Preços da gasolina e do gasóleo caíram 2 cêntimos na maior parte das bombas
"A descida está em linha com a descida das cotações dos produtos petrolíferos e dos mercados internacionais", garante a Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas (APETRO).
Depois de dois meses de subidas, quem for hoje à bomba para abastecer o depósito vai notar que os preços dos combustíveis estão ligeiramente mais baixos: na maioria dos postos do país, tanto a gasolina como o gasóleo recuaram cerca de dois cêntimos por litro, apurou o ECO junto de fonte do setor e de acordo com os preços publicados em sites da especialidade.
Os valores variam de marca para marca e de posto para posto (alguns apenas desceram 1 cêntimo, outras o triplo, até 3 cêntimos por litro), mas “a descida está em linha com a descida das cotações dos produtos petrolíferos e dos mercados internacionais”, garante a Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas (APETRO).
“Tal como era esperado, pelas cotações da semana passada, hoje o mercado refletiu essas descidas nos preços aos consumidores. Se for ver aos preços de referência da ENSE, há uma subida nas cotações mas os preços não deixaram de descer. Se fossem medir as margens das petrolíferas viam que hoje tinham dado um grande trambolhão, porque os preços de referência estão a subir e os preços de venda ao público a descer, porque refletem a semana anterior. É assim que funciona o mercado”, disse António Comprido em declarações ao ECO.
Uma inversão de sentido que pôs fim a oito semanas em que os valores de venda dos combustíveis ou subiram ou se mantiveram inalterados, elevando os preços para máximos de quase 10 anos.
“Tudo apontava para que fosse esta a descida. A média das cotações, que é o que serve de referência, desceu na semana passada e os preços estão a descer na mesma ordem de grandeza”, disse António Comprido, secretário-geral da Apetro, reconhecendo também que o relatório da ENSE tem “algumas incorreções”.
“Não estávamos à espera de um estudo deste tipo da ENSE, embora nos tivesse sido dado conhecimento pouco antes da publicação. O mercado é concorrencial, funciona. O mercado livre é melhor para todos: consumidores (escolha livre, diversidade de oferta) e para os operadores (cada um escolher melhor estratégia de venda. É o consumidor que tem de escolher. Uma intervenção administrativa do Governo tem o risco de igualizar comportamentos e torná-los idênticos”, rematou.
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