Importações da UE subiram 23% e exportações 13% em 2021
Comércio internacional da União Europeia registou uma "forte recuperação" face às quedas observadas em 2020 devido ao impacto da pandemia.
No ano passado, o comércio internacional da União Europeia (UE) registou uma “forte recuperação” face às quedas observadas nas exportações e importações em 2020 devido ao impacto da pandemia. De acordo com o Eurostat, em 2021, as importações aumentaram 23% e as exportações 13%.
Olhando para a última década, a taxa de crescimento das exportações atingiu um pico em 2011 (+13%) e manteve-se positiva até 2016, altura em que caiu (-0,5%), seguindo-se uma recuperação de 7% em 2017. Manteve-se, então, positiva no dois anos seguintes, mas diminuiu acentuadamente em 2020 (-9%), devido ao aparecimento da pandemia.
Por sua vez, a taxa de crescimento das importações também atingiu um pico em 2011 (+13%), observando “pequenas flutuações” entre 2012 e 2015, antes de crescer significativamente em 2017 (+11%) e 2018 (+8%), e fechar a década com uma queda acentuada (-12%) em 2020.
Ainda em 2021, a balança comercial de bens da UE registou um excedente orçamental de 68 mil milhões de euros, o valor mais baixo desde 2011, quando a balança comercial registou um défice de 42 mil milhões de euros. De acordo com o Eurostat, “esta evolução foi impulsionada, em particular, por um aumento acentuado do valor das importações de energia no final de 2021, com défices comerciais crescentes em novembro e dezembro”.
Após 2011, a balança comercial registo um superávit contínuo, atingindo um pico de 264 mil milhões de euros em 2016. Esse superávit diminuiu em 2017 (222 mil milhões de euros) e 2018 (148 mil milhões de euros), tendo aumentado novamente em 2019 (191 mil milhões de euros) e 2020 ( 216 mil milhões de euros), como mostra o gráfico publicado em cima.
Luxemburgo com as quotas mais elevadas de comércio dentro da UE
De acordo com o gabinete de estatísticas da UE, o “mercado interno da UE ocupa um lugar central no comércio de bens dos Estados-membros, embora a proporção dos fluxos intra-UE e extra-UE no comércio total de bens tenha variado consideravelmente entre os países, refletindo, de certa forma, laços históricos e localizações geográficas”.
Entre os Estados-membros da UE, as quotas mais elevadas de comércio dentro da UE em 2021, tanto para importações como para exportações, foram registadas no Luxemburgo (89% e 81%, respetivamente), enquanto a Irlanda foi o país com as quotas mais baixas do comércio intracomunitário (ambas de 38%) — “o que não é surpreendente, uma vez que o seu primeiro parceiro comercial é o Reino Unido”.
Em 2021, os Países Baixos importavam uma grande parte das mercadorias de países terceiros e exportavam-nas para a UE, refere o Eurostat. Em contraste, Chipre importou uma grande parte das mercadorias dos Estados-membros da UE, enquanto a maior parte foi exportada para fora da UE.
(Notícia atualizada às 11h27 com mais informação)
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