Bruxelas espera desembolsos dos PRR dentro de “dias ou semanas”

  • Lusa
  • 26 Julho 2021

A Comissão Europeia vai avançar com pré-financiamentos aos estados-membros, na sequência do PRR, sendo uma "questão de dias ou semanas", segundo Valdis Dombrovskis.

A Comissão Europeia disse esta segunda-feira esperar que, “dentro de dias ou semanas”, consiga avançar com o pré-financiamento aos Estados-membros da União Europeia (UE) com planos de recuperação e resiliência (PRR) aprovados, para financiar a retoma pós-crise da Covid-19.

Falando em conferência de imprensa no final de um Ecofin extraordinário por videoconferência, no qual os ministros da Economia e das Finanças da UE deram aval ao segundo pacote de planos de recuperação, Valdis Dombrovskis indicou que, “como a discussão e entendimento dos ministros foram positivos, isto significa que só resta formalizar a aprovação destes quatro PRR por procedimento formal nos próximos dias”.

Isso elevará para 16 o número total de PRR aprovados [tanto pela Comissão, como pelo Conselho], que aguardam por desembolsos iniciais aos Estados-membros”, acrescentou o vice-presidente da Comissão Europeia. E, segundo Valdis Dombrovskis, “a Comissão pagará esse pré-financiamento assim que os procedimentos técnicos para estes pagamentos forem acordados com cada Estado-membro, pelo que esta deverá ser uma questão de semanas ou de dias, em alguns casos” até o pré-financiamento ser realizado.

Valdis Dombrovskis, Vice-presidente executivo da Comissão Europeia

Esta segunda-feira, o ministro do Planeamento, Nelson de Souza, e o ministro de Estado e das Finanças, João Leão, assinam os acordos de financiamento e de empréstimo relativos ao Mecanismo de Recuperação e Resiliência, entre Portugal e a Comissão Europeia.

Esta manhã, o Conselho da UE aprovou o segundo pacote de PRR para aceder às verbas pós-crise da covid-19, da Croácia, Chipre, Lituânia e Eslovénia, num Ecofin extraordinário realizado por videoconferência.

Uma vez aprovado este segundo pacote de planos nacionais de investimentos e reformas, resta a Comissão Europeia celebrar com os quatro Estados-membros os acordos de financiamento – que regulam a transferência das subvenções – e os acordos de empréstimos, o que deverá suceder nos próximos dias, para que comecem a ser libertados os primeiros fundos, ao abrigo do pré-financiamento de 13% (do montante total de cada PRR) previsto no regulamento.

Os restantes nove PRR não serão adotados antes de setembro, sendo que alguns Estados-membros ainda nem entregaram os respetivos planos a Bruxelas, casos de Holanda e Bulgária, que foram a eleições.

Em meados deste mês, o Conselho Ecofin aprovou os primeiros 12 PRR, entre os quais o de Portugal, no valor global de 16,6 mil milhões de euros.

Reunidos na altura em Bruxelas, os ministros das Finanças da UE aprovaram formalmente, sem surpresa, o primeiro pacote de planos formulados pelos Estados-membros e já validados pela Comissão Europeia para acederem aos fundos do pacote de recuperação “NextGenerationEU”, dando o seu aval aos PRR de Portugal, Alemanha, Áustria, Bélgica, Eslováquia, Espanha, Dinamarca, França, Grécia, Itália, Letónia e Luxemburgo.

Para financiar a recuperação, a Comissão Europeia vai contrair, em nome da UE, empréstimos nos mercados de capitais até 750 mil milhões de euros a preços de 2018cerca de 800 mil milhões de euros a preços correntes –, o que se traduz em cerca de 150 mil milhões de euros por ano, em média, entre meados de 2021 e 2026, fazendo da UE um dos principais emissores. Até ao momento, o executivo comunitário já fez duas emissões de dívida.

As verbas vão financiar o Mecanismo de Recuperação e Resiliência, avaliado em 672,5 mil milhões de euros (a preços de 2018) e elemento central do “Next Generation EU”, o fundo de 750 mil milhões de euros aprovado pelos líderes europeus em julho de 2020 para a recuperação económica da UE da crise provocada pela pandemia de covid-19.

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Comissão Europeia propõe alívio das regras para ‘slots’ das companhias aéreas até 2022

  • Lusa
  • 26 Julho 2021

As regras da UE relativas aos ‘slots’ ditam que as companhias aéreas têm de utilizar pelo menos 80% das suas faixas horárias de descolagem e aterragem de modo a mantê-las na temporada seguinte.

A Comissão Europeia propôs esta segunda-feira prolongar, até março de 2022, o alívio das regras da União Europeia (UE) para faixas horárias de descolagem e aterragem das companhias aéreas, devido aos efeitos ainda visíveis da pandemia no setor. Em comunicado, o executivo comunitário defende “a alteração do regulamento das faixas horárias e o alargamento das regras de alívio”.

Isto significa que “o alívio [das regras] será prolongado até à próxima estação de inverno, que decorre de 31 de outubro de 2021 a 27 de março de 2022”, prevendo que, “em vez do requisito habitual de utilizar pelo menos 80% de um determinado conjunto de faixas horárias para manter os direitos sobre tais ‘slots’, as companhias aéreas possam utilizar apenas 50% de um determinado conjunto”, acrescenta a instituição.

Numa altura em que o setor da aviação começa a recuperar do impacto da crise da covid-19, a Comissão continua empenhada em manter o alívio das regras normais de atribuição de faixas horárias às companhias aéreas”, adianta.

As regras da UE relativas aos ‘slots’ ditam que as companhias aéreas têm de utilizar pelo menos 80% das suas faixas horárias de descolagem e aterragem de modo a mantê-las na temporada seguinte.

Devido à pandemia de covid-19 e às restrições adotadas para conter os surtos, tal obrigação foi suspensa para evitar também os chamados ‘voos fantasma’, operados pelas empresas apenas para estas não perderem os seus ‘slots’ aéreos.

De momento, está em vigor um alívio às regras comunitárias, estando previsto que as companhias aéreas possam devolver 50% das suas séries de faixas horárias, devendo usar pelo menos 50% das faixas horárias restantes se quiserem mantê-las.

Citada na nota, a comissária europeia dos Transportes, Adina Vălean, argumenta que “uma taxa de utilização das faixas horárias de 50% é adequada para todos os interessados para assegurar a utilização eficiente da capacidade aeroportuária, beneficiando ao mesmo tempo os consumidores”.

A Comissão adotou a proposta relativa à isenção temporária das faixas horárias em 18 de dezembro de 2020, tendo na ocasião justificado a iniciativa com as perspetivas já então pouco animadoras de tráfego aéreo para o verão de 2021, apontando que era “razoável esperar que os níveis de tráfego sejam pelo menos 50% inferior aos de 2019”.

Antes disso, em março de 2020, a UE adotou uma derrogação total das faixas horárias para o verão desse ano, medida essa que foi posteriormente prorrogada e sucedida por este alívio.

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Negrão apela à “aproximação de posições” dos deputados para relatório final do Novo Banco

  • Lusa
  • 26 Julho 2021

Presidente da comissão de inquérito ao Novo Banco diz que há espaço para deputados conversarem e alcançarem um entendimento em relação ao relatório final.

O presidente da comissão de inquérito ao Novo Banco, Fernando Negrão, apelou a uma “aproximação de posições” entre os deputados para o relatório final porque “há espaço para conversar”, suspendendo os trabalhos até às 15h00 para essas negociações.

A discussão e votação do relatório final, e respetivas propostas de alteração, da Comissão Eventual de Inquérito Parlamentar às perdas registadas pelo Novo Banco e imputadas ao Fundo de Resolução começou esta manhã e, depois de uma ronda de intervenções dos partidos, o presidente decidiu suspender os trabalhos até às 15h00 para dar tempo para as negociações entre deputados.

“Todos nós ouvimos atentamente as várias intervenções feitas e com certeza que podemos chegar a uma conclusão comum. E a conclusão comum é que há espaço para conversar”, afirmou Fernando Negrão (PSD).

O presidente da comissão de inquérito pediu assim aos deputados que “usem bem o tempo” até ao recomeço dos trabalhos “para uma aproximação de posições”.

“Há duas formas de pressionar negociações: uma é dar pouco tempo para que rapidamente se chegue a um acordo. A outra é dar muito tempo para que, com calma, reflexão e tranquilidade e até com tempo para almoçar, se possa chegar não direi a um acordo, mas a uma aproximação de posições” defendeu, manifestando-se “mais adepto da segunda solução”.

A comissão de inquérito ao Novo Banco retomará assim às 15h00.

No início dos trabalhos, o deputado relator, o socialista Fernando Anastácio, mostrou disponibilidade para integrar na sua versão do relatório um conjunto de propostas de alteração apresentadas pelos diferentes partidos, considerando que este é um “contributo para a consensualização”.

PS e PSD trocam acusações

No debate acerca do relatório, PS e PSD trocaram acusações quanto ao âmbito da comissão parlamentar de inquérito, com os socialistas a focarem-se mais na resolução do BES, em 2014, e os social-democratas na venda à Lone Star, em 2017.

João Paulo Correia (PS) disse que o seu partido esteve na comissão de inquérito “sem tentar proteger nomes ou factos e também sem intenção de fazer ataques apenas por mera conveniência partidária”.

No entanto, o deputado apontou ao PSD, considerando surpreendentes as propostas que “tentam ou ilibar ou aliviar as responsabilidades, as falhas graves da supervisão, durante a gestão do BES e a própria resolução”.

Na resposta, o deputado do PSD Duarte Pacheco disse que o PS “tentou concentrar tudo novamente no passado e antes da resolução, notando que João Paulo Correia, na sua intervenção de 12 minutos, “gastou 7:15 a falar sobre o resto e depois utilizou 4:45 minutos a falar do que aconteceu pós-resolução”.

Relativamente à venda feita em 2017, Duarte Pacheco disse que o contrato com a Lone Star foi “mal feito” e “não salvaguardou o interesse público”, tendo “dúvidas que o dr. Carlos Costa [ex-governador do Banco de Portugal (BdP)] e o dr. Mário Centeno [ex-ministro das Finanças e atual governador do BdP] assinassem este contrato se fosse um negócio seu”.

Pelo CDS-PP, Cecília Meireles lamentou “muito que todo o trabalho vá terminar numa discussão política”, afirmando que o relatório “parece mais escrito por Mário Centeno do que por outra pessoa qualquer“.

“Acho que nos ficará mal a todos, não engrandecerá ninguém e muito menos o nosso trabalho. Considero que isso, face ao relatório que foi apresentado, se tornou numa absoluta inevitabilidade”, criticou a deputada centrista.

Pelo BE, a deputada Mariana Mortágua considerou que um relatório de comissão de inquérito “não serve para impor uma visão sobre outra”, e que o documento deve “condensar um corpo de conhecimento que é o mínimo denominador comum entre o maior número de partidos e deputados possível e que fica para futuro”.

O deputado do PCP Duarte Alves insistiu que o sentido de voto dos comunistas quanto ao documento depende do “apontar de responsabilidades políticas” tanto dos governos PSD/CDS-PP como PS.

João Cotrim Figueiredo, deputado único da IL, elogiou o “trabalho muito aturado” da comissão de inquérito, mas considerou que “não lhe é feita justiça” no relatório preliminar elaborado por Fernando Anastácio (PS).

O deputado do PAN, Nelson Silva, não compareceu ao debate desta manhã, apesar do partido ter propostas de alteração.

(Notícia atualizada às 13h06)

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Medidas que exigem isolamento profilático de pessoas vacinadas põem em risco recuperação no setor do vestuário e calçado

  • Trabalho
  • 26 Julho 2021

As associações do setor garantem ter feito queixa ao Ministério da Economia, que remete para as recomendações da DGS.

As medidas de contenção da pandemia determinadas pela Direção-Geral de Saúde (DGS) estão a gerar uma situação de absentismo em setores tradicionais de produção como o têxtil e vestuário e a provocar atrasos nas entregas de encomendas, obrigando ao pagamento de penalizações aos clientes, dizem os industriais do setor. Os casos de absentismo, estimam, ronda os 20%.

“Como é que se continua a mandar para isolamento profilático pessoas que já têm as duas doses da vacina tomadas há mais de duas semanas? Como é que uma empresa se consegue organizar para cumprir com as encomendas quando tem 20% dos seus trabalhadores em falta? Isto é um absurdo e está a criar graves dificuldades às empresas”, desabafa César Araújo, presidente da Anivec, a associação do vestuário e confeções, em declarações ao Dinheiro Vivo.

A Associação de Têxteis e Vestuário de Portugal (ATP) nota um aumento das queixas por parte das empresas. “Com o crescimento no número de casos aqui na zona, designadamente nos concelhos de Santo Tirso, Barcelos, Famalicão e Guimarães, aumentaram as queixas das empresas, porque, além dos trabalhadores infetados, a DGS manda para casa, para isolamento profilático, todos os que trabalham próximos, mesmo quando se trata de pessoas com a vacinação completa”, diz o presidente da ATP, Mário Jorge Machado.

Para o líder da associação, a medida é “desprovida de qualquer sentido”. O que faria mais sentido, na sua opinião, seria o reforço da testagem para estes casos, mas mantendo os trabalhadores no ativo. “Que os casos positivos fiquem em casa parece-me óbvio. Quanto aos restantes, obrigue-se à realização de testes rápidos diários. Mandá-los para casa não é a solução”, defende.

Ainda que não tenha dados concretos sobre o nível de absentismo, a ATP considera que os 20% referenciados por César Araújo estão em linha com a realidade. “Acredito que seja dessa ordem de grandeza, sim, atendendo ao número de queixas que nos têm chegado.”

Esta situação está a criar dificuldades em cumprir os prazos de entrega estabelecidos, que, se falhados, obrigam as empresas a pagar penalizações aos clientes. “Começamos a ter problemas graves, com clientes a cancelar as encomendas”, admite César Araújo.

Colocada a questão ao Ministério do Trabalho, fonte oficial do gabinete da ministra Ana Mendes Godinho responde que “a determinação das regras quanto ao isolamento profilático das pessoas, mesmo que vacinadas, é da inteira responsabilidade da DGS”. O Dinheiro Vivo questionou, ainda, o Ministério da Saúde, mas não obteve qualquer resposta até ao fecho da edição.

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Termas e SPA nos concelhos de risco elevado e muito elevado podem abrir

  • Lusa
  • 26 Julho 2021

Estes estabelecimentos podem abrir apenas para os clientes que apresentem certificado digital ou teste negativo à Covid-19.

As termas e os SPA podem reabrir nos concelhos de risco elevado e muito elevado, para clientes que apresentem certificado digital ou teste negativo à Covid-19, segundo um despacho do ministro da Economia.

O despacho, assinado por Pedro Siza Vieira, publicado na sexta-feira, permite a reabertura das termas e SPA nos concelhos com risco elevado e muito elevado de incidência de Covid-19 desde o passado fim de semana, depois do seu encerramento na sequência das medidas excecionais de combate à pandemia.

Segundo o diploma, as termas, os SPA e estabelecimentos afins podem funcionar nestes concelhos desde que observem as regras definidas para estas atividades pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

Entre estas regras estão orientações “respeitantes aos procedimentos legais e regulamentares de inspeção, limpeza e vigilância sanitárias das instalações e equipamentos, prevenção e controlo da infeção, realização das consultas e técnicas termais, circuitos de pessoas e bens, comunicação e atuação perante casos suspeitos”, é realçado.

O acesso a estes estabelecimentos “apenas é permitido” aos clientes que apresentem certificado digital ou um teste negativo à Covid-19.

Os testes admitidos são os testes PCR realizado nas 72 horas anteriores à sua apresentação, um teste rápido de antigénio verificado por entidade certificada nas 48 horas anteriores, um teste rápido de antigénio na modalidade de autoteste nas 24 horas anteriores, desde que realizado na presença de um profissional de saúde ou farmacêutico que certifique a realização do teste e o resultado ou então através de um autoteste realizado à porta e sob supervisão dos responsáveis do estabelecimento.

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Misturar vacina da Astra com a da Pfizer aumenta anticorpos contra a Covid-19

  • Joana Abrantes Gomes
  • 26 Julho 2021

Tomando primeiro a vacina AstraZeneca e depois a Pfizer, o nível de auticorpos neutralizant aumenta em seis vezes em comparação com a tomada de duas doses da Astrazeneca, aponta estudo sul-coreano.

Um estudo realizado na Coreia do Sul mostrou que misturar vacinas contra a Covid-19, tomando primeiro a vacina AstraZeneca e depois a Pfizer, aumenta em seis vezes os níveis de anticorpos neutralizantes em comparação com a tomada de duas doses da AstraZeneca, noticia a Reuters.

O estudo envolveu 499 trabalhadores médicos, com 100 deles a receberem doses mistas, 200 a tomarem duas doses da vacina Pfizer/BioNTech e os restantes a tomarem duas doses da vacina AstraZeneca. Todos mostraram anticorpos neutralizantes, que impedem o vírus de entrar nas células e se replicar, e o resultado da inoculação mista mostrou quantidades semelhantes de anticorpos neutralizantes encontrados no grupo que recebeu duas doses da Pfizer.

No mês passado, um estudo britânico apresentou resultados semelhantes, em que uma vacina AstraZeneca seguida pela Pfizer produziu as melhores respostas das células T e uma resposta de anticorpos superior do que a Pfizer seguida pela AstraZeneca.

Os resultados obtidos dão maior suporte à decisão de vários países de oferecer alternativas à AstraZeneca como segunda vacina após a vacina ter sido ligada a coágulos de sangue raros.

O estudo sul-coreano também analisou a atividade neutralizadora contra as principais variantes, segundo a Agência de Controlo e Prevenção de Doenças da Coreia (KDCA, na sigla em inglês). Nenhum dos grupos demonstrou atividade neutralizante reduzida contra a variante Alpha, identificada pela primeira vez na Grã-Bretanha, mas a neutralização diminuiu de 2,5 a 6 vezes contra as variantes Beta, Gamma e Delta, primeiro detetadas na África do Sul, no Brasil e na Índia, respetivamente.

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Relator disponível para integrar alterações no relatório do Novo Banco

  • Lusa
  • 26 Julho 2021

O deputado do PS Fernando Anastácio diz rever-se com um conjunto de propostas de alteração ao relatório da comissão de inquérito ao Novo Banco, depois da versão preliminar ter sido muito criticada.

O deputado relator da comissão de inquérito do Novo Banco mostrou disponibilidade para integrar na sua versão do relatório um conjunto de propostas de alteração apresentadas pelos diferentes partidos, considerando que este é um “contributo para a consensualização”.

A Comissão Eventual de Inquérito Parlamentar às perdas registadas pelo Novo Banco e imputadas ao Fundo de Resolução começou a discussão e votação do relatório final e as respetivas propostas de alteração, tendo o deputado relator, o socialista Fernando Anastácio, pedido para intervir no início da reunião, depois de no final da semana passada a sua versão preliminar ter sido muito criticada, concretamente por PSD, BE, PCP e Iniciativa Liberal.

“Para facilitar a condução dos trabalhos, eu estarei em condições de informar a comissão de um conjunto de propostas de diferentes partidos com as quais eu me revejo, com as quais eu não tenho qualquer objeção e que, ao as assumir, elas passarão obviamente também a ser, na minha perspetiva, a proposta do relator, também da autoria do relator, sem depois prejuízo do voto que venham a merecer e nesse caso concreto, nessas propostas, nem se justifica fazer a votação ou fazer a apreciação da proposta do relator porque substitui”, adiantou.

Na perspetiva de Fernando Anastácio, esta sua posição “é um contributo para a melhoria, para a consensualização e para o desenvolvimento dos trabalhos”.

Da análise que fez das diversas propostas de alteração, o deputado relator apontou “uma generalidade de propostas” que “em nada contrariam, antes pelo contrário, clarificam, precisam, ajudam a desenvolver alguns temas” da versão por si proposta.

“São propostas claramente construtivas e que não se afastam da linha do relator”, enfatizou.

O deputado do PS começou por explicar que estes trabalhos “ficaram um pouco condicionados com um período temporal bastante estrito”.

“Aquilo que costuma acontecer antes propriamente de aparecer um relatório preliminar é a possibilidade de haver um conjunto de conversas com os partidos políticos no sentido de ajustar, porque muitas situações são de ajustamento. Não tivemos condição para isso, o espaço que tivemos para isso foi muito reduzido, foram dois dias, e, portanto, não era humanamente possível exigir-se outro comportamento”, justificou.

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Microsoft Portugal reforça parceria com CCISP para aumentar competências digitais

A aliança estratégica entre estas instituições tem como objetivo o desenvolvimento das competências digitais de 70 mil alunos até 2023.

A Microsoft Portugal vai reforçar a parceria estratégica com o Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP) para o desenvolvimento de competências digitais de 70 mil alunos, aos que se juntam os respetivos professores e profissionais de IT, até 2023. A parceria servirá, ainda, para a adoção de novas metodologias de trabalho e para a colaboração e produtividade das instituições de ensino superior politécnico.

“O reforço desta parceria com o CCISP tem por base a ambição conjunta de desenvolvimento e reforço de uma cultura digital e da preparação da transformação para as novas formas de trabalhar. Mais concretamente procura-se desenvolver os mecanismos que permitam a aquisição e capacitação de novas competências dos alunos do ensino superior politécnico. Com esta iniciativa acreditamos contribuir para uma sociedade docente mais bem preparada para os desafios do ensino do futuro, bem como para uma sociedade estudantil mais capacitada para os desafios do mercado de trabalho”, refere Eduardo Antunes, diretor executivo do setor público da Microsoft Portugal, num comunicado publicado no site da tecnológica.

Com o objetivo de disponibilizar aos alunos uma experiência motivadora para a aquisição do conhecimento, mas simultaneamente impulsionadora de novas formas de aprender, as Academias Microsoft disponibilizam conteúdos e recursos prontos a usar no contexto de aula e sessões para a comunidade educativa dos institutos politécnicos. Ciências da computação, infraestrutura de IT, ciência de dados e produtividade são as áreas abrangidas.

“Esta cooperação estratégica permitirá desenvolver maiores níveis de literacia digital, alinhados com a transformação digital que estamos a vivenciar, ao mesmo tempo que permitirá que os estudantes e corpo docente se especializem e atualizem nas tecnologias emergentes e requeridas pelo mercado”, diz Pedro Dominguinhos, presidente do CCISP.

A materialização deste plano inicia-se já em julho, contemplando quatro módulos com diversas sessões: “Cultura digital”, de julho a outubro, “Novas formas de trabalhar, aprender e ensinar”, de novembro a dezembro; “Colaboração e produtividade”, de novembro a dezembro e “Integração do currículo”, com início no ano letivo de 2021/2022.

 

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Recrutar, em todo o lado, para toda a parte!

  • PESSOAS + EY
  • 26 Julho 2021

Patrícia Vicente, Manager EY, People Advisory Services, reflete sobre a transformação e globalização do trabalho com os processos de recrutamento 100% digitais, agora mais ágeis e eficazes.

O processo de recrutamento nas organizações vinha a dar largos passos nos últimos anos, quer seja com os programas anuais de recrutamento de recém-licenciados, focados em captar jovens talentos a entrar no mercado de trabalho, quer seja com a introdução de novas ferramentas de avaliação de competências que permitissem obter uma observação e análise clara das competências necessárias para a desempenho da função a ocupar. Tal como noutros processos, o último ano e meio trouxe mudanças e um aceleramento ao nível da agilidade do processo de recrutamento, com uma nova realidade – tanto para recrutadores, como para recrutados – um processo 100% digital, mais ágil, eficaz e que pode acontecer em qualquer lugar.

Nos dias de hoje, observamos nas organizações um processo de recrutamento inteiramente digital. Fruto da necessidade de adaptação, o recrutamento online teve necessariamente de ganhar, e neste momento tem início desde a primeira abordagem até ao acompanhamento da integração do candidato na organização. Numa primeira análise, rapidamente percebemos que este processo se tornou mais simples e leve, mas também que trouxe consigo novos desafios, nomeadamente inerentes ao diminuído contacto pessoal e a uma comunicação à distância entre recrutador e recrutado. Do lado do recrutador, a observação de comportamentos e a avaliação de competências tornou-se mais desafiante. Foi necessário adaptar as ferramentas de observação e avaliação, a um contexto em que a presença e a proximidade estão limitadas. Contudo, a agilidade do online, tem permitido uma velocidade muito mais célere ao processo de recrutamento.

" Há uma transformação e globalização do trabalho, numa esfera mais ágil e adaptável, com ganhos para todos. A escassez do talento local é minimizada, quando o recrutamento se transforma à escala global.”

Patrícia Vicente

Manager EY, People Advisory Services

Do lado do recrutado, este novo contexto trouxe mais vantagens do que desafios. Em termos de agilidade, o facto de não existir uma deslocação física ao local da entrevista, naturalmente cria ganhos de tempo e uma maior disponibilidade horária, acrescida do facto de mitigar constrangimentos, em situações em que o candidato pretende ocultar o facto de estar num processo de recrutamento – nomeadamente em contextos de concorrência. O facto de o candidato realizar a entrevista no seu próprio espaço, também minimiza claramente níveis de pressão e ansiedade, colocando-o mais à vontade ao longo do processo.

recrutamento

Saindo da esfera do processo e passando para a amplitude que o recrutamento ganhou com este novo contexto de trabalho global, destaca-se o facto das empresas poderem recrutar pessoas de qualquer ponto do país, sem que isso se traduza numa mudança geográfica do colaborador, enquanto os candidatos têm oportunidade de abraçar desafios internacionais, sem que tenham necessariamente de emigrar. Há uma transformação e globalização do trabalho, numa esfera mais ágil e adaptável, com ganhos para todos. A escassez do talento local é minimizada, quando o recrutamento se transforma à escala global.

"O que o digital tem de eficiente e ágil pode também ter de distante e frio. A capacidade de estar presente e de criar proximidade com as pessoas no online é a chave do sucesso nos processos de recrutamento 100% digitais.”

Patrícia Vicente

Manager EY, People Advisory Services

Esta transformação digital do processo de recrutamento foi facilmente adotada por ambas as partes. É previsível que estas mudanças sejam implementadas de forma permanente, ainda que as possam conjugar com o processo tradicional – presencial – em situações que assim justifiquem. Ainda assim, é importante não esquecer, que o processo de recrutamento estende-se do primeiro contacto até ao acompanhamento da integração do candidato. O que o digital tem de eficiente e ágil pode também ter de distante e frio. A capacidade de estar presente e de criar proximidade com as pessoas no online é a chave do sucesso nos processos de recrutamento 100% digitais.

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Sotheby’s vai vender 340 apartamentos, moradias e villas de luxo na Praia Verde. E há também um hotel

Verdelago é o novo empreendimento na zona da Praia Verde, no Algarve. Com 85.000 m2, conta com 340 unidades residenciais e um hotel de luxo com 200 quartos.

A Portugal Sotheby’s Realty vai vender um empreendimento de luxo na zona da Praia Verde, no Algarve. O Verdelago conta com 340 unidades residenciais, cujos preços vão dos 450 mil euros aos 1,55 milhões de euros. Além disso, haverá também um hotel de luxo com 200 quartos.

Localizado no Sotavento Algarvio, entre a Altura e a Praia Verde, perto de Tavira, e com uma área de 85.000 metros quadrados, o empreendimento de luxo conta com 340 unidades residenciais, cujas áreas variam entre os 97 e os 336 metros quadrados.

Os interessados podem optar por três tipos de habitações, sendo que numa fase inicial “só irá ser comercializada uma parte do projeto nomeadamente 102 unidades residenciais”, informa a Sotheby’s, em comunicado. As unidades estão divididas em apartamentos, townhouses e villas, e os preços começam nos 450 mil euros para os apartamentos, 670 mil euros para as townhouses e 1,55 milhões para as villas.

Villa no empreendimento Verdelago, Sotavento Algarvio, na zona da Praia Verde.D.R.

O empreendimento Verdelago conta ainda com unidade hoteleira, com 200 quartos, que terá no futuro campos de padel e ténis, piscina, segurança e acesso privado à praia, sendo que todos os proprietários que tenham empreendimentos dentro do Verdelago podem usufruir de todo o resort.

Estes imóveis oferecem aos futuros donos uma “rentabilidade mínima garantida de até 5% ao ano” e há ainda “modelos inovadores e flexíveis de rentabilização dependo da percentagem de utilização”, diz a Sotheby’s.

Citado em comunicado, o CEO da imobiliária, Miguel Poisson, refere que “toda a envolvência deste projeto com a natureza e a sua preocupação com a sustentabilidade”, bem como “os preços atrativos” tornam este empreendimento “um produto único na zona do Sotavento Algarvio”.

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CEO da Philip Morris quer fim dos cigarros dentro de uma década

  • ECO
  • 26 Julho 2021

O CEO da maior tabaqueira a nível mundial quer acabar com os cigarros em 10 anos. "Os cigarros devem ser vistos como carros a gasolina, pelo que devem ser proibidos a partir de 2030", defende Olczak.

O CEO da Philip Morris Internacional, a maior tabaqueira a nível mundial, apelou ao Governo do Reino Unido para proibir a venda de cigarros dentro de dez anos, num movimento que tornaria ilegal as suas próprias marcas de tabaco, como a Marlboro, Chersterfield e L&M.

Jacek Olczak defende que a sua empresa poderia “ver o mundo sem cigarros na próxima década” e que os “cigarros devem ser vistos como carros a gasolina, pelo que devem ser proibidos a partir de 2030. “Quanto mais cedo isso acontecer, melhor será para todos”, destaca.

A Philip Morris International (PMI) disse recentemente que quer que metade do seu volume de negócios viesse de produtos não fumadores à medida que se transforma numa “empresa de cuidados de saúde e bem-estar”, avança o The Guardian (acesso livre).

No entanto, a empresa foi criticada por ativistas antitabagismo, que a acusaram de hipocrisia depois de fechar um acordo de mil milhões de libras (1,16 mil milhões de euros) para comprar a empresa farmacêutica britânica Vectura que fabrica inaladores para asma.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) fumar mata cerca de 8 milhões de pessoas por ano.

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Economia azul e biológica. Vem aí o programa de empreendedorismo “Blue Bio Value Ideation 2021”

O objetivo do programa da Oceano Azul Foundation e da Fundação Calouste Gulbenkian é criar e desenvolver novas ideias e negócios sustentáveis na área da economia azul e biológica.

Já estão abertas as inscrições para o programa “Blue Bio Value Ideation 2021”. O objetivo do programa de empreendedorismo da Oceano Azul Foundation e da Fundação Calouste Gulbenkian é criar e desenvolver novas ideias e negócios sustentáveis na área da economia azul e biológica.

“Neste âmbito vão realizar-se dois #Hackthons de ideação, na Nova School of Business and Economics e no Porto”, lê-se numa publicação da Universidade Nova de Lisboa no LinkedIn. O primeiro acontece de 18 a 19 de setembro, na Nova School of Business & Economics e o segundo decorre de 25 a 26 de setembro, na Porto Business School.

Podem concorrer ao programa, que é presencial e gratuito, investigadores, estudantes, professores e empreendedores, criando ideias dirigidas à resiliência climática, na área da biotecnologia azul.

Os interessados têm até 26 de julho para concretizar a sua inscrição. Saiba mais aqui.

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