Reino Unido planeia construir seis ou sete novas centrais nucleares até 2050

  • Lusa
  • 3 Abril 2022

O Reino Unido planeia construir seis ou sete novas centrais nucleares até 2050, num medida que visa investir em próprias fontes de eletricidade e não depender de países terceiros.

O Reino Unido planeia construir seis ou sete novas centrais nucleares até 2050, um esforços para desenvolver as próprias fontes de eletricidade e não depender de países terceiros ou de fontes de energia não renováveis.

A informação foi avançada na edição online do jornal The Telegraph no sábado à noite numa entrevista do secretário de Estado britânico para os Negócios, Kwasi Kwarteng.

Duas das quais seriam construídas antes de 2030, e outra até 2024, antes das próximas eleições parlamentares.

Para este fim, o governo britânico concordou em estabelecer um programa, denominado “Great British Nuclear”, para reduzir a burocracia e assim acelerar o processo de desenvolvimento de novas centrais nucleares.

De acordo com dados do Departamento de Negócios, Energia e Indústria aos quais o The Telegraph teve acesso, estas instalações poderiam produzir entre 15 e 25% da eletricidade do país.

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Portugueses enchem mais o cesto de compras em cada ida ao supermercado

Estudo mostra que trazemos mais peso e menos dinheiro do supermercado do que antes da pandemia, mantendo-se a tendência para um maior consumo em casa. Reformados já são os maiores compradores online.

Em média, os portugueses foram um total de 138 vezes ao supermercado durante o ano passado. E de cada vez que lá foram, acabaram por levar mais produtos para casa e gastaram também mais dinheiro do que era habitual antes da pandemia de Covid-19, segundo a consultora de mercado Kantar.

O estudo intitulado “Certeza no meio da incerteza”, a que o ECO teve acesso, mostra que, apesar de os indicadores terem baixado em relação ao primeiro ano da pandemia, as cestas de compras estão maiores (10,3 quilogramas por ato vs. 10,1 em 2019) e mais valiosas, com um gasto médio de 22 euros em cada compra, dois euros acima do nível pré-pandemia.

No que toca ao desempenho no setor do grande consumo, a evolução em 2021 reflete um cenário de perda (-4,1% em valor e -6,5% em volume) face ao ano anterior. No entanto, quando a comparação é feita com 2019, os dados analisados pela Associação Portuguesa de Empresas de Produtos de Marca (Centromarca) mostram um crescimento de 10,3% em valor e 3,6% em volume.

Num ano em que já houve períodos de desconfinamento quase total, sobretudo no verão, passou a haver muito menos consumo em casa do que em 2020 (-8,6%), mas ainda mais do que na era pré-pandemia (2,6%). O impacto é visível sobretudo nos momentos de consumo que anteriormente eram feitos no local de trabalho, como o almoço e o lanche da tarde, mas também ao jantar.

A procura por prazer e a desculpabilização dos hábitos de consumo marcaram também este segundo ano de pandemia, como ilustra a análise da Centromarca. Por exemplo, baixou a compra de azeite, manteiga magra, bolacha Maria e salsichas em lata, produtos que tinham enchido a despensa dos portugueses em 2020, e aumentou o consumo de snacks de queijo, colas, batata frita gourmet e donuts.

Os dados de compra são baseados no Painel de Lares da Kantar, uma amostra de 4.000 lares participantes, representativos de Portugal Continental, dispersos em mais de mil pontos de sondagem, que declararam as suas compras no período em análise de 52 semanas, compreendidas entre 4 de janeiro de 2021 e 2 de janeiro de 2022. Os resultados apresentados têm um nível de confiança de 95%, com erro amostral associado de 1,96%.

Outro destaque é que os portugueses passaram menos tempo na cozinha e parecem ter as chamadas “alternativas convenientes” como prioridade. Subiu o número de inquiridos que demoram até 20 minutos a preparar as refeições, descendo a percentagem acima desse tempo. E 68% mostra mesmo preferência pela rapidez e facilidade de preparação de alguns produtos, dois pontos mais do que em 2020 e dez acima de 2017. Outro indicador: 73% dos lisboetas pediram, pelo menos, uma vez a entrega de refeições em casa durante ano passado.

Seniores mais digitais vs. jovens cansados de ecrãs

A origem dos produtos é mais importante para os portugueses (74%) do que para a média dos países da Europa Ocidental (67%), especialmente para os designados eco-actives (89%), o segmento da população que toma mais ações no seu dia-a-dia pelo ambiente e que, de acordo com o estudo “Who Care Who Does”, da Kantar, em 2025 representará 50% da população portuguesa.

Que informação procura regulamente nas embalagens quando faz compras? Se a embalagem é feita de materiais reciclados e se pode ser reciclada, qual o país de origem e se tem selos de bem-estar animal ou orgânico/bio, de acordo com a publicação desta consultora de mercado.

Por outro lado, o estudo evidencia que a população reformada foi, em 2021, o único grupo que aumentou a sua penetração no canal online face ao ano anterior. Tornou-se mesmo o maior grupo sociodemográfico em percentagem de compradores (25%), representando um quarto de todos os lares compradores.

Reformados já representam um em cada quatro compradores digitais no retalho alimentarPexels

No entanto, a cesta online dos reformados não tem o padrão típico. É mais pequena (leva 25% menos do que as da média online), menos regular (menos três atos de compra por ano do que as famílias com filhos pequenos) e menos diversificada: 67% concentra-se em três macro categorias, sendo que a primeira no caso dos reformados pesa 1,5 vezes mais do que a média.

Os jovens, por seu lado, fazem compras com maior regularidade e conforme a necessidade do momento. Este grupo etário aumentou em 12% a frequência de compra e está mais presente nos canais de proximidade, sejam supermercados, comércio tradicional ou até insígnias das quais estavam mais afastados, como é o caso do Minipreço.

Deixámos de ter uma compra que era muito de millennials, que compravam nas zonas urbanas e que já faziam outras compras online. E passámos a ter pessoas em muito mais localizações (…) e mais velhas, por via da digitalização.

Pedro Pimentel

Diretor-geral da Centromarca

Pedro Pimentel, diretor-geral da Centromarca, contextualiza que “em 2020 houve um boost no online, muito forçado pelas condicionantes da vida das pessoas, que estavam fechadas em casa e com receio de sair à rua”, mas que “cada vez que as pessoas voltam a uma vida mais normalizada, o online desacelera”. “O que fomos vendo é que, quer ao nível da idade das pessoas, dos locais de compra e do tipo de compra, houve uma evolução”, completa.

“Deixámos de ter uma compra que era muito de millennials, que compravam nas zonas urbanas e que já faziam outras compras online. E passámos a ter pessoas em muito mais localizações – até porque algumas saíram para segundas casas – e mais velhas, por via da digitalização. É um fenómeno que não tem a ver apenas com os supermercados, mas que foi muito acelerado pelo facto de as pessoas terem estado mais isoladas, porque os netos deram smartphones aos avós para fazerem chamadas de vídeo. E o online para pessoas mais velhas pode ser um auxiliar de qualidade de vida”, conclui Pimentel.

Tendências que vieram e ficaram com a pandemia

  • Famílias portuguesas ganham patas

A procura da companhia de um animal de estimação no ano de início da pandemia foi crucial para o crescimento de Pet Food, mas a supervalorização e a relação com o animal de estimação já vai muito além da escolha da melhor ração. A escolha da comida animal é agora mais emocional que racional e, por isso, o mercado chega a níveis recorde de faturação e compradores. Também aqui, as marcas de distribuição emergem e quatro em sete foram as mais escolhidas pelos portugueses no último ano, desafiando marcas especialistas.

  • “Cuidado” ganha terreno à beleza

O segmento de beleza continua em constante desvalorização. Categorias de valor acrescentado como maquilhagem e perfumaria continuam em queda, enquanto as de cuidado têm vindo a ser a prioridade nos portugueses. O mercado sofre pelo mix de cesta através de dois fatores: troca de categorias (beleza vs. cuidado) e mix de marcas (emergência de marcas brancas vs. de fabricantes), daí o gasto ser o indicador mais afetado neste fecho de 2021.

  • “Marie Kondo à portuguesa”

Mais tempo passado em casa e novas rotinas devido ao teletrabalho, que permite maior flexibilidade, parecem ter levado os portugueses a olhar para a casa de forma diferente. E assiste-se à polarização de comportamentos: os compradores básicos e os especialistas são os que mais crescem. O primeiro grupo são famílias que compram até dez produtos por ano na limpeza caseira; e os especialistas que compram mais de 21 produtos ao ano.

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Moção de Nuno Melo a mais votada

  • Lusa
  • 3 Abril 2022

Moção de Nuno Melo foi a mais votada no Congresso do CDS-PP com 73% dos votos. "Não é tempo de deprimir, é tempo de reagir", disse o eurodeputado aos congressistas.

A moção de estratégia de Nuno Melo foi a mais votada no 29.º Congresso do CDS-PP, com 854 votos, e o eurodeputado será o novo presidente do partido depois de eleitos os órgãos nacionais. A moção do eurodeputado Nuno Melo, “Tempo de Construir”, foi uma das quatro levadas a votos, em alternativa, e obteve 73% dos votos. Com este resultado, caberá a Nuno Melo apresentar a lista à Comissão Política Nacional, que será votada entre as 09:00 e as 12:00 deste domingo.

Minutos antes da votação, Nuno Melo fez uma intervenção ao congresso. O candidato à liderança do CDS-PP defendeu que, apesar da situação que o partido atravessa, com a perda da representação parlamentar, “não é tempo de deprimir, é tempo de reagir“. Na segunda vez que se dirigiu ao 29.º Congresso nacional, que arrancou hoje em Guimarães e termina no domingo, o eurodeputado falou na “angústia” que os democratas-cristãos sentiram quando foi retirada das paredes da Assembleia da República a placa com a indicação “grupo parlamentar do CDS-PP”, bem como no arranque da nova legislatura sem deputados do CDS-PP.

As moções de estratégia global visam fixar a orientação geral do partido no próximo mandato. A segunda moção mais votada foi a moção A, “Trazer a democracia cristã para o século XXI”, de João Seabra Duque, com 109 votos (9%), seguindo-se a moção E, “O Futuro para o CDS Partido Popular”, do atual dirigente nacional Miguel Matos Chaves, com 104 votos (9%). A moção menos votada foi a D, “A soma que dá um”, do dirigente distrital Otávio Rebelo da Costa, com 35 votos (3%).

O processo de votação arrancou às 23:29 e gerou longas filas à volta da sala do pavilhão multiusos de Guimarães e só fechou pelas 02:30.

O primeiro dia de trabalhos durou cerca de 15 horas e encerrou pelas 03:00, já com muito poucos congressistas na sala. “Boa noite, bom descanso e até mais logo”, despediu-se o presidente da Mesa do Congresso, Martim Borges de Freitas, recordando que a votação dos órgãos nacionais começa às 09:00.

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Candidatos à liderança do CDS falam num partido vivo apesar de erros cometidos

  • Lusa
  • 2 Abril 2022

Os quatro candidatos à liderança do CDS-PP falaram este sábado num “partido vivo” que voltará à Assembleia da República de onde “nunca deveria ter saído”.

Candidatos à liderança do CDS-PP falaram este sábado, no 29.º Congresso do partido, em Guimarães, num “partido vivo” que voltará à Assembleia da República de onde “nunca deveria ter saído”.

O dirigente do CDS-PP e candidato à liderança do partido Miguel Mattos Chaves defendeu que “o CDS está vivo” e considerou que a situação atual do partido, que perdeu representação parlamentar, “resulta de erros cometidos desde 2011”.

Na apresentação da sua moção de estratégia global, Mattos Chaves, que integra ainda a Comissão Política Nacional liderada por Francisco Rodrigues dos Santos, defendeu que não se pode “entregar a liderança do CDS a quem o atirou para este estado”.

O candidato à liderança saudou a presença no pavilhão multiusos de Guimarães do antigo líder do CDS-PP Manuel Monteiro e considerou que a recuperação do partido depende de “dar voz aos milhões de portugueses de direita que não se têm sentido representados”.

“O CDS tem dois grandes desafios: o primeiro, e mais importante, é afirmar os valores do CDS, o conservadorismo e a democracia-cristã, que nos distinguem dos restantes; o segundo é abrir mais o partido e à sociedade civil”, disse, apelando ao “fim do silêncio dos bons do partido”.

Já o candidato à liderança do CDS-PP Bruno Filipe Costa, que começou a apresentar a sua moção de estratégia global “Visão 22-30” à hora de almoço vendo a sala esvaziar-se naquele momento, assumiu que o partido tem um “enorme desafio” pela frente.

Apontando um CDS-PP com “demasiados erros e demasiados nós”, Bruno Filipe Costa disse que não é tempo de “vinganças mesquinhas”, mas de “defender o legado” do partido, unir forças e usar os melhores.

“O CDS-PP deixou a casa da democracia, mas voltará a estar lá de onde nunca deveria ter saído”, afirmou. Lembrando que, apesar de não ter representação no Parlamento, está representado na Europa, nos municípios e nas freguesias.

Por seu lado, o candidato Nuno Correia da Silva, que saudou o líder demissionário, Francisco Rodrigues dos Santos, momento em que se ouviram umas tímidas palmas na sala, disse que o partido chega ao 29.º Congresso com um resultado que não desejava, referindo-se à perda de representação no Parlamento.

Com uma moção intitulada de “Liberdade”, Nuno Correia da Silva assumiu querer um país de liberdade onde os pais possam escolher a escola dos filhos, onde as famílias possam educar os filhos e onde se recompense de forma justa quem trabalhe.

“Para o CDS-PP há uma regra de ouro que é quem trabalha não pode ser pobre”, assentou. Para o centrista, este é o partido da solidariedade e não do egoísmo, o partido que está ao lado das pessoas.

O 29.º Congresso do CDS-PP reúne-se até domingo em Guimarães (distrito de Braga) para eleger o próximo presidente do partido. Esta reunião magna acontece dois meses depois das eleições legislativas de 30 de janeiro, nas quais o CDS-PP teve o pior resultado de sempre (1,6%) e perdeu pela primeira vez a representação na Assembleia da República.

O atual líder, Francisco Rodrigues dos Santos, que tinha sido eleito em janeiro de 2020, demitiu-se na noite eleitoral depois de conhecidos os resultados. São quatro os candidatos assumidos na corrida à liderança: Nuno Melo (eurodeputado e líder da distrital de Braga), Miguel Mattos Chaves, Nuno Correia da Silva (ambos vogais da Comissão Política Nacional) e o militante e ex-dirigente concelhio Bruno Filipe Costa.

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Como são feitos os sumos a alta pressão na fábrica da Sonatural<span class='tag--premium'>premium</span>

A Sonatural é a primeira marca portuguesa a produzir sumos naturais “sob pressão”, um método que, ao lado do rebranding da marca, ambiciona entregar um produto próximo do que alguém faria em casa.

É a primeira marca portuguesa a lançar sumos 100% naturais através da tecnologia High Pressure Processing (HPP), mas a marca relança-se também agora no mercado após um rebrandingpela agência Judas. Inspirada nas tecnologias à base da alta pressão, “Under Pressure” é o novo mote da Sonatural, que faz uso do método Cold Pressed para eliminar os micro-organismos indesejados sem o uso de corantes ou conservantes artificiais. O ECO visitou a fábrica Sonatural onde Douglas Gilman, CEO da Sonatural, explica a importância deste método de produção. “A fruta tem açúcar natural e o que acontece na pasteurização é que nós cozemos a fruta. Então, temos um sabor muito característico que não é igual ao que fazemos em casa, porque nós caramelizamos o açúcar”. Para evitar este problema, e de modo a

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Tesla bate recorde e entrega mais de 310 mil carros no primeiro trimestre

  • ECO
  • 2 Abril 2022

Entre janeiro e março, a Tesla entregou mais de 310 mil veículos elétricos em todo o mundo, o que representa um número recorde e acima das estimativas apontadas pelos analistas.

A Tesla entregou mais de 310 mil veículos elétricos no primeiro trimestre deste ano, alcançando um novo recorde, avança a Reuters (acesso condicionado, conteúdo em inglês). Valores batem estimativas dos analistas.

Entre janeiro e março deste ano, a fabricante automóvel entregou 310.048 automóveis, acima dos 308.836 veículos apontados pela Refinitiv. Segundo a Reuters, estes resultados foram impulsionados por um aumento na produção na fábrica de Xangai, na China. Além desta fábrica, a Tesla tem unidades de produção na Califórnia (Estados Unidos) e em Berlim (na Alemanha)

Deste total, a maioria dos automóveis vendidos (295.324) diziam respeito ao Tesla Model 3 e ao desportivo Model Y. A empresa liderada por Elon Musk adiantou ainda que foram entregues 14.724 do Model S, uma gama de luxo, bem como do Model X, o que constrasta com as 11,750 unidades entregues destes dois modelos no quarto trimestre de 2021.

A empresa revelou ainda que nos primeiros três meses deste ano produziu 305.407 veículos, o que contrasta com os 305.840 no trimestre anterior.

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Estafetas das plataformas digitais exigem no Porto reajustamento das tarifas

  • Lusa
  • 2 Abril 2022

Cerca de meia centena de estafetas das plataformas digitais concentraram-se este sábado no Porto para exigir o reajustamento das tarifas. Pedem ainda férias pagas e um subsídio de Natal.

Cerca de meia centena de estafetas das plataformas digitais concentraram-se este sábado no Porto para exigir o reajustamento das tarifas, acusando a Uber eats, Glovo e Bolt de deixarem à mercê da sorte 3.000 trabalhadores.

Marcel Borges, porta-voz dos estafetas, explicou à Lusa que “as reivindicações são dirigidas tanto às autoridades [do país], porque é um grito de socorro, como as próprias plataformas que estão a deixar em vácuo todos os estafetas, pois não marcam, sequer, uma reunião, deixando [os trabalhadores] à mercê da sorte e sem um reajustamento de tarifas, no caso da Uber, há dois anos”.

Continuando em tom crítico, o estafeta afirmou que “a Glovo, há 15 dias, em vez de aumentar o valor do quilómetro, diminuiu-o em 50%, passando de 42 cêntimos para 24 cêntimos”, concluindo, que em face dos novos números os “estafetas estão a pagar para trabalhar”.

“No Porto somos cerca de 3.000 estafetas, sendo que antigamente 80% eram brasileiros, mas agora 40% dividem-se entre paquistaneses, indianos, venezuelanos e muitos portugueses”, acrescentou Marcel Borges, já saudoso do que trabalhou em 2020 e 2021.

É que, contou, “durante a pandemia, a Uber, a Glovo e a Bolt foram muito rentáveis”, mas agora os estafetas começam a sentir o contrário, pois as plataformas “estão a cortar todos os direitos em relação ao acesso ao seguro [de trabalho], que não têm, forjam falsas promoções e, fazendo as contas, estão a perder 50% do valor que era auferido antigamente”.

Queremos o reajustamento das tarifas, mas se isso não for possível vamos querer celebrar um contrato de trabalho, com um valor base mínimo de 850 euros, ajudas de custo, de combustível, de valores a cada entrega realizada”, resumiu o porta-voz dos manifestantes.

Marcel Borges relatou ainda que para um estafeta “ganhar 30 euros por dia tem de trabalhar 10 horas em cima de uma mota”.

“Estamos à mercê destas multinacionais, que são verdadeiros leões, que não querem responsabilidade, só lucro. Nós não temos, sequer, um atendimento presencial e queremos que ele volte a estar disponível”, exigiu, prometendo que no caso de as reivindicações não serem atendidas irão até ao “Ministério do Trabalho exigir um contrato”.

Na manifestação estiveram José Soeiro (BE) e Diana Ferreira (PCP) intervindo antes de os estafetas concentrados fazerem um desfile pelas ruas do Porto para mostrar o seu desagrado.

Na comunicação distribuída, os trabalhadores querem também um aumento 80 cêntimos do valor por quilómetro, do preço da gasolina por cada quilómetro contado desde a receção do pedido até à entrega do mesmo ao cliente ou uma percentagem igual a 50% do preço da gasolina, que cada vez é mais variável e que tem penalizado a classe trabalhadora, lê-se ainda. Férias pagas e um subsídio de Natal no valor proporcional ao do ano trabalhado figuram também entre as reivindicações.

Em Portugal não existe uma lei específica para o serviço destas plataformas de entregas (em que os estafetas são designados como parceiros, trabalhando sobretudo por conta própria).

Na anterior legislatura, o Governo socialista apresentou aos parceiros sociais linhas de reflexão sobre eventuais medidas a adotar através do Livro Verde sobre o Futuro do Trabalho, mas com o chumbo do Orçamento do Estado e a consequente demissão do executivo o processo ficou parado.

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UE trabalha novas sanções contra a Rússia não relacionadas com a energia

  • Lusa
  • 2 Abril 2022

O comissário europeu para a Economia disse que a UE está a "trabalhar noutros pacotes de sanções" contra a Rússia e adiantou que "neste momento" não estão previstas medidas relacionadas com a energia.

A União Europeia (UE) está a trabalhar em “novos pacotes de sanções” contra a Rússia, embora não relacionados com a energia, assegurou este sábado o comissário europeu para a Economia, Paolo Gentiloni.

“Estamos a trabalhar noutros pacotes de sanções, que no momento não incluem o setor de energia, e acima de tudo estamos a trabalhar para tentar limitar a possibilidade de contornar essas sanções“, disse este sábado o italiano Paolo Gentiloni, em Milão (norte da Itália), durante o Congresso do Fórum Ambrosetti.

Gentiloni explicou que Bruxelas e Washington criaram um grupo para “trabalhar no património dos oligarcas, na conversão de rublos, para evitar que essas sanções já tão importantes sejam contornadas. Há poucos dias, os Estados Unidos colocaram na mesa outras pacotes direcionados a tecnologias e ligadas à indústria militar russa, e esse é um caminho que a UE pode seguir”.

Sobre a influência da guerra na economia europeia, Gentiloni disse que será limitada. “Certamente teremos uma desaceleração do crescimento, um impacto desta nova crise, mas não estamos destinados a um caminho de crescimento negativo ou recessão”, referiu.

“Temos uma previsão para a Europa de 4%, para a Itália 4,2%, essas são as previsões para janeiro. No dia 16 de maio apresentarei as novas previsões europeias. Haverá uma desaceleração do crescimento, certamente que os atuais 4% na Europa são otimistas e não chegaremos lá”, frisou.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.325 civis, incluindo 120 crianças, e feriu 2.017, entre os quais 168 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 4,1 milhões de refugiados em países vizinhos e cerca de 6,5 milhões de deslocados internos. A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia. A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

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Rui Moreira acusa Governo de transformar TAP numa “companhia regional” de Lisboa

  • Lusa
  • 2 Abril 2022

Rui Moreira considerou “péssimo para a região” a diminuição de rotas da TAP a partir do Porto e acusa o Governo de querer transformar a empresa numa “companhia regional” para servir o hub de Lisboa.

O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, acusou este sábado o Governo de querer transformar a TAP numa “companhia regional” para servir o hub de Lisboa e a transportadora de “abandonar mais uma vez” o aeroporto Francisco Sá Carneiro.

Em declarações à Lusa, Rui moreira considerou “péssimo para a região” a diminuição de rotas da TAP a partir do Porto, considerando que é “tempo de juntar esforços” e lançou o repto ao PS/Porto para que “puxe dos galões” e diga se é ou não cúmplice da opção da TAP de diminuir a presença no Norte do país.

Para o autarca portuense, os portugueses têm que pensar “se se sentem bem” em “pagar a fatura” para que o Governo transforme a TAP numa “companhia regional” para servir Lisboa, lembrando o custo o erário público que a transportadora aérea representa.

Na edição deste sábado, o Jornal de Noticias dá conta que face ao verão de 2019 a TAP vai operar menos sete rotas e oferecer menos 705 mil lugares a partir do Aeroporto Francisco Sá Carneiro, ao contrário das principais companhias internacionais que reforçam a presença a partir do Porto.

“Reajo [à diminuição de rotas e lugares] com muita preocupação, isto é péssimo para a região, para a cidade, numa altura em que precisávamos que as companhias aéreas, e a TAP em particular, estivessem a atuar mais e a oferecer mais rotas a partir do aeroporto Francisco Sá Carneiro”, afirmou Rui Moreira.

No entanto, o autarca apontou que “nada disto” o admira: “Eu tenho vindo a afirmar, há muito tempo, que o único propósito do Governo é transformar a TAP numa companhia regional para servir o hub de Lisboa e Vale do Tejo”, disse.

“A questão diferente é se todos os portugueses se sentem bem em pagar a fatura desta empresa que, de facto, só serve Lisboa e Vale do Tejo como se fosse uma empresa de transportes regionais”, declarou.

O autarca salientou que “agora é tempo de juntar esforços” e, referindo que o “interesse público não se esgota em Lisboa”, Rui Moreira lançou o repto ao PS/Porto para “puxar dos seus galões e dizer se concorda com isto, se é cúmplice desta situação ou se está disposto a fazer barulho”.

Rui Moreira considerou ainda que ao financiar a TAP com quatro mil milhões de euros se está a “criar aqui uma distorção no mercado” porque se está a “subsidiar uma companhia que tenta atrair para Lisboa” rotas que de outra maneira viriam para o Porto.

“Há aqui um efeito de dupla indução, por um lado TAP não vem ao Porto, por outro lado está a subsidiar o transporte ao aeroporto de Lisboa, como é evidente, e estamos, portanto, a reduzir a competitividade do nosso aeroporto e a limitar também as companhias aéreas que gostariam de vir ao Porto e que poderiam vir, não fosse essa concorrência desleal”, alertou.

Moreira, além do alerta e do repto para que o parlamento discuta a questão da TAP, deixou um desejo. “Eu espero também que as pessoas do Norte que percebam que o hub Lisboa, da forma que está a ser feito, é altamente prejudicial à nossa economia e que também procurem através disso escolher alternativas e também que façam as suas escolhas”, disse.

PSD/Porto considera “completamente inconcebível” estratégia da TAP

A par do autarca portuense, também o presidente da Distrital do PSD do Porto, Alberto Machado, considerou ser “completamente inconcebível” a estratégia da TAP para o Aeroporto Sá Carneiro, acusando a transportadora de “concentrar a atividade quase em exclusivo” em Lisboa.

Em declarações à Lusa, Alberto Machado considerou que a TAP está a “abandonar as comunidades portuguesas” com ligação ao Norte ao deixar de operar do Porto para cidades como Zurique ou Bruxelas, criando “Portugueses de primeira e portugueses de segunda” pelo que “já não serve a Portugal”.

Para o líder do PSD/Porto a TAP, “paga por todos os portugueses”, está “a criar uma diferenciação que é completamente inadmissível”. Alberto Machado considerou “esta estratégia” da TAP “completamente inconcebível”, salientando que “tem que ser rapidamente redefinida”.

“Se somos todos a suportar os custos da TAP, todos temos que ser beneficiados de igual forma pela empresa. Se a TAP pretende operar apenas num determinado destino, então que se privatize a TAP porque a TAP já não serve Portugal, já não é a nossa empresa de bandeira”, apontou.

O social-democrata lembrou ainda a importância das rotas da TAP para as comunidades de imigrantes: “Pelas rotas que nos são dadas a saber que vão ser extintas ou reduzidas, Luxemburgo, Genebra, Londres, Zurique, ou Bruxelas, milhares de portugueses que trabalham na emigração vão deixar de ter ligação direta ao Norte de Portugal”, concluiu.

(Notícia atualizada às 16h24 com a reação do PSD/Porto)

 

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A marcar férias? Nestes países europeus já não precisa de certificado Covid

Um pouco por toda a Europa, um total de 15 países já decidiram terminar com as restrições nas viagens para os cidadãos da União Europeia ou do Espaço Schengen. Veja a lista completa.

No início de março, a pandemia voltou a acelerar em vários países europeus, à boleia da sublinhagem B.A.2 da Ómicron, que é já dominante em todo o mundo. No entanto, após mais de dois anos de pandemia, há cada vez mais países a prepararem a transição para uma fase endémica, aligeirando as restrições pandémicas. No “Velho Continente”, há já, pelo menos, 15 países que decidiram terminar com as restrições de viagens para os cidadãos da União Europeia (UE) ou do Espaço Schengen, deixando de exigir a apresentação de certificado digital Covid à chegada ao país.

Em causa estão a Dinamarca, Eslovénia, Finlândia, Hungria, Irlanda, Islândia, Lituânia, Luxemburgo, Noruega, Países Baixos, República Checa, Roménia, Suécia, Suíça e Liechtenstein, de acordo com o levantamento feito pelo ECO, a partir do portal Re-open EU, que agrega as medidas em vigor nos diversos Estados-membros da UE, bem como dos países pertencentes ao Espaço Schengen, com base nos sites das respetivas autoridades nacionais.

Este documento foi inicialmente criado ao nível da UE para facilitar a livre circulação entre os Estados-membros em contexto pandémico, tendo sido posteriormente utilizado também para efeitos de restrições internas. Entrou em vigor em julho do ano passado e atesta o estado de imunização do portador com base em três critérios: se foi vacinado contra a Covid (válido por um período de 270 dias, desde a conclusão da vacinação primária); se desenvolveu anticorpos contra o Sars-CoV-2 por ter sido infetado (isto num período entre 11 a 180 dias após o registo da infeção); ou se fez um teste negativo à Covid-19 (os PCR têm uma validade de 72 horas, ao passo que nos testes rápidos a validade é encurtada para 24 horas), segundo os critérios europeus.

Assim, no conjunto dos 31 países ou territórios analisados, quase metade (14 países e um território) já deixaram de exigir a apresentação de certificado digital Covid numa das três modalidades (vacinação, testagem ou recuperação) para os viajantes provenientes de Estados-membros da UE e ou de países pertencentes ao Espaço Schengen.

Nos restantes 16 países que continuam a aplicar controlos fronteiriços no âmbito da pandemia, há, pelo menos, sete (incluindo Portugal, Espanha e Itália) que, além do certificado digital Covid ou de um documento semelhante, exigem também aos viajantes o preenchimento de um formulário, como forma de rastrear os contactos em caso de casos confirmados de Covid-19, segundo a mesma fonte.

O objetivo comunitário é que as medidas relativas às viagens entre os Estados-membros continuem a ser coordenadas. Contudo, cada país pode adaptar os seus próprios critérios. Apesar de, em linhas gerais, serem consensuais, há algumas diferenças ligeiras no que toca à validade dos testes aceites. Se, por exemplo, Portugal, Grécia e Chipre seguem o critério europeu, permitindo que os PCR sejam válidos durante 72h e os testes de antigénio durante 24h, a Bélgica, por seu turno, estende a validade do teste para 36 horas. Já na Bulgária, os testes são válidos por 48 horas.

Por outro lado, na sequência da invasão russa à Ucrânia, que já levou mais de quatro milhões de cidadãos a fugir do país, há alguns países com regras mais aliviadas para os cidadãos ucranianos. É o caso da Eslováquia, que ainda isenta de quarentena à chegada (no caso de apresentarem certificado digital Covid), bem como do preenchimento de um formulário se forem “pessoas que fogem de conflitos armados nacionais ou internacionais”, de acordo com a informação veiculada no portal Re-open EU.

A pandemia voltou a ganhar força na Ásia e na Europa no início de março. De acordo com o último relatório divulgado pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC), a semana terminada a 27 de março caracterizou-se por um “aumento contínuo, mas lento” no que toca aos casos de infeção por Covid-19. Que está a aumentar há três semanas consecutivas no conjunto dos países da UE/Espaço Económico Europeu, sendo que o maior aumento (14%) continuou a verificar-se nas faixas etárias com idade igual ou superior a 65 anos. “A taxa de infeções entre os maiores de 65 anos é tão elevada quanto a observada no pico da vaga inicial da Ómicron”, alerta.

Ainda assim, a ocupação em cuidados intensivos continua “muito abaixo do observado anteriormente“. Mais: a taxa de mortalidade na UE/Espaço Económico Europeu “continuou a diminuir”, tendo registado um recuo de 11% em relação à semana anterior.

A 15 de março, a Comissão Europeia divulgou que já tinham sido emitidos mais 1,7 mil milhões de certificados digitais Covid na União Europeia, num total de mais de 60 países e territórios dos cinco continentes que já aderiram ao sistema. O documento vai continuar a ser válido, pelo menos, até ao final de junho de 2023.

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“CDS só terá salvação se estivermos todos no mesmo barco”, diz Francisco Rodrigues dos Santos

Francisco Rodrigues dos Santos diz que herdou um "legado negro", mas rejeita "ajustes de contas" e apela à união. O líder cessante avisa que é a "última oportunidade" de evitar desaparecimento do CDS.

O líder cessante do CDS assegura que na sua liderança “nunca houve nem haverá lugar para ajustes de contas” e culpa o Governo PSD-CDS pelo declínio dos centristas. Sobre o novo ciclo, Francisco Rodrigues dos Santos diz que esta é a “última oportunidade” de resistir ao desaparecimento e apela à união do partido. “O CDS só terá salvação se estivermos todos no mesmo barco”, avisa.

Apesar de apesar de assumir com “humildade” os resultados obtidos nas legislativas de 30 de janeiro, Rodrigues dos Santos diz que não pode ignorar o “legado negro” que herdou, deixando duras críticas ao Governo PSD-CDS nos tempos da troika.“Nestes 10 anos pagámos a fatura da impopularidade, das inevitáveis políticas de salvação nacional do Governo da PAF, a que tivemos orgulho de pertencer, junto do nosso eleitorado tradicional”, sinalizou no discurso do Congresso do CDS, que irá eleger o próximo líder dos centristas.

O centrista sinaliza ainda que nos últimos 10 anos “o CDS perdeu 580 mil votos e 24 deputados”. Nesse sentido, Francisco Rodrigues dos Santos diz que quanto tomou as rédeas do partido a “realidade mostrou-se cruel”, tendo a sua direção recebido um “CDS falido, dois novos partidos sentados no Parlamento a concorrer” com o partido, “o pior resultado de sempre nas europeias e nas legislativas”. Além disso, o líder cessante destaca ainda que “estava fora do Parlamento” e que a somar-se a isso houve uma pandemia “que paralisou a nova liderança no terreno e impediu novas formas de o recuperar”.

Rodrigues dos Santos deixa ainda duras críticas à forte oposição interna que teve de enfrentar, mas apela à união do partido para este novo ciclo, garantindo que enquanto militante “nunca houve nem haverá lugar para ajustes de contas”. Para o líder cessante, esta é “última oportunidade” para resistir ao desaparecimento do partido e diz que “o próximo presidente do CDS não pode ter os seus adversários dentro do próprio partido”. “O CDS só terá futuro se não repetir as vergonhas do passado. O CDS só terá salvação se tivermos todos no mesmo barco”, concluiu.

Este fim de semana decorre, em Guimarães, o 29.º Congresso do CDS-PP, onde serão votadas 10 moções e será escolhido o próximo presidente dos centristas, depois de nas últimas eleições o partido não ter conseguido eleger, pela primeira vez na sua história, nenhum deputado para a Assembleia da República. Na corrida à liderança do partido está Nuno Melo, Miguel Mattos Chaves, Nuno Correia da Silva e Bruno Filipe Costa.

Nuno Melo diz querer “salvar o CDS” e falar “do futuro e para fora”

O candidato à liderança do CDS-PP Nuno Melo afirmou este sábado que decidiu avançar “porque é tempo de salvar o CDS”, avisando que para tal o partido tem de falar para fora e do futuro.

Na intervenção de apresentação da sua moção perante o 29.º Congresso do CDS-PP, “Tempo de Construir”, Nuno Melo manifestou confiança de que “o CDS vai dar a volta aos momentos tão difíceis do presente”, disse citado pela Agência Lusa.

“Mas o CDS terá de o fazer a falar sobre o futuro e para fora e não sobre passado e para dentro.”, avisou o antigo deputado, que foi aplaudido de pé pela maioria do Congresso no arranque da sua intervenção.

Nuno Melo justificou a sua candidatura “no momento mais difícil” dos 47 anos do partido, quando perdeu a representação parlamentar, para devolver ao CDS o que o partilho lhe deu. “Estou aqui porque é tempo de salvar o CDS”, sublinhou.

(Notícia atualizada às 14h17 com as declarações de Nuno Melo)

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Portugal já realizou mais de 40 milhões de testes à Covid

Desde o início da pandemia e até ao final de março, Portugal já realizou 40.026.768 de testes de diagnóstico à Covid-19, entre testes PCR e testes rápidos de antigénio.

Portugal já realizou mais de 40 milhões de testes à Covid, desde o início da pandemia e até ao final de março, segundo os dados divulgados este sábado pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA).

Desde o início da pandemia e até 30 de março, foram realizados em Portugal 40.026.768 de testes de diagnóstico à Covid-19, entre testes moleculares PCR e testes rápidos de antigénio, adianta a entidade liderada por Fernando de Almeida, em comunicado.

Deste total, mais de 20,7 milhões (quase 52%) dizem respeito a testes PCR, ao passo que os restantes cerca de 19,3 milhões são testes rápidos de antigénio (o que representa 48,25% da fatia total). Importa sublinhar que os autotestes não são aqui considerados, já que não são considerados testes de diagnóstico pela Direção-Geral da Saúde.

Esta fasquia ” representa bem a capacidade que Portugal teve para fazer face às necessidades de testagem em função das várias situações epidemiológicas que se verificaram, sendo motivo de satisfação e reconhecimento público pelo sentido de responsabilidade demonstrado pelos portugueses, que corresponderam sempre aos apelos das autoridades de saúde”, adianta o presidente do INSA, citado em comunicado.

O Ministério da Saúde prorrogou até 30 de abril a portaria que determina a comparticipação a 100% de testes rápidos de antigénio à Covid-19, mantendo a comparticipação de dois testes à Covid por utente, por mês, nos laboratórios e farmácias aderentes ao programa.

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