Ucrânia diz que reconquistou mais de 30 localidades perto de Kiev

A Cruz Vermelha está a preparar uma nova tentativa para retirar os civis de Mariupol. Ucrânia diz ter reconquistado mais de 30 localidades perto a Kiev.

Ao 38.º dia de guerra entre a Rússia e a Ucrânia, Mariupol continua a ser um locais de mais difícil acesso, sendo que a Cruz Vermelha está a preparar uma nova tentativa para retirar os civis da cidade sitiada.

Este sábado a vice-primeira ministra da Ucrânia revelou ainda que estão previstos sete corredores humanitários para este sábado, que incluem a possibilidade de as populações deixarem os locais com carros privados e de autocarros. Também este sábado um dos conselheiros do Presidente da Ucrânia anunciou que as tropas ucranianas reconquistaram mais de 30 localidades junto a Kiev, mas adiantou que continuam “fortes confrontos” junto no leste e no sul do país.

Os Estados Unidos comprometeram-se a doar mais 300 milhões de dólares (cerca de 271.38 milhões de euros, à taxa de câmbio atual) em ajuda militar à Ucrânia para combaterem contra as tropas russas. “Este anúncio representa o início de um processo de contratação para fornecer novas capacidades às forças armadas da Ucrânia”, sinalizou o Departamento de Defesa norte-americano.

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Investimentos para transformar Sines ascendem a 17 mil milhões

  • ECO
  • 2 Abril 2022

O CEO da AICEP Global Parques defende que o porto de Sines "é um grande hub logístico, energético e tecnológico" e revela que os investimentos em curso ascendem a 17 mil milhões de euros. 

Com a invasão da Rússia à Ucrânia, o porto de Sines está a ser apontado como um ponto estratégico para a inversão do paradigma de entrada de gás na Europa. Em entrevista ao Dinheiro Vivo (acesso condicionado), o presidente executivo da AICEP Global Parques assinala que este “é um grande hub logístico, energético e tecnológico” em Portugal e que os investimentos em curso ascendem a 17 mil milhões de euros.

“Neste momento, excluindo investimento público, os dados somados de projetos em curso [no porto de Sines], confirmados e potenciais – muitos em que ainda concorremos com outras geografias – ascendem a 17 mil milhões de euros”, revela Filipe Costa, CEO da AICEP Global Parques. Neste contexto, o responsável dá como exemplo a “duplicação do atual terminal de contentores e futuro segundo terminal”, em que só na componente privada representa um investimento de 940 milhões.

“No outro vertical, o que chamamos Energia Sul, que junta todo o hub energético de Sines com as indústrias intensivas do ponto de vista energético (refinação, petroquímica, química, indústria circular descarbonizada, novos projetos de amónia e hidrogénio verde) um total perspetivado de 12.679 milhões de euros, dos quais cerca de 5 mil milhões são reinvestimento de empresas já presentes, como Galp, EDP Produção e Repsol Polímeros”, exemplifica ainda Filipe Costa, ao mesmo jornal. Além disso, estão ainda previstos “mais 7.500 milhões de investimentos” no que toca a novos players.

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Tribunal de Contas confirma ação a ex-diretor da Defesa por possível infração financeira

  • Lusa
  • 2 Abril 2022

O ex-diretor-geral de Recursos da Defesa Nacional, Alberto Coelho, é alvo de um procedimento por eventual infração financeira relacionada com as obras do antigo Hospital Militar de Belém.

O ex-diretor-geral de Recursos da Defesa Nacional, Alberto Coelho, é alvo de um procedimento por eventual infração financeira relacionada com a derrapagem no custo das obras de requalificação do antigo Hospital Militar de Belém, em Lisboa.

A informação foi adiantada pela TSF e confirmada à Lusa por fontes do Tribunal de Contas (TdC) e da Procuradoria-Geral da República (PGR). “Tendo a auditoria em causa sido transmitida ao Ministério Público junto do Tribunal de Contas, este, após apreciação, interpôs ação para a efetivação de responsabilidade financeira”, esclareceu a PGR.

As suspeitas de alegada má gestão deste processo já tinham sido conhecidas em 2021, na sequência da revelação de uma auditoria da Inspeção-Geral da Defesa Nacional (IGDN), na qual se criticava a gestão do projeto de requalificação por Alberto Coelho, entretanto já notificado da ação de responsabilidade financeira.

Inicialmente estimado em 750 mil euros, o projeto acabou por custar quase 2,6 milhões de euros, ou seja, mais do triplo do que estava previsto. Após esta situação, o ex-diretor de Recursos da Defesa Nacional veio a ser nomeado para a administração da empresa Empordef – Tecnologias de Informação, integrada na idD – Portugal Defence, que gere as participações sociais que o Estado Português detém em empresas na área da Defesa.

Agora, com esta eventual infração financeira, Alberto Coelho corre o risco de ser sancionado com uma multa e ainda com uma possível restituição de verbas ao erário público.

O Ministério da Defesa Nacional tinha já enviado em agosto de 2021 ao Ministério Público a auditoria da IGDN sobre a derrapagem do valor para a requalificação do antigo Hospital Militar de Belém, com a auditoria a ter sido solicitado pela tutela ainda em 2020.

Em outubro de 2020, o atual ministro dos Negócios Estrangeiros e então ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, adiantou, no parlamento, que tinha pedido à IGDN uma auditoria à derrapagem do custo da requalificação daquele estabelecimento e admitiu que desta seriam retiradas as “devidas consequências”.

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Conquista do Mundial 2022 vale encaixe financeiro de 42,6 milhões de euros

A seleção portuguesa vai estar no Mundial 2022, a realizar-se no Qatar, e só a sua presença na fase de grupos vai resultar num encaixe financeiro de 9,4 milhões de euros para a Federação.

Portugal confirmou esta semana a presença no Mundial 2022 no Qatar, depois de ter eliminado a Macedónia do Norte (2-0) na final do playoff de acesso à prova. As ambições da seleção nacional de futebol, como Fernando Santos revelou em conferência de imprensa, passam pela conquista do mais importante troféu do desporto-rei. Porém, a glória desportiva é acompanhada por outro fator aliciante, em especial para as federações: os prémios monetários.

Nesta edição do Mundial, que se disputará entre os dias 20 de novembro e 18 de dezembro, a FIFA puxou os cordões à bolsa e anunciou um valor recorde de mil milhões de dólares (905 milhões de euros) para o chamado “Prize Money Fund”. Um fundo onde o montante total é gerado de acordo com as vendas de direitos televisivos, patrocínios e bilhética, e que depois será usado para distribuir na prova. Para este ano, esse montante engorda 29% em relação ao último Mundial, realizado na Rússia em 2018.

Esta distribuição é feita através de quatro categorias fundamentais: os prémios monetários que são atribuídos de acordo com a classificação final das equipas; os custos de preparação, que são pagamentos fixos dados às federações participantes; o programa de benefícios dos clubes (pagamentos feitos aos clubes que “emprestam” jogadores para representarem as seleções); e, por fim, uma taxa de proteção que corresponde a seguros para os clubes, no caso de os seus jogadores se lesionarem durante a competição.

Vencedor do Mundial pode arrecadar valor recorde

Focando apenas nos prémios monetários atribuídos às seleções e olhando aos dados disponibilizados pelo site especializado em desporto totalsportal.com, o organismo tutelado por Gianni Infantino alocou um total de 450 milhões de dólares (cerca de 407 milhões de euros) para esta categoria. Como é que funciona a distribuição dos prémios?

Como sucede noutras competições, como a Liga das Campeões, as seleções são brindadas, desde logo, com 2,5 milhões de dólares (2,2 milhões de euros) pela simples participação na prova. Já a presença na fase de grupo rende às equipas mais oito milhões de dólares (7,2 milhões de euros). Ou seja, mesmo que uma seleção não vença qualquer encontro do grupo, sai do Campeonato do Mundo com um cheque de 10,5 milhões de dólares (9,4 milhões de euros).

Feitas as contas, entre todas as fases da prova, a seleção que levantar o troféu na final marcada para o dia 18 de dezembro levará para casa um total de 47,5 milhões de dólares (42,6 milhões de euros), que engloba o montante relativo à participação e à conquista da prova. Já o finalista vencido recebe nos seus cofres 34,5 milhões de dólares (31,2 milhões de euros), segundo os mesmos cálculos.

Veja no gráfico abaixo os valores exatos pagos em todas fases do Campeonato do Mundo 2022.

Fonte: totalsportal.com

 

Mundial no Qatar marcado por (forte) polémica

Decorria o dia 2 de dezembro de 2010 quando um pequeno país do Golfo Pérsico, mais propriamente o Emirado Árabe do Qatar, foi escolhido pela FIFA para organizar o Mundial 2022. Um momento que muitos não esperavam que fosse acontecer, especificamente por ser um país sem grande tradição futebolística.

A partir desse momento, tanto o país organizador como até mesmo a FIFA foram alvo de inúmeros episódios de contestação e polémicas. Desde as irregularidades que levaram à escolha do Qatar, passando pela questão das altas temperaturas que se registam naquela zona do globo na altura do verão, até à precariedade laboral existente naquele país.

No caso das irregularidades registadas no processo de atribuição da organização da prova, a questão ganhou tais proporções que nomes como Michel Platini, antigo presidente da UEFA, e Nicolas Sarkozy, antigo presidente de França, foram suspeitos de tráfico de influência. Em março de 2019, o ex-presidente da FIFA, Joseph Blatter, revelou à AFP que a atribuição do Mundial 2022 resultou da intervenção de Sarkozy, que terá pedido a Platini para votar no Qatar.

Outro tema que ganhou relevância na esfera pública foram os problemas laborais no país do Golfo Pérsico. Em especial, por causa dos trabalhadores encarregues de construir as infraestruturas para a competição, com alegações de que estariam a trabalhar em condições de escravidão. Segundo uma reportagem do The Guardian, cerca de 6.750 trabalhadores oriundos de países como o Nepal, Índia, Sri Lanka e Bangladesh morreram a construir estádios e hotéis para o Mundial. Em média, morreram cerca de 12 trabalhadores por semana desde dezembro de 2010.

Cinco cidades, oito estádios: assim vai ser o Mundial do Qatar

O Mundial 2022 não vai ser realizado nos tradicionais meses de junho e julho, mas sim nos dois últimos meses do ano: de 20 de novembro a 18 de dezembro. Esta foi uma solução encontrada para fazer face às altas temperaturas que se verificam no Qatar na época do verão.

Nesse período de tempo, oito estádios de cinco cidades espalhadas pelo país (Al Rayyan, Al Wakrah, Doha, Al Khor, Lusail) vão ser palco do maior evento de desporto do mundo:

  • Estádio Internacional Khalifa (capacidade: 45 mil lugares), palco da final;
  • Estádio 974 (capacidade: 40 mil lugares);
  • Estádio Ahmad Bin Ali (capacidade: 40 mil lugares);
  • Estádio Al Janoub (capacidade: 40 mil lugares);
  • Estádio Al Bayt (capacidade: 60 mil lugares);
  • Estádio Education City (capacidade: 40 mil lugares);
  • Estádio Al Thumama (capacidade: 40 mil lugares);
  • Estádio Lusail (capacidade: 86 mil lugares).

Em relação às datas dos jogos, a fase de grupos — onde Portugal terá pela frente a Coreia do Sul, Gana e Uruguaivai realizar-se entre 21 de novembro e 2 de dezembro; os oitavos-de-final entre 3 e 6 de dezembro; as meias-finais da prova de 13 a 14 de dezembro; e o duelo do terceiro e quarto lugar vai acontecer a 17 de dezembro. A esperada final da competição será jogada no dia 18 de dezembro.

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Wall Street em alta após queda do desemprego nos EUA

  • Joana Abrantes Gomes
  • 1 Abril 2022

Os três principais índices norte-americanos encerraram a sessão desta sexta-feira no "verde", animados pelos dados do emprego de março.

As bolsas norte-americanas encerraram a semana em terreno positivo, após a divulgação do relatório de emprego de março revelar uma queda de 3,6% da taxa de desemprego e expectativas de que a Reserva Federal mantenha o ciclo de subida de juros.

Esta sexta-feira, o índice de referência S&P 500 fechou a somar 0,34%, para 4.545,75 pontos, enquanto o industrial Dow Jones valorizou 0,42%, subindo para 34.824,20 pontos. O Nasdaq avançou 0,25%, para 14.255,59 pontos.

Os dados do emprego nos EUA relativos a março mostraram um ritmo de contratação rápido por parte dos empregadores enquanto os salários continuam a subir, embora não o suficiente para acompanhar o ritmo da inflação.

Segundo o relatório do Departamento do Trabalho dos Estados Unidos, foram criados 431.000 postos de trabalho no último mês, ficando abaixo das estimativas que apontavam para 490.000 novos empregos. No entanto, a taxa de desemprego desceu para 3,6%, um novo mínimo de dois anos, ao mesmo tempo que os ganhos horários médios aumentaram 5,6% numa base anual.

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Stellantis assina acordos de financiamento com bancos e lança empresa de leasing

  • Lusa
  • 1 Abril 2022

A criação de uma empresa de leasing operacional multimarca é uma parceria de 50% entre a Stellantis e o Crédit Agricole Consumer Finance.

O grupo Stellantis, que é liderado pelo português Carlos Tavares, assinou acordos de financiamento com várias instituições financeiras e vai, entre outras coisas, lançar uma empresa de leasing, segundo um comunicado.

“Após o término das negociações exclusivas iniciadas a 17 de dezembro de 2021, a Stellantis N.V. anunciou hoje a assinatura de acordos vinculativos com o BNP Paribas Personal Finance (BNPP PF), com o Crédit Agricole Consumer Finance (CACF) e com o Santander Consumer Finance (SCF) com o objetivo de reorganizar a configuração atual das atividades de financiamento da Stellantis na Europa”, referiu o grupo, na mesma nota.

Estes acordos, que se inscrevem no plano estratégico do grupo, permitirão “a criação de uma empresa de leasing operacional multimarca numa participação idêntica de 50% entre a Stellantis e o CACF, resultante da combinação dos negócios da Leasys e da Free2move Lease, de modo a tornar-se líder europeia, tendo como objetivo ter uma frota de cerca de 1 milhão de veículos em 2026”.

Além disso, a empresa irá, na sequência dos acordos, “reorganizar as atividades de financiamento através de jointventures criadas com o BNPP PF ou o SCF em cada país, para gestão das atividades de financiamento de todas as marcas da Stellantis”.

De acordo com a empresa, “esta nova organização deverá estar operacional no primeiro semestre de 2023, depois de obtida a autorização necessária por parte das autoridades de concorrência e dos reguladores de mercado”.

Citado na mesma nota, o presidente executivo da Stellantis, Carlos Tavares, explicou que a empresa quer impulsionar os seus “ramos de serviços financeiros, tanto na Europa como na América do Norte” para duplicar “o rendimento bancário líquido até 2030”.

“Esta nova plataforma deve permitir-nos atingir esse objetivo e impulsionar a criação de valor no conjunto das nossas atividades de financiamento”, rematou.

A Stellantins é um fabricante mundial de automóveis, com marcas que incluem a Abarth, Alfa Romeo, Chrysler, Citroën, Dodge, DS Automobiles, Fiat, Jeep, Lancia, Maserati, Opel, Peugeot, Ram, Vauxhall, Free2move e Leasys.

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Expocosmética deverá gerar meio milhão de euros para o setor

A Expocosmética, a maior feira de beleza da Península Ibérica, deverá, segundo a organização, gerar uma faturação de meio milhão de euros, num impulso a um dos setores “fragilizado” com a pandemia.

São esperados mais de 30 mil visitantes, entre 2 e 4 de abril, na Exponor, em Matosinhos, naquela que é considerada a maior feira de beleza da Península Ibérica, a Expocosmética, e que deverá atingir uma faturação de meio milhão de euros, avançou ao ECO Amélia Estevão, diretora desta 25ª edição que comemora as bodas de prata. E que é considerada um palco privilegiado de negócios e das últimas novidades do setor com destaque para os produtos veganos e naturais.

“O nosso papel, enquanto organizadores do evento, é dar palco a estas inovações e tendências assim como expandir oportunidades de negócio à escala global”, considera a diretora do certame.

Dois anos depois de uma paragem forçada por causa da pandemia da Covid-19, a Expocosmética vem mostrar que o setor da estética, cosmética e cabeleireiros está bem e recomenda-se. “A organização decidiu apostar no formato presencial pela importância deste encontro para um dos setores mais fragilizados neste período” de pandemia, explicou a diretora da feira que reúne 160 expositores das melhores marcas nacionais e especialistas para antecipar as tendências do setor da estética e da cosmética.

"Falar em sustentabilidade na área da cosmética ou da estética é uma consciência de futuro, mas que vive cada vez mais no presente.”

Amélia Estevão

Diretora da Expocosmética

Entre os trunfos desta edição está a constante preocupação das marcas com a sustentabilidade, sob o mote “Back to Essentials”, mediante a aposta em produtos de beleza compostos por matérias-primas biológicas. É o caso, exemplifica, “dos champôs sólidos cruelty free da Shaeco, a primeira marca portuguesa a ser distinguida com dupla certificação PETA (People for the Ethical Treatment of Animal)”. Ou os produtos da Herbes Folles, marca criada durante pandemia e que introduz as ervas daninhas nos cuidados da pele.

Para Amélia Estevão, “falar em sustentabilidade na área da cosmética ou da estética é uma consciência de futuro, mas que vive cada vez mais no presente”. Aliás, realça, “muito por força do consumidor, que está cada vez mais preocupado em saber o que aplica no cabelo, rosto ou corpo, sendo exigente na procura de produtos biológicos e naturais”. Entre as muitas atrações do certame está, por exemplo, o segundo congresso nacional de estética, beleza e saúde que deverá reunir centenas de pessoas.

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Portugueses entregaram mais de 450 mil declarações de IRS até às 18h do primeiro dia

Os portugueses entregaram mais de 450 mil declarações de IRS no primeiro dia da campanha IRS deste ano. A maioria foi através do IRS automático.

No primeiro dia em que é possível começar a entregar a declaração de IRS relativa aos rendimentos e impostos pagos em 2021, os portugueses entregaram mais de 450 mil declarações até às 18h. No ano passado, tinham sido entregues 570 mil declarações, mas este número contemplava o dia todo.

“Até às 18:00 do primeiro dia de campanha de IRS de 2022, relativa aos rendimentos auferidos em 2021, foram entregues pelos contribuintes 456,4 mil declarações de IRS”, revela fonte oficial do Ministério das Finanças num comunicado enviado esta sexta-feira, assinalando que “destas, 54% foram submetidas através do IRS Automático“.

A 1 de abril de 2021, os portugueses entregaram 570 mil declarações, mais do que as 300 mil declarações entregues a 1 de abril de 2020. Será preciso esperar pelos dados completos deste dia para perceber se houve mais ou menos portugueses a entregar a sua declaração de IRS a 1 de abril de 2022.

O Ministério das Finanças, agora liderado por Fernando Medina, garante que “a campanha decorre com normalidade e sem constrangimentos, podendo os contribuintes entregar a sua declaração de rendimentos até ao dia 30 de junho, independentemente da categoria de rendimentos”.

Após dois anos em que não se comprometeu com reembolsos rápidos por causa das condicionantes da pandemia, o fisco volta a ter prazos rápidos para reembolsar os contribuintes, se for caso disso, com uma previsão de 12 dias para quem entrega pelo IRS Automático e de 19 dias para quem entrega o IRS manualmente — em média, deverá demorar 17 dias. No máximo, o reembolso tem de ser feito até ao final de julho.

O mesmo comunicado das Finanças refere que “ao longo do dia, o Centro de Atendimento Telefónico da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) recebeu cerca de 15 mil chamadas, das quais mais de 95% foram atendidas, tendo-se verificado um tempo médio de espera de 37 segundos”.

Este ano a nota de liquidação passa a ter a referência à taxa efetiva de imposto paga pelo contribuinte, já tendo em conta as deduções à coleta e o próprio reembolso (se for caso disso). Tendo em conta que houve um ajuste nas taxas de IRS de retenção na fonte, os fiscalistas antecipam que o reembolso este ano seja menor, em comparação com o do ano passado.

(Notícia atualizada às 20h08 com mais informação)

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Cessar-fogo no Iémen proposto pela ONU entra em vigor no sábado

  • Lusa
  • 1 Abril 2022

O cessar-fogo vai durar dois meses. O acordo destina-se a ter a "pausa necessária na violência, um alívio do sofrimento humanitário", avança a ONU. Guerra começou em 2014.

Um cessar-fogo de dois meses no Iémen proposto pelo enviado especial da ONU para o país, Hans Grundberg, foi aceite pelas partes em conflito e entrará em vigor no sábado, 2 de abril, anunciou esta sexta-feira a organização.

“As partes em conflito responderam positivamente a uma proposta das Nações Unidas de um cessar-fogo de dois meses, que entra em vigor amanhã [sábado], 02 de abril, às 19:00” locais (17:00 em Lisboa), indicou Hans Grundberg num comunicado.

As partes aceitaram suspender todas as operações militares ofensivas aéreas, terrestres e marítimas dentro do Iémen e além das suas fronteiras”, sublinhou o enviado especial da ONU, numa referência a ataques perpetrados pela minoria rebelde Huthi no território de países que integram a coligação militar internacional liderada pela Arábia Saudita que intervém desde 2015 na guerra civil do Iémen, iniciada em 2014, como os Emirados Árabes Unidos ou a própria Arábia Saudita.

Segundo o responsável da ONU, o Governo iemenita internacionalmente reconhecido também acordou deixar navios petroleiros entrar no porto de Al-Hudeida (controlado pelos rebeldes Huthis) e voos comerciais aterrar e descolar do aeroporto da capital, Sanaa, (igualmente controlado pelos Huthis) para destinos pré-definidos da região”.

O Governo iemenita e os rebeldes “acordaram ainda reunir-se sob a minha mediação para abrir à circulação estradas de Taiz e de outras províncias do Iémen”, acrescentou o enviado especial, precisando que “a trégua pode ser renovada para além do período de dois meses com o consentimento das partes”.

Salientando que este “acordo de cessar-fogo se destina a dar aos iemenitas uma pausa necessária na violência, um alívio do sofrimento humanitário e, mais importante ainda, esperança na possibilidade de a guerra ter fim”, Grundberg agradeceu a todas as partes por trabalharem “de boa-fé” com ele e o seu gabinete para fazerem as concessões necessárias para alcançar este acordo.

“Apelo às partes para aderirem plenamente e respeitarem a trégua e os seus elementos e para adotarem todas as medidas necessárias para o aplicarem imediatamente”, declarou.

“Este cessar-fogo é um primeiro passo há muito aguardado. Todas as mulheres, homens e crianças iemenitas que sofreram imensamente durante mais de sete anos de guerra esperam nada menos que o fim desta guerra. As partes não devem dar-lhes menos que isso”, sustentou Hans Grundberg.

Frisou igualmente que o acordo não teria sido possível sem o apoio internacional e regional, que agradeceu, pedindo que este prossiga “de forma sustentada”, porque “será fundamental para a sua aplicação bem-sucedida e para os próximos passos”.

A concluir, o enviado especial da ONU para o Iémen indicou ainda que tenciona, “durante estes dois meses”, intensificar o seu trabalho com as partes no conflito “com o objetivo de alcançar um cessar-fogo permanente, aprovar medidas económicas e humanitárias urgentes e retomar o processo político”.

A guerra civil iemenita, que começou em 2014 quando os Huthis tomaram vastas parcelas de território do norte e oeste do país, incluindo a capital, fez centenas de milhares de mortos em mais de sete anos de guerra – não só vítimas dos combates, como também de causas indiretas, como falta de água potável, fome e doenças -, pelo que é considerada pela ONU a maior catástrofe humanitária do planeta, com milhões de pessoas à beira da fome e “mais de 80% da população a precisar de ajuda humanitária”.

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Jorge Moreira da Silva candidata-se à liderança do PSD

O ex-ministro do Ambiente, Jorge Moreira da Silva, prepara-se para disputar a liderança do PSD com Luís Montenegro nas eleições de 28 de maio.

O ex-ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia vai candidatar-se à liderança do Partido Social-Democrata. Jorge Moreira da Silva, que desde 2016 é diretor-geral de Desenvolvimento e Cooperação da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE), irá disputar a presidência do PSD com Luís Montenegro nas eleições de 28 de maio que vão decidir o sucessor de Rui Rio.

A notícia é avançada pela CNN Portugal esta sexta-feira — o ECO tentou contactar Jorge Moreira da Silva, mas tal não foi possível. O canal de informação adianta que Moreira da Silva já fez o anúncio ao seu círculo mais próximo e que está a preparar a saída do cargo que ocupa há seis anos na OCDE, em Paris, dada a incompatibilidade com esta corrida pela liderança dos social-democratas. As candidaturas ao PSD têm de ser oficializadas até 18 de maio.

O diretor a OCDE irá anunciar a sua candidatura à liderança do partido no dia 14 de abril, adiantou num post no facebook. “Até lá terei de me concentrar, enquanto diretor da Cooperação para o Desenvolvimento na OCDE”, escreveu na rede social.

Jorge Moreira da Silva foi ministro no Governo de Pedro Passos Coelho, foi deputado e eurodeputado (1999-2003) pelo PSD, vice-presidente do partido entre 2010 e 2016, foi conselheiro das Nações Unidas para a inovação financeira relacionadas com as alterações climáticas e conselheiro de Cavaco Silva. Depois de sair do Governo, com a formação da geringonça, o social-democrata voltou à Plataforma para o Crescimento Sustentável, um think tank que fundou em 2011.

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Menos casos mas mais mortes por Covid-19 na última semana

Entre 22 de março e a passada segunda-feira, 28 de março, foram registados 70.111 novos casos de infeção e 148 mortes por Covid-19.

Entre 22 de março e a passada segunda-feira, 28 de março, a Direção-Geral da Saúde (DGS) identificou 70.111 novos casos de Covid-19, ou seja, menos 5.169 face aos registados na semana anterior. O boletim divulgado esta sexta-feira indica ainda que, neste período, morreram mais 148 pessoas com a doença, mais oito em relação aos sete dias anteriores.

A incidência recuou para 681 casos por 100 mil habitantes, numa média a sete dias, o que representa uma quebra de 7% face ao registado na semana anterior, enquanto o risco de transmissibilidade, R(t), manteve-se em 0,97.

Já a taxa de mortalidade subiu de 13 para 14 óbitos por milhão de habitantes, a sete dias, verificando-se um aumento de 6% face ao valor registado na semana anterior.

A maioria dos infetados continua a recuperar em casa, mas verificou-se um aumento no número de pessoas hospitalizadas com Covid-19, contabilizando-se 1.180 doentes internados em unidades hospitalares, mais 16 do que na semana anterior. Destes, 61 encontram-se em unidades de cuidados intensivos, menos três em relação aos setes dias anteriores.

Boletim epidemiológico da semana de 22 de março a 28 de março de 2022:

Lisboa e Vale do Tejo voltou a registar a maioria das novas infeções na última semana. Dos 70.111 novos casos confirmados, 26.739 localizam-se nesta região, seguindo-se o Norte, que contabilizou 13.899 novas infeções. A zona Centro somou 13.109 casos na última semana.

A região de LVT contabilizou 52 óbitos por Covid-19 na passada semana, enquanto o Centro e o Norte registaram, respetivamente, 32 e 31 mortes provocadas pelo SARS-CoV-2.

(Notícia atualizada às 19h41)

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UE tem respondido de forma “totalmente unida” à guerra na Ucrânia, diz novo embaixador português na UE

  • Lusa
  • 1 Abril 2022

A resposta europeia à invasão russa da Ucrânia não surpreende o novo embaixador de Portugal junto da UE, atendendo à “evolução nos últimos anos” no sentido de decisões conjuntas dos Estados-membros.

O novo embaixador de Portugal junto da União Europeia (UE), Pedro Lourtie, considera que o bloco europeu “tem respondido de forma notável e totalmente unida” à “agressão brutal” da Rússia na Ucrânia, algo que diz não o surpreender.

Numa entrevista à Lusa, em Bruxelas, no dia em que assumiu funções como representante permanente de Portugal junto da UE, Pedro Lourtie, comentando o contexto atual de “uma crise como a Europa não vivia desde a II Guerra Mundial”, saúda o que classifica como “uma resposta totalmente unida, de rejeição perante uma agressão considerada por todos totalmente injustificada, uma agressão brutal”.

Esta resposta europeia, que “tem sido uma resposta de apoio à Ucrânia e ao povo ucraniano em várias dimensões”, não surpreendeu o diplomata, atendendo à “evolução nos últimos anos” que se tem verificado na União Europeia, no sentido de decisões conjuntas mesmo em domínios que, de acordo com os Tratados, são de competência nacional.

“Não fiquei muito surpreendido. Foi uma boa notícia, mas não fiquei muito surpreendido. Julgo que temos vindo a verificar nos últimos anos que a União Europeia habituou-se a debater no seu seio e a tomar decisões sobre um número cada vez maior de matérias”, diz.

Segundo o diplomata, “talvez o exemplo mais evidente, nos tempos mais recentes, foi durante a crise da Covid-19, quando, numa área onde as competências são nacionais, a União Europeia conseguiu tomar decisões importantíssimas e conseguiu enfrentar uma crise gravíssima, uma pandemia com consequências graves, de forma unida, coordenada, e num combate que foi – e está a ser ainda – um combate conjunto, desde a compra conjunta de vacinas até ao certificado digital para facilitar a livre circulação de pessoas, e uma série de outras decisões ligadas ao combate à pandemia”.

“Outro exemplo também ligado à Covid, mas que é também um exemplo notável, foi a aprovação do ‘NextGenerationEU’, com a decisão inédita de a União Europeia ir, enquanto União Europeia, aos mercados financeiros contrair dívida para financiar esse pacote de recuperação e resiliência para os Estados-membros”, prossegue.

“Por isso, há de facto uma evolução nos últimos anos”, no sentido em que “várias matérias que eram matérias que normalmente eram tratadas a nível nacional, hoje em dia tomam uma decisão europeia, são tratadas a nível europeu, e têm-no sido com sucesso”, destaca.

Segundo o embaixador, “nesta crise na Ucrânia, a UE voltou a demonstrar de forma imediata essa unidade, que é fundamental, nomeadamente numa matéria como esta”. “Não diria que é uma surpresa, mas evidentemente é algo que saudamos, que eu saúdo”, reforça.

Questionado sobre se acredita que essa unidade se vai manter, Pedro Lourtie diz acreditar “que é para continuar”, pois “não há dúvidas nenhumas” de que “todos os Estados-membros estão empenhados em continuar com uma atitude unida, e que essa atitude de união é absolutamente indispensável”.

Novo embaixador quer manter voz de Portugal “influente” nas decisões

Pedro Lourtie assume como grande prioridade no início de funções trabalhar para que a voz do país continue a ser “ouvida e influente no processo de decisão europeia”.

Após cinco anos e meio como representante permanente adjunto, Lourtie diz pretender “desde logo prosseguir o trabalho notável” do seu antecessor, o embaixador Nuno Brito, dos seus “antecessores em geral, e o trabalho notável que a REPER tem feito”.

“E o que significa prosseguir esse trabalho? Significa dar o nosso contributo, o da REPER enquanto instrumento que está na linha da frente, para que Portugal continue a estar no centro das decisões europeias, continue a estar plenamente envolvido no processo de decisão europeia, continue a ter uma voz que seja ouvida e influente no processo de decisão europeia, porque desse modo conseguimos desde logo defender melhor os interesses nacionais e conseguimos também contribuir melhor para a construção do interesse europeu”, sublinha.

O diplomata e antigo secretário de Estado dos Assuntos Europeus observa que “Portugal é um país, desde a sua adesão, profundamente europeísta, que tem estado sempre no núcleo duro do processo de integração europeia, mas para que isso seja eficaz é necessário ter uma voz eficaz, uma voz que seja ouvida, que seja respeitada, é isso que acontece hoje em dia”.

“Por isso, aqui o nosso contributo é para manter essa capacidade de influência de Portugal no processo de decisão europeu”, assume, acrescentando que o novo cargo representa “um grande desafio”, para o qual está “extremamente motivado”, sublinhando que “a política europeia é absolutamente central na governação dos vários Estados-membros”.

O embaixador nota que a política europeia é “um nível de governação próprio”, pois “não é inteiramente política externa e não é também política interna, tem características próprias”.

“Usa muito dos instrumentos da política externa, diplomáticos desde logo, mas tem também um impacto muito significativo sobre as áreas internas. E a REPER tem aqui um papel fundamental, instrumental, na defesa dos interesses portugueses, no cumprimento das orientações governamentais”, observa.

“Por isso, poder chefiar a REPER, numa altura ainda por cima tão desafiante para o mundo e para a Europa em particular […] e para alguém como eu que tem de facto feito uma boa parte, para não dizer a maior parte da sua carreira, na área europeia, é um desafio que me motiva muitíssimo e para o qual vou dar obviamente o meu melhor. E espero que os resultados possam corresponder”, diz.

Depois de cinco anos e meio nas funções de representante permanente adjunto, durante os quais representou Portugal no comité de representantes permanentes que lida com políticas setoriais de seis configurações do Conselho da UE (como Competitividade, Educação, Emprego, Ambiente, Transportes, Telecomunicações e Energia) – o chamado COREPER I -, Lourtie, ao passar a chefiar a REPER, passa também a liderar o corpo diplomático nas reuniões do COREPER II, que trata de política externa, assuntos económicos e financeiros, Justiça e Assuntos internos, mas conta já estar muito em breve em “velocidade de cruzeiro”, apoiando-se na máquina já bem ‘oleada’ da REPER portuguesa.

“A REPER tem uma equipa muito competente em todas as áreas, que dá o seu melhor todos os dias. São áreas [as do COREPER II] que também não me são desconhecidas. Não vou esconder que não vou ter agora de fazer um esforço adicional para me dedicar mais a essas áreas, mas espero daqui a alguns dias já estar em velocidade de cruzeiro”, diz.

Entrando em funções praticamente em simultâneo com o XXIII Governo Constitucional, no qual o primeiro-ministro, António Costa, tem sob a sua alçada direta a pasta dos Assuntos Europeus, o embaixador Pedro Lourtie escusa-se a “comentar a orgânica do Governo”, dado não ser esse o seu papel, mas constata que um pouco por todos os Estados-membros há uma “adaptação” à relevância cada vez maior da política europeia.

“Se olharmos para todos os países europeus, há um facto que é relativamente comum: todos eles reconhecem a política europeia como um nível próprio de governação […] e é natural que os governos adaptem as suas estruturas a esse nível”, aponta.

O início de funções de Pedro Lourtie coincide também com o contexto do regresso da guerra à Europa, que, admite, “obviamente, concentra as atenções” em Bruxelas, “porque foca desde logo a atenção política, e foca uma boa parte do trabalho que tem sido feito, nomeadamente no comité de representantes permanentes”, o que não invalida que prossiga o trabalho nos dossiês legislativos de todas as restantes áreas.

“Mas há todas as outras matérias que vão avançando. O Conselho e as várias instituições da UE hoje em dia exercem um número alargado de competências e, por isso, as outras matérias vão continuando a avançar, e é assim que deve ser, independentemente da atenção política estar obviamente mais dedicada à guerra na Ucrânia, que é uma crise como a Europa não vivia desde a II Guerra Mundial”, diz.

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