Dividendos mundiais batem recorde no terceiro trimestre impulsionados pelo setor petrolífero

Foram distribuídos 401,2 mil milhões de euros em dividendos. Setor petrolífero teve um peso de 19,2 mil milhões de euros. Sem essa contribuição, total global teria ficado praticamente inalterado.

Os dividendos mundiais alcançaram um recorde de 415,9 mil milhões de dólares (401,2 mil milhões de euros) no terceiro trimestre, mais 7% face ao mesmo período do ano passado, avança o Financial Times(acesso pago, conteúdo em inglês).

O setor do petróleo contribuiu especialmente para esse recorde, com um peso de 19,9 mil milhões de dólares (19,2 mil milhões de euros). Sem essa contribuição, o total global teria ficado praticamente inalterado face a 2021, de acordo com o índice da Janus Henderson Global Dividend.

“A crise energética provocou um grande aumento nos dividendos no terceiro trimestre, uma vez que as empresas petrolíferas distribuíram lucros recordes aos acionistas“, diz a gestora de ativos, no seu mais recente relatório.

Os maiores aumentos de dividendos pagos vieram de empresas do Brasil, Hong Kong, Estados Unidos e Canadá, diz o FT.

Os resultados alcançados no terceiro trimestre fizeram aumentar as previsões de dividendos da Janus Henderson para 2022 em 8,3% para um total de 1,56 biliões de dólares (1,51 mil milhões de euros).

Embora a prespectiva de uma recessão provavelmente prejudique os ganhos, as empresas geralmente evitam reduzir os pagamentos, refere o relatório.

Empresas como a BP e a Shell reduziram os pagamentos para níveis mais sustentáveis ​​durante a pandemia, o que lhes pode dar espaço para manter os dividendos se os lucros ficarem sob pressão em 2023.

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Ausência de altos-cargos da China e da finança na COP não deverá frustrar esforços climáticos

Apesar de algumas ausências marcantes na COP27, da parte de algumas das mais altas patentes da China e de instituições financeiras, a colaboração destes na transição verde não estará em causa.

O presidente da China, Xi Jinping, não esteve nem vai estar presente na 27.ª Conferência das Partes (COP). Da parte do gigante asiático, foi enviada uma comitiva. Ao mesmo tempo, o CEO da Blackrock, Larry Fink, o do Standard Chartered, Bill Withers, e a do Citigroup, Jane Fraser, também decidiram ficar de fora desta edição da cimeira. Estas ausências afetarão significativamente os resultados da conferência? Os consultores, analistas e ambientalistas consultados pelo Eco creem que não.

Em representação da China, estarão presentes Xie Zhenhua, Representante Especial para Assuntos Climáticos, e Zhao Yingmin, o vice-ministro do Meio Ambiente. “Ambos têm muita experiência em negociações ambientais e já chefiaram delegações chinesas em COPs anteriores”, indica o professor de Finanças da Nova School of Business and Economics (Nova SBE), Rodrigo Tavares. Além disso, considera, “a delegação da China é significativa, com cerca de meia centena de pessoas”.

É natural que quando os maiores emissores de CO2 do mundo não se fazem representar ao mais alto nível, a confiança no respetivo comprometimento face à ação climática seja posta em causa”, avalia Carolina Silva, da associação ambientalista Zero. Sendo a China o maior emissor de gases com efeito de estufa, que contribui com cerca de 30% das emissões mundiais, “foi um dos grandes ausentes do segmento dos líderes”, continua.

A mesma sublinha, contudo, que “a China não ficará de fora dos trabalhos que decorrerão ao longo dos próximos dias e terá, consequentemente, um papel a desempenhar nos resultados desta COP27”. Adicionalmente, o encontro entre o enviado especial para o Clima dos Estados Unidos, John Kerry, e Xie Zhenhua “marca um avanço notoriamente positivo”, depois de as negociações bilaterais formais sobre alterações climáticas entre a China e os Estados Unidos terem sido suspensas como represália pela visita de Nancy Pelosi a Taiwan.

Apesar desses recuos, Cláudia Coelho, partner da PwC dedicada à Sustentabilidade e Alterações Climáticas, afere que a China “dá sinais de se manter empenhada com o tema” das alterações climáticas, reconhecendo, contudo, que a suspensão das relações bilaterais tem implicações na participação da China na cimeira.

Investidores ausentes, mas compromissos presentes

No segmento dos investidores, Rodrigo Tavares é perentório: “Não acho que estas ausências sejam particularmente marcantes”. Relembra que o mercado financeiro sempre esteve representado nas COPs e estará também representado no Egito. “O que é importante salientar é que as principais instituições financeiras estão a incorporar riscos e oportunidades climáticas nas suas estratégias de investimento e de crédito. Seria irresponsável não fazê-lo e possivelmente prejudicial ao seu desempenho financeiro”, indica.

O importante é que estas grandes entidades financeiras mantenham os seus compromissos

Carolina Silva

Zero

Apesar de na COP26 ter nascido a Glasgow Financial Alliance for Net Zero, uma coligação global de instituições financeiras comprometidas em financiar a descarbonização da economia global, “há outras iniciativas semelhantes e igualmente relevantes, desenvolvidas fora do âmbito das COPs”, relembra o professor, como a Climate Investment Coalition, que junta fundos de pensão nórdicos e britânicos.

Já a Zero considera a ausência dos CEO da Blackrock, Standard Chartered e Citigroup “notória e de lamentar”, sobretudo numa cimeira onde a necessidade de maiores fluxos financeiros direcionados para a ação climática assume destaque. Mas também relativiza, afirmando que “o importante é que estas grandes entidades financeiras mantenham os seus compromissos”, e tanto a Blackrock, como o Citigroup e o Standard Chartered continuam a fazer parte da Glasgow Financial Alliance for Net Zero.

"Não existem dúvidas sobre a relevância do risco climático para os investimentos”

Cláudia Coelho

Sócia da PwC dedicada à Sustentabilidade e Alterações Climáticas

Apesar de registar um crescente número de compromissos, a organização alerta que esta evolução tem sido acompanhada por “uma proliferação de critérios e padrões dúbios para os avaliar, sendo muitas vezes mera propaganda ambiental”. “O que precisamos de ver, mais do que a presença de CEOs na Cimeira, é um compromisso sério com o fim dos investimentos nos setores do petróleo e gás, algo que ainda está muito longe de acontecer”, defende Carolina Silva.

O analista da XTB Eduardo Silva aponta que os executivos em causa justificaram a ausência com incompatibilidades na agenda, e não com alguma objeção concreta ao evento. “A primeira leitura é que ao enviarem delegações e representantes a importância que atribuem ao evento é menor, por melhor que seja a justificação”, balança. Para Eduardo Silva, a crise de inflação elevada e desaceleração económica podem ter alterado as prioridades para estes gestores.

Por seu lado, a PwC considera que “não existem dúvidas sobre a relevância do risco climático para os investimentos”, tendo várias entidades financeiras e não financeiras assumido uma posição, com compromissos e metas nesta matéria, ao mesmo tempo que o tema tem sido incluído nos principais desenvolvimentos regulatórios e normativos. “Embora a presença e apoio de entidades não governamentais seja um sinal importante de compromisso e inspiração ao apoio à ação climática, os investidores e o setor privado não fazem parte das negociações formais que têm um ciclo anual entre países membros das partes desta Conferência das Nações Unidas”, refere Cláudia Coelho.

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EUA sugerem que queda de míssil na Polónia foi causada pela defesa antiaérea ucraniana

  • Joana Abrantes Gomes
  • 16 Novembro 2022

Uma primeira avaliação dos EUA às circunstâncias da queda de um míssil na terça-feira em território polaco refere que pode dever-se a disparos das forças ucranianas contra um projétil russo.

 

O míssil que na tarde de terça-feira atingiu território da Polónia, causando a morte de duas pessoas, poderá ser da defesa antiaérea da Ucrânia, isto é, pode ter sido disparado pelas forças ucranianas contra um míssil russo. A informação começou por ser noticiada pela Associated Press, citando autoridades norte-americanas, tendo sido entretanto confirmada pelo Presidente dos Estados Unidos aos países aliados, segundo uma fonte da NATO citada pela Reuters.

Na noite de terça-feira, Joe Biden já dissera que as informações iniciais indicavam que era “improvável” que o incidente tivesse sido causado por um míssil disparado pela Rússia, depois de o Pentágono dizer que não conseguia confirmar nem desmentir os relatos de que teriam sido mísseis russos a atingir a Polónia.

Quando ainda se encontrava em Bali, na Indonésia, para a cimeira do G20, o Presidente norte-americano convocou uma reunião de emergência do G7 e dos líderes da NATO, visto que, se fosse o caso de um ataque deliberado e hostil à Polónia, membro da aliança atlântica, poderia desencadear uma resposta militar coletiva.

Era esperado que os embaixadores da NATO se reunissem esta quarta-feira a pedido da Polónia, com base no artigo 4.º da Aliança, que prevê uma reunião dos países membros “sempre que, na opinião de qualquer um deles, estiver ameaçada a integridade territorial, a independência política ou a segurança de uma das partes”.

No entanto, de acordo com a agência noticiosa Efe, a Polónia vai comunicar aos países membros da NATO que o míssil que caiu no seu território na terça-feira era ucraniano e, nesse sentido, não vai ativar o tratado da aliança. “Nada prova que tenha havido um ataque intencional contra a Polónia”, afirmou o Presidente polaco, Andrzej Duda.

Também um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, citado pela Reuters, disse que a reunião da aliança desta quarta-feira em Bruxelas não irá decorrer sob o artigo 4.º. Será antes, segundo o primeiro-ministro da Eslováquia, Eduard Heger, com foco no pedido de reforço das defesas aéreas no leste europeu.

Na primeira reação ao incidente, ainda na terça-feira, o Presidente da Polónia havia dito que o míssil que atingiu território polaco é, “muito provavelmente”, de fabrico russo, mas que “não há provas sobre quem o lançou”. Antes, o primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, convocou de imediato uma reunião de emergência do Comité do Conselho de Ministros do país para os Assuntos de Segurança e Defesa Nacional.

O Ministério da Defesa russo, por sua vez, negou estar por detrás de “quaisquer ataques a alvos perto da fronteira ucraniano-polaca” — que o Presidente ucraniano, Volodymr Zelensky, decretou como “uma escalada muito significativa” — e disse numa declaração que as fotos de alegados danos “não têm nada a ver” com armas russas.

A mensagem do Kremlin foi reiterada esta quarta-feira pelo chefe da missão permanente de Moscovo na ONU, Dmitry Polyansky, que, através do Telegram, disse que a Rússia “não tem nada a ver” com a queda do míssil na Polónia e que “os factos demonstram que o incidente foi uma tentativa de provocar confronto direto entre a NATO e a Rússia“.

Já o secretário-geral das Nações Unidas defendeu, na noite de terça-feira, que é “absolutamente essencial” evitar a escalada da guerra na Ucrânia, mostrando-se “profundamente preocupado” com a queda de um míssil de fabrico russo na Polónia. Numa breve declaração transmitida pelo porta-voz da ONU, António Guterres apelou a uma “investigação exaustiva” do incidente.

O Presidente da Turquia, Recep Erdogan, afirmou que o míssil que caiu em território polaco “pode ter sido resultado de um problema técnico”, acrescentando que a sua expectativa é de que “a poeira irá assentar” e serão averiguadas as circunstâncias que levaram à morte de duas pessoas naquele país.

(Notícia atualizada às 10h55 com as declarações de Biden aos aliados da NATO de que o míssil que atingiu a Polónia era da defesa aérea ucraniana e às 11h25 com a reação da Polónia e as declarações da Alemanha e da Eslováquia)

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Bolsa de Lisboa regista primeira descida da semana

  • ECO
  • 16 Novembro 2022

Bolsas norte-americanas registam perdas depois de se saber que as vendas a retalho em outubro atingiram máximos de oito meses, dando argumentos à Fed para continuar a subir juros.

A Bolsa de Lisboa terminou a sessão desta quarta-feira com a primeira descida da semana, embora com menor intensidade face às principais congéneres europeias.

As bolsas norte-americanas abriram em baixa esta quarta-feira, depois de ser conhecido que as vendas a retalho nos EUA registaram em outubro o maior aumento dos últimos oito meses. Segundo a Bloomberg, os dados surpreenderam alguns investidores que acreditavam que a Fed poderá reduzir o ritmo de subida dos juros, depois da desaceleração da inflação no mês passado. Neste contexto, o S&P 500 cai 0,36%, enquanto o industrial Dow Jones cede 0,06%. O tecnológico Nasdaq perde 1,29%.

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Conselheiros da UE propõem windfall tax que duplica receita

  • ECO
  • 16 Novembro 2022

Com esta medida, entrariam nos cofres públicos europeus 65 mil milhões de euros, mais do dobro face à proposta de Bruxelas.

O Observatório Fiscal da União Europeia (UE) defende a tributação dos ganhos em bolsa das energéticas, considerando que é um indicador mais direto para taxar os lucros do que o proposto pela Comissão Europeia, avança o Jornal de Negócios (acesso pago). Com esta medida, entrariam nos cofres públicos europeus 65 mil milhões de euros, mais do dobro da proposta de Bruxelas.

Numa nota publicada esta semana, aquele organismo independente defende a criação de um “imposto moderno sobre os lucros excessivos”, uma proposta que, embora seja semelhante à da Comissão Europeia, difere na incidência da taxa. O Observatório propõe que essa taxa incida sobre a subida na capitalização bolsista das energéticas que beneficiam dos aumentos galopantes dos preços.

Enquanto isso, Bruxelas propõe uma taxa de 33% sobre os lucros registados em 2022 (ou 2023) acima de uma subida de 20% da média dos ganhos dos quatro anos anteriores. Com a medida da Comissão, iriam ser arrecadados 25 mil milhões de euros com a medida, mas com a do Observatório seriam 65 mil milhões de euros.

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Hoje nas notícias: Pensões, windfall tax e professores

  • ECO
  • 16 Novembro 2022

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

As pensões até 957,4 euros podem subir 5% em vez de 4,43%, como definido pelo Executivo. O Observatório Fiscal da União Europeia fez uma contraproposta a Bruxelas para o imposto sobre os lucros excessivos no setor energético, defendendo que deve incidir sobre a capitalização bolsista. Conheça estas e outras notícias em destaque na imprensa nacional esta quarta-feira.

Pensões mais baixas vão subir até 5% para responder à inflação

No próximo ano, as pensões da Segurança Social e da Caixa Geral de Aposentações (CGA) até 957,4 euros — equivalentes a duas vezes o Indexante de Apoios Sociais (IAS), que se fixará em 478,7 euros — podem subir 5% em vez de 4,43%, como o Governo havia legislado em decreto-lei. As contas, feitas pelo Dinheiro Vivo, significam um aumento máximo de até 50 euros, ou seja, mais entre dois ou oito euros do que o previsto para as reformas deste intervalo de valores.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso livre)

Conselheiros da UE propõem windfall tax que duplica receita

O Observatório Fiscal da União Europeia (UE), um organismo independente que aconselha Bruxelas em assuntos fiscais, defende que a taxa sobre os lucros excessivos de energéticas incida sobre a subida na capitalização bolsista destas empresas que beneficiam dos aumentos dos preços, depois da invasão russa da Ucrânia. Esta medida daria aos cofres públicos europeus 65 mil milhões de euros, mais do dobro da proposta de Bruxelas.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Mais de 5.700 professores sem vaga para subir para o 5.º e o 7.º escalões

São 5.787 os professores e educadores de infância que, apesar de terem tempo de serviço para subir na carreira docente, vão ficar retidos nos quarto e sexto escalões por falta de vaga nos quinto e sétimo. As listas definitivas de graduação foram divulgadas esta terça-feira e, no caso dos professores candidatos ao quinto escalão, onde há 2.709 vagas abertas, foram ordenados 5.483 docentes. No que respeita aos candidatos ao sétimo escalão, ficaram ordenados 4.497 docentes.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

Desconforto com revisão constitucional sobe na bancada do PS e não desaparece no PSD

Para alterar a Constituição, PS e PSD terão de negociar a aprovação das suas propostas, uma vez que todas as alterações dependem dos votos a favor de pelo menos 154 deputados, o equivalente a dois terços do hemiciclo. Mas, antes disso, os dois partidos terão de resolver as críticas internas. E a reunião da comissão política do PS, na passada quinta-feira, não conseguiu atenuar o desconforto da bancada socialista.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

Crédito à habitação com taxa variável é três vezes superior à média europeia

A subida das taxas Euribor está a ter impacto em 92% dos créditos à habitação contratados em setembro. Segundo o Banco Central Europeu (BCE), Portugal é o nono país da União Europeia com maior proporção de taxa variável no total dos créditos à habitação. Em setembro, esta taxa representou 68,9% das novas operações, o que é três vezes mais do que a média da Zona Euro, que está em 23%.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

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Pensões mais baixas vão subir até 5% para responder à inflação

  • ECO
  • 16 Novembro 2022

Estimativa mais recente da inflação para este ano aponta para um aumento de 8%, segundo a Comissão Europeia, ou seja, 0,6 pontos acima da projeção do Governo (7,4%).

Em 2023, as pensões da Segurança Social e da Caixa Geral de Aposentações (CGA) deverão aumentar acima do que foi legislado pelo Governo em decreto-lei, avança o Dinheiro Vivo (acesso livre). As pensões mais baixas, até 957,4 euros, poderão subir 5% em vez de 4,43%, segundo os cálculos feitos com base nas regras de cálculo das prestações e na estimativa mais recente da inflação para este ano.

A estimativa mais recente da inflação para este ano aponta para um aumento de 8%, segundo a Comissão Europeia, ou seja, 0,6 pontos acima da projeção do Governo (7,4%). Isto significa um aumento máximo de até 50 euros, ou seja, mais entre dois ou oito euros do que o previsto para as reformas deste intervalo de valores.

Nos escalões seguintes também haverá uma alteração face ao que foi legislado pelo Governo: pensões entre 957,4 euros e 2872,2 euros deverão subir acima dos 4,07%, e pensões entre 2872,2 euros e 5,744,4 euros (12 vezes o IAS) terão uma atualização superior a 3,53%.

Esta mexida nas atualizações só será possível porque o PS entregou uma proposta de alteração ao Orçamento do Estado para 2023 que dá margem de manobra ao Executivo para aumentar mais as pensões de forma a acomodar uma inflação mais alta, diz o Dinheiro Vivo.

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Trump anuncia recandidatura à Presidência dos EUA

  • Lusa e ECO
  • 16 Novembro 2022

"Eu não precisava disto, tenho uma vida boa e tranquila, mas amamos o nosso país e temos de salvá-lo", disse Donald Trump no anúncio da sua recandidatura.

O ex-Presidente norte-americano Donald Trump anunciou na noite de terça-feira a sua terceira recandidatura à Casa Branca e prometeu “trazer a América de volta”.

“A fim de tornar a América grande e gloriosa novamente estou a anunciar esta noite a minha candidatura à Presidência dos Estados Unidos”, disse o bilionário ao ser aplaudido por uma multidão na sua mansão em Mar-a-Lago, na Florida. “Nunca houve um movimento como este no mundo, que compita com o que nós conseguimos fazer. O regresso da América começa agora”, acrescentou.

Trump entrou numa luxuosa sala repleta de apoiantes ao lado da mulher, Melania Trump, tendo sido apresentado como o “próximo Presidente dos Estados Unidos da América”.

Rodeado de bandeiras norte-americanas e faixas com o seu icónico ‘slogan’ de campanha ‘Make America Great Again’ [Tornar a América Grande de Novo, na tradução para português], o magnata recordou o primeiro mandato de forma idílica, descrevendo esse período como um país em paz, próspero e respeitado no cenário internacional, e exagerando na descrição das suas conquistas enquanto Presidente.

“Estou a concorrer porque acredito que o mundo ainda não viu a verdadeira glória que esta nação pode ter. Vamos novamente colocar a América em primeiro lugar”, disse. Ao mesmo tempo que prometia “unidade”, Trump indicou que derrotará “os democratas radicais de esquerda que estão a tentar destruir o país por dentro”.

O republicano prometeu assim que o atual Presidente “não passará mais quatro anos” na Casa Branca: “Joe Biden personifica os fracassos da esquerda e a corrupção de Washington”, acusou o ex-Presidente. “Eu não precisava disto, tenho uma vida boa e tranquila, mas amamos o nosso país e temos de salvá-lo“, afirmou, referindo-se à sua recandidatura.

Numa reação ao anúncio da recandidatura do seu antecessor, o Presidente norte-americano, Joe Biden, disse que Trump “falhou aos Estados Unidos”, numa breve mensagem na rede social Twitter, publicada a partir da ilha indonésia de Bali, onde Joe Biden se encontra a participar na cimeira do G20.

Por sua vez, o presidente do Comité Nacional Democrata, Jaime Harrison, disse em comunicado que Trump foi um fracasso enquanto Presidente e que, por isso, perdeu as eleições em 2020. “Vai perder de novo”, notou. “Os democratas estão prontos para lembrar os americanos o que Trump trouxe para a América: o pior registo de empregos desde a Grande Depressão, mil milhões em impostos para os mais ricos e corporações”, acrescentou.

Uma hora depois de ter iniciado o discurso e já perto do fim, o magnata pediu a eliminação de todas as votações antecipadas, votações à distância e o uso urnas eletrónicas: “Apenas cédulas de papel”, defendeu.

Trump também exigiu mais uma vez que todos os votos fossem contados na mesma noite da eleição, apesar de os Estados Unidos nunca terem contado todos os votos na noite do sufrágio numa eleição moderna, segundo o The New York Times.

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90% das empresas oferecem seguro de saúde. Mas cobertura de saúde mental é ainda limitada

Apesar de 66% das seguradoras afirmarem cobrir sessões de acompanhamento psicológico e/ou psiquiátrico, na prática, dois terços dessas seguradoras cobrem apenas 10 sessões ou menos.

Atrair e reter talentos passa, cada vez mais, por uma dinâmica de employee value propositon, com o pacote salário, oportunidades de carreira, flexibilidade e benefícios a serem tidos em conta. No campo dos benefícios, com a pandemia, os relacionados com a saúde ganharam ainda maior relevância junto dos colaboradores e, atualmente, 90% das empresas oferecem seguro de saúde. Mas persiste uma lacuna: as coberturas dedicadas à saúde mental, revela o estudo “Mercer Marsh Benefits Health Trends 2023”, a que a Pessoa teve acesso.

“As escolhas e decisões dos colaboradores são cada vez mais decorrentes de um conjunto de fatores que não apenas a compensação, e essas escolhas dependem das suas prioridades, preferências e necessidades. Neste contexto, a opção de escolha é chave, e os benefícios, ou em particular do seguro de saúde, podem traduzir-se numa vantagem competitiva, o que é chave para a atração e retenção”, começa por explicar Miguel Ros Galego, business leader da Mercer Marsh Benefits Portugal.

“A pandemia levou a algumas alterações naquilo que são as prioridades e fatores mais valorizados pelos colaboradores. A saúde e a proteção dos familiares ganhou ainda mais relevância para os colaboradores, pelo que uma empresa que ofereça benefícios neste contexto (que permitam ao colaborador sentir o seu bem-estar físico e dos seus está assegurado) poderá ter uma vantagem competitiva”, continua.

No que toca à saúde mental, tem-se verificado ao longo dos últimos anos uma “crescente consciencialização” da saúde mental enquanto risco organizacional, sendo Portugal apontado como um dos países em que as pessoas correm o maior risco de burnout. Contudo, a emergência do tema não se traduz necessariamente em seguros de saúde com essa cobertura. Em 2022, cerca de uma em cada cinco seguradoras (16%) não contemplam uma cobertura de saúde mental (contra 26% em 2021). Apesar de existir um progresso, a oferta das seguradoras nesta área é ainda “muito limitada”, salienta a consultora no estudo.

Em Portugal, as seguradoras oferecem apenas apoio à saúde mental através das suas redes wellbeing a preços ou com descontos convencionados, pelo que existe claramente ainda um caminho a percorrer nesta área. A atenção à saúde mental dos colaboradores é chave no sucesso da gestão de pessoas nas organizações, pelo que cabe aos profissionais de RH terem a capacidade de garantir essa lacuna nos seus planos de saúde ou encontrar modelos outros de promoção da saúde mental dos seus colaboradores.

Miguel Ros Galego

Business leader da Mercer Marsh Benefits Portugal

Dois terços das seguradoras (66%) afirmam cobrir sessões de acompanhamento psicológico e/ou psiquiátrico, mas, na prática, dois terços dessas seguradoras cobrem apenas 10 sessões ou menos. Pressupondo que é feita uma sessão por semana, significa que o plano cobre apenas 20% das despesas médicas, o que é, para a Mercer Marsh Benefits Portugal, “insuficiente”.

“É positivo ver que existe uma maior preocupação das seguradoras com a saúde mental, mas as estão ainda aquém das necessidades”, comenta Miguel Ros Galego.

“Em Portugal, as seguradoras oferecem apenas apoio à saúde mental através das suas redes wellbeing a preços ou com descontos convencionados, pelo que existe claramente ainda um caminho a percorrer nesta área. A atenção à saúde mental dos colaboradores é chave no sucesso da gestão de pessoas nas organizações, pelo que cabe aos profissionais de RH terem a capacidade de garantir essa lacuna nos seus planos de saúde ou encontrar modelos outros de promoção da saúde mental dos seus colaboradores”, defende.

A cobertura de sessões de acompanhamento psicológico e/ou psiquiátrico na Europa é a mais limitada, com apenas 6% das seguradoras a oferecerem sessões ilimitadas. O valor compara com o Médio Oriente e a Ásia, onde 29% e 16% das seguradoras oferecem, respetivamente, sessões ilimitadas neste campo.

Os riscos emocionais ou mentais são o terceiro maior fator de risco a influenciar os custos médicos de grupo assegurado pelos empregadores a nível mundial, e o segundo maior fator na Europa, América Latina e Caraíbas.

Outras tendências nos cuidados de saúde assegurados pelas empresas

Além da persistência de lacunas nas coberturas dedicadas a saúde mental, o estudo desenvolvido pela Mercer Mars Benefits (MMB) identifica outras quatro tendências nos cuidados de saúde asseguradas pelas empresas. A primeira é, desde logo, o aumento dos custos médicos por pessoa, que estão a aproximar-se dos níveis pré-pandémicos; seguindo-se o impacto da Covid-19 nas reclamações; a modernização em curso dos planos de saúde; e a necessidade de maior rigor na gestão do plano de saúde.

O aumento contínuo da inflação torna-se a principal preocupação das organizações. Perante o inevitável impacto do atual contexto económico, o estudo sublinha a importância das empresas contemplarem este fator nas ofertas de benefícios para 2023. Mais de dois terços (68%) das seguradoras acreditam que as organizações farão melhorias nos planos de saúde, de forma a promover a atração e retenção de talento e o compromisso dos colaboradores, utilizando os benefícios como uma forma de diferenciação num mercado de trabalho competitivo. Esta tendência verifica-se sobretudo na Ásia (73%) e na Europa (73%).

As organizações devem preparar-se para um aumento da inflação e da tendência dos custos em saúde, mas terão de conseguir um equilíbrio entre o lado financeiro e a gestão das pessoas. Num mercado de trabalho pressionado, os planos de saúde continuam a ser um importante fator distintivo. É necessário ouvir os colaboradores e priorizar os benefícios e programas que mais valorizam.

Miguel Ros Galego

Business leader da Mercer Marsh Benefits Portugal

“As organizações devem preparar-se para um aumento da inflação e da tendência dos custos em saúde, mas terão de conseguir um equilíbrio entre o lado financeiro e a gestão das pessoas. Num mercado de trabalho pressionado, os planos de saúde continuam a ser um importante fator distintivo. É necessário ouvir os colaboradores e priorizar os benefícios e programas que mais valorizam”, afirma Miguel Ros Galego.

Os resultados deste estudo indicam que a preocupação com o bem-estar se deverá manter, estando em linha com os resultados do estudo “Global Talent Trends 2022”, que revelaram que um em cada três colaboradores renunciaria a um aumento salarial em troca de benefícios de saúde para si ou para os seus familiares.

Cinco recomendações

Face aos resultados apresentados pelo estudo, a Mercer Marsh Benefits deixa ainda as seguintes recomendações dirigidas às empresas:

  1. Prepare-se para futuros aumentos de custos relacionados com a inflação, não desvalorizando a importância do seguro de saúde enquanto ferramenta de atração e retenção de talento;
  2. Questione as seguradoras acerca da verdadeira extensão da sua cobertura de saúde mental;
  3. Explore a funcionalidade e a qualidade dos serviços digitais oferecidos pelas seguradoras, compreendendo de que forma estes se podem enquadrar nos benefícios oferecidos;
  4. Promova o rastreio e diagnóstico precoce de doenças crónicas, de forma a ajudar a gerir futuras despesas médicas;
  5. Esteja atento a eventuais mudanças nos requisitos das seguradoras relacionadas com as suas práticas de subscrição e desenvolva um plano eficaz para os cumprir.

O estudo, desenvolvido pela Mercer Marsh Benefits inquiriu 226 seguradoras de 56 países para identificar as principais tendências futuras dos cuidados de saúde assegurados pelas empresas.

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5 coisas que vão marcar o dia

A Greenvolt revela os resultados da emissão de dívida verde e serão conhecidos dados sobre o transporte aéreo e fluxos no mercado de trabalho.

Durante a tarde, a Greenvolt vai apresentar os resultados da operação pública de subscrição de obrigações verdes que tem como meta a angariação de 150 milhões de euros. O dia de hoje será também marcado pela divulgação de dados sobre o transporte aéreo em setembro e os fluxos no mercado de trabalho. No plano internacional, a presidente do Banco Central Europeu vai discursar em Frankfurt, terminará a reunião do G20 no Egito.

INE publica estatísticas sobre transportes

O Instituto Nacional de Estatística (INE) vai publicar dados sobre a atividade dos transportes. O gabinete de estatística vai revelar as estatísticas rápidas do transporte aéreo durante o mês de setembro, depois de em agosto se ter registado uma subida de 63% nos passageiros nos aeroportos nacionais.

Greenvolt revela contas e resultados da emissão

A Greenvolt vai divulgar os resultados da Oferta Pública de Subscrição das “Obrigações Verdes Greenvolt 2022-2027”. O montante da emissão de dívida verde foi de 150 milhões de euros, depois da empresa de energias renováveis ter aumentado o valor de 100 milhões de euros.

Como evoluíram fluxos no mercado de trabalho?

O Instituto Nacional de Estatística vai também divulgar esta quarta-feira mais estatísticas do emprego, focando-se agora nos dados sobre os fluxos entre estados do mercado de trabalho ao longo do terceiro trimestre de 2022.

Presidente do BCE discursa em Frankfurt

A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, vai discursar no 20.º aniversário da Escola Europeia de Frankfurt, numa altura em que muito se tem discutido a política que está a ser seguida com o aumento das taxas de juro. Este discurso poderá dar algumas pistas sobre a posição da líder do banco central.

Termina a reunião do G20

Chega esta quarta-feira ao fim a 17.ª Cimeira de chefes de Estado e de Governo do bloco das 19 maiores economias do mundo e União Europeia (UE). Na reunião do G20 participam a África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos da América, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia, Turquia e UE.

(Por lapso foi escrito que a Greenvolt iria apresentar as contas referentes aos primeiros nove meses do ano, quando esse anúncio está agendado para 22 de novembro.)

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Da habitação aos transportes, estas são as 20 medidas do orçamento para Lisboa em 2023

Apoios na habitação, reforço dos transportes, planos de saúde para os idosos e mais aposta no empreendedorismo são algumas das medidas do orçamento municipal para 2023.

O orçamento municipal da Câmara de Lisboa para 2023 prevê uma receita de 1.305 milhões de euros, bem como uma despesa no mesmo valor, e ainda 455 milhões de euros em investimentos. O documento prevê uma série de medidas, desde apoios na habitação, reforço dos transportes, planos de saúde para os idosos e mais aposta na sustentabilidade e empreendedorismo. Conheça as 20 medidas principais deste orçamento.

“Este não pode deixar de ser um orçamento de mudança”, com base “naquilo que foi a vontade de mudança das pessoas de Lisboa”, disse o vice-presidente da autarquia, Filipe Anacoreta Correia, esta terça-feira, durante a apresentação do orçamento.

O também responsável pela pasta das Finanças adiantou que a autarquia “ouviu todas as forças políticas” para “perceber as suas prioridades e preocupações” – recorde-se que o PSD está em minoria – e que, por isso, espera que o documento seja aprovado em reunião de Câmara.

Conheça as medidas inscritas no documento

  • 7,4 milhões de euros para o Fundo de Emergência Social;
  • 4 milhões de euros para intervenção junto de pessoas em situação de sem-abrigo;
  • 1,6 milhões de euros para o Plano de Saúde 65+;
  • 122 milhões de euros para a habitação (incluindo 4,5 milhões de euros para dar isenção de IMT aos jovens até 35 anos);
  • Devolução de 3,5% de IRS aos lisboetas;
  • 30 milhões de euros para a abertura de novas creches e escolas;
  • 10,5 milhões de euros para a abertura de novos centros de saúde;
  • 3 milhões de euros para a criação de 29 estações Gira e disponibilização de mais 1.000 bicicletas;
  • 17 milhões de euros para parques dissuasores da EMEL;
  • 60 milhões de euros para a expansão da rede de elétricos;
  • 109 milhões de euros para a renovação da frota de autocarros da Carris;
  • 15,8 milhões de euros para passes gratuitos para idosos e estudantes até 23 anos;
  • 134 milhões de euros para a construção de túneis para o Plano Geral de Drenagem de Lisboa;
  • 45 milhões de euros para a cultura: 1,6 milhões para os Arquivos da Cidade; 1,9 milhões para o Parque Mayer; 2 milhões para “um teatro em cada bairro”; 2 milhões para a Biblioteca Lobo Antunes; 3 milhões para o espaço Atlântida Alberto Manguel e 6 milhões para a reconversão do Teatro Aberto;
  • 68 milhões de euros para a higiene urbana: contratação de mais 200 trabalhadores e compra de 18 viaturas;
  • 7,3 milhões de euros para câmaras de vigilância;
  • 3,3 milhões de euros para a compra de viaturas para o Regimento de Sapadores dos Bombeiros de Lisboa;
  • Contratação de 50 agentes da Polícia Municipal e 75 bombeiros;
  • 37 milhões de euros para o Hub Azul, na Doca de Pedrouços, um “espaço para acolher empresas na área do mar e da biotecnologia”;
  • 2 milhões de euros para a Fábrica de Unicórnios.

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Fundo Alameda, do criador da FTX, investiu 20 milhões no unicórnio português Anchorage

Alameda Research, de Sam Bankman-Fried, investiu na ronda que tornou a Anchorage no sétimo unicórnio português em 2021. Diogo Mónica diz que colapso da FTX não tem influência direta na sua empresa.

O unicórnio português Anchorage Digital, um banco de criptomoedas, tem entre os acionistas o fundo falido Alameda Research, que entrou em insolvência na semana passada, após o colapso da corretora cripto FTX. A informação foi confirmada ao ECO pelo cofundador da Anchorage, Diogo Mónica, que mostrou interesse em adquirir as ações à massa falida.

Em dezembro de 2021, a Anchorage anunciou uma ronda de capital Série D de 350 milhões de dólares, liderada pelo fundo KKR, tornando-se no sétimo unicórnio de ADN nacional (o nome dado às startups que atingem uma avaliação de mil milhões de dólares). Num comunicado, a Anchorage indicava que entre os participantes estava também a Alameda Research.

Quase um ano depois do anúncio, a FTX, outrora uma das maiores corretoras de criptomoedas do mundo, pediu falência na semana passada e arrastou com ela a Alameda, ambas fundadas por Sam Bankman-Fried, bem como o valor da maioria das criptomoedas. O jovem multimilionário é acusado de transferir para a Alameda fundos depositados pelos clientes na FTX, deixando esta última numa situação financeira débil para fazer face às responsabilidades.

Numa entrevista ao ECO, Diogo Mónica conta que a participação da Alameda na ronda de investimento da Anchorage em dezembro de 2021 foi “menos de 5%” dos 350 milhões de dólares angariados, ou cerca de 20 milhões de dólares. O português garante que a posição da Alameda na Anchorage é “muito pequena” e que o grupo de Sam Bankman-Fried, que acusa de ser “criminoso”, “não tem influência nenhuma” no unicórnio português.

(Áudio: Diogo Mónica explica os contornos do investimento da Alameda na Anchorage e o que acredita que vai acontecer à participação)

Questionado sobre o que vai acontecer às ações da Anchorage Digital detidas pela Alameda, Diogo Mónica, presidente do banco de criptomoedas de ADN português, diz que “alguém as há de comprar”. Esse alguém pode ser a própria Anchorage (“talvez a Anchorage em si, ou qualquer outra pessoa”, diz). “Mas não tem qualquer influência em nós, não tem influência na empresa, não tem influência no capital em si, não há capacidade de fazer clawback [reembolso] do capital”, assegura.

Diogo Mónica viu com “muita surpresa” o colapso do império de Sam Bankman-Fried, assumindo não ter detetado sinais de que uma situação como esta estaria iminente. Com o que sabe agora, não tem dúvidas de que “foi claramente uma atitude criminal”. “O que correu mal foi ter um criminoso como CEO“, diz, referindo-se ao criador da FTX e da Alameda.

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