Portugal entre os países da UE com menor subida da carga fiscal na UE em 2021

Entre os países em que a carga fiscal subiu em 2021, Portugal foi o que registou o menor aumento. Cinco países observaram alívios e em dois o rácio dos impostos e contribuições face ao PIB manteve-se.

A carga fiscal aumentou em 20 países da União Europeia (UE) entre 2020 e 2021, manteve-se em dois Estados-membros e cinco registaram alívios no peso dos impostos e contribuições sociais face à riqueza gerada no ano. Entre os países que observaram aumentos, Portugal foi aquele em que a subida percentual foi menor.

Em termos absolutos, os cidadãos europeus pagaram mais 520 mil milhões de euros em impostos e contribuições sociais no ano passado, em comparação com 2020. Foi o terceiro ano consecutivo em que a receita em percentagem do Produto Interno Bruto (PIB) subiu na UE, assim como na Zona Euro.

Fonte: Eurostat

Segundo o Eurostat, o peso médio dos impostos e das contribuições face ao PIB (rácio impostos/PIB, uma das definições de carga fiscal) na UE aumentou de 41,1% para 41,7% entre 2020 e 2021. Entre os países em que este rácio subiu, Portugal foi o Estado-membro em que a subida foi menor, aumentando apenas 0,1 pontos percentuais, abaixo da média, para 37,6%.

Em sentido contrário, o rácio desceu na Hungria (mais de dois pontos percentuais), Croácia, França, Letónia e Países Baixos, tendo permanecido inalterado na República Checa e na Bélgica. O Estado-membro a registar o maior incremento percentual no rácio impostos/PIB foi o Chipre, de dois pontos percentuais.

Fonte: Eurostat

Em 2021, os europeus pagaram, em termos absolutos, mais de seis biliões de euros, segundo o gabinete oficial de estatísticas da UE.

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Número de processos parados nos tribunais no 2º trimestre de 2022 é o mais baixo desde 2000

O número de ações executivas cíveis pendentes registado no segundo trimestre de 2022 é o mais baixo dos últimos 23 anos, segundo dados divulgados pelo Ministério da Justiça.

O número de ações executivas cíveis pendentes registado no segundo trimestre de 2022 é o mais baixo dos últimos 23 anos. De acordo com as Estatísticas da Justiça, divulgadas pela Direção-Geral da Política de Justiça (DGPJ), a 30 de junho de 2022, havia 374.684 ações executivas cíveis pendentes nos tribunais judiciais de 1.ª instância, sendo este o número mais reduzido desde 2000.

No 2.º trimestre de 2022, o número de ações executivas cíveis pendentes registou um decréscimo de 9,9%, face ao mesmo período de 2021. Esta diminuição do número de processos fica a dever-se, sobretudo, à capacidade do sistema judicial para fazer face à procura, uma vez que a taxa de resolução processual – que mede esta capacidade de resposta – foi de 127,1%, mantendo-se assim superior a 100%. O saldo processual no 2.º trimestre de 2022 foi favorável, correspondendo a menos 7.492 processos.

As estatísticas da justiça evidenciam que a tendência de decréscimo do número de processos de falência, insolvência e recuperação de empresas entrados e findos, registada entre 2014 e 2020 terminou, tendo-se verificado, em 2021 e 2022 um aumento destes valores. Ainda assim, o número de processos pendentes contraria esta inversão de tendência, continuando a diminuir desde 2015.

Neste período, registou-se, em todas as áreas processuais, uma duração média dos processos findos inferior aos valores registados em 2007. Os valores de duração média de processos findos na área penal no ano de 2021, são os mais baixos dos últimos 27 anos, isto é, desde 1993.

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Abreu e JLA Advogados assessoram Limak Cimentos na nova central térmica de Moçambique

A Abreu Advogados e a JLA Advogados assessoraram a Limak Cimentos no desenvolvimento da sua nova central térmica, localizada na cidade da Matola, província de Maputo.

A Abreu Advogados e a JLA Advogados assessoraram a Limak Cimentos no desenvolvimento da sua nova central térmica, localizada na cidade da Matola, província de Maputo. Com capacidade de 4,8 megawatts e um investimento de 3,5 milhões de euros, esta nova infraestrutura irá gerar energia limpa para a produção de cimento, diminuindo, assim, as emissões de carbono para a atmosfera.

A coordenação da assessoria a esta operação foi conduzida por Zara Jamal, sócia da Abreu Advogados e da JLA Advogados, e contou com a participação de uma equipa multidisciplinar dos dois escritórios, composta por Mafalda Teixeira de Abreu, sócia contratada da Abreu Advogados; Isabel Pinheiro Torres, advogada principal da Abreu Advogados; e Deivid Sacur, advogado da JLA Advogados.

A Limak Cimentos faz parte da Limak Group e é um dos três principais produtores de cimento em Moçambique, com um largo investimento na economia local e nacional, nomeadamente nas áreas da Construção e de Investigação e Desenvolvimento.

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O papel do Gestor de RH na Estratégia Organizacional

  • PESSOAS + EY
  • 31 Outubro 2022

O Gestor de RH tem um lugar de destaque na implementação da Estratégia de Negócio. É a combinação entre pessoas e processos que impulsionam o alcance dos objetivos estratégicos e das metas de negócio.

O papel do Gestor de Recursos Humanos é essencial e indiscutível para qualquer organização, tenha a função outras denominações ou não, seja desempenhada com foco nos colaboradores ou em conjunto com outras tarefas, como por exemplo gestão de processos gerais de secretariado, receção, arquivo e documentação, etc. Tradicionalmente, esta função trata dos processos administrativos relacionados com os colaboradores, tais como admissão, processamento de salários e benefícios, gestão de assiduidade e controlo de ausências, deslocações, processos disciplinares, desvinculo, entre outros.

Nas últimas décadas, as empresas passaram por processos de evolução a vários níveis para poderem responder às mudanças de mercado e de envolvente externa. Para se adaptarem a novos mercados, novas tecnologias, à concorrência e ao conhecimento evolutivo, também as organizações tiveram que evoluir internamente. As organizações passaram por processos de transformação de negócio que obrigaram à implementação de novas formas de trabalho. Com essas novas formas de trabalho, também as funções internas se transformam, e é neste contexto que o papel do gestor de recursos humanos também se transformou e evoluiu para uma dimensão estratégica e de assessoria, embora mantendo as suas responsabilidades administrativas.

Hoje, o Gestor de Recursos Humanos “pensa” na organização tendo como referência a estratégia e as metas de negócio a alcançar. Desenvolve atividades analíticas essenciais para apoiar o negócio, como por exemplo:

  • Diagnóstico e proposta de ajustamentos da Estrutura Orgânica e das responsabilidades das unidades orgânicas, de acordo com os desafios estratégicos de médio e longo prazo;
  • Análise do Modelo de Funções e de Competências e redistribuição da força de trabalho de acordo com as necessidades internas e níveis pretendidos de eficiência organizacional;
  • Desenho e implementação do Modelo de Remuneração de acordo com os desafios internos e de mercado;
  • Gestão e desenvolvimento do Talento e de Carreiras, implementando programas de desenvolvimento do conhecimento, de competências e das pessoas;
  • Análise e gestão da Sucessão com vista à Retenção de Talento e continuidade dos processos de trabalho;
  • Análise dos níveis de produtividade interna e controlo do desempenho;
  • Gestão do Clima, da Motivação e da Satisfação das pessoas;
  • Gestão da mudança e da comunicação interna;
  • Temas estratégicos de sustentabilidade, seja na vertente social, seja na vertente de Diversidade e Inclusão.

Poderá assumir-se que esta função agrega informação essencial para dinamizar a organização e para a fazer alcançar os níveis desejados de produtividade, trabalhando em parceria com as áreas de negócio e com a liderança. É uma função que dispõe de ferramentas para apoiar os gestores e os líderes nas suas funções como um verdadeiro assessor interno e impulsionador das novas tendências, acompanhando a transformação do mercado de trabalho, das pessoas, da tecnologia e dos processos de negócio.

Eliana Canteiro, Senior Manager EY, People Advisory Services

Porque as pessoas são um recurso essencial para a organização, também as organizações devem olhar para as mesmas com destaque e atenção. Posicionar estrategicamente o Gestor de Recursos Humanos na organização e atribuir-lhe funções analíticas e de desenvolvimento interno, é um passo essencial para o sucesso do negócio dado o contributo que esta função tem para o processo de tomada de decisão estratégica e para a gestão das pessoas.

Texto por Eliana Canteiro, Senior Manager EY, People Advisory Services

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Governo vai aumentar valor das bolsas do ensino superior em 10% em 2022

  • Lusa e ECO
  • 31 Outubro 2022

A medida, anunciada pela ministra Elvira Fortunato, vai vigorar extraordinariamente este ano letivo. Bolsas de estudo terão ainda majoração de 5% em complementos atribuídos a alunos deslocados.

A ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior anunciou esta segunda-feira que o Governo vai aumentar em 10% o valor das bolsas para estudantes do ensino superior, uma medida extraordinária em vigor em 2022. A medida foi anunciada por Elvira Fortunato, que está a ser ouvida pelas comissões parlamentares de Orçamento e Finanças e de Educação e Ciência, no âmbito da discussão em especialidade do Orçamento do Estado para 2023.

Além do aumento de 10% para todos os estudantes bolseiros, as bolsas de estudo terão também uma majoração de 5% nos complementos atribuídos aos alunos deslocados, havendo ainda um aumento de 50% nas bolsas dos alunos carenciados que façam Erasmus.

“Esta medida, que vigorará extraordinariamente neste ano letivo, permitirá que todos os estudantes bolseiros tenham a sua bolsa aumentada acima das previsões de inflação existentes, garantindo-se assim que, no mínimo, se mantém o valor real do apoio social que é concedido”, afirmou a ministra, sem precisar a partir de quando o aumento entra em vigor.

Elvira Fortunato esclareceu ainda que os aumentos agora anunciados complementam as medidas de reforço dos apoios sociais anunciadas em agosto e que entraram em vigor no início do ano letivo, como o alargamento do limiar de elegibilidade e a atribuição automática de bolsa aos alunos dos 1.º, 2.º e 3.º escalões de abono de família.

A propósito das bolsas de estudo, a ministra recordou que mais de 41 mil alunos do ensino superior já têm bolsa atribuída, quase metade da totalidade dos pedidos submetidos até ao momento, sendo que a maioria já foi paga. De acordo com a governante, é o número mais elevado de sempre, quer de pedidos decididos, quer de bolsas pagas.

“Mas estamos bem cientes que essa estabilidade não exige apenas rapidez na atribuição de bolsas. Exige também montantes de bolsas adequados a ajudar os estudantes a combater os efeitos da carestia de vida e a compensar o efeito da inflação na perda do seu poder de compra”, sublinhou.

Governo quer até 2027 metade das bolsas de doutoramento para cientistas em empresas

O Governo quer até 2027 que metade das bolsas de doutoramento para investigadores científicos seja atribuída fora das universidades e laboratórios, nomeadamente em empresas.

“É um objetivo que, até 2027, as bolsas de doutoramento em ambiente não académico passem a representar pelo menos 50% do total de novas bolsas atribuídas”, disse a ministra da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior, realçando que existem apenas “8% de doutorados em ambiente não académico/científico”.

Segundo Elvira Fortunato, o sistema científico “não pode investigar e formar em circuito fechado, deve aprofundar as suas relações com o ecossistema empresarial, deve estimular uma melhor integração de doutorados em contextos não académicos e favorecer a translação de conhecimento para a sociedade”.

A proposta de OE2023 no setor da ciência recupera a atribuição de bolsas de doutoramento a investigadores que façam o seu trabalho em empresas, apoio que deixou de ser concedido há seis anos.

De acordo com a nota explicativa da proposta de OE2023 para o setor, serão concedidas 2.885 novas bolsas de doutoramento, das quais 650 em empresas, todas financiadas diretamente pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), que em 2016 deixou de abrir concursos para bolsas de doutoramento em empresas.

As bolsas de doutoramento, atribuídas pela FCT em regime de exclusividade e com a duração de quatro anos, conferem o grau académico de doutor a um investigador que execute o seu trabalho científico num laboratório ou universidade. Até 2015, os investigadores científicos puderam concorrer a uma bolsa de doutoramento com plano de projeto numa empresa com financiamento da FCT.

Comparado com 2022, o orçamento previsto para a FCT em 2023 destina mais 293 mil euros para bolsas de doutoramento, cujas dotações totalizam 134,816 milhões de euros, representando 20% do investimento da agência.

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Economia europeia abranda. Portugal está entre os países que mais cresceram

Economias do euro abrandaram para 0,2% no terceiro trimestre depois de um crescimento de 0,8% nos três meses anteriores. Crescimento homólogo no terceiro trimestre também abrandou para 2,1%.

A economia da Zona Euro abrandou no terceiro trimestre, tanto em relação aos três meses anteriores como em termos homólogos. De acordo com os dados publicados esta segunda-feira pelo Eurostat, a Zona Euro abrandou para 0,2% em cadeia e, em termos homólogos, para 2,1%. Em ambos os casos, Portugal está entre as economias que mais cresceram, mas ainda só existem dados de dez países.

As economias do euro tinham registado um crescimento de 0,8% no segundo trimestre, que desacelerou para 0,2% nos três meses seguintes. Este é o desempenho mais fraco desde a recuperação da pandemia de Covid-19 no segundo trimestre de 2021 e os indicadores parecem apontar para uma mudança de um período de expansão para um de contração económica no quarto trimestre, apontam os analistas. Este desempenho pode em parte ser explicado pelo facto de as taxas de inflação continuarem a bater recordes e os preços da energia continuarem em valores muito elevados apesar das medidas já adotadas a nível europeu, o que obriga o Banco Central Europeu a prosseguir uma política de aumento das taxas de juro, que acaba por ter um efeito recessivo sobre as economias.

Já na comparação com o mesmo período do ano passado, o crescimento no terceiro trimestre foi de 2,1%, contra os 4,3% registados três meses antes, um desempenho que foi ao encontro das expectativas dos analistas.

O abrandamento é igualmente significativo a nível da União Europeia. Em cadeia o crescimento foi também de 0,2% (tinha sido de 0,7% no segundo trimestre) e em termos homólogos foi de 2,4%, contra os 4,3% registados três meses antes.

Tendo em conta os dados das dez economias para as quais já existe informação, Portugal foi o país que mais cresceu em termos homólogos, com uma evolução de 4,9% do PIB, seguido de Espanha que cresceu 3,8%.

Mas quando a comparação é feita em cadeia, o que permite ter uma perceção melhor do ritmo de desempenho das economias, a Suécia é o país que mais cresceu (0,7%), seguida da Itália (0,5%) e de Portugal e Lituânia, ambas com um crescimento de 0,4%. Mas entre estas economias, as tendências são diferentes, já que Estocolmo estagnou nos 0,7%, Lisboa e Vilnius cresceram face ao segundo trimestre e Roma abrandou face aos três meses anteriores.

Os dados do Eurostat revelam ainda que algumas economias já estão em terreno negativo no terceiro trimestre. É o caso da Letónia, que sofreu uma contração de 1,7% após um crescimento zero no segundo trimestre, da Áustria, cujo PIB caiu 0,1%, contra o crescimento de 1,9% três meses antes, e da Bélgica que também contraiu 0,1%, após um crescimento de 0,5% no segundo trimestre.

(Notícia atualizada com mais informação)

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Inflação na Zona Euro acelera para 10,7% em outubro

A variação homóloga do índice de preços harmonizado na Zona Euro terá sido de 10,7% em outubro. Portugal ficou ligeiramente abaixo da média dos países do euro.

A taxa de inflação homóloga na Zona Euro terá acelerado para 10,7% em outubro, uma subida de 0,8 pontos percentuais face aos 9,9% registados no mês anterior, de acordo com a estimativa rápida divulgada esta segunda-feira pelo Eurostat. Portugal voltou a ficar abaixo da média dos países do euro, ao registar uma taxa de 10,6% (no indicador utilizado para a comparação europeia).

O encarecimento dos preços dos produtos energéticos (+41,9% em outubro face aos 40,7% em setembro) continua a ser o fator que mais contribuiu para a aceleração da taxa de inflação na região.

Segue-se a alimentação, álcool e tabaco (13,1% em setembro versus 11,8% em agosto), os bens industriais não energéticos (6% em outubro contra 5,5% em setembro) e os serviços (4,4% em outubro contra 4,3% em setembro), segundo as estimativas do gabinete de estatísticas europeu.

O Eurostat disponibiliza os números do Índice Harmonizado de Preços do Consumidor (IHPC) dos Estados, que são utilizados para comparar a inflação entre os países europeus. Portugal terá registado um IHPC de 10,6% em outubro, pelo voltou a ficar abaixo da média da Zona Euro, à semelhança do que sucedeu em setembro.

França terá sido o país da Zona Euro a registar a menor subida de preços, com uma taxa de inflação de 7,1% em outubro, face ao período homólogo, seguida por Espanha (7,3%) e Malta. No polo oposto, e com a maior subida de preços, está novamente a Estónia (22,4%), seguida pela Lituânia (22%) e pela Letónia (21,8%), países bastante afetados pela guerra na Ucrânia.

Já no que toca à variação em cadeia, isto é, entre setembro e outubro, Estónia, Grécia, Espanha, Chipre, Lituânia, Holanda, Eslovénia e Finlândia foram os países a registarem uma desaceleração nas taxas de inflação.

Na quinta-feira, o Banco Central Europeu (BCE) voltou a aumentar as taxas de juro em 75 pontos base para o nível mais elevado desde 2008, para tentar controlar a escalada dos preços. Esta subida já era amplamente esperada pelos investidores, que aguardam agora por sinais em relação a um eventual abrandamento do ritmo de aumentos das taxas já na próxima reunião de dezembro.

(Notícia atualizada pela última vez às 10h39)

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Uma dúzia de navios com cereais partiu da Ucrânia esta segunda-feira

  • Joana Abrantes Gomes
  • 31 Outubro 2022

Kiev confirma a partida de 12 navios carregados com cereais dos portos ucranianos. ONU e Turquia trabalham para salvar o acordo de exportação depois de Moscovo ter suspendido a participação.

Pelo menos 12 navios com cereais saíram dos portos ucranianos na manhã desta segunda-feira, apesar de a Rússia ter suspendido no fim de semana a sua participação nos acordos sobre exportações agrícolas, anunciou o ministro das Infraestruturas da Ucrânia, Oleksandr Kubrakov.

Numa publicação na sua conta na rede social Twitter, o responsável disse ainda que as delegações das Nações Unidas e da Turquia, responsáveis pela negociação dos acordos entre Kiev e Moscovo em julho, “disponibilizaram dez equipas de inspeção para inspecionarem 40 navios com o objetivo de cumprirem a iniciativa de cereais do Mar Negro“. “Este plano de inspeção foi aceite pela delegação ucraniana e a delegação russa foi informada”, acrescentou Kubrakov.

“Ao mesmo tempo, a passagem para portos ucranianos para carregamento é aprovada para quatro navios que já passaram na inspeção no (estreito de) Bosphorus no dia anterior. O grupo de inspeção foi composto por representantes das Nações Unidas, da Turquia, da Ucrânia e da Rússia”, relatou o ministro ucraniano noutra publicação.

A Rússia suspendeu no sábado a sua participação no acordo de exportação de cereais ucranianos a partir do Mar Negro, depois de ter acusado a Ucrânia de ter feito um ataque à sua frota na Crimeia com um drone. Kiev nega as acusações.

A ONU e a Turquia continuam em negociações com a Rússia para tentar salvar o acordo para manter as exportações de cereais a fluir através do Mar Negro, enquanto os preços do trigo, de que a Ucrânia é um dos maiores fornecedores mundiais, estão a disparar acima de 5% esta manhã. O milho subiu até 2,8%, avança a Bloomberg.

No terreno, a Rússia lançou vários ataques com mísseis em toda a Ucrânia, incluindo na capital Kiev, de acordo com as autoridades ucranianas. “Outro lote de mísseis russos atinge a infraestrutura crítica da Ucrânia. Em vez de lutar no campo de batalha, a Rússia luta contra civis”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, reiterando que Moscovo “não está interessada em negociações de paz, nem na segurança alimentar global”.

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Economia cresceu 0,4% em cadeia no terceiro trimestre. Evolução homóloga foi de 4,9%

"O contributo da procura interna para a variação homóloga do PIB diminuiu no 3º trimestre, verificando-se uma desaceleração do consumo privado e do investimento", explica o INE.

A economia portuguesa cresceu 0,4% no terceiro trimestre face aos três meses anteriores. Mas cresceu 4,9% em termos homólogos, ou seja, face ao mesmo período do ano passado, revelam os dados publicados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

“O Produto Interno Bruto (PIB), em termos reais, registou uma variação homóloga de 4,9% no terceiro trimestre”, o que compara com uma evolução de 7,4% no trimestre anterior, avança o INE. “O contributo da procura interna para a variação homóloga do PIB diminuiu no terceiro trimestre, verificando-se uma desaceleração do consumo privado e do investimento”, explica o instituto na nota publicada.

Já o “contributo positivo da procura externa líquida para a variação homóloga do PIB também diminuiu, traduzindo a desaceleração das exportações de bens e serviços, em volume, mais intensa que a das importações. Em resultado do crescimento pronunciado do deflator das importações, superior ao observado nas exportações, verificou-se uma perda significativa de termos de troca pelo sexto trimestre consecutivo, embora menos intensa que no trimestre anterior”, acrescenta o INE.

Os economistas ouvidos pelo ECO apontavam para uma estagnação ou até mesmo uma ligeira contração. As estimativas variavam entre uma contração de 0,5% e um crescimento de 0,3% em cadeia no terceiro trimestre. No segundo trimestre, Portugal cresceu 0,1% face aos primeiros três meses do ano.

Comparando com o segundo trimestre, “o PIB aumentou 0,4% em volume, mais 0,3 pontos percentuais que o registado no trimestre anterior“, detalha o INE, justificando este desempenho com o contributo da procura interna para a variação em cadeia do PIB ter passado a ser positivo. O INE destaca “o crescimento do consumo privado apesar da aceleração dos preços no consumidor, enquanto o contributo da procura externa líquida foi inferior ao observado no trimestre precedente“.

A estimativa rápida do INE incorpora “nova informação primária, nomeadamente no que se refere ao comércio internacional de bens relativo ao trimestre”, que, contudo, “não implicou revisões nas taxas de variação homóloga e em cadeia do PIB divulgadas na edição das Contas Nacionais Trimestrais por Setor Institucional de 23 de setembro de 2022”, salienta o INE.

Na proposta de Orçamento do Estado para 2023, o Executivo aponta para um crescimento de 6,5% este ano e 1,3% no próximo. Já o Banco de Portugal prevê um crescimento de 6,7% para este ano, uma previsão partilhada pelo Conselho das Finanças Públicas (CFP) que antecipa um abrandamento para 1,2% em 2023, numa base de políticas invariantes, ou seja, que não tem em conta as medidas que o Governo vai tomar, nomeadamente no OE. Mas o Fundo Monetário Internacional é a instituição mais pessimista e aponta para um crescimento de 6,2% este ano e de 0,7% no próximo.

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Custo dos despedimentos sobe mais do que parece

  • ECO
  • 31 Outubro 2022

Segundo o PS, que elaborou a proposta entretanto acolhida no acordo de rendimentos, o aumento das compensações de 12 para 14 dias também vai incidir sobre o trabalho prestado nos últimos nove anos.

O PS propôs que a compensação por despedimento passe a corresponder a 14 dias de retribuição base e diuturnidades por cada ano completo de antiguidade, acima dos atuais 12 dias. A intenção é que este aumento seja aplicado sobre todo o trabalho prestado ao longo dos últimos nove anos, ou seja, desde outubro de 2013, e não apenas pelo futuro, ao contrário do que esperava a Confederação Empresarial (CIP), avança o Jornal de Negócios (acesso pago).

O aumento deverá aplicar-se aos despedimentos coletivos ou por extinção de posto de trabalho que forem celebrados depois da entrada em vigor da lei, que estava prevista para 1 de janeiro. No entanto, deverá atrasar, pois devido às metas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) sobre o trabalho em plataformas digitais não pode entrar em vigor depois do fim de março de 2023, ficando em causa os custos do despedimento que decorrerem daí em diante.

Assim, se a lei entrar em vigor a 1 de janeiro e uma pessoa for despedida a 31 de dezembro de 2023, já com sete anos de antiguidade, tem direito a uma compensação por despedimento equivalente a 14 dias de salário base e diuturnidades por cada um dos sete anos que trabalhou na mesma empresa, em vez de uma compensação de 12 dias por cada um dos primeiros seis e de mais 14 dias pelo último. O impacto pode variar, mas, neste exemplo, corresponde a uma diferença de 16,7% na compensação a pagar ao trabalhador face à lei em vigor, e não a uma subida de 2,4% que se aplicaria se o novo valor só valesse para o trabalho futuro).

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Governo alerta que doutoramentos nos politécnicos têm “riscos”

  • ECO
  • 31 Outubro 2022

Deputados debatem mudanças no ensino superior que podem abrir a porta a fusões no setor, mas Governo defende a manutenção de um sistema binário, com ensino universitário e politécnico.

A possibilidade de os institutos politécnicos mudarem a sua designação para universidades e passarem a poder atribuir doutoramentos está atualmente em discussão no Parlamento, cabendo a decisão aos deputados. Ainda assim, o Governo alerta para os “riscos” que essas alterações comportam, apontando que podem pôr em causa o sistema binário atualmente existente e abrir a porta a uma reorganização do setor que passe por fusões entre instituições, noticia o Público (acesso condicionado).

Segundo o secretário de Estado do Ensino Superior, Pedro Teixeira, “o sistema de ensino superior ganha em ser diversificado”, sendo o atual sistema binário – com um subsistema de ensino universitário e outro politécnico – uma “condição para isso”. Nesse sentido, no caso de ambas as medidas serem aprovadas, tal “vai ser cada vez mais difícil”.

As eventuais mudanças não seriam “apenas uma mudança de nome”, explica o responsável. Uma reorganização da rede de ensino superior, nomeadamente através de fusões entre instituições — como já fez a Noruega e está agora a Irlanda a concluir –, são “sempre processos complexos, desgastantes e dispendiosos“, defende Pedro Teixeira. Até à data, em Portugal, o único caso foi a fusão entre as universidades Clássica e Técnica de Lisboa, concluída em 2012, por iniciativa das reitorias das duas instituições.

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Hoje nas notícias: despedimentos, energia e Tomé Feteira

  • ECO
  • 31 Outubro 2022

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O aumento das compensações de 12 para 14 dias vai incidir sobre o trabalho prestado ao longo dos últimos nove anos e não apenas pelo futuro. Jorge Vasconcelos diz não ser “um defensor do mecanismo ibérico”. A marcar o dia está ainda a notícia de que o património de Lúcio Tomé Feteira está por localizar. Há mais de 15 mil alunos à espera para tirar carta de condução.

Custo dos despedimentos sobe mais do que parece

O PS propôs que a compensação por despedimento passe a corresponder a 14 dias de retribuição base e diuturnidades por cada ano completo de antiguidade (acima dos atuais 12 dias). Esta intenção vai aplicar-se sobre todo o trabalho prestado ao longo dos últimos nove anos, ou seja, desde outubro de 2013, e não apenas pelo futuro, ao contrário do que esperava a CIP.

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“Não sou um um defensor do mecanismo ibérico”, diz Jorge Vasconcelos

Jorge Vasconcelos, antigo presidente da ERSE, afirma que não é “um defensor do mecanismo ibérico” e sublinha que este mecanismo “foi criado para baixar os preços dos consumidores que têm contratos indexados ao mercado spot” e em Portugal, isso não existe no segmento doméstico, são mais os industriais”. Em entrevista ao Jornal de Negócios, diz ainda que não concorda “com a existência da CESE em 2022” e considera que a hipótese de regressar ao mercado regulado de eletricidade e gás é “a melhor opção” para fugir aos preços altos da energia e à incerteza dos mercados.

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Governo diz que doutoramentos nos politécnicos têm “riscos”

A possibilidade de os institutos politécnicos mudarem a sua designação para universidades e passarem a poder atribuir doutoramentos está atualmente em discussão na Assembleia da República, cabendo a decisão aos deputados. Ainda assim, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES) alerta para os “riscos” que essas alterações comportam, apontando que pode pôr em causa o sistema binário atualmente existente e abrir a porta a uma reorganização do setor que passe por fusões entre instituições. Estes processos seriam “complexos, desgastantes e dispendiosos”, defende o Governo.

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Herança de Tomé Feteira está desaparecida

O património de Lúcio Tomé Feteira está por localizar, duas décadas após a morte do milionário de Vieira de Leiria. Michel Canals, seu ex-gestor de conta na Suíça, disse em tribunal que a fortuna do empresário foi estimada entre 800 e 1.000 milhões de euros, enquanto um ex-conhecido de Tomé Feteira e da filha afirmou que o património valeria cerca de 40 milhões de euros. No entanto, nenhum destes valores está refletido na relação de bens da herança de Tomé Feteira apresentada no processo de insolvência pessoal do ex-deputado do PSD Duarte Lima.

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Mais de 15 mil alunos estão à espera para tirar carta de condução

No início de outubro, havia 15.214 exames pendentes pedidos pelas escolas de condução, para renovações de carta e para reconhecimento de títulos estrangeiros, segundo dados do Instituto de Mobilidade e dos Transportes (IMT). Desse total, 12.881 são exames de condução e 2.333 são provas teóricas. Há quem esteja à espera durante meses pela marcação de prova, o que, segundo o Automóvel Clube de Portugal (ACP) e a Associação Portuguesa de Escolas de Condução (APEC), se deve à “falta brutal” de examinadores e de instrutores.

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