Genéricos permitiram poupança de 479 milhões ao Estado e famílias em 2021

Em 2021, os medicamentos genéricos vendidos nas farmácias permitiram poupar 479 milhões de euros ao Estado e às famílias portuguesas, isto é, mais 16,6 milhões face ao período homólogo, segundo os dados do contador online criado pela APOGEN – Associação Portuguesa de Medicamentos Genéricos e Biossimilares e pela Associação Nacional de Farmácias (ANF).

Em comunicado conjunto, estas associações revelam que só em 2021 os medicamentos genéricos geraram uma poupança de “479 milhões de euros, mais 16,6 milhões do que em 2020“. Contas feitas, “a cada segundo que passa são poupados 15,08 euros” pelas famílias portuguesas e pelo Estado, na sequência da venda de medicamentos genéricos.

Trata-se, portanto, de um máximo de poupança em 11 anos, o que reflete o “imprescindível valor destas soluções terapêuticas mais custo-efetivas”, num momento “de maiores constrangimentos financeiros consequentes da atual pandemia”, aponta a presidente da APOGEN, Maria do Carmo Neves, citada na nota de imprensa.

No total, entre 2011 e 2021, a utilização de medicamentos genéricos já permitiram “poupar 4.770 milhões de euros” ao Estado e às famílias portuguesas. Já no que toca a este ano e até esta terça-feira, o contador online estima que tenham sido já poupados mais de 48 milhões de euros.

Neste contexto, a APOGEN insta o regulador do medicamento a “rever o regime de fixação e atualização de preços dos medicamentos não protegidos por patente“, por forma a assegurar a comercialização dos “medicamentos essenciais”. De acordo com os dados da Health Market Research (hmR), em 2021 foram dispensadas cerca de 92 milhões de embalagens de medicamentos genéricos aos utentes do SNS, o que representa um aumento de de 4,4% face a 2020.