Venda de seguros expandiu 18% até fevereiro. Seguradoras Vida em destaque
Com produtos de Capitalização e PPR a suportarem 34% de crescimento, CA Vida, Real, Aegon Santander Vida e Mapfre Vida sobem muitas posições no ranking de produção das seguradoras.
A venda de seguros nos primeiros dois meses do ano atingiu o valor mais elevado desde o começo da pandemia de Covid-19. A produção do setor supervisionado pela ASF, medida pelo volume bruto de prémios emitidos, aproximou-se dos 2,23 mil milhões de euros, tendo crescido 18% face a igual período de 2021. Os custos com sinistros desceram 17,8%, para cerca de 1 546 milhões de euros e a taxa de sinistralidade sobre prémios emitidos desceu, de 99,9% um ano antes, para 69,6% no final de fevereiro de 2022 no conjunto da indústria.
Até final de fevereiro, as vendas de seguros do ramo Vida atingiram 1,06 mil milhões de euros (em prémios emitidos), mais 34,4% do que um ano antes, cabendo aos contratos de seguros 363,4 milhões (+19,2% em variação homóloga) e 607,2 milhões em contratos de investimento, que expandiram 44%, sob forte impulso nos produtos de capitalização (+38%, para 503 milhões de euros). Igualmente, os portugueses investiram 126,5 milhões de euros em contratos de seguros-poupança reforma (PPR), uma dinâmica 140,3% superior à de um ano antes, acompanhada de progressão que rondou 62% para 193,9 milhões nos PPR na forma de investimento, indicam números da Associação Portuguesa de Seguradores (APS) com base em amostra representativa nacional.
Invertendo evolução negativa que marcou o último ano no ramo Vida, o fluxo técnico – que corresponde à soma dos prémios mais entregas, menos os montantes pagos – atingiu cerca de 25,9 milhões de euros no segundo mês de 2022, refletindo decréscimo de montantes pagos em produtos de capitalização e rendas vitalícias. Pois, os custos com sinistros diminuíram mais de 363 milhões de euros (-26,5% face aos primeiros meses de 2021), para 1,01 mil milhões, beneficiando a taxa de sinistralidade, que desceu de 174% (fevereiro de 2021) para 95,2% em fevereiro de 2022.
No negócio de não Vida, os prémios emitidos progrediram 6,3%, alcançando 1 167 milhões de euros no acumulado, com taxas de variação homóloga (tvh) em aceleração mensal (de janeiro para fevereiro) nas proteções Doença e ramo Automóvel. Até fim de fevereiro, o ramo Automóvel vendeu mais 2,8%, com 358,8 milhões de euros em prémios emitidos e os sinistros a custarem 196,2 milhões, mais 8,7% relativamente ao período homólogo de 2021.
Em relação aos seguros de Acidentes e Doença, os números recolhidos junto dos associados da APS até final de fevereiro mostram incremento de 9,5% na tvh, para 548 milhões de euros e com custos de sinistros a subirem 14,2%, elevando-se a 253,4 milhões. Os seguros de Acidentes Trabalho cresceram 8,1%, até 240,3 milhões e as coberturas de Doença aumentaram 10,7%, para 278,6 milhões de euros em volume de prémios emitidos, sendo que os sinistros neste ramo avançaram 13,9%, para 130,1 milhões de euros. Nos restantes ramos de não-Vida, enquanto Incêndio e Outro Danos faturou mais 4,9%, para 194,7 milhões, beneficiando de decréscimo de 17% nos custos com sinistros, os seguros Multirisco cresceram 8,3%, até perto de 149 milhões de euros, em subida suportada por acréscimo de 5,5%, para cerca de 99 milhões em Habitação e Condomínios.
Trocas de posição no ranking da produção em mercado menos concentrado
Para o mesmo período, mas com critérios diferenciados, os dados da ASF indicam perto de 2 275 milhões de euros em volume bruto de prémios emitidos, uma subida de 17,5% na produção de seguro direto comparativamente aos dois primeiros meses do ano anterior, cabendo 2,04 mil milhões às empresas nacionais e 234,85 milhões de euros às sucursais-UE autorizadas a operar em Portugal. Do negócio desenvolvido pelas estrangeiras, cerca de metade (116,2 milhões) foi gerado por empresas com atividade mista (Vida e não-Vida).
Os indicadores da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) abrangem mais de 60 companhias. No final de fevereiro, a lista das primeiras 30, ordenadas pelo volume de produção, mostra algumas mudanças comparativamente a um ano antes, com destaque para ascensão de posições por parte de Mapfre Vida, CA Vida, Aegon Santander Vida e Real Vida, com ganhos relevantes de quota. Ainda, o conjunto das 5 maiores diminuiu peso relativo em 2,7%, passando a representar 55,4% de participação na estrutura do mercado em fevereiro.
As 30 maiores seguradoras em produção nos primeiros dois meses do ano são:
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