BPI/CaixaBank põe Navigator entre as preferidas para fazer face à inflação
Num ano marcado pela inflação e bancos centrais, BPI/CaixaBank coloca a Navigator no lote das preferidas. Antecipa bons resultados e dividendo generoso apesar da subida dos custos energéticos.
A Navigator NVG 3,93% está na “core list” do BPI/CaixaBank para este ano que será marcado pela inflação e pela inversão dos estímulos dos bancos centrais. A papeleira não está imune à pressão da subida dos custos, sobretudo relacionados com a energia. Mas já subiu o preço do papel por várias ocasiões nas últimas semanas e isso irá permitir-lhe registar o segundo melhor resultado antes de impostos e juros da sua história e continuar a entregar dividendos generosos aos acionistas, de acordo com os analistas.
“Apesar da pressão de subida nos custos, particularmente nos custos energéticos, subir os preços do papel UWF deverá permitir à Navigator obter o segundo maior EBITDA na sua história em 2022”, diz o banco de investimento luso-espanhol numa nota de research enviada aos clientes esta segunda-feira.
“A história do dividendo atrativo está intacta com outros 150 milhões de dividendos distribuídos em 2021 (yield de 6%), que esperamos que sejam mantidos”, acrescentam os analistas.
A Navigator, a quem o banco atribuiu um preço alvo de 4,50 euros, atribuindo um potencial de valorização de 34% face à cotação de sexta e uma recomendação de compra, é mesmo a única cotada portuguesa entre as preferidas do BPI/CaixaBank para este ano no mercado da Península Ibérica. São mais sete: Amadeus, BBVA, Cellnex, Iberdrola, Inditex, Merlin Properties e a Sacyr.
Apesar da nota, as ações da Navigator estão a cair mais de 2% esta segunda-feira.
Navigator desliza esta segunda
Num segundo patamar de preferências estão mais duas ações nacionais que podem resistir bem no mercado ao longo de um ano em que o tema dominante será a escalada dos preços e a subida dos juros pelos bancos centrais: Sonae e EDP.
Em relação à Sonae, os analistas dizem-se atentos aos movimentos de reestruturação dos últimos dois anos para indicar o “ângulo de reestruturação deverá prevalecer com foco na extração de valor”. Preveem ainda um bom desempenho operacional no setor da alimentação e eletrónica, “que deverão manter tendências operacionais sólidas”. Já o segmento Moda e a Sierra são divisões mais pequenas, “mas também deverão beneficiar da reabertura da economia”. E “a inflação será um plus para a Sonae MC”, o principal ativo da Sonae, cerca de 50% do ativo líquido. Por isto dão um preço-alvo de 1,5 euros.
Sobre a EDP, com um preço-alvo de 6,10 euros, o BPI/CaixaBank dá conta de um “apelo de M&A” em torno da elétrica e da sua subsidiária no Brasil. Além disso, a ação “tem tido um desempenho em bolsa abaixo dos pares face à correção de preço da EDP Renováveis (por causa das expectativas de inflação e receios de subida das taxas de juro)”.
Num tom geral, os analistas sublinham que a subida da inflação e uma inversão da política monetária estão a promover uma rotação setorial “que estão a desafiar os setores líderes que prevaleceram nos últimos anos” e um dos setores que já está a tirar partido disso é o setor financeiro.
Enquanto algumas ações que integram a core list constituem uma pechincha face à subida dos resultados, o BPI/CaixaBank diz aos investidores para estarem atentos às oportunidades que poderão advir dos movimentos de M&A e consolidação na banca, telecomunicações e infraestruturas.
Nota: A informação apresentada tem por base a nota emitida pelo banco de investimento, não constituindo uma qualquer recomendação por parte do ECO. Para efeitos de decisão de investimento, o leitor deve procurar junto do banco de investimento a nota na íntegra e consultar o seu intermediário financeiro.
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