Jorge Moreira da Silva demite-se da OCDE e confirma candidatura à liderança do PSD
Jorge Moreira da Silva comunicou esta quinta-feira ter apresentado a demissão do cargo de diretor da Cooperação para o Desenvolvimento da OCDE, avançando com uma candidatura à presidência do PSD.
Jorge Moreira da Silva apresentou esta quinta-feira a demissão das funções de diretor da Cooperação para o Desenvolvimento da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), de forma a poder avançar com uma candidatura à presidência do PSD. Uma decisão que considerou “difícil”.
“Acabo de comunicar ao secretário-geral da OCDE a minha demissão, com efeitos imediatos, das funções de Diretor da Cooperação para o Desenvolvimento, que exerço há quase seis anos, em Paris, de forma a poder apresentar na próxima segunda-feira, 18 de abril, a minha candidatura à liderança do PSD”, escreve num comunicado.
Depois, acrescenta: “A difícil decisão que acabo de tomar, em especial quando está em causa a cessação de funções de relevante interesse público internacional, resultou de uma profunda reflexão sobre o propósito, sobre o contexto e sobre a motivação de uma candidatura à liderança do PSD.” “Candidato-me à liderança do PSD por sentido de responsabilidade, atendendo às circunstâncias difíceis que tanto Portugal como o PSD enfrentam, e animado pela firme convicção de que sou portador de um projeto capaz de renovar” o partido, defende Moreira da Silva.
O diretor demissionário da OCDE diz cessar funções “com o sentimento de dever cumprido”. “Liderei, nos últimos seis anos, o desenho e a negociação de um conjunto alargado de reformas na arquitetura da cooperação internacional e investi todo o meu capital político num reforço, sem precedentes, da solidariedade internacional, em especial num período marcado por sucessivas crises globais (crise climática, crise dos refugiados da Síria, pandemia de Covid-19 e guerra na Ucrânia)”, refere.
Esta semana, Moreira da Silva tinha apresentado os resultados anuais “da ajuda pública ao desenvolvimento”. “Quando iniciei funções em 2016, o volume anual de ajuda pública ao desenvolvimento, concedido pelos 30 principais doadores internacionais aos países mais pobres, situava-se em 145 mil milhões de dólares; saio da OCDE com o valor mais alto de sempre (desde o inicio da monitorização em 1960), superando 179 mil milhões de dólares”, refere.
Assim, Moreira da Silva deverá defrontar, pelo menos, Luís Montenegro, que também já confirmou que vai entrar na corrida à presidência do maior partido da oposição. As candidaturas à liderança do PSD têm de ser entregues até 16 de maio.
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