Semapa que caiu 0,52%.

Lisboa contrariou, assim, a tendência de descidas observada no resto da Europa, num dia em que o índice de referência Stoxx 600 caiu 0,08% para 461,14 pontos.

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Défice orçamental agrava-se para sete mil milhões de euros até junho

O saldo orçamental fixou-se nos sete mil milhões de euros até junho, período marcado pelo processo de desconfinamento, de acordo com o Ministério das Finanças.

As administrações públicas registaram um défice de sete mil milhões de euros em contabilidade pública até junho de 2021, período marcado pelo processo do desconfinamento após o segundo confinamento. Este valor representa um agravamento de 150 milhões de euros em relação ao período até junho de 2020. Os números foram divulgados pelo Ministério das Finanças esta segunda-feira, em antecipação do boletim da Direção-Geral do Orçamento (DGO) que é publicado ao final da tarde.

O défice do primeiro semestre das Administrações Públicas ascendeu a 7.060 milhões de euros em contabilidade pública, o que representa um agravamento de 150 milhões de euros face ao período homólogo“, revela o Ministério das Finanças em comunicado. No período homólogo, entre janeiro e junho de 2020, com apenas três meses e meio de impacto da pandemia, o défice orçamental ia nos 6.910 milhões de euros.

Estes números sugerem que até há uma melhoria das contas públicas em pandemia uma vez que a comparação homóloga inclui dois meses e meio (de janeiro a meio de março de 2020) sem impacto da Covid-19. Acresce que a receita pública está já a aumentar face ao período homólogo e de forma significativa: uma subida de 4,6%, “em resultado do desconfinamento no período mais recente e também do efeito base associado aos impactos negativos do confinamento no período homólogo”, nota o Ministério das Finanças.

Ainda assim, o défice deteriorou-se por causa do aumento superior da despesa primária (exclui a despesa com os juros da dívida pública) de 5,7%, “refletindo as medidas extraordinárias de apoio à economia”. Estes números sugerem que o custo com a pandemia aumentou este ano, principalmente por causa do segundo confinamento no início deste ano e as novas medidas de apoio à economia introduzidas pelo Governo.

Despesas Covid-19 em 2021 já ultrapassaram as do conjunto do ano passado

Os números da execução orçamental confirmam que o Estado está a gastar mais com a pandemia, seja na saúde seja na economia, este ano do que no anterior. “A despesa do semestre com medidas extraordinárias de apoio às empresas e famílias atingiu os 3.805 milhões de euros, ultrapassando o valor executado em todo o ano 2020 (3.546 milhões de euros)“, assinala o gabinete de João Leão.

O Ministério das Finanças detalha que os apoios pagos pela Segurança Social já vão nos 1.323 milhões de euros, mais do que o valor orçamental (776 milhões de euros) e cerca de 82% do total executado no ano passado. Contudo, não explica de onde vem a verba adicional para ter pago quase mais do dobro do orçamentado numa altura em que ainda não mexeu na reserva especial constituída para imprevistos. A maioria do valor gasto foi para apoiar o emprego (795 milhões), seguindo-se os apoios extraordinários ao rendimento dos trabalhadores (313 milhões) e os subsídios por doença e isolamento profilático (127 milhões).

Ao todo, contanto com apoios da Segurança Social mas também outros, as empresas receberam a fundo perdido 1.933 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, o que compara com 1.409 milhões de euros no conjunto do ano passado. “Nos apoios às empresas destaca-se o apoio extraordinário à retoma progressiva de atividade (432 milhões) e o lay-off simplificado (364 milhões)”, detalha o comunicado, ao que se junta os 976 milhões distribuídos pelo programa Apoiar.

Houve ainda 384 milhões de euros de receita que ficaram por cobrar, “sobretudo a isenção da TSU e o diferimento de pagamento de impostos, medidas que constituem um apoio à tesouraria das empresas e ao rendimento das famílias”.

É de notar ainda o crescimento da despesa do SNS de 8,8%, “destacando-se o aumento muito elevado das despesas com pessoal (9,6%), em resultado sobretudo do reforço expressivo do número de profissionais de saúde em junho (+5,4%, +7.379 trabalhadores face a junho de 2020), e em aquisição de bens e serviços (+10,1%)”, assinalam as Finanças.

Receita aumenta com ajuda da retoma

As contribuições para a Segurança Social continuam a ser uma fonte de receita que surpreende na pandemia ao crescer 6,7% no primeiro semestre. Porém, neste caso há um efeito importante: os salários ajudados pelo lay-off passaram a ser pagos a 100% ao contrário do que aconteceu em 2020 (havia um corte de um terço).

Assim, as contribuições deram um contributo decisivo para o aumento da receita fiscal e contributiva de 3,9% no primeiro semestre. Mas a receita fiscal também subiu, se “ajustada de efeitos extraordinários (diferimentos originados pelos planos prestacionais, suspensão dos processos de execução fiscal e outros efeitos one-off), 0,4%, com o IVA a cair menos por causa da retoma económica e o IRS a subir 3%.

(Notícia atualizada às 17h38 com mais informação)

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Lucro do BCP afunda 80% para 12 milhões pressionado por Polónia e reestruturação

Banco pôs de lado 214 milhões para a disputa na Polónia e registou custo de 80 milhões com a reestruturação, o que penalizou os resultados no primeiro semestre.

O lucro do BCP caiu mais de 80% para 12,3 milhões de euros no primeiro semestre, com os resultados a serem penalizados com o reforço das provisões para os riscos legais com o caso dos empréstimos em francos suíços na Polónia e com os custos de reestruturação.

Quanto às provisões para o chamado caso “Francowicze”, o banco colocou de lado 214,2 milhões de euros para enfrentar eventuais decisões contrárias dos tribunais polacos, sendo que enfrenta quase 8.000 processos judiciais na Polónia (dos quais 2.884 surgiram este semestre). O banco na Polónia anunciou esta manhã prejuízos de 112 milhões.

Em relação à reestruturação, que passará pela saída de centenas de trabalhadores, a instituição fala em custos na ordem dos 87 milhões de euros. Concluído este plano, o banco diz que espera alcançar poupança de 35 milhões de euros por ano.

O BCP adianta que o resultado antes de imparidades e provisões aumentam 5,1% para 530,9 milhões de euros.

Lucro cai, mas negócio cresce

Ainda que o lucro tenha caído de forma expressiva, as receitas do banco cresceram significativamente, com os proveitos core a subirem mais de 26% para 1,12 mil milhões de euros. A margem financeira — a diferença entre juros pagos nos depósitos e os juros cobrados nos empréstimos — subiu 5,3% para 768,2 milhões de euros, e as comissões avançaram 21% para 352,6 milhões de euros.

Miguel Maya falou em “estabilidade da margem financeira” apesar da pressão das taxas do Banco Central Europeu, e destacou o comportamento divergente entre a evolução positiva em Portugal e a evolução negativa na Polónia.

Os custos operacionais sobem quase 8% para 591,8 milhões de euros devido sobretudo ao custo não recorrente de 87 milhões com a reestruturação.

O balanço do banco também cresceu com mais depósitos (subiram 7,1% para 69,6 mil milhões de euros) e mais crédito à economia (cresceu, em termos líquidos, 4,1% para 55,9 mil milhões de euros).

Malparado em queda

Em termos de qualidade da carteira de crédito, o BCP regista “uma melhoria generalizada dos indicadores: o custo do risco baixou, com o CEO Miguel Maya a falar num “regresso à normalidade”, depois da subida registada com a pandemia. O rácio de exposições não produtivas (NPE) caiu de 7% em junho de 2020 para 5,2% em junho de 2021. O rácio de NPL caiu para 2,5%, com o banco a fazer o trabalho de casa antes do fim das moratórias.

Ao nível do número de trabalhadores em Portugal, a instituição conta com 6.937 pessoas nos seus quadros, menos 217 do que há um ano. E também tem menos agências: encerrou 35 e tem agora 458 balcões.

(Notícia atualizada às 17h17)

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Benfica consegue, por um triz, os 35 milhões de euros junto de 1.887 investidores

SAD dos encarnados conseguiu arrecadar os 35 milhões de euros que pretendia com a emissão de obrigações junto de investidores de retalho. Operação decorreu num contexto conturbado do clube.

O Benfica atingiu o objetivo de financiamento através da emissão de novas obrigações junto dos investidores de retalho, muitos deles sócios ou simpatizantes do clube. Arrecadou os 35 milhões de euros de que necessitava junto de 1.887 aforradores, isto apesar do contexto conturbado que se vivem em torno do clube, com a detenção de Luís Filipe Vieira e os negócios do “Rei dos Frangos” com o norte-americano John Textor.

De acordo com a informação avançada pela Euronext Lisboa, foi registada uma procura válida de 35,79 milhões de euros durante as três semanas em que os investidores puderam dar ordens sobre os títulos de dívida da SAD que pagam um juro bruto anual de 4% durante três anos. Esta procura, ligeiramente superior ao montante pretendido, está já deduzida de um total de 10 ordens canceladas por duplicação, no valor de 135 mil euros.

Com este dinheiro em caixa, a SAD pode repor a liquidez depois de ter reembolsado, no dia 16 de julho, 19,98 milhões de uma emissão de 2018, que em dezembro de 2019 tinha sido alvo de uma amortização antecipada de 25,02 milhões. Por outro lado, o dinheiro obtido poderá também ser relevante para o período de transferências de jogadores, permitindo ter dinheiro em caixa entre pagamentos e recebimentos.

Maioria investiu entre 10 e 50 mil euros

No total, a SAD atraiu para esta emissão 1.887 investidores, com grande parte deles a fazerem investimentos avultados nestes títulos. O mínimo de subscrição era 2.000 euros, mas 38% dos investidores, num total de 717, aplicou entre 10.005 e 50 mil euros, sendo que houve 88 que fizeram investimentos de valor superior a 50 mil euros.

Apesar de haver muitos investidores a fazerem grandes investimentos nestas obrigações, a procura total ficou apenas ligeiramente acima do montante pretendido pela pela SAD que desta vez nem o aumentou. Perante isso, apenas 905 mil euros em obrigações foram alvo de rateio.

Ao contrário do que tem vindo a ser habitual, não foi revelado o momento em que as ordens de subscrição dos títulos a emitir pelo Benfica superaram a quantidade disponibilizada. Nestas operações, principalmente nas das SAD, pelo investimento tender a ser feito por adeptos e sócios do clube, as obrigações esgotam quase sempre nos primeiros dias em que ficam disponíveis ao balcão dos bancos.

Período conturbado para os encarnados

Recorde-se que esta emissão arrancou a 5 de julho. Apenas dois dias depois de arrancar o período de subscrição dos títulos, caiu a primeira “bomba” no clube encarnado: Vieira foi detido, com o até então presidente do Benfica a ser acusado de desvio de dinheiro da Benfica SAD. Suspendeu o cargo, que acabou por ser assumido por Rui Costa, para mais tarde vir a renunciar em definitivo, isto após 18 anos em que esteve à frente do clube das águias.

Juntamente com Vieira, também o “Rei dos Frangos”, o maior acionista individual da SAD encarnada foi detido. Em causa estão eventuais crimes de fraude ao Fundo de Resolução, de abuso de confiança no Benfica e de burla qualificada com os financiamentos do Novo Banco ao grupo económico Promovalor.

E pouco depois, foi a vez de a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários aumentar o “ruído” à volta do Benfica, bem como da sua operação de financiamento junto de pequenos investidores. Encontrou “irregularidades diversas” na estrutura acionista da SAD, nomeadamente uma participação superior à comunicada oficialmente por José António dos Santos. Não só tinha mais de 20% do capital como havia um acordo para a venda desta posição.

O arguido na operação “Cartão Vermelho” acabou, a 14 de julho, a confirmar tanto a participação na SAD como “dois acordos para a venda” de 25% do capital da Benfica SAD ao investidor americano John Textor, dependente do pagamento até ao próximo dia 15 de setembro. Textor assumiu o interesse, mas a administração “bateu com a porta”, afirmando que chumba o investidor caso este pretenda fechar o acordo firmado.

(Notícia atualizada às 16h55 com mais informação)

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Parlamento produziu 82 leis, mais do dobro do ano passado

  • Lusa
  • 26 Julho 2021

Parlamento produziu na segunda sessão legislativa 82 leis a partir de iniciativas do Governo e dos partidos.

O parlamento produziu na segunda sessão legislativa 82 leis a partir de iniciativas do Governo e dos partidos, que, no total, entregaram no parlamento 462 iniciativas legislativas.

De acordo com o balanço provisório da 2.ª sessão legislativa da XIV legislatura, divulgado esta segunda-feira pela Assembleia da República, se o número de iniciativas legislativas baixou em relação à primeira sessão – então com 530 projetos ou propostas de Lei –, o número de novas leis é um recorde dos últimos anos.

Da primeira sessão da XIV legislatura resultaram 33 novas leis saídas do parlamento e, mesmo na XIII legislatura (em que vigorou a chamada ‘geringonça’), em 2015/2016 tinham saído de São Bento 29 leis, 72 em 2016/2017, 44 em 2017/2018 e 61 em 2018/2019.

Nas 82 leis que saíram da Assembleia da República na atual sessão legislativa estão contabilizadas quatro leis orgânicas e cinco leis com origem em Apreciações Parlamentares aprovadas – que resultam, habitualmente, de votos conjugados da oposição contra a vontade do partido que apoia o Governo, o PS.

Das 462 iniciativas legislativas que deram entrada no parlamento, 412 foram projetos-lei (com origem nos partidos) e 50 propostas de lei (com origem no Governo). No entanto, do conjunto de projetos-lei apreciados na segunda sessão legislativa (em que se incluem alguns que transitaram de sessões anteriores), apenas 16% foram aprovados, contra 64% das propostas de lei, refere o relatório estatístico.

Em 2016, os partidos representados no parlamento apresentaram 317 iniciativas, 361 em 2017, 417 em 2018, 317 em 2019 e 478 em 2020. No capítulo das resoluções (diplomas sem força de lei) apresentadas pelos partidos, o seu número voltou a disparar, passando de 587 na primeira sessão para 802 na segunda.

A estas somaram-se 15 propostas de resolução do Governo e, no total, saíram da Assembleia da República 248 resoluções na segunda sessão legislativa, mais do triplo das 72 recomendações produzidas no primeiro ano da atual legislatura. As resoluções não têm valor de lei, sendo, na esmagadora maioria das vezes, recomendações ao Governo.

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Sabe como pode ajudar as suas equipas a recuperar energias no verão? Cinco dicas que deve implementar já

"É preciso agir intencionalmente no autocuidado e no planeamento de tempos de descanso", começa por dizer a diretora de colaboração e produtividade da Microsoft Portugal.

O stress e incerteza resultantes do contexto pandémico, aliados aos sentimentos de solidão, a par da dificuldade em separar a vida profissional e a vida familiar, foram considerados por muitos profissionais o verdadeiro desafio dos últimos 18 meses. A isto acresce também a sensação de excesso de trabalho, referida por mais de metades dos colaboradores (54%), para o qual contribuiu o aumento drástico do número de reuniões, emails e telefonemas.

Estes são os número do último estudo da Microsoft sobre as tendências de trabalho – “Work Trend Index Report”, o qual reúne insights de 30 mil trabalhadores em todo o mundo e conclui que 41% da força de trabalho está a ponderar fazer uma grande mudança de carreira no próximo ano.

A boa notícia é que as férias de verão, que para muitos já começaram, convidam a abrandar o ritmo. São uma ótima oportunidade para que os gestores possam refletir sobre como podem ajudar os seus colaboradores a recarregar energias e alcançar um maior equilíbrio entre a vida pessoal e a vida profissional.

“É preciso agir intencionalmente no autocuidado e no planeamento de tempos de descanso, criando condições para que as pessoas possam estar mais equilibradas, energizar-se e conseguirem dedicar-se à sua esfera familiar e pessoal, ao mesmo tempo que se criam condições para que no regresso das férias possam desempenhar as suas funções em pleno, de forma produtiva e com satisfação num modelo de trabalho híbrido”, diz Paula Fernandes, diretora de colaboração e produtividade da Microsoft Portugal, citada em comunicado.

Para ajudar os líderes a assumirem um papel mais ativo no bem-estar e saúde mental dos colaboradores, a Microsoft partilha estas cinco dicas:

1. Encorajar ativamente os colaboradores a tirarem tempo para si

Comece por incentivar as suas pessoas a aproveitarem verdadeiramente o período de férias de verão: “desligue verdadeiramente do trabalho”. A tecnológica aconselha, em primeiro lugar, que os colaboradores organizem previamente as suas agendas e comuniquem que estarão offline, reduzindo assim a margem para possíveis solicitações durante as férias. Já os colegas e a organização devem respeitar o descanso dos outros.

2. Apostar na formação dos colaboradores

Ainda que varie de setor para setor, se o verão for um período tipicamente mais calmo na sua empresa, aqui está uma excelente oportunidade para encorajar as suas equipas a tirarem o máximo partido dos conteúdos de aprendizagem e desenvolvimento. “Informe as suas equipas sobre as sessões que considera valiosas, particularmente aquelas que promovem o desenvolvimento de competências que ajudam a proteger e a manter a saúde e bem-estar mental dos seus colaboradores.”

3. Capacitar os colaboradores com tecnologia

E, se for mesmo pelo caminho da promoção da formação, não se esqueça de fomentar as capacidades tecnológicas das suas pessoas, cada vez mais importantes, sobretudo no contexto de trabalho híbrido que se espera que permaneça.

4. Seja transparente na transição de regresso ao escritório

Algo também muito importante, para a Microsoft, é comunicar de forma transparente todas as medidas que vão ser adotadas no regresso ao escritório.

“Nenhuma empresa tem todas as respostas certas no que respeita à criação de um ambiente de trabalho híbrido ideal. Mas é fundamental que os líderes assegurem que os colaboradores estão informados sobre as decisões que estão a ser tomadas pela organização e pelas equipas de trabalho, sinalizando, acima de tudo, a forma como a empresa está a ouvir as necessidades dos colaboradores.”

5. Usar as férias para refletir sobre o estilo de liderança

“Os líderes que dão prioridade ao modo como os seus colaboradores se sentem, de forma alinhada com o quão produtivos são, estarão melhor posicionados à medida que entramos cada vez mais num mundo de trabalho híbrido. A mudança para uma liderança mais empática terá um impacto positivo em toda a organização. Assim, os líderes podem iniciar esta mudança com ações simples e concretas, tais como iniciar uma conversa perguntando às pessoas como estão ou, melhor ainda, o que estão a fazer para manter o equilíbrio nas suas vidas.”

A escuta ativa é essencial e uma abordagem flexível é mais importante do que nunca. Capacitar as pessoas a abordar o dia de trabalho de uma forma não linear – dedicar tempo a cuidados familiares e infantis, passear os animais de estimação ou fazer exercício físico – são apenas alguns exemplos que podem ajudar as pessoas a recuperar a sensação de equilíbrio.

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Prosegur elege cinco startups vencedoras do concurso “COME IN”

As empresas selecionadas irão trabalhar em colaboração com as unidades de negócios da empresa durante os próximos meses.

A Prosegur selecionou as empresas Luminance, Hocelot, Aves Netsec, Wata e Eccocar como as vencedoras da segunda edição do “COME IN”, que tem como objetivo projetar a segurança do futuro.

“A inovação e a tecnologia são alavancas fundamentais para a Prosegur. Por isso, lançámos a segunda edição do ‘COME IN’, na qual recebemos centenas de propostas criativas, das quais cinco foram vencedoras e cujas soluções serão implementadas para ajudar as diferentes unidades de negócio da Prosegur”, afirma José Espinel, diretor corporativo de inovação da Prosegur, citado em comunicado.

Entre os cinco desafios propostos pela empresa, a sul-coreana Wata foi a vencedora do desafio “Prosegur Security”, que procurava soluções de apoio à reativação do setor cultural e de lazer, com o regresso de grandes eventos em espaços seguros.

A “Prosegur Alarms”, por sua vez, propôs um desafio que visa aprimorar a análise de dados de dispositivos de segurança, e a vencedora foi a startup espanhola Eccocar.

Já para o desafio “Prosegur AVOS”, que procurava uma ferramenta que, por meio da mineração de dados e inteligência artificial, facilitasse a tomada de decisões sobre a viabilidade de pedidos de produtos de crédito ou empréstimos, por exemplo, foi escolhida a espanhola Hocelot.

A Aves Netsec, uma startup finlandesa, foi, por sua vez, a empresa escolhida para o desafio da Cipher, unidade de cibersegurança da Prosegur. E a britânica Luminance venceu o desafio corporativo promovido pela área jurídica da empresa.

As empresas selecionadas nesta segunda edição do “COME IN” irão trabalhar em colaboração com as unidades de negócios nos próximos meses para desenvolver uma proposta de valor para seu produto.

Ao todo, a Prosegur recebeu 155 candidaturas, que vieram de 35 países, com destaque para a participação de Espanha, Estados Unidos da América e Reino Unido. No final, as startups apresentaram as suas soluções ao comité de seleção e aos responsáveis ​​pelas diferentes áreas e negócios.

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