Rússia está aberta à diplomacia, mas não comprometerá segurança, diz Putin
Moscovo está aberto ao "diálogo direto e honesto e pronto para procurar soluções diplomáticas", mas Putin ressalva que os interesses do país e a segurança do povo são "incondicionais".
O Presidente Vladimir Putin reiterou que a Rússia está sempre aberta à diplomacia, mas coloca os interesses de segurança nacional em primeiro lugar e vai continuar a fortalecer as forças armadas perante uma “situação internacional difícil”, em declarações citadas pela Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês).
“O nosso país está sempre aberto a um diálogo direto e honesto e pronto para procurar soluções diplomáticas para as questões mais complicadas”, disse Putin, num vídeo divulgado para o Dia do Defensor da Pátria, onde não mencionou diretamente o conflito com a Ucrânia. No entanto, sublinhou que os “interesses da Rússia e a segurança do povo são incondicionais”, pelo que continuarão a “fortalecer e modernizar o exército e marinha.”
Perante acusações, nomeadamente dos Estados Unidos, de que Putin está a reunir mais de 150.000 soldados perto das fronteiras da Ucrânia, a Rússia tem negado repetidamente planos para um ataque, mas diz que tem o dever de proteger as pessoas que vivem nas duas regiões separatistas.
“Podemos ver a difícil situação internacional e as ameaças representadas pelos desafios atuais, como a erosão do sistema de controlo de armas e as atividades militares da NATO”, disse Putin. “E, no entanto, os apelos da Rússia para construir um sistema baseado em segurança igual e indivisível que defenda de forma confiável todos os países continuam sem resposta”, acrescenta.
Várias potências, como o Japão e a União Europeia, têm já avançado com sanções a aplicar à Rússia na sequência da declaração de independência dos territórios separatistas. Putin reconheceu a independência de Donetsk e Lugansk da Ucrânia e ordenou o envio de tropas para as duas regiões para “manutenção da paz”.
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