“Casa Aberta” alargada para maiores de 35 anos

  • ECO
  • 20 Julho 2021

Para serem vacinados na "Casa Aberta", os utentes com mais de 35 anos devem dirigir-se ao centro de vacinação correspondente ao local onde estão inscritos no Centro de Saúde, nos horários definidos.

As pessoas com mais de 35 anos já podem receber a primeira dose da vacina contra a Covid-19 sem marcação prévia, através da modalidade “Casa aberta”. Esta modalidade, que estava até agora disponível para os maiores de 40 anos, é válida para todos aqueles não tenham sido infetados por Covid-19 nos últimos seis meses, avança o Observador (acesso livre).

Tal como sucede desde segunda-feira, segundo o mesmo jornal, esta modalidade está condicionada apenas à utilização da vacina da Janssen, pelo devem ser respeitadas as indicações da Direção-Geral de Saúde relativamente a esta vacina, que está apenas a ser administrada a mulheres com idade igual ou superior a 50 anos sendo que para os homens pode ser administrada a qualquer faixa etária a partir dos 18 anos (mas tendo em conta esta modalidade neste caso só se aplica aos maiores de 40 anos).

Assim, a partir desta terça-feira, a “Casa Aberta” permite que os cidadãos com igual ou superior a 35 anos, — que ainda não foram vacinados nem estiveram infetados há menos de seis meses –, possam apresentar-se no Centro de Vacinação correspondente ao Centro de Saúde onde estão inscritos, sem marcação, para serem inoculados. Além disso, os utentes que tomaram a primeira dose da AstraZeneca e já cumpriram um intervalo de oito semanas podem receber a segunda dose da vacina nesta modalidade. Não obstante, há horários específicos para esta modalidade e podem ser consultados no site da Direção Geral de Saúde.

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Anacom recebe sindicato para discutir despedimento coletivo na dona do Meo

As reuniões negociais entre a empresa e a Comissão de Trabalhadores e da Comissão de Trabalhadores da PT Contact decorrem ainda esta semana, adianta o STPT.

João Cadete de Matos, presidente da Anacom, vai receber esta quarta-feira, 21 de julho, o Sindicato de Trabalhos do grupo Altice Portugal (STPT) para discutir o despedimento coletivo de cerca de 300 colaboradores na dona do Meo. A reunião com o regulador foi solicitada pelo STPT depois de a operadora ter invocado o ambiente regulatório hostil como motivo para o despedimento coletivo.

“Queremos saber se há fundamento para a empresa associar o despedimento coletivo com as questões regulatórias”, justifica Jorge Félix, presidente do STPT, em declarações à Pessoas. A reunião será com o presidente da Anacom, João Cadete Matos, a pedido do sindicato que representa 80 dos 246 trabalhadores da dona do Meo abrangidos pelo despedimento coletivo. O STPT aguarda ainda uma resposta da Autoridade da Concorrência.

As reuniões negociais entre a empresa e a Comissão de Trabalhadores e a Comissão Sindical de Trabalhadores da PT Contact, que tem 14 trabalhadores abrangidos por este processo de despedimento, decorrem ainda esta semana, adianta Jorge Félix.

Ainda sem data está o arranque das negociações para a negociação do acordo de empresa com vista a aumentos salariais na Altice, processo que a companhia mostrou disponibilidade para avançar aquando do anúncio do despedimento coletivo. “Chegou a ser apontado julho como data para o início das negociações, mas não há ainda uma data”, refere o presidente do STPT. “Não é propriamente o momento para discutir aumentos salariais de forma tranquila e ponderada”, comenta.

(notícia atualizada às 14h07 com correção do número de trabalhadores representados pelo STPT abrangidos por este processo de despedimento)

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China acusa EUA de serem a origem da maioria dos ciberataques no mundo

  • Lusa
  • 20 Julho 2021

O Governo chinês afirma que Washington espia tanto “rivais como aliados”, considerando as acusações dos Estados Unidos contra a China “irracionais” e com “fins políticos”.

O Governo chinês acusou os Estados Unidos de serem a fonte da maioria dos ciberataques mundiais e escutas telefónicas, após Washington denunciar ciberataques de grande amplitude realizados a partir da China.

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Zhao Lijian disse ainda que os EUA espiam tanto “rivais como aliados”, numa reação às acusações, feitas em conjunto com o Canadá, União Europeia, Reino Unido, Japão, Austrália e Nova Zelândia, sobre a alegada ligação de Pequim ao ciberataque global contra a Microsoft, que atingiu 250.000 sistemas informáticos em todo o mundo, em março passado.

Esse ataque afetou instituições como a Autoridade Bancária Europeia, o parlamento norueguês e a Comissão do Mercado Financeiro do Chile.

Washington disse que o Ministério de Segurança do Estado da China, o principal órgão de informações do país, “contrata” piratas informáticos para realizar “operações cibernéticas globalmente proibidas”, como extorsão cibernética, sequestro de criptografia e roubo financeiro de vítimas em todo o mundo.

Zhao considerou “inaceitável” a “coligação feita pelos Estados Unidos com os seus aliados com o objetivo de culpar a China”, afirmando que as acusações são “irracionais” e têm “fins políticos” e que a China “nunca as aceitará”.

O porta-voz minimizou as acusações contra a China, alegando que um “pequeno número de países não pode representar a comunidade internacional” e anunciou que a China tomará as medidas necessárias para garantir a cibersegurança do país e proteger os seus interesses.

A atividade do ciberespaço é “difícil de rastrear”, disse Zhao, e deve haver “evidências completas e suficientes” antes de “vincular os ataques cibernéticos ao Governo de outro país”.

O país asiático qualificou anteriormente as acusações como “infundadas”, através da embaixada da China na União Europeia (UE).

“As acusações feitas pela UE e NATO [Organização do Tratado do Atlântico Norte] não têm como base factos ou evidências, mas antes especulações e acusações infundadas”, lê-se no comunicado.

A embaixada da China em Camberra acusou a Austrália de “seguir os passos e repetir a retórica norte-americana”.

O país é “cúmplice das atividades de escuta no âmbito da Aliança dos Cinco Olhos [reúne também Estados Unidos, Reino Unido, Canadá e Nova Zelândia]”, acusou a mesma fonte.

As delegações chinesas apontaram, em particular, os Estados Unidos, como “a maior ‘matriz’ do mundo” no que toca a ciberataques.

As relações entre a China e os Estados Unidos deterioraram-se rapidamente, nos últimos anos, face a uma prolongada guerra comercial e tecnológica e divergências sobre questões dos direitos humanos ou o estatuto de Hong Kong, Taiwan e a soberania do Mar do Sul da China.

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Variante Delta responsável por quase 95% dos casos de Covid-19

  • Carolina Bento
  • 20 Julho 2021

A variante Delta já está presente em 94,8% dos casos de Covid-19 em Portugal, segundo dados do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge. A variante Lambda ainda não foi detetada em Portugal.

A variante Delta já é responsável por 94,8% dos casos de Covid-19, sendo predominante em todas as regiões de Portugal, segundo dados do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge.

Entre os dias 05 e 11 de julho, a última semana analisada, a variante Delta mostrou-se predominante, especialmente, no Alentejo e nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira, onde esteve presente em 100% dos casos detetados naquela semana. A região de Lisboa e Vale do Tejo é a segunda região com maior prevalência da variante Delta nesta semana, com cerca de 97,2%, seguindo-se a região Centro, com 96,3%. O Algarve regista 94,1% de presença da variante, enquanto o Norte está nos 87%.

Desde 31 de maio até 11 de julho, os casos de Covid-19 pela variante Delta aumentaram no Alentejo, no Centro e regiões autónomas dos Açores e da Madeira. Nas restantes, a incidência da variante tem diminuído desde a semana de 28 de junho a 4 de julho, ainda que continue a registar valores elevados.

De entre as sequências da variante Delta, verificou-se que 56 apresentam a mutação adicional K417N na proteína Spike, também denominada sub-linhagem AY.1. Esta sub-linhagem tem vindo a decrescer, não tendo sido registados casos nas semanas de 28 de junho a 04 de julho e de 05 a 11 de julho.

As variantes Beta e Gamma também estão a decrescer em Portugal. Não foi detetado nenhum caso de Covid-19 associado à variante Beta e apenas 0,4% dos casos de infeção foram provocados pela variante Gamma, no mesmo período de tempo. A variante Lambda, com predominância acentuada em países da América Latina como o Peru e o Chile, ainda não foi detetada em Portugal.

Existe ainda uma “variante de interesse”, a B.1.621 que apresentou uma “frequência relativa à volta de 1%” no período de 31 de maio a 27 de junho. Desde aí, a presença da variante tem diminuído, tendo sido detetada em apenas 0,2% dos casos na semana de 28 de junho a 4 de julho. Entre os dias 05 e 11 de julho, a variante não foi verificada em Portugal.

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge analisou cerca de 11.929 sequências do genoma do novo coronavírus SARS-CoV-2. Desde o início de junho, foram registadas uma média de 570 sequências do genoma por semana.

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Do Banco de Portugal ao Governo, as 10 recomendações do inquérito ao Novo Banco

Relatório preliminar do inquérito ao Novo Banco deixa um conjunto de recomendações ao Governo e partidos, mas principalmente ao Banco de Portugal, outros supervisores e ao Fundo de Resolução.

Já foi apresentado o relatório preliminar da comissão de inquérito ao Novo Banco. Além das críticas, reparos e observações, o deputado relator, Fernando Anastácio, deixa um conjunto de recomendações ao Governo e aos partidos, mas principalmente ao Banco de Portugal, outros supervisores, além do Fundo de Resolução.

Ao Banco de Portugal

  • A exposição a grandes riscos a parte relacionadas emergiu como uma das causas determinantes do colapso do BES. A necessidade de reduzir ou mesmo de acabar com este tipo de exposição constitui uma medida essencial, em especial, para tornar saudável a relação das empresas nos denominados conglomerados mistos. Recomenda-se ao BdP que proponha junto do BCE e do Governo, quanto aos grandes riscos a partes relacionadas, a proibição deste tipo de financiamento, ainda que criando um período de transição para o efeito, ou, pelo menos, que este tipo de financiamento tenha natureza residual, nunca superior a 5% dos fundos próprios consolidados.
  • As denominadas “portas giratórias” foram tema dos trabalhos. Sem que se possam qualificar, formalmente, como impedimentos foram identificadas várias situações de alternância entre o exercício de funções no regulador, no regulado, no auditor, ou em entidades não reguladas ou mesmo, em ramos de atividade não regulada nessas entidades. Estas situações suscitam evidentes constrangimentos e são lidas pela opinião pública como um fator de descredibilização das instituições e dos seus profissionais, com particular incidência na área financeira. Recomenda-se ao BdP, a revisão do denominado “período de nojo” aplicável na transição entre funções de regulador para regulado, sem prejuízo do padrão que é seguido pelo Single Supervisory Mechanism – SSM, que se revela insuficiente. Recomenda-se ainda que seja considerada a possibilidade de aplicação deste regime na transição entre regulador e entidades não reguladas ou para atividades não sujeitas à regulação prosseguidas, também, por entidades reguladas, por forma a não permitir que a contratação, embora de acordo com a lei, não evidencie o mesmo problema de potencial conflito de interesses.
  • Vários depoentes registaram dificuldades resultantes da acumulação de funções no BdP e como participante no MUS ou na autoridade nacional de resolução. Neste ponto, o TC recomendou a separação destas duas funções, tendo esta recomendação sido reforçada no contexto da auditoria que elaborou sobre o financiamento ao NB. Ainda nesse contexto, importa realçar que, na anterior legislatura, foi apresentada uma iniciativa legislativa de reforma do sistema de supervisão financeira que previa essa situação. Recomenda-se ao BdP que promova, junto dos outros supervisores financeiros, assim como do Governo, uma reflexão sobre possíveis melhorias do modelo institucional de supervisão, à luz das melhores práticas internacionais e da evolução previsível do seu enquadramento, em que seja possível a constituição de uma entidade administrativa autónoma e separada do BdP, com a natureza e competências de autoridade de resolução.

Ao Banco de Portugal e à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários

  • Recomenda-se ao BdP de Portugal e à CMVM, quanto aos denominados Fundos de Investimento Alternativo Especializado – FIAE, que ponderem a necessidade de pronúncia prévia por parte do supervisor, para constituição destas entidades e que, se for necessário, promovam junto do Governo a alteração da Lei 18/2015 de 4 de março.
  • A CPIPRNBIFR constatou que as auditoras assinalaram reservas na constituição de imparidades durante vários anos, mas que estas reservas não se traduziram na certificação legal de contas. Tendo esta incongruência sido justificada, pelos próprios auditores ouvidos pela CPI, com constrangimentos quanto à forma exigida nos relatórios que entregam e tendo o ex-Presidente da CMVM exemplificado evoluções possíveis que já propôs neste sentido. Recomenda-se à CMVM e ao Banco e Portugal que estudem a reforma dos relatórios de auditoria, por forma a assegurar que estes são coerentes com a autoridade técnica que a sociedade lhes confia e reconhece.
  • Um volume muito significativo das perdas no NB imputadas ao FdR diz respeito a perdas na valorização de imóveis. A documentação analisada ilustra a falta de avaliações, as avaliações desatualizadas, a falta de justificação de avaliações díspares e o impacto relevante destas falhas processuais nas contas do NB. Foi ainda discutida a necessidade de qualificar a atividade dos avaliadores imobiliários e de assegurar uma adequada diversificação e rotação das entidades avaliadoras. Recomenda-se ao BdP e à CMVM que analisem a reforma do quadro regulatório dos avaliadores imobiliários, no sentido de se vir a estabelecer um quadro regulamentar complementar às regras técnicas e aos instrumentos legislativos aplicáveis à avaliação imobiliária, em que se identifiquem instruções que impeçam divergências acentuadas entre avaliações, criando, em diálogo com as associações profissionais do setor, um guia de boas práticas para o setor, com o objetivo de:
  1. Reforçar a rotatividade de avaliadores, criando impedimentos na repetição de contratação dos mesmos avaliadores ou empresas;
  2. Criação de uma plataforma pública para inserção obrigatória das avaliações, disponibilizando-as por um período mínimo de 5 anos;
  3. Fiscalização obrigatória das avaliações por amostragem e definição de um valor mínimo de confirmação obrigatória de avaliação por parte dos órgãos de regulação do setor;
  4. Promover uma forma mais robusta de organização da função de avaliador imobiliário, através da constituição de uma associação profissional única, capaz de regular a função e fiscalizar a objetividade e independência dos profissionais autorizados a exercer essa função.

Recomendação ao Governo

  • A crescente utilização de estruturas complexas como forma de detenção de capital, em particular nos fundos de investimento, que pela sua natureza não permite chegar aos efetivos titulares do capital, reconduzido a informação aos órgãos de gestão, é um dos constrangimentos que se identifica na aplicação do regime em vigor. Recomenda-se ao Governo que avalie as melhores práticas internacionais no combate ao branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo, nomeadamente quanto à verificação dos requisitos do último beneficiário efetivo, em termos do limite definido na lei de 25% de participação no capital social para se considerar se a propriedade é direta ou indireta.
  • Recomenda-se ao Governo a análise e ponderação sobre a forma de mitigar o risco de abusos em sede de IMT (Imposto Municipal sobre a Transação Onerosa de Imóveis), decorrente da criação de sociedades imobiliárias que, após a realização de uma transação, podem obter benefícios fiscais na aquisição de imóveis, tornando-se um negócio apetecível para fundos de investimento em início de atividade em Portugal.

Recomendações ao Banco de Portugal, ao Governo e aos partidos com representação parlamentar

  • Por forma a assegurar um melhor e efetivo escrutínio parlamentar, identificou-se e recomenda-se a necessidade de alargar os deveres de colaboração com a AR previstos na Lei nº 15/2019, de 12 de fevereiro, sobre o reforço do controlo parlamentar no acesso a informação bancária e de supervisão, a outras entidades, para além do BdP, que estejam sujeitas ao dever de segredo de supervisão, nomeadamente a CMVM e a ASF.

Recomendação ao Governo, Banco de Portugal, Fundo de Resolução

  • Sendo relevante a existência de controlo público do cumprimento do CCA, deverá estar assegurado o princípio da segregação de funções e prevenção de riscos de complacência. Recomenda-se ao Governo, BdP e FdR a cessação das situações verificadas quanto ao Auditor do FdR, do NB e da Nani Holdings, assim como quanto à empresa contratada pelo NB e FdR para Agente Verificador.

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Aeroportos receberam 1,3 milhões de passageiros em maio, transporte aéreo cai 77% face a 2019

  • Lusa
  • 20 Julho 2021

Comparando com igual mês de 2019, o transporte aéreo caiu 77,1%, depois de, em maio de 2020, devido à crise pandémica, não ter havido praticamente tráfego nos aeroportos.

Os aeroportos nacionais receberam 1,3 milhões de passageiros em maio, depois de no mês homólogo de 2020, devido à crise pandémica, não ter havido praticamente tráfego nos aeroportos, menos 77,1% do que em igual mês de 2019.

De acordo com as estatísticas rápidas do transporte aéreo, divulgadas esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o mês de maio manteve assim a tendência de crescimento do transporte aéreo, mas ainda distante dos valores do período homólogo de 2019.

O movimento de carga e correio totalizou 16,2 mil toneladas em maio, depois de ter sido também praticamente inexistente em maio de 2020.

Comparando com maio de 2019, o movimento de carga e correio decresceu 10,6%.

O INE salienta que entre os dias 17 e 31 de maio de 2021 desembarcaram 60% do total de passageiros desembarcados nos aeroportos nacionais nesse mês, dos quais 25,5% em voos provenientes do Reino Unido.

O anúncio de abertura do corredor aéreo entre Portugal e o Reino Unido, em 17 de maio, gerou um aumento visível do número de passageiros desembarcados a partir desse dia.

O aeroporto de Faro concentrou 55,4% dos passageiros provenientes de voos do Reino Unido entre 17 e 31 de maio.

Em maio deste ano aterraram nos aeroportos nacionais 8,6 mil aeronaves em voos comerciais.

Comparando com maio de 2019, registou-se uma diminuição de 58,9% no número de aeronaves aterradas.

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O futuro é híbrido, pelo menos nas startups. Mais de 70% prefere este modelo de trabalho

Enquanto 74% das 43 startups nacionais inquiridas pela Everis NTT DATA reconhecerem ter preferência por modelos de trabalho híbridos, 16% preferem o modelo presencial e 10% o trabalho remoto.

No mundo das startups, não há lugar para dúvidas: mais de 70% prefere modelos de trabalho híbridos, que combinem o teletrabalho, ou trabalho remoto, com o trabalho no escritório. As restantes pretendem redefinir o espaço do escritório ou utilizá-lo em apenas momentos-chave, revela a segunda edição do relatório “Startup Map”, desenvolvido pela Everis NTT DATA.

“De acordo com os responsáveis das startups nacionais, o futuro do trabalho deverá passar por um modelo híbrido e flexível, que traduza as vantagens do trabalho remoto e presencial. Apesar disso, residem dúvidas sobre a perceção da produtividade dos colaboradores num regime remoto; a capacidade de equilibrar verdadeiramente a vida pessoal, familiar e profissional; e a forma como esta realidade se vai aplicar nos espaços de trabalho”, lê-se em comunicado.

Enquanto 74% das 43 startups nacionais inquiridas reconhecerem ter preferência por modelos de trabalho híbridos, 16% preferem o modelo presencial e 10% o trabalho totalmente remoto.

Durante a pandemia, 60% das startups adotaram modelos totalmente remotos, 24% preferiu modelos híbridos e 12% deixou à consideração dos colaboradores a escolha da forma de trabalhar. E no que toca ao comportamento das suas pessoas, 47% dos líderes inquiridos acreditam que a motivação dos seus colaboradores se manteve durante esse período, embora reconhecendo que um terço tenha passado a trabalhar mais horas diárias.

O documento revela igualmente, que, no período pré-pandemia, as startups já consideravam modelos de trabalho flexíveis e híbridos: 86% já permitiam o trabalho remoto e cerca de 26% já trabalhavam com colaboradores em diferentes fusos horários.

Novas formas de liderança

“Num contexto que exige novas formas de retenção e motivação de equipas, algumas startups estão a considerar optar mesmo por compensações salariais aos colaboradores em remoto, enquanto outras ponderam aumentos salariais a colaboradores em modelo presencial.”

As novas formas de trabalhar darão, na opinião dos inquiridos, origem a “briefings mais frequentes”, a “objetivos de trabalho mais concretos” e, por consequência, a uma “melhor monitorização de indicadores de desempenho”.

Juntam-se a estas práticas iniciativas de promoção de momentos de descanso em horário laboral, o incentivo à não utilização de equipamentos de trabalho em período de descanso e também a promoção de flexibilidade horária, para melhorar o equilíbrio das responsabilidades pessoais e profissionais.

saude mental nas empresas

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Agência Internacional de Energia alerta sobre aquecimento global em 2023

  • Lusa
  • 20 Julho 2021

"Tendo em conta as atuais previsões de gastos públicos, as emissões de CO2 devem atingir novos valores máximos em 2023 e com tendência a aumentar nos anos seguintes", alerta a AIE.

As emissões mundial de dióxido de carbono (CO2), principal causa do aquecimento global, devem atingir níveis sem precedentes até 2023 tendo em conta a falta de investimento em energias renováveis nos planos de recuperação pós-covid.

De acordo com as previsões da Agência Internacional de Energia (AIE) os Estados estão a desbloquear somas muito avultadas para fazerem face aos efeitos da pandemia de covid-19 mas, até ao momento, apenas 02% deste valor estão dedicados às energias renováveis.

A análise sobre a vertente energética contida nos planos de relançamento económico refere que 16 mil milhões de dólares em medidas fiscais relacionam-se com o setor da saúde e com o apoio de urgência a empresas.

Do total, dois mil milhões de dólares vão ser dedicados diretamente a medidas de relançamento da economia, dos quais apenas 380 milhões estão destinados a energias sustentáveis.

“Tendo em conta as atuais previsões de gastos públicos, as emissões de CO2 devem atingir novos valores máximos em 2023 e com tendência a aumentar nos anos seguintes”, alerta a AIE.

De acordo com o diretor da AIE, Fatih Birol, “desde o início da crise relacionada com o covid-19, muitos governos têm afirmado que é importante ‘reconstruir melhor’, com vista a um futuro mais saudável, mas muitos ainda não passaram das palavras à ação”, disse o

“O (valor) dos investimentos em energias renováveis afastam o mundo da neutralidade de carbono, em meados do século, assim como apresentam falhas em evitar um novo recorde no que diz respeito a emissões”, lamenta o responsável.

Sendo assim, falta financiamento público assim como privado sendo que, de acordo com os cálculos da AIE e do Fundo Monetário Internacional (FMI) em meados de 2020, mil milhões de dólares de investimento em ‘energias verdes’ por ano, durante três anos, poderiam apoiar a recuperação e “criar nove milhões de novos postos de trabalho”, cumprindo o Acordo de Paris.

Os investimentos teriam de ser dedicados à eficácia energética, eletrificação ou redes.

Neste momento, os investimentos são superiores aos que foram aplicados antes da crise sanitária mas não são suficientes.

A tendência é particularmente alarmantes nos países em desenvolvimento ou emergentes onde, por exemplo, a recuperação na procura de redes elétricas encontra resposta no uso do carvão em vez do investimento na energia solar ou eólica.

São regiões que não atingem os 20% do investimento necessário na descarbonização, de acordo com o relatório da organização com sede em Paris, criando um fosso “cada vez maior” em relação aos países ricos.

“Muitos países também estão a perder oportunidades que poderiam advir do desenvolvimento de energias limpas com criação de empregos e implantação das ‘energias do futuro'”, critica Birol que recorda os compromissos dos países do norte em relação ao sul.

Em 2015, os países comprometeram-se em fornecer pelo menos 100 mil milhões de dólares anualmente em “orçamentos de caráter climático”, num processo que se deveria prolongar durante dez anos.

Com a crise provocada pelo novo coronavírus, a AIE pretende aplicar as ferramentas de monitorização dos planos de recuperação e ajudar os governos a medir o impacto das ações que são adotadas.

O balanço foi atualizado com vista à reunião do G20, em Nápoles, que vai decorrer entre os dias 22 e 23 de julho.

Mais de 800 medidas de 50 países foram analisadas, de acordo com o portal da AIE.

Com sede em Paris, a Agência Internacional de Energia foi criada em 1974 pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) com o intuito de garantir a segurança energética mundial e aconselhando, em particular, os países desenvolvidos.

Em maio, a instituição que vigia as emissões de gases com efeito de estufa publicou um plano com vista à neutralidade global de carbono, até 2050.

De acordo com o documento é preciso abandonar todos os novos projetos de exploração de combustíveis fósseis como petróleo, gás e carbono.

“É uma passagem estreita mais que ainda é possível”, disse hoje Birol.

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Bancos aumentaram ligeiramente restrições ao crédito

Análise mais criteriosa coincidiu com um período de ligeira redução da procura por financiamento, tendência que deverá manter-se nos próximos três meses.

Os bancos tornaram-se ligeiramente mais restritivos na concessão de financiamento durante o segundo trimestre deste ano, por causa do contexto adverso provocado pela pandemia do novo coronavírus. A análise mais criteriosa coincidiu com um período de ligeira redução da procura por financiamento, tendência que deverá manter-se nos próximos três meses.

Registou-se, no segundo trimestre, um “aumento muito ligeiro da restritividade no crédito a empresas, transversal ao tipo de empresa e à maturidade do empréstimo, e praticamente sem alteração no crédito a particulares”, revela o inquérito aos bancos sobre o mercado de crédito, divulgado pelo Banco de Portugal.

A explicação para estes maiores entraves esteve na “perceção de riscos associados à situação e perspetivas de setores ou empresas específicos”, refere o supervisor, salientando que no caso das empresas “a perceção de riscos e a tolerância aos riscos, sobretudo em empréstimos de maior risco, contribuíram para o aumento da restritividade”.

Esta maior restritividade verificou-se num período marcado por “uma ligeira diminuição da procura, em particular por empréstimos de curto prazo” pelas empresas. Isto em resultado da “redução das necessidades de financiamento de fusões/aquisições e restruturação empresarial e, em menor grau, das necessidades de financiamento de investimento e de refinanciamento/reestruturação e renegociação da dívida”.

No caso das famílias, assistiu-se as um “aumento ligeiro no crédito à habitação e avaliação heterogénea por parte dos bancos no crédito ao consumo resultando, em média, num aumento muito ligeiro da procura”, diz o Banco de Portugal.

As expectativas em termos de procura são diferentes entre empresas e famílias. “No crédito a empresas, avaliação muito heterogénea por parte dos bancos, mantendo-se a procura globalmente inalterada”, enquanto no “crédito a particulares, destaca-se a expectativa de ligeiro aumento da procura para consumo e outros fins”.

(Notícia atualizada às 12h28 com mais informação)

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Desempregados inscritos no IEFP baixam para mínimo da pandemia

O número de desempregados inscritos no IEFP desceu para 377.872, o valor mais baixo desde março de 2020. Em causa está uma quebra de 6% em junho face a maio deste ano.

O número de desempregados inscritos no Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) recuou 6% em junho, face ao mês anterior, para 377.872, de acordo com os dados divulgados esta terça-feira. Há agora menos 24.311 desempregados a registar face a maio e menos 28.793 face a junho de 2020 (-7,1%). É preciso recuar até março de 2020, mês em que a pandemia obrigou a restrições em Portugal, para encontrar um valor mais baixo.

Os dados sugerem que foram os desempregados provocados pela Covid-19 desde junho do ano passado que recuperaram o emprego nos últimos meses. Porém, continua a haver mais desempregados do que antes da pandemia e, por isso, aumentou o número de desempregados inscritos há mais de um ano no IEFP, o que inclui os primeiros a serem despedidos logo em março ou abril do ano passado.

Fonte: IEFP.

“Para a diminuição do desemprego registado, face ao mês homólogo de 2020, na variação absoluta, contribuiu o grupo dos que estão inscritos há menos de um ano (-71.138) e, em sentido inverso, contribuiu com o maior aumento no desemprego aqueles que permanecem inscritos há um ano e mais (+42.345)”, explica o IEFP na informação mensal do mercado de emprego.

Fonte: IEFP.

A maioria dos ex-desempregados conseguiram um novo emprego (e não um primeiro emprego), o que é compatível com a maioria ter mais de 25 anos. Houve ligeiramente mais homens do que mulheres a recuperar o emprego. Há mais ex-desempregados à medida que as qualificações aumentam mas como os dados mostram o valor absoluto tal pode significar apenas que há cada vez mais pessoas com essas qualificações.

A nível regional, junho trouxe boas notícias para todas as regiões à exceção da Madeira onde o desemprego aumentou 5,5% em termos homólogos. As restantes regiões registaram uma redução do número de desempregados inscritos no IEFP, com o Algarve, dada a época de verão, a beneficiar mais (-23,4% de desempregados face a junho de 2020).

Fonte: IEFP.

Em termos de profissões, a queda também é generalizada, mas há uns que se destacam: é o caso dos operadores e instalações e máquinas e trabalhadores da montagem (descida de 15,8% dos desempregados), assim como os trabalhadores qualificados da indústria, construção e artífices (-15,6%).

Desagregando não por grupos profissionais mas por atividade económica, o IEFP confirma também que a descida do número de desempregados é generalizada, sendo mais significativa no caso da fabricação de equipamento informático, elétrico, máquinas e equipamentos (-20%), na indústria do vestuário (-19,9%) e na indústria metalúrgica de base e fabricação de produtos metálicos (-19,4%).

Esta redução do desemprego em Portugal acontece numa altura em que o desconfinamento iniciado em março permitiu a aceleração da retoma económica, sendo expectável um forte crescimento do PIB no segundo trimestre. Contudo, na segunda quinzena de junho já houve concelhos, como o de Lisboa, a recuar para regras mais restritivas por causa do aumento de casos provocado pela variante Delta, o que poderá atrasar ou dificultar a recuperação da economia.

Contudo, para já, os números do IEFP mostram que a melhoria do mercado de trabalho pode continuar uma vez que existem mais ofertas de emprego por satisfazer. São um total de 24.081 ofertas de emprego por preencher em todo o país, o que corresponde ao dobro do valor de junho de 2020 e a mais 3.068 ofertas (-14,6%) face a maio deste ano.

Trabalhadores dos serviços continuam a ser dos mais afetados

Os dados do IEFP confirma que, do total de 321.994 desempregados candidatos a novo emprego no final de junho, a maioria (73,2%) tinha trabalhado no setor dos serviços, com destaque para as atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio (30,3%).

“20,1% eram provenientes do setor ‘secundário’, com particular relevo para a ‘Construção’ (6,2%)”, detalha ainda o IEFP, assinalando que ao setor agrícola pertenciam 3,9% dos desempregados.

A análise por grupos profissionais corrobora este panorama: a maioria dos desempregados são trabalhadores não qualificado“ (25,4%), seguindo-se os trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção/segurança e vendedores
(23,3%) e pessoal administrativo (11,9%).

PS alerta que recuo no número de desempregados demonstra que críticas são infundadas

O PS considerou esta terça-feira que o recuo de 7,1% em junho do número de desempregados inscritos em centros de emprego demonstra que as críticas feitas sobre a falta de medidas para preservar postos de trabalho são infundadas.

“Podemos ver que o número de desempregados inscritos no IEFP [Instituto do Emprego e Formação Profissional] desceu em cerca de 55.000 desempregados (…), o número mais baixo desde o início da pandemia. De facto, podemos inferir que as críticas que indicam o aumento do desemprego não são fundadas, porque elas não correspondem à verdade”, disse à agência Lusa o deputado Tiago Barbosa Ribeiro.

O deputado socialista sublinhou que, na véspera do debate sobre o Estado da Nação, os números apresentados pelo IEFP demonstram que foi possível “preservar postos de trabalho, preservar empregos, e, sobretudo, continuar a reduzir progressivamente a taxa de desemprego” durante a “fase mais crítica” da pandemia, através de várias medidas decretadas, como, por exemplo, o lay-off simplificado.

(Notícia atualizada pela última vez às 20h22 com mais informação)

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Brent sobe 1% após queda de 6,75% na segunda-feira

  • Carolina Bento e Lusa
  • 20 Julho 2021

A descida foi motivada pelo acordo da aliança da OPEP+ de aumentar gradualmente a produção de petróleo conjunta durante os próximos cinco meses.

O petróleo Brent para entrega em setembro subia, esta terça-feira, 1,08% na abertura para 69,36 dólares. No dia anterior, segunda-feira, o petróleo Brent caiu 6,75%, no mercado de futuros de Londres, fechando a sessão a cotar em 68,62 dólares (correspondente a 58 euros).

O Brent caiu na segunda-feira na sequência da decisão da aliança da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) com dez produtores de petróleo aliados liderados pela Rússia (OPEP+), no domingo, de aumentar gradualmente a produção de petróleo conjunta durante os próximos cinco meses, atingindo mais dois milhões de barris por dia em dezembro.

A Reuters (acesso livre, em inglês), já tinha avançado que este acordo da OPEP+ ajudará a aliviar os preços de matéria-prima e dos combustíveis já que, com as economias mundiais a desconfinar gradualmente em 2021, o preço do brent negociado no Mar do Norte aumentou mais de 45%.

Segundo a Bloomberg (acesso condicionado, em inglês), a aliança decidiu aumentar a produção em 400 mil barris por dia a partir do próximo mês de agosto, até ao ponto em que todo o stock que foi acumulado com a falta de produção esteja escoado.

A crise do coronavírus e a consequente crise económica levaram à diminuição significativa da procura. Para ajustar a oferta e a procura, OPEP+ a cortou a produção em quase dez milhões de barris por dia. Atualmente, este corte diminuiu para cerca de metade, mantendo-se nos 5,8 milhões de barris por dia. Desta forma, a aliança OPEP+ reduz para cerca de 3,8 milhões de barris por dia o corte acordado em abril de 2020.

De acordo com a mesma agência de notícias, os Emirados Árabes Unidos, o Iraque e o Kuwait terão quotas de produção maiores a partir de maio de 2022. Esta medida vem no seguimento das queixas dos Emirados Árabes Unidos de cálculo injusto da sua quota, que não refletia o investimento feito pelo país na expansão da indústria.

Até esta terça-feira, as cotações do petróleo nos mercados internacionais estavam, de um modo geral, a diminuir: o crude do Mar do Norte, por exemplo, cotava a 4,97 dólares abaixo de 73,59 dólares, preço com que tinha fechado as transações na sexta-feira anterior. Na segunda-feira, os preços do petróleo recuavam mais de 2%.

Contudo, o preço de um barril de West Texas Intermediate (WTI), que também fechou na segunda-feira com uma queda de 7,51%, subiu antes da abertura formal do mercado, 1,19%, para 67,17 dólares.

Da OPEP fazem parte a Argélia, Angola, Congo, Guiné Equatorial, Gabão, Irão, Iraque, Koweit, Líbia, Nigéria, Arábia Saudita, EAU e Venezuela. O grupo OPEP+ estende-se ao Azerbaijão, Barém, Brunei, Cazaquistão, Malásia, México, Omã, Federação Russa, Sudão e Sudão do Sul.

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Governo fará uso do “arrendamento forçado” para travar incêndios

Em Portugal "a floresta é de privados em 98% da sua extensão", mas "este é um facto, não é um alibi para nada fazer", disse Matos Fernandes.  

O ministro do Ambiente e da Ação Climática, Matos Fernandes, voltou a garantir esta terça-feira que o Governo não hesitará em fazer uso do mecanismo de arrendamento forçado de que dispõe no caso de proprietários agrícolas e florestais que não colaborem ou de propriedades sem gestão ou inadaptadas ao risco de incêndio.

Em audição na Comissão de Agricultura e Mar, o governante disse que em Portugal “a floresta é de privados em 98% da sua extensão”, mas “este é um facto, não é um alibi para nada fazer”.

“Não se justifica a existência de propriedades sem gestão ou inadaptadas ao risco de incêndio. Como sabem, para que o Estado disponha de mecanismos que lhe permitam substituir-se ao proprietário em ações de execução substitutiva, face à inércia daquele, foi aprovado o diploma que institui o regime jurídico do arrendamento forçado de prédios rústicos dirigido a estas áreas integradas de gestão de paisagem”, disse Matos Fernandes na sua intervenção inicial.

Para tentar evitar precisamente o recurso ao arrendamento forçado, na visão do ministro as associações e organizações de produtores agrícolas ou florestais “são determinantes para o sucesso da política” do Governo. No programa MAIS Floresta, que integra o PRR, há 8,7 milhões de euros para celebrar, por quatro anos, contratos com 120 destas associações para as envolver na política florestal.

“Estas associações poderão prestar importantes serviços de gestão florestal, monitorização e controlo de agentes bióticos nocivos, prevenção de fogos rurais, concretização de processos de certificação da gestão florestal sustentável ou extensão florestal, através da informação, sensibilização, aconselhamento e apoio aos proprietários e produtores florestais”, disse o ministro.

Esta semana, em Pampilhosa da Serra, o Governo apresentou no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) as primeiras 47 Áreas Integradas de Gestão da Paisagem (AIGP). Dessas, 33 foram submetidas por autarquias e 14 por organizações de produtores agrícolas ou florestais.

No total foram submetidas propostas para 97 AIGP, mas apenas 47 puderam ser contratadas para já, abrangendo 94.243 hectares e 26 concelhos.

“Quero aqui sublinhar que o Plano de Recuperação e Resiliência inclui, para a componente floresta, um total de 615 milhões de euros. E, entre outras questões, vai apoiar, até 2025, a constituição de 60 Áreas Integradas de Gestão da Paisagem, no valor de 3 milhões de euros cada uma, e a execução das respetivas 60 operações integradas de gestão da paisagem, com um investimento de cerca de 220 milhões de euros”, frisou Matos Fernandes.

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