Energia dá força aos ganhos na bolsa de Lisboa

Bolsa portuguesa segue a tendência da generalidade das praças europeias. EDP e EDP Renováveis destacam-se pela positiva, puxando pelo PSI-20.

Lisboa está em alta. A praça portuguesa segue a tendência da generalidade das praças europeias, animada pelo desempenhos positivo dos títulos do setor da energia.

A praça portuguesa chegou a ceder no arranque da negociação, mas rapidamente inverteu a tendência. Está a ganhar 0,38% para cotar nos 5.054,24 pontos, enquanto a generalidade dos índices de referência das bolsas do Velho Continente somam 0,2%.

A EDP e a EDP Renováveis destacam-se nos ganhos. A EDP sobe 0,85% para cotar nos 4,508 euros, enquanto a EDP Renováveis avança 0,36% para os 19,61 euros.

A empresa de energias “verdes” do Grupo EDP avança depois de ter anunciado que vendeu dois parques eólicos nos EUA avaliados em 608 milhões de euros.

A Galp Energia, por seu lado, sobe 0,85% para os 9,23 euros, dando o seu contributo para a valorização do PSI-20 numa sessão em que a Navigator lidera os ganhos: soma 1,3%.

Das 18 cotadas do índice principal, 13 sobem, estando duas inalteradas. Há três títulos em queda, a impedir uma subida mais expressiva da bolsa, com destaque para a Ibersol que apresenta uma desvalorização de 5%.

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Cinco truques que Joe Berardo usou para escapar à banca

A golpada na associação, o apartamento em Lisboa transferido a para sociedade imobiliária, a tentativa de vender obras em Londres: como Joe Berardo se tentou proteger das investidas da banca.

A “golpada” na Associação Coleção Berardo não foi o único estratagema de Joe Berardo para proteger os seus interesses em relação à Caixa Geral de Depósitos (CGD), BCP e Novo Banco, que ainda estão a tentar executar uma dívida de quase mil milhões de euros. O empresário madeirense foi detido esta terça-feira por suspeitas de burla aos bancos. Veja outros truques que o madeirense usou para escapar às investidas da banca.

Casa em Lisboa em nome de sociedade imobiliária

Joe Berardo vive em Lisboa num T5 localizado na Avenida Infante Santo. Este imóvel está avaliado em 2,5 milhões de euros e foi um dos ativos do empresário que a Caixa tentou penhorar por causa das dívidas. Mas o banco esbarrou no facto de o apartamento não estar no nome de Berardo, mas antes em nome da Atram – Sociedade Imobiliária, empresa da qual o madeirense era o presidente do conselho de administração (foi substituído pela mulher, Carolina).

O empresário comprou este apartamento em 1999, mas vendeu-o em 2008 (altura em que já tinha contraído dívidas à banca) à Atram, deixando o imóvel fora do seu património pessoal.

Ainda assim, em junho de 2019, o tribunal determinou o arresto de dois apartamentos em Lisboa, o da Avenida Infante Santo e outro na Lapa. O arresto foi feito a pedido da CGD, com recurso a uma figura jurídica raramente utilizada pelos tribunais – desconsideração da personalidade jurídica coletiva – e que poderá permitir o arresto de outros bens do empresário madeirense.

A famosa garagem da Madeira

Em nome de Joe Berardo a Caixa só terá encontrado mesmo uma garagem localizada na Madeira, de onde o empresário tem origem, segundo avançou o Correio da Manhã.

Porém, quando foi ao Parlamento, o madeirense explicou que deu ações da Quinta da Bacalhôa e da Empresa Madeirense de Tabacos ao BCP, prédios no Funchal ao BES (hoje Novo Banco) e que o banco ficou com 40% da Associação Coleção Berardo.

“Eles dizem que eu só tenho uma garagem na Madeira, mas então se é assim, devolvam-me o que têm”, afirmou Joe Berardo aos deputados há dois anos.

Alteração dos estatutos para afastar banca das obras

Faz parte da chamada “golpada” de Berardo que visou afastar a banca da coleção de obras de arte e cujo esquema foi exposto na audição do empresário madeirense, há dois anos, na comissão de inquérito à Caixa.

Em 2013, um anónimo (Augusto Joaquim Vieira de Sousa, primo do advogado de Berardo) colocou uma ação em tribunal para anular a alteração dos estatutos da Associação Coleção Berardo, efetuada em 2008, e na qual se reconhecia o penhor a favor da CGD, BCP e Novo Banco de 75% dos títulos de participação da Associação Coleção Berardo — mais tarde os bancos vieram a ficar com 100% dos títulos.

Em 2016, o tribunal deu razão a este anónimo e foi com base nesta decisão que Joe Berardo repôs os estatutos originais da associação, com os bancos a perderem poder na instituição.

Aumento de capital diluiu participações dos bancos

Além da questão dos estatutos, houve outra operação que enfraqueceu a banca na Associação Coleção Berardo: foi realizado um aumento de capital através da emissão de mais títulos e que terão diluído a posição dos bancos credores. Aparentemente, tudo foi feito à revelia e sem o conhecimento dos bancos, o que levou o advogado João Vieira de Almeida a demitir-se de presidente da assembleia geral da associação, ele que tinha sido nomeado para o cargo em 2008 por indicação dos três bancos.

Tentativa de vender obras em Londres

Já em 2018, Berardo tentou vender os 16 quadros mais valiosos da sua coleção em Londres. Se o negócio tivesse sido concretizado, a Associação Coleção Berardo teria arrecadado mais de 200 milhões de euros. Foi o então ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, que travou a saída das obras de arte do país.

Esta operação poderia representar uma eventual forma de tentativa de dissipar património da associação, tendo sido um dos motivos que levaram os três bancos credores a pedirem o arresto da coleção. Primeiro puseram uma providência cautelar e depois, no final do ano passado, veio a ação principal.

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Hoje nas notícias: SIRESP, Malta Files e Berardo

  • ECO
  • 1 Julho 2021

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

A Altice renovou por mais 18 meses os contratos com o Estado por causa do SIRESP. Destaque ainda para mais 11 milhões recuperados pelo Estado com os Malta Files. Da investigação à volta de Joe Berardo até à baixa rentabilidade da banca, conheça as notícias que estão a marcar o dia.

Altice cobra 13 milhões por mais 18 meses de SIRESP

A Altice vai continuar a fornecer os serviços necessários para manter o funcionamento do Sistema Integrado das Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP), renovando, assim, por mais 18 meses os contratos que foram assinados com o Estado português em 2006. O novo contrato foi assinado sem ser publicamente anunciado e custará cerca de 13 milhões de euros. A rede de comunicações foi lançada em 2006 e, nesse ano, foi assinado um contrato de 15 anos com a Altice, cuja vigência terminou esta quarta-feira. Leia a notícia completa no Público (acesso pago)

Malta Files continua a render dinheiro ao Estado. Fisco recupera mais 11 milhões

Depois de, em 2019, o Fisco ter embolsado nove milhões de euros de impostos adicionais com dezenas de sócios portugueses da Deloitte em Malta — no âmbito de uma investigação chamada Malta Files –, o Estado encaixou mais 11 milhões de euros no ano passado junto de uma empresa. O relatório anual de combate à fraude e evasão fiscal do Fisco mostra que em 2020 foram concluídas sete investigações administrativas. O “Malta Files” está relacionado com o aproveitamento abusivo do regime fiscal que vigora em Malta. Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago)

Ministério Público afasta prisão preventiva de Joe Berardo

O Tribunal Central de Instrução Criminal arranca esta quinta-feira com o primeiro interrogatório a Joe Berardo, mas o Ministério Público não pretende pedir a prisão preventiva do arguido. O mais provável é que seja pedido ao juiz Carlos Alexandre para decretar uma caução elevada para acautelar os perigos de perturbação do inquérito e de continuação da atividade criminosa por parte do comendador. A idade de Berardo e os seus problemas de saúde e o facto de os factos em investigação serem muito antigos justificam esta decisão. Leia a notícia completa no Público (acesso pago)

Banca só será rentável com “transformações dolorosas”, diz administrador do BdP

A estabilidade financeira em Portugal “não está, de forma nenhuma, em causa”, diz Luís Laginha de Sousa, administrador do Banco de Portugal (BdP) com o pelouro da Estabilidade Financeira, reconhecendo, contudo, que existem vários riscos que podem ferir esta estabilidade. A baixa rentabilidade é um deles. “Naturalmente a rendibilidade da banca é uma preocupação”, diz, acrescentando ser “necessário fazer escolhas, reconversões, transformações, processos que são dolorosos”. Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Estado já pagou 131 mil subsídios por crianças obrigadas a isolamento

Desde que a pandemia começou no país, em março do ano passado, a Segurança Social já deferiu 131 mil subsídios por assistência a menores de 12 anos obrigados a ficar em casa por ordem das autoridades de Saúde, sendo que quase dois terços dessas licenças foram atribuídas só este ano. Sempre que uma criança é colocada em isolamento, após contacto de risco com um infetado com coronavírus, os pais ou os avós têm direito a um apoio financeiro do Estado pelo período de 14 dias de quarentena. Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

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Estes 25 concelhos estão em risco de seguir Lisboa na marcha-atrás do desconfinamento

Há 25 concelhos em risco de recuar no desconfinamento, ficando com regras iguais às de Lisboa. Além disso, 19 concelhos podem também recuar, mas sem regras tão restritas como as da capital.

O Governo reúne, esta quinta-feira, em Conselho de Ministros para avaliar a situação epidemiológica do país e decidir os próximos passos, já que Portugal acabou por não avançar para a próxima fase do desconfinamento que teria começado esta semana. Lisboa já se encontra com regras mais apertadas que o resto do país e a restante Área Metropolitana pode seguir-lhe os passos. Também o Porto está em risco de recuar.

No início do mês, o Governo alterou os parâmetros que indicam quem recua, ou não, no desconfinamento. Agora, os concelhos de baixa densidade, que correspondem a mais de metade do território nacional, só serão deixados em alerta se excederem os 240 casos por 100 mil habitantes, isto é, o dobro da incidência de 120 casos que se aplicava até aqui (e que se mantém no caso dos concelhos de alta densidade). Ao mesmo tempo, a linha vermelha da incidência também subiu, passando de 240 casos para 480 casos por 100 mil habitantes nestas regiões pouco povoadas (mantendo-se nos 240 nos concelhos de alta densidade).

Assim, o país encontra-se dividido em três: a maior parte com as medidas gerais; 25 concelhos que por duas semanas consecutivas tiveram mais de 120 ou 240 casos por 100 mil habitantes e têm regras ligeiramente mais restritas (a maioria na Área Metropolitana de Lisboa); e três municípios que estão acima da “linha vermelha” dos 240 ou 480 casos por 100 mil habitantes (Lisboa, Albufeira e Sesimbra).

Os 25 concelhos que têm mais de 120 casos ou 240 casos por 100 mil habitantes podem seguir o exemplo de Lisboa, caso a incidência não tenha melhorado.

Em risco de seguir Lisboa no desconfinamento estão os seguintes concelhos:

  • Alcochete
  • Almada
  • Amadora
  • Arruda dos Vinhos
  • Barreiro
  • Braga
  • Cascais
  • Grândola
  • Lagos
  • Loulé
  • Loures
  • Mafra
  • Moita
  • Montijo
  • Odemira
  • Odivelas
  • Oeiras
  • Palmela
  • Sardoal
  • Seixal
  • Setúbal
  • Sines
  • Sintra
  • Sobral de Monte Agraço
  • Vila Franca de Xira

Segundo o boletim de sexta-feira passada, onde foram reveladas as incidências de cada concelho, apenas oito municípios (Vila Franca de Xira, Setúbal, Palmela, Montijo, Lagos, Braga, Arruda dos Vinhos e Alcochete) estavam abaixo dos 240 casos por 100 mil habitantes. Se mais nenhum concelho melhorar, há a probabilidade de ficarem com regras semelhantes às de Lisboa.

Além do teletrabalho passar a ser obrigatório, os horários dos estabelecimentos alteram-se: os espetáculos culturais têm de acabar às 22h30 e o comércio fecha às 21h durante a semana e às 19h ao fim de semana e feriados se for retalho alimentar, se for não alimentar passa para as 15h30. Quanto à restauração o número de pessoas por mesa diminui para seis na esplanada e quatro no interior e também os horários apertam, fechando às 22h30 durante a semana e às 15h30 ao fim de semana e feriados.

Adicionalmente, os casamentos e batizados passam a ter uma lotação de 25% e as lojas de cidadão têm atendimento presencial apenas por marcação.

Porém, estes não são os únicos concelhos em risco de recuar. Na última conferência de imprensa, feita na quinta-feira passada, a ministra de Estado e da Presidência anunciou que 19 concelhos estavam em alerta. Assim, esta semana poderão ter de voltar atrás no desconfinamento. São eles:

  • Alenquer
  • Avis
  • Castelo de Vide
  • Castro Daire
  • Chamusca
  • Constança
  • Faro
  • Lagoa
  • Mira
  • Olhão
  • Paredes de Coura
  • Portimão
  • Porto
  • Rio Maior
  • Santarém
  • São Brás de Alportel
  • Silves
  • Sousel
  • Torres Vedras

Se a taxa de incidência continuar acima dos 120 ou 240 casos por 100 mil habitantes estes concelhos podem vir a recuar. Ainda assim, não tão para trás como Lisboa, uma vez que para isso precisavam de ter por duas semanas consecutivas mais de 240 ou 480 casos por 100 mil habitantes.

Assim, se recuarem ficam com as mesmas regras que agora se aplicam em 25 concelhos do país. O teletrabalho passa a ser obrigatório sempre que as atividades o permitam e a restauração e espetáculos culturais fecham mais cedo, às 22h30. Também o comércio terá de fechar mais cedo, às 21h. Adicionalmente, as lojas do cidadão voltam a ter atendimento presencial apenas por marcação.

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Altice cobra 13 milhões para manter SIRESP por 18 meses

  • ECO
  • 1 Julho 2021

Contrato para fornecer os serviços necessários para manter em funcionamento tem a duração de 18 meses. Por este serviço, a empresa liderada por Alexandre Fonseca vai receber cerca de 13 milhões.

A Altice vai continuar a fornecer os serviços necessários para manter em funcionamento o Sistema Integrado das Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP). Por esse serviço, vai receber cerca de 13 milhões de euros, revela o Público (acesso pago).

O contrato do SIRESP chegou ao fim a 30 de junho. Contudo, a continuidade da rede SIRESP a partir de julho não ficou em causa. Apesar de ainda faltar a aprovação do TdC, foi assinado já um novo contrato para garantir “a prestação de serviços inerentes ao normal funcionamento da rede SIRESP”, disse a operadora ao ECO.

Com este contrato, assinado há cerca de duas semanas, a Altice ficará obrigada a gerir a manutenção do sistema Tetra, a prestar serviços associados à rede de circuitos e à cedência de espaços e de infraestruturas elétricas e à transmissão via satélite das comunicações. E o valor a receber será em torno dos 13 milhões de euros, por um período de 18 meses.

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Estas são as portagens que ficam mais baratas a partir de hoje

Há um conjunto de lanços e sublanços de antigas Scut que têm uma redução de 50% nas portagens. Descontos para veículos elétricos apenas arrancam mais tarde.

Os descontos de 50% em algumas portagens do Interior, nomeadamente ex-Scut, que foram aprovadas pelo Parlamento no âmbito do Orçamento do Estado, vão entrar em vigor esta quinta-feira. Há ainda reduções no preço de outras portagens definidas pelo Governo, que também estarão disponíveis no início deste mês.

As taxas de portagem são assim reduzidas para cerca de metade em cada passagem nos lanços e sublanços de antigas Scut, nomeadamente A22-Algarve; A23-IP; A23-Beira Interior; A24-Interior Norte; A25-Beiras Litoral e Alta; A28-Norte Litoral; Concessões do Grande Porto (A41, A42) e de Costa da Prata.

Nesta medida estava também previsto arrancar, na mesma data, um desconto de 75% para automóveis elétricos. No entanto, por motivos de ordem “técnica”, os condutores destes veículos vão ter de esperar. Não é claro quando avança, sendo que o Executivo apenas sinaliza que a “regulamentação será oportunamente implementada através de portaria”.

Para além destas reduções, o Governo determina ainda que:

  • As “taxas de portagens para veículos das classes 1, 2, 3 e 4 praticadas nos lanços e sublanços das autoestradas A4 – Túnel do Marão e A4 – Vila Real-Bragança (Quintanilha) são reduzidas em 15%, sem prejuízo dos arredondamentos a que haja lugar nos termos da legislação em vigor, mantendo-se o benefício atualmente em vigor”;
  • “Nos lanços e sublanços das autoestradas A4 – Túnel do Marão, A4 – Vila Real-Bragança (Quintanilha), A13 – Atalaia (A23)/Coimbra Sul e A13-1 se aplica um regime de desconto de quantidade, para os veículos das classes 1 e 2, em função da frequência de utilização de autoestradas destes lanços e sublanços, bem como um regime de modulação do valor de taxas de portagens para veículos das classes 2, 3 e 4 afetos ao transporte rodoviário de mercadorias e de passageiros, a regulamentar por portaria dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das Finanças, das Infraestruturas e da Coesão Territorial, mantendo-se os benefícios atualmente em vigor”.

De recordar que o Executivo decidiu estudar a legalidade da medida que reduz em 50% as portagens em algumas autoestradas, mas o gabinete jurídico do primeiro-ministro acabou por concluir que era legal. A ministra da Coesão pediu ainda assim que fosse o Parlamento a indicar como financiar a medida, já que foi a Assembleia que a aprovou.

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Xi Jinping “nunca permitirá que forças estrangeiras oprimam” a China

  • Lusa
  • 1 Julho 2021

Na praça Tiananmen, no centro de Pequim, Xi Jinping disse que o "povo chinês nunca permitirá que qualquer força estrangeira abuse, oprima ou subjugue" o país.

O Presidente da China diz que “o povo chinês nunca permitirá que qualquer força estrangeira abuse, oprima ou subjugue” o país, que “nunca o fez e nunca o fará”.

“Vamos trabalhar para salvaguardar a paz mundial, contribuir para o desenvolvimento global e preservar a ordem internacional”, declarou Xi Jinping, ao discursar na icónica praça Tiananmen, no centro de Pequim, para comemorar os 100 anos da fundação do Partido Comunista da China (PCC).

O também secretário-geral do partido acrescentou, perante cerca de 70 mil pessoas reunidas em Tiananmen, que “ninguém deve subestimar a determinação, forte vontade e extraordinária capacidade do povo chinês para defender a soberania”.

“Quem tentar, vai esbarrar numa grande parede de aço forjada por mais de 1,4 mil milhões de chineses”, disse Xi, levando a praça a uma ovação.

Num discurso que durou mais de uma hora, precedido por uma salva de cem tiros, Xi referiu-se também a Taiwan, uma ilha que é governada de forma autónoma, mas sobre a qual Pequim reclama soberania: “Resolver a questão de Taiwan e conseguir a reunificação completa da China é uma missão histórica e um compromisso inabalável do PCC”.

“Devemos tomar medidas resolutas para derrotar completamente qualquer tentativa de ‘independência de Taiwan’ e trabalhar em conjunto para criar um futuro brilhante para o rejuvenescimento nacional”, disse o Presidente chinês.

Xi adiantou que “a China vai fornecer às suas forças armadas uma maior capacidade e meios mais fiáveis”.

“Temos de acelerar a modernização da defesa nacional. Um país forte deve ter um exército forte”, disse o também presidente da Comissão Militar Central chinesa, que domina as três forças do regime comunista (Estado, Partido e Exército).

Xi salientou a causa do “rejuvenescimento da China”, com a qual os líderes do país justificam o exercício do poder: “Trata-se de um processo histórico irreversível. O PCC e o povo chinês mostraram ao mundo que a nação chinesa saúda o advento de um grande salto: de pé para uma prosperidade modesta e uma força nascente”.

O PCC festeja o 100.º aniversário da fundação com grandes comemorações e medidas de segurança apertadas, alargadas a todo o país.

A capital foi decorada com grandes instalações florais, bandeiras nacionais em frente às portas das casas e cartazes vermelhos a lembrar o evento.

Outras cidades vão assistir a espetáculos de luzes, ao vivo e fogo-de-artifício a marcar o aniversário.

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Plástico aqui não entra? Saiba o que muda para os consumidores

Para a ANP|WWF, Sciaena e ZERO "pouca coisa" vai mudar a partir de 1 de julho. Os consumidores passam a ter novos direitos garantidos, mas os plásticos de uso único ainda estão para durar, garantem.

“Há um conjunto de plásticos de uso único que têm de ser banidos na sua utilização — palhinhas, talheres, misturadores de café e todo um conjunto de objetos que vão desaparecer do mercado”. A garantia foi dada ao ECO/Capital Verde pelo próprio ministro do Ambiente e da Ação Climática, Matos Fernandes. Resta saber é quando.

O governante garante que as leis que entram hoje em vigor — 1 de julho de 2021 — e têm como missão travar os plásticos de uso único “vão ser fiscalizadas” no terreno, tal como todas as outras. “O que eu sinto é que já hoje há muitos fiscais, porque são cada vez mais por portugueses que rejeitam esses produtos de plástico de uso único nos cafés e restaurantes”, disse o ministro.

Para as associações ambientalistas ANP|WWF, Sciaena e ZERO o mês de julho de 2021 representa um marco importante pois a partir desta quinta-feira entrarão em vigor novas regras no que diz respeito aos plásticos de uso único, algumas determinadas pelo Decreto-Lei n.º 102-D/2020 e ainda outras resultantes da transposição da diretiva europeia sobre este mesmo tema.

No entanto, sublinham, “ainda se aguarda” esta mesma transposição da diretiva europeia para a lei nacional, “mesmo que a entrada em vigor esteja prevista para o início de julho”.

“Ambos os documentos contêm disposições que podem contribuir para Portugal dar passos relevantes no sentido da prevenção da produção de resíduos, em particular na área das embalagens. Contudo, a falta de ambição em algumas áreas irá fazer o país marcar passo até meados da atual década”, disseram as três associações em comunicado conjunto.

O que vai mudar afinal na vida dos consumidores?

Para a ANP|WWF, Sciaena e ZERO a resposta é simples: “Essencialmente, pouca coisa, até porque até ao momento não foi publicada em Diário da República a transposição da Diretiva sobre Plásticos de Uso Único (DPUU), que deveria entrar em vigor a 1 de julho Mas mesmo assim os consumidores passam a ter novos direitos garantidos”, explicam.

Em comunicado, o Ministério do Ambiente e da Ação Climática veio já esclarecer o que muda afinal a partir de 1 julho, de acordo com os diplomas relativos a resíduos, sendo que há “três documentos com influência sobre estes assuntos”:

  • O Decreto-Lei 102-D, de 10 de dezembro, que aprova o regime geral da gestão de resíduos, o regime jurídico da deposição de resíduos em aterro e altera o regime da gestão de fluxos específicos de resíduos, transpondo as Diretivas (UE) 2018/849, 2018/850, 2018/851 e 2018/852.

De acordo com este documento, a partir de 1 de julho:

– Passa a ser proibida a disponibilização gratuita de sacos de caixa, isto é, sacos com ou sem pega, incluindo bolsas e cartuchos, feitos de qualquer material, em qualquer estabelecimento comercial.

Nos restaurantes, cafés e bares é obrigatório manter à disposição dos clientes um recipiente com água da torneira e copos higienizados para consumo no local, de forma gratuita ou a um custo inferior ao da água embalada disponibilizada pelos estabelecimentos.

– Os estabelecimentos que forneçam refeições prontas a consumir em regime de pronto a comer e levar (Take Away) são obrigados a aceitar que os seus clientes utilizem os seus próprios recipientes, devendo comunicar de forma clara essa possibilidade fornecendo a informação necessária.

  • A Lei 76 da Assembleia da República, que determina a não utilização e não disponibilização de louça de plástico de utilização única nas atividades do setor de restauração e/ou bebidas e no comércio a retalho.

Esta lei, esclarece o MAAC, devia já ter entrado em vigor no ano passado mas os prazos de adaptação previstos nesta lei foram adiados em virtude da situação pandémica, sendo que esse mesmo prazo termina agora a 1 de julho, para alguns dos operadores (neste caso, para a restauração sedentária);

De acordo com este documento, a partir de 1 de julho:

– Em todos os estabelecimentos, outros locais e atividades sedentárias do setor da restauração e/ou de bebidas deve ser utilizada louça reutilizável, ou, em alternativa, louça em material biodegradável.

– Os pratos, talheres, palhas, agitadores de bebidas, recipientes para alimentos e para bebidas e copos feitos de plástico (poliestireno expandido) são proibidos, exceto na restauração não sedentária e nos transportes, onde podem ser usados até setembro de 2021.

  • Diploma que transpõe a Diretiva Europeia de Plásticos de Uso Único

Diz o MAAC que este dipoloma “já entrou em circuito legislativo, foi objeto de consulta pública e espera-se que seja aprovado a breve trecho para depois ser promulgado e publicado. Esta transposição irá harmonizar algumas das disposições introduzidas em vários momentos pelos diplomas referidos”.

Ainda sem data de entrada em vigor, prevê:

A proibição de colocação no mercado de produtos em plástico de uso único como pratos, talheres, palhinhas, varetas, cotonetes, entre outros;

– Isto significa que, a partir da data de entrada em vigor, estes produtos deixam de poder ser colocados no mercado, incluindo importação. “Os stocks existentes podem continuar a ser escoados, mas sempre em observância da Lei 76″, esclarece o MAAC.

Ambientalistas apontam falhas ao diploma que transpõe a Diretiva Europeia de Plásticos de Uso Único

Na sua análise ANP|WWF, Sciaena e ZERO dizem que a transposição para o direito nacional da Diretiva Europeia sobre os Plásticos de Uso Único “ainda não está terminada” e do “que consta na proposta colocada a consulta pública” é possível concluir que:

  • Os objetivos de redução previstos para os copos para bebidas e os recipientes para alimentos (por
    exemplo no pronto a comer) “são pouco ambiciosos. A proposta é de 30% de redução até final de 2026
    e de 50% até final de 2030, face ao consumo em 2022″.
  • Os objetivos de redução aplicam-se apenas a produtos feitos de plástico, “traduzindo-se num ganho
    ambiental nulo. O diploma nada faz para travar a substituição de materiais (o que era de plástico
    pode passar a ser produzido noutro material igualmente descartável), quando devia promover a
    redução da produção de resíduos e do impacte ambiental do modelo do descartável, independentemente do tipo de material”.
  • A obrigatoriedade de utilização de louça reutilizável em todos os estabelecimentos de restauração
    ou de bebidas, nos casos de venda para consumo no local está prevista apenas para janeiro de 2024, dizem os ambientalistas.

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Fisco fez 488 pedidos para aceder a contas bancárias em 2020

  • Lusa
  • 1 Julho 2021

Os 488 processos abertos pelo fisco em 2020 em que foi solicitado o levantamento do sigilo bancário traduzem uma quebra de 43,6% perante os 866 procedimentos instaurados em 2019.

A Autoridade Tributária e Aduaneira instaurou 488 procedimentos administrativos para aceder a contas bancárias de contribuintes, tendo 327 sido autorizados de forma voluntária pelos titulares, segundo o Relatório contra a fraude e evasão fiscais e aduaneiras de 2020.

O documento, entregue no Parlamento, indica que os 488 processos abertos pelo fisco em 2020 em que foi solicitado o levantamento do sigilo bancário traduzem uma quebra de 43,6% perante os 866 procedimentos instaurados em 2019.

Daquele total, foram “concluídas 139 decisões de levantamento de sigilo e 327 processos por autorização voluntária”, refere o relatório, que detalha ainda a existência de 22 decisões de levantamento de sigilo notificadas a familiares ou a terceiros.

O levantamento do sigilo bancário está previsto na Lei Geral Tributária, que determina que a AT “tem o poder de aceder a todas as informações ou documentos bancários, bem como a informações ou documentos de outras entidades financeiras […] sem dependência do consentimento do titular dos elementos protegidos”.

Este dever pode ser exercido quando existiam indícios de crime em matéria tributária ou da falta de veracidade do declarado, quando exista necessidade de controlar os pressupostos de regimes fiscais privilegiados ou, entre outros motivos, perante indícios da existência de acréscimos de património não justificados.

Tal poder de acesso por parte da AT existe também “nas situações de recusa da sua exibição [documentos bancários e emitidos por outras entidades financeiras] ou de autorização para a sua consulta, quando se trate de familiares ou terceiros que se encontrem numa relação especial com o contribuinte”.

A decisão da AT em aceder à conta deve ser fundamentada, sendo que a lei também prevê que tal seja suscetível de recurso judicial meramente devolutivo ou, quando se trate de familiares ou terceiros, dependem de audição prévia e “são suscetíveis de recurso judicial com efeito suspensivo por parte destes”.

Segundo o relatório, foram interpostos 20 recursos jurisdicionais pelo contribuinte e/ou familiares ou terceiros, havendo 12 sentenças proferidas pelo tribunal a favor da AT e oito a favor do contribuinte.

O documento acentua que no “último triénio foram instaurados 2.337 procedimentos de derrogação do sigilo bancário que culminaram com 1.718 processos com autorização voluntária do sujeito passivo ou de terceiros e familiares”.

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AT vê risco elevado de fraude no benefício para elétricos e plug-in

  • Lusa
  • 1 Julho 2021

AT adianta ter sinalizado “numa primeira fase 411 situações com indícios de irregularidades, que estão a ser objeto de avaliação junto dos stands”.

O benefício fiscal na aquisição de viaturas elétricas ou plug-in e as sociedades com domicílio em escritórios virtuais estão entre os setores onde a AT considera existir risco de fraude elevado.

No relatório sobre o combate à fraude e evasão fiscais e aduaneiras de 2020, entregue na Assembleia da República, é também referido que a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) monitorizou novos modelos de negócio, nomeadamente os relacionados com o aluguer de veículos sem condutor (como bicicletas ou trotinetas).

No caso do benefício fiscal instituído pelo diploma de 2014, que ficou conhecido como a lei da “fiscalidade verde”, na compra de viaturas elétricas ou híbridas plug-in está em causa a possibilidade de dedução integral do IVA suportado com a aquisição daquelas viaturas, quando o seu custo unitário de aquisição não exceda os 62.500 euros ou 50.000 euros, respetivamente.

A existência de indícios de utilização de um esquema de fraude por parte dos comerciantes de viaturas (stands), para possibilitar aos adquirentes a dedução integral do IVA, quando o valor unitário de aquisição das mesmas excede aqueles valores, levou a AT a avançar com um estudo que teve por base a identificação do universo daqueles veículos introduzido no mercado nacional nos anos de 2017 a 2019, visando o “despiste de situações anómalas”.

Depois de ter identificado o universo alvo, a AT adianta ter sinalizado “numa primeira fase 411 situações com indícios de irregularidades, que estão a ser objeto de avaliação junto dos stands”.

Também a merecer atenção e consideradas com um dos setores de risco de fraude estão as sociedades com domicílio em escritórios virtuais, cujo número tem aumentado.

Do levantamento efetuado pela AT foram identificadas nesta situação 4.265 sociedades, tendo-se concluído que 18% declararam não ter qualquer pessoa ao serviço, menos de metade (48%) comunicaram faturas como emitentes, ainda que 81% constem como adquirentes em documentos comerciais comunicados por terceiros.

Além disso, 252 destes sujeitos passivos solicitaram reembolsos de IVA no total de mais de 20 milhões de euros, sendo que, relativamente a 46, cujos reembolsos totalizaram 14,4 milhões de euros, foram efetuadas ações de inspeção, das quais resultaram correções no valor global de 295 mil euros.

“Os resultados obtidos permitiram concluir que as sociedades alvo do presente estudo apresentam algumas características que poderão consubstanciar situações de risco, devendo constituir um alerta quando aliado a outros fatores relacionados com fraude fiscal, como o incumprimento de obrigações declarativas, pelo que serão objeto de constante monitorização por parte da ITA [Inspeção Tributária e Aduaneira]”, lê-se no documento.

O relatório revela ainda que a unidade antifraude tributária concluiu 111 processos de investigação administrativa, sendo que entre as fraudes detetadas estão casos que envolvem contribuintes que atuam em economia paralela e emissão de faturas falsas.

No âmbito da análise de novos modelos de negócio, como os dos veículos sem condutor, conduzida junto de duas plataformas de aluguer de trotinetes “cujas casas-mãe” estão sediadas fora de Portugal, a AT identificou, em ambos os casos, “a existência de irregularidades, que estão a ser objeto dos correspondentes procedimentos inspetivos para quantificação e respetiva liquidação dos valores em falta”.

De acordo com o documento, esta ação resultou em regularizações voluntárias de 868 mil euros de matéria tributável em sede de IRS, 42,2 milhões de euros em IRC e em 185 mil euros de IVA.

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Taxa de carbono de dois euros começa hoje a ser cobrada nas viagens de avião e barco

A partir desta quinta-feira, nas viagens aéreas e marítimas passa a ser cobrada uma taxa de dois euros. Valores arrecadados revertem para o Fundo Ambiental e outras ações.

A partir desta quinta-feira, as viagens aéreas e marítimas ficarão dois euros mais caras. Isto porque Portugal começa a cobrar a taxa de carbono, juntando-se, assim, a oito países europeus que já o fazem. A medida está prevista no Orçamento do Estado para 2021 (OE2021) e os valores arrecadados revertem para o Fundo Ambiental e outras ações de financiamento na ferrovia e na redução de emissões poluentes.

Esta taxa serve “como contrapartida pela emissão de gases poluentes e demais externalidades ambientais negativas provocadas por estes meios de transporte”, diz a portaria publicada a 16 de fevereiro em Diário da República.

Aplica-se, então, às viagens marítimas, mais concretamente “sobre os navios de passageiros (…) que atraquem nos terminais localizados em território de Portugal continental”. De fora ficam os navios entrados no porto exclusivamente para mudança de tripulação ou para desembarque de doentes ou mortos, para desembarcar náufragos, tripulantes ou passageiros em perigo de vida ou que precisem de ser socorridos, assim como o transporte fluvial.

Além disso, crianças com menos de dois anos e tripulantes dos navios de passageiros ficam isentos desta taxa, enquanto navios de passageiros que façam operação de turnaround nos portos nacionais beneficiam de um desconto de 50%, refere a portaria.

Nas viagens aéreas, esta taxa de carbono aplica-se “sobre os bilhetes do transporte aéreo comercial de passageiros com partida dos aeroportos e aeródromos situados em território português”. Abrange ainda contratos de transporte realizados mediante a compra de bilhetes de avião, reservas de pacotes de férias ou a atribuição de voos bónus através de um sistema de prémios.

A portaria refere que, “no caso de um voo comercializado numa única transação legal, que envolva várias etapas operadas por diferentes transportadoras aéreas, a taxa é cobrada pela transportadora aérea que opera a partida de Portugal“. Caso o voo sobre o qual incide a taxa seja comercializado por várias transportadoras aéreas, a “cobrança é realizada pela transportadora que, de facto, opera o voo”.

Ficam isentos desta taxa crianças com menos de dois anos, os passageiros de voos com destino nos aeroportos e aeródromos situados na Madeira e nos Açores, com destino ao território nacional e partida nos aeroportos e aeródromos situados na Madeira e nos Açores, e aqueles que, “por motivos de ordem técnica, meteorológica ou contingência similar, sejam forçados a aterrar num aeroporto ou aeródromo situado em território português”.

O valor da taxa de carbono sobre as viagens é “obrigatoriamente discriminado na fatura”, diz a portaria. 50% do valor arrecadado com esta taxa reverte para o Fundo Ambiental, enquanto o restante será direcionado para “financiar atividades das autoridades portuárias”, bem como “compensar os municípios onde se localizam os terminais que recebem os navios de passageiros”.

A criação desta taxa de carbono foi proposta pelo PAN e acolhida pelo Governo. Portugal junta-se, assim, à Alemanha, Áustria, França, Holanda, Itália, Noruega, Reino Unido e Suécia, que já cobram esta taxa.

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Nos obtém 150 milhões de euros em dívida sustentável

A operadora Nos contratou novas linhas de financiamento indexadas a critérios de sustentabilidade, junto do BCP, BBVA e BPI, no valor total de 150 milhões de euros.

A Nos NOS 0,00% contratou 150 milhões de euros em linhas de financiamento com maturidade em 2026 junto do BCP, BBVA e BPI, estando esta dívida associada a critérios de sustentabilidade. A informação foi avançada pela operadora num comunicado enviado à CMVM.

Os termos acordados com o BCP incluem uma componente relativa à avaliação que o Carbon Disclosure Project faz à empresa liderada por Miguel Almeida, que é de A-, indica a operadora.

No caso do BPI e do BBVA, “os objetivos de sustentabilidade passam pela redução da pegada de carbono da operação própria […] em 50% até 2025, em relação a 2015, e pelo consumo de 65% de eletricidade proveniente de fontes renováveis, também até 2025”.

Estes financiamentos somam-se ao que foi anunciado em dezembro passado, em que a Nos emitiu 100 milhões de euros em dívida sustentável com maturidade também em 2016. A empresa indica que as novas linhas elevam “a 250 milhões de euros o valor da sua dívida indexada” a critérios de sustentabilidade.

No comunicado, a Nos sublinha, por fim, que “estas linhas contribuem positivamente para o custo médio da dívida” da operadora”, bem como “para a diversificação dos instrumentos de financiamento e alongamento de maturidades”.

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