Empresas já disponibilizaram mais de 17 mil ofertas de trabalho para refugiados ucranianos
Já são mais de 17 mil as vagas de emprego disponibilizadas pelas empresas nacionais para os refugiados ucranianos que cheguem ao país, indica o Ministério do Trabalho.
Já foram carregadas mais de 17 mil ofertas de trabalho na plataforma preparada pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) para recolher as vagas disponíveis nas empresas nacionais para os refugiados ucranianos que cheguem a Portugal, por força da ofensiva que está a ser levada a cabo pela Rússia.
A informação foi avançada ao ECO pelo Ministério do Trabalho: até às 10h00 desta quarta-feira, dia 9 de março, já estavam registados 17.381 postos de trabalho.
A plataforma em questão foi lançada há pouco mais de uma semana e, no arranque, contava com duas mil ofertas de trabalho para os refugiados, o que significa que se tem verificado um forte crescimento das oportunidades disponibilizadas pelas empresas portuguesas.
Conforme já tinha explicado o Ministério do Trabalho, entre as ofertas inscritas, há uma “enorme diversidade de profissões pretendidas, sendo que os principais setores com ofertas de emprego colocadas são tecnologias de informação, transportes (motoristas), restauração e hotelaria, setor social e construção civil”.
Em causa estão setores que estão a ser particularmente castigados pela escassez de recursos humanos, mas os sindicatos já vieram defender que é preciso assegurar que os refugiados têm acesso a empregos adequados às suas competências e carreiras, com remunerações correspondentes e dignas.
Em linha com essas reivindicações, o IEFP já se comprometeu a fazer um “mapeamento das competências dos trabalhadores ucranianos acolhidos” e, caso exista um ajustamento entre as vagas e o perfil dos cidadãos, o instituto entrará em contacto com as empresas para apresentar os candidatos.
O IEFP vai também “disponibilizar cursos de Português Língua de Acolhimento para que os cidadãos ucranianos que cheguem a Portugal”.
Por outro lado, o Governo deu “luz verde” à atribuição automática a estes refugiados de um número de identificação fiscal, de Segurança Social e de utente, o que facilitará a integração profissional dos ucranianos que cheguem a Portugal.
Esta quarta-feira, lançou também a plataforma digital “Portugal for Ukraine”, que pretende agregar todas “as respostas e ações em curso tendo em vista o apoio a pessoas deslocadas da Ucrânia, dentro e fora de Portugal”, indica um comunicado da ministra de Estado e da Presidência da República.
Foi a 24 de fevereiro que a Rússia deu início à “operação militar especial” na Ucrânia, com o ataque a várias cidades. Tanto a União Europeia, como os Estados Unidos já impuseram sanções contra o país liderado por Vladimir Putin, mas o conflito continua. O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados estima que um milhão e meio de pessoas já tenham fugido da guerra na Ucrânia para os países vizinhos.
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