Parlamento Europeu quer aumentar produção de energia eólica no mar, incluindo no Atlântico
“Os Estados-Membros ocidentais da UE na costa atlântica [como Portugal] têm um elevado potencial natural para a produção de energia eólica marítima fixa e flutuante”, segundo o Parlamento Europeu
O Parlamento Europeu (PE) propôs esta quarta-feira medidas para acelerar a criação de parques eólicos marítimos, incluindo no Oceano Atlântico, a fim de contribuir para o cumprimento dos objetivos climáticos da União Europeia.
A região do mar do Norte é atualmente líder mundial em termos de capacidade instalada de energia eólica marítima. O relatório nota que “os Estados-Membros ocidentais da UE na costa atlântica [como Portugal] têm um elevado potencial natural para a produção de energia eólica marítima fixa e flutuante”, segundo uma nota de imprensa do PE.
Num relatório aprovado com 518 votos a favor, 88 contra e 85 abstenções, o PE nota que existem zonas com um potencial para a energia de fontes renováveis ao largo (‘offshore’) “amplamente inexplorado”, como o Atlântico, o Mediterrâneo, o mar Báltico ou o mar Negro, defendendo que a sua integração nos sistemas energéticos da UE tem que acontecer rapidamente.
“A decisão de encontrar espaço para esta capacidade adicional de produção de energia de fontes renováveis ao largo até 2030 é da maior importância e deve ser considerada uma prioridade”, dizem os eurodeputados, pedindo que esse espaço seja identificado na UE antes de 2023/2024, a fim de permitir a construção de parques eólicos até 2030.
Os planos de ordenamento do espaço marítimo dos Estados-membros devem assegurar a coexistência de infraestruturas energéticas ao largo com as rotas de transporte marítimo, o setor das pescas, os sistemas de separação do tráfego, os fundeadouros, o acesso e as atividades navais e o desenvolvimento portuário, diz o relatório.
Os eurodeputados defendem também que “os parques eólicos marítimos podem beneficiar a biodiversidade marinha se forem concebidos e construídos de forma sustentável”.
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