Hoje nas notícias: futebol, empresas e alojamento local

  • ECO
  • 4 Abril 2022

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Ao longo dos das últimas cinco temporadas, os clubes de futebol pagaram mais de 300 milhões a empresários. A invasão russa à Ucrânia continua a marcar a atualidade, havendo ainda empresas portuguesas a comprarem bens à Rússia. Após a suspensão de novos alojamentos locais em alguns bairros lisboetas, os preços das casas nessas zonas caíram 9%. As autoridades portuguesas estão a investigar a Uber por por avaliação de passageiros.

Clubes pagaram 305 milhões a empresários nas últimas cinco temporadas

Ao longo dos das últimas cinco temporadas, os clubes de futebol portugueses pagaram 305,4 milhões de euros a empresários de futebol. O Benfica foi o clube que mais pagou, tendo gasto 113,7 milhões de euros (37% do montante total), seguido pelo FC Porto que gastou 78,4 milhões de euros.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

Empresas portuguesas abandonam a Rússia, mas há ainda quem mantenha relações comerciais

Várias empresas portuguesas tinham relações comerciais com a Rússia, contudo, a guerra na Ucrânia veio trocar as voltas aos negócios. Para algumas, a redução da dependência da Rússia já estava prevista antes do conflito, mas há ainda quem mantenha os negócios. Segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), entre as dez principais empresas compravam bens à Rússia em 2021, apenas cinco não são de energia.

Leia a notícia completa no Observador (acesso condicionado)

Preços caíram 9% onde foi proibido novo alojamento local

A Assembleia Municipal de Lisboa aprovou a suspensão de novos registos de alojamento local em várias freguesias da cidade. Após esta medida, o número de casas vendidas nestas zonas caiu 20%, enquanto os preços recuaram 9%, segundo o estudo “O Mercado Imobiliário em Portugal”, financiado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos.

Leia a notícia completa no Público (link indisponível)

Uber investigada pelas autoridades portuguesas por avaliação de passageiros

A prática dos motoristas da Uber darem estrelas aos utilizadores está a ser investigada pela Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT) e pelo Instituto da Mobilidade e Transportes (IMT). Esta prática arrancou em julho de 2014, mas foi bloqueada no mercado nacional a partir de outubro de 2018, depois de uma lei ter proibido “a criação e a utilização de mecanismos de avaliação de utilizadores por parte dos motoristas de TVDE ou dos operadores de plataformas eletrónicas”.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

“Se for abandonado pela classe média, o SNS terá menos sustentabilidade”

O presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH) diz que Portugal não pode “continuar a ter a ter um sistema que pede aos doentes para faltarem ao trabalho para irem ao médico de família” e alerta que se o Serviço Nacional de Saúde “for abandonado pela classe média, terá menos sustentabilidade”.

Leia a entrevista completa no Inevitável (link indisponível)

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UE e EUA preparam mais sanções à Rússia. Biden quer Putin julgado por “crimes de guerra”

Retirada russa de Kiev deixa rasto de crimes de guerra. Ministro ucraniano diz que atrocidades revelam que Putin é pior do que o Estado Islâmico. UE e EUA preparam mais sanções.

As mortes de civis em Bucha e nos arredores de Kiev estão já a ser investigadas como crimes de guerra e dominam as notícias neste 40.º dia de guerra. A União Europeia (UE) vai começar a preparar, com urgência, novas sanções à Rússia, assim como os Estados Unidos. Josep Borrell condena as “atrocidades” cometidas pelas tropas russas na Ucrânia e, por sua vez, Joe Biden defende que Putin seja julgado por “crimes de guerra”.

O Presidente ucraniano diz a imagem pública da Rússia agora é de tortura e execuções depois da retirada das forças em Bucha terem deixado um cenário de abusos e devastação em Bucha e Kiev, a vala comum e os civis mortos com as mãos atadas atrás das costas. O ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros considera que estas atrocidades revelam que Vladimir Putin é pior do que o Estado Islâmico.

Moscovo rejeita as acusações de crimes de guerra e defende que as imagens que estão a ser divulgadas foram “encomendadas” pelos Estados Unidos como parte do complô contra a Rússia.

O procurado geral já confirmou que foram encontrados 410 corpos na cidade e estão a ser investigados como possíveis crimes de guerra.

A comunidade internacional tem condenado as atrocidades e a ministra da Defesa alemã já abriu a porta à proibição da importação de gás russo. Nos mercados internacionais o petróleo já sobe mais de 1%.

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Petróleo avança quase 2% depois da maior queda semanal em dois anos

Barril de petróleo caiu 13% na semana passada, a maior queda semanal dos últimos dois anos. Avança esta segunda-feira quase 2% com receios de problemas no abastecimento do mercado.

Os preços do petróleo iniciaram a semana em alta, recuperando da maior queda semanal em dois anos, enquanto persistem receios quanto ao fornecimento de barris no mercado. Os investidores estão atentos à libertação de reservas estratégicas nos países consumidores, como os Estados Unidos, e à trégua anunciada no Iémen.

Em Londres, o barril de Brent, que é a referência para as importações nacionais, valoriza 1,96% para 106,44 dólares, ao mesmo tempo que em Nova Iorque o crude avança 2,61% para 101,86 dólares.

Petróleo recupera

Os dois contratos de referência recuperam assim da desvalorização de 13% na semana passada, a maior queda semanal em dois anos, depois de os países membros da Agência Internacional de Energia (AIE) terem decidido libertar mais petróleo das suas reservas estratégicas para combater a volatilidade de preços causada pela guerra na Ucrânia.

Do lado dos Estados Unidos, o Presidente Biden anunciou que serão libertados um milhão de barris por dia a partir de maio e durante seis meses.

No Iémen, as Nações Unidas conseguiram um acordo de tréguas de dois meses entre a coligação saudita e o grupo Houthi alinhado com o Irão pela primeira vez durante os sete anos de conflitos. As infraestruturas de petróleo sauditas têm sido o alvo do grupo Houthi, criando maior incerteza no abastecimento do mercado.

(Notícia atualizada às 18h14 com novas cotações)

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Imigração é resposta para falta de pessoas na agricultura. CAP pede rapidez na atribuição de vistos

Respondendo à crise provocada pela guerra na Ucrânia, o setor agrícola tem disponível no site do IEFF 1.028 vagas de empregos para os refugiados, adianta a CAP.

Numa década o setor agrícola viu reduzir em 14% o número de trabalhadores, mas em contrapartida as exportações não pararam de crescer. Faltam técnicos, engenheiros agrónomos, tratoristas, motoristas, operacionais de armazém mas, sobretudo, mão-de-obra para as colheitas sazonais. “A única saída” parece ser a contratação de trabalhadores imigrantes provenientes de Estados terceiros, aponta a Confederação de Agricultores de Portugal (CAP) que deixa um apelo: “Que o Ministério dos Negócios Estrangeiros dedique uma atenção especial aos diversos Postos Consulares, nomeadamente no que diz respeito à emissão de vistos com celeridade.” Respondendo à atual crise provocada pela guerra na Ucrânia, o setor tem disponível no site do IEFF 1.028 vagas de empregos para os refugiados ucranianos.

“A CAP expressa a sua maior solidariedade para com todos aqueles que fogem da guerra e procuram, em Portugal, segurança, conforto e a possibilidade de darem um novo rumo às suas vidas. Enquanto País de acolhimento temos de garantir as melhores condições para que estas pessoas possam reconstruir as suas vidas. E, nesta primeira fase, isso passa por garantir todo o apoio emocional a quem chega a um novo País, com profundas marcas da guerra, muitos deixando para trás os seus pais, maridos e filhos. Na grande maioria dos casos, não nos esqueçamos, são mães e crianças quem mais procura refúgio. “Depois, naturalmente, há que criar oportunidades de integração, incluindo a garantia de trabalho – digno e justamente remunerado“, começa por referir fonte oficial da CAP, à Pessoas.

“Nesse sentido, o setor agrícola –- à semelhança de outras áreas de atividade –- manifesta total abertura para receber aqueles que veem no mundo rural uma oportunidade para seguirem em frente. A Agricultura é um setor vital para a economia nacional, cada vez mais profissionalizada, tecnológica, sustentável, e, por isso, capaz de responder às necessidades e aspirações de quem, muitas vezes, chega com competências e qualificações acima da média”, conclui.

No site no IEFP, que agrega ofertas de emprego para os refugiados ucranianos, o setor agrícola colocou mais de mil ofertas de emprego, segundo os dados partilhados pela CAP com a Pessoas. O maior número de ofertas entra na categoria “Trabalhadores não qualificados da agricultura e produção animal combinadas” (306), seguida de “Trabalhador não qualificado da agricultura e produção animal combinadas” (189) e agricultor e trabalhador qualificado, da horticultura, floricultura, de viveiros e jardins” (122).

Retrato de um setor

Mais de 314 mil pessoas trabalham na agricultura em Portugal. A sua maioria — 120.213 — são o próprio produtor agrícola, 93.771 os seus familiares, 59.808 assalariados regulares, 30.350 mão-de-obra eventual ou sazonal e 10.367 no âmbito da contratação de serviços vários, segundo dados do Recenseamento Agrícola 2019, do INE.

O proprietário, e a sua envolvente familiar, são a esmagadora maioria da população agrícola (68%), mas nos últimos 10 anos esse peso decresceu, enquanto, no mesmo período, a mão-de-obra agrícola assalariada, com caráter regular/sazonal e prestadores de serviços, aumentou significativamente.

Globalmente, numa década, o emprego agrícola caiu 14%, um decréscimo acompanhado por um crescimento do VAB Agrícola e das suas exportações. Produz-se mais com menos pessoas.

“O setor tem sentido escassez de recursos para diversas funções. Os poucos que são enviados pelo IEFP são de pessoas que não apresentam o perfil pretendido, aptidão ou interesse para as tarefas a desenvolver. Nota-se, de uma forma geral, muito poucos candidatos interessados em trabalhar no setor agrícola”, lamenta fonte oficial da CAP.

A agricultura “enfrenta uma falta generalizada de trabalhadores para diversas funções, com especial incidência nos colhedores”, comenta a CAP. A ‘importação’ de mão-de-obra parece ser a solução. “A única saída para um setor que se encontra a crescer como o setor agrícola parece ser a contratação de trabalhadores imigrantes provenientes de Estados terceiros, o que exige celeridade e profissionalismo do lado da Administração Pública Portuguesa na emissão de vistos”, defende a Confederação.

O setor tem sentido escassez de recursos para diversas funções. Os poucos que são enviados pelo IEFP são de pessoas que não apresentam o perfil pretendido, aptidão ou interesse para as tarefas a desenvolver. Nota-se de uma forma geral, muito poucos candidatos interessados em trabalhar no setor agrícola.

CAP

Uma boa solução para o setor, mas também para o equilíbrio das contas públicas. “A contratação de tais trabalhadores estrangeiros representará um acréscimo significativo das receitas da Segurança Social (34,75% sobre os salários mensais e subsídios)”, reforça fonte oficial da CAP.

Acolher imigrantes

As nem sempre ideais condições de acolhimento da população migrante — a grande força de trabalho sazonal na agricultura para a época das colheitas — ganharam visibilidade com a pandemia e o cerco em Odemira, região do país onde se concentram grandes unidades de produção para o mercado de exportação.

Não havia casas suficientes, nem com as condições necessárias, para acolher os trabalhadores sazonais. As empresas apontaram responsabilidades às autoridades públicas e à lentidão na aprovação do alojamento temporário nas herdades. Desde 2019, diziam, nenhuma nova licença de habitação tinha sido autorizada. Mais de um ano depois, há mais condições?

“Existem já projetos aprovados, totalizando um número de camas muito próximo do comprometido com o Governo“, garante a CAP.

A Lusomorango corrobora essa evolução. O memorando de entendimento assinado, a 11 de maio de 2021, pelo Governo com a Lusomorango, a Associação dos Horticultores, Fruticultores e Floricultores dos concelhos de Odemira e Alzejur e (AHSA) e a Portugal Fresh, com vista a simplificar o processo de licenciamento e agilizar as possibilidades de alojamento temporário no interior das quintas de exploração agrícola, “começa agora a apresentar os primeiros resultados com a aprovação dos primeiros projetos”, adianta Luís Pinheiro, presidente do conselho de administração da Lusomorango.

Em Odemira, só a Lusomorango tem apresentados 542 projetos, tendo sido aprovados 312, com 230 ainda em análise; enquanto a AHSA tem 1.687 projetos apresentados, 1.112 aprovados e cerca de 575 ainda em análise, segundos os dados partilhados pela empresa com a Pessoas.

País precisa de uma solução estrutural, solução esta que, no nosso entender, passa pela necessidade urgente de criar uma Regulamentação específica e nacional para a habitação coletiva de trabalhadores sazonais.

Luís Pinheiro

Presidente do conselho de administração da Lusomorango

“Existe um desafio que é necessário ultrapassar em relação à habitação em Odemira. Queremos acreditar que a concretização do Plano de Habitação, que a Câmara Municipal de Odemira tem em curso, será realizado com sucesso, e que contribuirá para melhorar a situação. Esta não é, no entanto, uma realidade exclusiva de Odemira, ou sequer do Alentejo. Este é um desafio do país que precisa de uma solução estrutural, solução esta que, no nosso entender, passa pela necessidade urgente de criar uma Regulamentação específica e nacional para a habitação coletiva de trabalhadores sazonais”, defende Luís Pinheiro.

“Para que o acolhimento e a integração destas comunidades sejam os mais adequados é necessário que Portugal regule os fluxos migratórios através de acordos bilaterais com países terceiros para o estabelecimento de origens “seguras” de recrutamento que permitam aos produtores cumprir o recrutamento ético, seguro e transparente que ambicionam“, argumenta ainda o responsável a Lusomorango, cujos produtores podem assegurar emprego a cerca de 3.000 trabalhadores, desde administrativos, quadros técnicos e apanhadores de fruta.

Como atrair e reter talento

Luís Pinheiro fala de um setor agrícola “altamente tecnológico, inovador e comprometido com a proteção dos recursos e do ambiente”, que faz da agricultura “um setor atrativo onde uma nova geração de agricultores – mais jovem, mais dinâmica, mais inovadora e mais disponível para o uso da tecnologia e com mais conhecimento – encontra uma perspetiva de carreira e de vida”.

Mão-de-obra qualificada que promove a coesão territorial, fixa as pessoas no território, combatendo a desertificação do interior. Odemira é disso exemplo. “Em 10 anos, de acordo com os dados do último Censos, cresceu 13% em população residente. Estes 13%, a maioria destas pessoas, trabalham no setor agrícola, são pessoas que voltaram à região ou que encontraram nela uma oportunidade de desenvolver o seu projeto de vida, coisa que seria muito difícil há 20 anos”, destaca o responsável da Lusomorango.

Estratégias de atração dessa mão-de-obra são, assim, necessárias. “Na Lusomorango, os produtores investem na qualificação da sua mão-de-obra e, para reter e atrair as suas pessoas, o seu talento, têm políticas e programas de pagamento de prémios de produtividade e de formação contínua, como os programas de formação em escolas de negócios de referência no setor agroalimentar, que proporcionam o crescimento interno e o desenvolvimento de carreiras”, refere o presidente do conselho de administração.

Garantir trabalho todo o ano

O Vale da Rosa emprega cerca de 245 trabalhadores — dos quais 70 de nacionalidade portuguesa e os restantes 175 nacionalidade estrangeira, maioritariamente venezuelana, tailandesa, bengalesa, paquistanesa, indiana, nepalesa, ucraniana, romena, albanesa, espanhola, guineense e senegalesa –, numa região onde faltam trabalhadores para responder às necessidades, sobretudo durante as colheitas.

Para atrair pessoas, a “principal estratégia” passa por “criar parcerias com o Município de Ferreira do Alentejo e empresas por forma a garantir trabalho durante o ano inteiro a estas pessoas e diminuir a precariedade laboral“, adianta Rosália Jacinto, diretora de recursos humanos da Vale da Rosa. Ou seja, “fazer o género de uma escala, com o período e empresas onde cada pessoa irá trabalhar, para que se mesmas pessoas, ou pelo menos uma percentagem acima de 50%, voltem na campanha seguinte.

“Outra estratégia passa pela contratação de migrantes e criar condições de alojamento, segurança e qualidade de vida que não encontram nos países de origem. Principalmente, tentamos trazer famílias e apoia-los na sua integração para que fixem residência na região”, refere ainda.

Como 2 mil hectares de amendoal no Fundão e em Idanha-a-Nova — há a meta de chegar aos 5 mil hectares –, a folha de pessoal do projeto Veracruz é, sobretudo, composta por trabalhadores locais. “O nosso objetivo é contratar o mais localmente possível e dos 35 trabalhadores que temos atualmente, 90% são do Fundão e de Idanha-a-Nova, onde se localiza a nossa produção. Mas ao mesmo tempo, queremos atrair novos talentos e contribuir para a fixação de jovens no interior”, adianta Andreia Barbosa, diretora de Recursos Humanos da Veracruz.

“Em breve teremos uma fábrica de descasque e transformação de amêndoa e iremos reforçar a equipa com novos postos de trabalho.”

Somos uma empresa agrícola com processos tecnológicos muito definidos, tudo o que fazemos está assente em smart farming e atraímos talento diferenciador: analistas de dados ou pilotos de drones também fazem parte dos nossos recursos humanos.

Andreia Barbosa

Diretora de Recursos Humanos da Veracruz

“O projeto da Veracruz está em pleno crescimento e expansão e estamos sempre à procura dos melhores talentos para trabalhar nas nossas herdades. Neste momento, por exemplo, estamos com vagas para agrónomos, tratoristas e especialistas em máquinas agrícolas”, descreve.

“Somos uma empresa agrícola com processos tecnológicos muito definidos, tudo o que fazemos está assente em smart farming e atraímos talento diferenciador: analistas de dados ou pilotos de drones também fazem parte dos nossos recursos humanos. Queremos oferecer um ambiente inovador, mesmo em funções de campo, com possibilidade de progressão e estabilidade, algo que é também diferenciador no setor em que atuamos”, diz a responsável de RH.

Para atrair o talento, a empresa implementou um programa de desenvolvimento de pessoas, o Germinar, que “ajuda a guiar o plano de carreira de todos os colaboradores”. “A nossa estratégia passa ainda por reforçar a formação, além de atribuir prémios aos trabalhadores que tenham tido um bom desempenho, sempre através de feedbacks estruturados”, acrescenta a responsável de RH. Parcerias com universidades e centros técnicos, para promoção de estágios são outras das estratégias. “Se encontrarmos um bom candidato que esteja fora do país, ajudamos no processo de imigração”, refere Andreia Barbosa.

A Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos emprega cerca de 50 pessoas a tempo inteiro, recrutando 15 a 20 colaboradores sazonais para a campanha. “Estamos sempre atentos a novos talentos, que podem surgir em qualquer área, desde a operacional, passando pela mecânica, até à área técnica. Normalmente valorizamos um perfil rigoroso mas flexível, sendo as softskills sempre consideradas um critério prioritário”, adianta Helder Transmontano, diretor geral da Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos, produtora do Azeite de Moura DOP e a maior cooperativa de azeite do país.

“Colaboramos ativamente com toda a oferta formativa da região, seja através da aceitação de estágios seja através do acolhimento de investigações e trabalhos académicos, para além da frequente receção de visitas de estudo, desde o pré-escolar ao mestrado. Por outro lado, temos protocolos efetivos celebrados com várias instituições de ensino, tanto profissional, como técnico e académico”, refere ainda quando questionado sobre as estratégias de atração de talento para o setor de produção de azeite que, em Portugal, emprega o equivalente a mais de 30.000 pessoas a tempo inteiro, sendo “parte do trabalho empregue ser fortemente sazonal”.

Na produtora de vinhos Falua, donos da Vinha do Convento (45 hectares localizado a Sul na zona da Charneca) e da Quinta do Hospital (na subregião de Monção e Melgaço berço da casta Alvarinho), têm “conseguido maioritariamente desenvolver a nossa atividade com colaboradores nacionais, embora pontualmente já tenhamos recorrido a estrangeiros”, adianta Rui Rosa, administrador do Grupo Roullier em Portugal. “Acreditamos que o pertencer a uma equipa, conhecer bem os objetivos da empresa, e participar em todo o ciclo da cultura acrescenta uma enorme mais valia. Tentaremos ao limite ter colaboradores permanentes, independentemente da origem, em alternativa aos sazonais”, reforça.

A escassez de pessoal no setor agrícola é “uma tendência que se tem vindo acentuar com o passar dos tempos e que por isso temos todos que nos adaptar a esta realidade“, reconhece o administrador do Grupo Roullier. “No nosso caso o problema é acrescido pela intenção que temos de ter produtos diferentes que resultam de formas de produção particulares”.

A Vinha do Convento, toda instalada sobre calhau rolado, é um caso emblemático. “A mecanização é extremamente complexa, para não dizer mesmo impossível. Associado a esta problemática, temos igualmente a vontade assumida de produzir de forma singular, através de um conjunto de práticas necessariamente manuais que levem à obtenção de produtos únicos e muito diferenciados”, comenta.

“As estratégias que estamos a seguir para atrair talento e reter o pessoal passam por comunicar melhor sobre o que fazemos e a sua importância para o todo da sociedade. Compreender e valorizar o que de único podemos fazer com a intervenção de todos os envolvidos.”

A CAP defende que para tornar o setor atrativo há que trabalhar ao nível da imagem e rendimento da atividade. “Urge alterar o estereótipo do trabalho agrícola, tido como eminentemente manual e pouco qualificado. A Agricultura atual, moderna, de precisão e profissional, já pouco tem a ver com esta imagem. A utilização de novas tecnologias, como os drones, sondas, máquinas sem condutor, satélites, etc., é uma realidade transversal a um setor cada vez mais produtivo e sustentável”, defende a Confederação.

Alteração da imagem que “de nada servirá se os rendimentos auferidos no setor não forem apelativos”.

“O incremento da produtividade assume um papel fundamental nesta matéria, que apenas poderá ser atingido com um maior investimento e aposta nas qualificações. O aumento da dimensão e da escala, acompanhadas por uma mecanização e digitalização crescentes, estão a permitir atingir este objetivo. Mas esta modernização terá de se acompanhada por um aumento relevante nas qualificações da nossa mão-de-obra, que levará, naturalmente, ao pagamento de salários mais elevados”, defende a CAP.

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Altri quer eliminar combustíveis fósseis, usar metade da água e cortar emissões em 60%

A empresa está a desenvolver o projeto Caima do Go Green, aprovado para a unidade de Constância, que vai permitir a independência de combustíveis fósseis a partir de 2024/2025.

Produzir uma tonelada de pasta de papel não é propriamente a atividade menos poluente do mundo. Em 2018, entre emissões diretas e indiretas de emissões de gases com efeitos de estufa, a Altri dava conta de 484 kg de CO2 equivalente, valor que, em 2020, desceu para 360 kg de CO2 por tonelada de polpa, e que a empresa quer reduzir para 268 kg até 2030.

No que diz respeito à energia primária consumida pela empresa, já hoje 91% é de origem renovável. “Aproveitamos todas as partes da madeira que não são próprias para fazer pasta e utilizamos para produzir energia. Até 2030 queríamos ser completamente independentes de combustíveis fósseis”, diz ao ECO a diretora Executiva de Sustentabilidade, Risco e Comunicação da Altri.

Para isso a empresa está já a desenvolver o projeto Caima do Go Green, aprovado para a unidade de Constância, que vai permitir a independência de combustíveis fósseis a partir de 2024/2025. “É um projeto grande. Temos, um investimento aprovado de cerca de 40 milhões de euros para instalar uma nova caldeira a biomassa na nossa fábrica em Constância, que vai substituir uma outra muito antiga. Vai ser a primeira fábrica na Europa a ser completamente livre de combustíveis fósseis. Esse é o nosso grande projeto neste momento”, remata Sofia Reis Jorge.

E se a redução de emissões poluentes e de combustíveis fósseis é importante, o gasto de água não fica atrás. Neste momento, em média para as três fábricas, a Altri está a gastar 20 metros cúbicos de água para produzir uma tonelada de pasta de papel.

Até 2030 o valor tem de descer para metade. Como? “Com as várias medidas internas que temos vindo a implementar e também com o investimento na unidade de tratamentos de águas residuais da fábrica da Figueira da Foz, que nos vai permitir uma reutilização da água residual no nosso processo”, garante.

Sofia Reis Jorge, diretora Executiva de Sustentabilidade, Risco e Comunicação da Altri

A responsável lembra que nos anos 90 do século XX, ainda ninguém falava de medidas de redução do uso da água e neste setor já havia valores de uso de água extremamente baixos. “A Celbi, a unidade da Figueira da Foz, é um exemplo a nível mundial em termos de uso específico de água. Já está nos 15 metros cúbicos por cada tonelada”.

Na Biotek, em Vila Velha de Rodão, a Altri trata as águas do efluente da fábrica e cerca de 20% é reutilizado de novo no processo, o que permite captar menos água do rio e manter o gasto nos 20 m3 por tonelada. Na Europa, os valores dos concorrentes da Altri oscilam entre os 22 e os 32 metros cúbicos, bastante superiores tendo em conta que se trata de recurso escasso.

Outros objetivos da empresa passam por uma redução de 60% nas emissões poluentes de âmbito 1 e 2 até ao final da década e de 30% nas emissões de âmbito 3, as mais difíceis de combater porque dependem da cadeia de fornecimento.

“Vamos dar início a um projeto de sensibilização junto dos nossos parceiros, principalmente dos prestadores de serviços no setor dos transportes pesados de mercadorias, que é o que está mais longe da descarbonização. A frota nacional precisa de muito investimento, nomeadamente no transporte de madeira. Além de consumirem combustíveis fósseis, os camiões não têm o melhor desempenho, são antigos. Vai ser um osso duro de roer, mas estamos a começar”, garantiu ao ECO Sofia Reis Jorge.

A diretora executiva de Sustentabilidade, Risco e Comunicação da Altri dá o exemplo de um projeto, em parceira com a Luís Simões, em que passaram a transportar a pasta de papel num percurso de 20 quilómetros, até ao porto da Figueira da Foz, em camiões de 40 toneladas, o que permitiu duplicar a carga. “Eram menos camiões na estrada e menos emissões”, explicou.

Na parte florestal, a Altri está a recorrer a uma frota de máquinas híbridas. “Não se consegue mudar de um dia para o outro. Isto vai obrigar os nossos prestadores de serviços a modernizarem as suas frotas e a investirem. Vamos exercer uma grande pressão e induzir todos esses comportamentos em quem trabalha connosco”.

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Não validei nenhuma fatura e já não vou a tempo de o fazer. Vou perder as minhas deduções?

Para os contribuintes que ainda não entregaram o IRS e têm dúvidas sobre este processo, o ECO escolheu 20 dicas do Guia Fiscal da Deco para o ajudar. Será partilhada uma dica por dia.

A campanha do IRS já arrancou, no primeiro dia do mês, mas há quem tenha ainda dúvidas sobre a entrega desta declaração. Alguns têm o trabalho facilitado, estando abrangidos pelo IRS automático, alargado no ano passado, mas mesmo assim certos aspetos poderão ainda estar por esclarecer. A resposta às perguntas mais frequentes dos contribuintes pode ser encontrada no Guia Fiscal 2022, da Deco Proteste.

Agora, os “recibos verdes” já têm acesso ao IRS automático, e os mais novos podem optar pelo IRS Jovem. Entre as novidades deste ano, onde já se vai sentir o efeito das novas tabelas de retenção na dimensão do reembolso, encontra-se o IVA dos ginásios, que passou a ser possível descontar no IRS.

Assim, o ECO selecionou 20 das dicas disponibilizadas pela Deco para ajudar a esclarecer todas as dúvidas. Será partilhada uma diariamente ao longo deste mês.

Não validei nenhuma fatura e já não vou a tempo de o fazer para as faturas de 2021. Vou perder as minhas deduções?

Não. Embora a situação ideal preveja a validação das despesas pendentes na plataforma e-Fatura até 25 de fevereiro, para que o sistema informático importe automaticamente todas as deduções, ainda pode incluir manualmente as despesas de saúde, educação, lares e imóveis de cada membro do agregado familiar.

Entretanto, para que tal não aconteça no próximo ano, pode ir já validando as despesas de 2022 à medida que estas fiquem disponíveis na plataforma
e-Fatura.

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Preço do gasóleo cai 12 cêntimos e gasolina fica 4 cêntimos mais barata esta semana

Preços médios devem descer para 1,983 euros por litro de gasóleo simples, o combustível usado pela maioria dos portugueses, e para 2,023 euros por litro de gasolina simples 95. ISP não mexe.

Esta segunda-feira quando for abastecer o seu carro ou mota vai ter uma boa surpresa. Os combustíveis estão mais baratos. Ao contrário do que tem acontecido nos últimos meses, na bomba de gasolina deverá encontrar o litro de gasóleo 12 cêntimos mais barato e o da gasolina quatro cêntimos.

Assim, caso as previsões do Governo se confirmem, os preços médios devem descer para 1,983 euros por litro de gasóleo simples, o combustível usado pela maioria dos portugueses, e para 2,023 euros por litro de gasolina simples 95. Os valores não estão garantidos, porque nem sempre as expectativas do Executivo se confirmam, tal como aconteceu nas últimas duas semanas.

Quando os combustíveis desceram há duas semanas, a queda não foi integralmente refletida nos preços, alimentando suspeitas de que as petrolíferas estavam a aumentar as suas margens — algo que a Galp rejeitou liminarmente — e a semana passada o gasóleo subiu menos do que o esperado pelo Governo, mas a gasolina aumentou mais. De acordo com as contas do Governo, o diesel deveria custar a semana passada 2,011 euros por litro e a gasolina 1,987 euros, assumindo os preços médios em Portugal Continental. No entanto, na segunda-feira, o gasóleo simples custava, em média, 1,995 euros por litro, mais 14 cêntimos do que preço médio da semana passada, segundo os preços médios diários apurados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG). Será necessário esperar por esta terça-feira para aferir os valores médios efetivamente praticados no país.

A descida dos preços dos combustíveis é ainda explicada pelo facto de o Executivo ter optado, pela segunda vez, por não mexer no ISP. Há duas semanas — quando os preços dos combustíveis desceram, interrompendo 14 e 11 semanas consecutivas de subida da gasolina e do gasóleo, respetivamente –, o Governo decidiu não aplicar a fórmula criada que ajusta o ISP à receita do IVA, um apoio criado para mitigar o impacto da subida dos preços dos combustíveis assegurando a neutralidade fiscal.

Esta semana estaria em causa uma “redução da receita do IVA que conduziria a um ajustamento das taxas unitárias do ISP em 2,1 cêntimos, no caso do litro de gasóleo, e 0,3 cêntimos, no caso do litro da gasolina”, explicou o Ministério das Finanças em comunicado. Mas, o Governo optou por manter “o desconto temporário do ISP de 4,7 cêntimos por litro de gasóleo e 3,7 cêntimos por litro de gasolina, voltando a aplicar-se a fórmula na próxima semana com os correspondentes ajustamentos”, acrescenta a nota enviada às redações.

Os automobilistas podem ainda contar com uma outra medida para aliviar a carteira na hora de pagar a fatura na bomba — o Autovoucher. São já 2,8 milhões de portugueses que recorrem a este apoio mensal que foi prolongado para abril.

Este subsídio foi criado em novembro de 2021 para vigorar até março de 2022. Inicialmente, consistia num valor equivalente a dez cêntimos por litro até ao máximo de 50 litros por mês (ou seja, cinco euros por mês), tendo depois aumentado para os atuais 20 euros (40 cêntimos por litro). Mas na verdade, qualquer pessoa pode receber o apoio desde que faça uma compra num posto aderente, bastando para isso estar inscrito na plataforma. E, desde que o Executivo anunciou a 4 de março que iria prolongar o apoio por mais um mês, mais de 1,24 milhões de pessoas inscreveram-se no Autovoucher. E nem é preciso pedir fatura.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • Joana Abrantes Gomes
  • 4 Abril 2022

No mesmo dia em que Fernando Medina representa Portugal pela primeira vez numa reunião do Eurogrupo, há um leilão de energia solar e é divulgado o relatório do IPCC sobre as alterações climáticas.

O leilão de 263 megawatts de energia solar acontece esta segunda-feira, contando com 12 concorrentes, no mesmo dia em que se conhece como evolui a indústria eólica mundial. O novo ministro das Finanças, Fernando Medina, participará numa reunião do Eurogrupo, enquanto as Nações Unidas publicam a terceira parte do relatório do IPCC sobre as alterações climáticas.

Leilão de solar flutuante em sete barragens

Esta segunda-feira decorre a licitação para a instalação e exploração de centrais fotovoltaicas em sete barragens de norte e sul do país. Há 12 candidatos que “vão a jogo” no leilão de 263 megawatts (MW) de energia solar: 100 MW no Alqueva, 50 MW em Castelo de Bode, 33 MW no Cabril, 42 MW no Alto Rabagão, 17 MW em Vilar-Tabuaço, 13 MW em Paradela e 8 MW em Salamonde.

Primeira reunião do Eurogrupo de Medina

Os ministros responsáveis pelas Finanças dos Estados-membros da Zona Euro reúnem-se esta segunda-feira no Luxemburgo, reunindo-se depois em formato União Bancária. Em cima da mesa estão as perspetivas macroeconómicas dos países do euro, nomeadamente o impacto da guerra na Ucrânia a curto e médio prazo, a criação de um euro digital e a evolução do mercado imobiliário na Zona Euro. Será a primeira reunião com a participação do novo ministro das Finanças, Fernando Medina.

Assinatura de protocolos para alojamento de refugiados ucranianos

O Instituto de Segurança Social assina um novo protocolo para a cedência de alojamento a refugiados ucranianos com a AMITEI – Associação de Solidariedade Social de Marrazes. Também o município de Leiria e a AMITEI, Secil e o Seminário Diocesano assinam um acordo conjunto para o mesmo efeito.

Novo relatório da ONU sobre alterações climáticas

O Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas (IPCC), uma organização das Nações Unidas, publica esta segunda-feira um novo relatório, que incide em soluções para reduzir as emissões de gases de efeito estufa (CO2). Depois de uma primeira parte, publicada em agosto de 2021, que apontou para a aceleração do aquecimento global, a terceira parte do relatório aborda as possíveis formas de o desacelerar.

Como evolui a indústria eólica mundial?

O Conselho Global de Energia Eólica (GWEC, na sigla em inglês) publica esta segunda-feira o “Relatório Global Eólico 2022”. Este documento fornece uma visão global da indústria eólica mundial, com os últimos dados de mercado, perfis dos mercados a observar e análise dos maiores tópicos da indústria, como a conceção de sistemas, sociedade, cadeia de fornecimento, tecnologia, infraestrutura e força de trabalho.

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Nissan é a marca que mais ganhou com cheque para elétricos do Estado em 2021

  • Joana Abrantes Gomes
  • 4 Abril 2022

Através do apoio do Fundo Ambiental destinado à compra de viaturas elétricas, foram adquiridos à fabricante japonesa 158 ligeiros de passageiros e 23 ligeiros de mercadorias.

No ano de 2021, a Nissan foi a marca que mais ganhou com o cheque do Estado para a compra de veículos 100% elétricos. Das 849 candidaturas de pessoas singulares que receberam o incentivo de três mil euros, 158 adquiriram automóveis da fabricante japonesa. Mas a Nissan, com carros elétricos a partir dos 29.400 euros, foi líder também na compra de veículos ligeiros de mercadorias 100% elétricos, totalizando 23 aquisições em 77 candidaturas apoiadas pelo Fundo Ambiental.

De acordo com os números revelados pelo Ministério do Ambiente e da Ação Climática ao ECO, nenhuma outra marca ultrapassou sequer os 100 veículos elétricos de passageiros comprados com o cheque para pessoas singulares. A Smart (99), a Peugeot (98) e a Renault (97) foram as fabricantes que mais se aproximaram, destacando-se ainda a Volkswagen e a Hyundai, às quais os “cheques” adquiriram, respetivamente, 87 e 84 viaturas elétricas. À Tesla, fabricante norte-americana que produz somente veículos elétricos, foram comprados 48 carros através deste apoio, sendo que os valores dos modelos superam os 50 mil euros.

Na mobilidade elétrica dos ligeiros de mercadorias, cujo apoio foi de seis mil euros por viatura, o maior destaque depois da Nissan vai para a Renault. A fabricante francesa somou 18 veículos comprados nesta categoria com o incentivo estatal, enquanto a Peugeot — a marca de automóveis mais vendida em Portugal em 2021, destronando precisamente a Renault — teve apenas seis viaturas vendidas. Do total de 77 veículos elétricos ligeiros de mercadorias, 10 foram adquiridos por pessoas singulares e 67 por pessoas coletivas.

Ao todo, o “cheque” do Estado ajudou a comprar veículos ligeiros elétricos a 21 marcas no ano passado, o que comprova, tal como o secretário-geral da ACAP – Associação Automóvel de Portugal reconheceu ao ECO, que “todas as marcas, genericamente, têm oferta nesta área”. “Cada vez há mais marcas com carros elétricos a serem vendidos e isso é importante”, sublinha Hélder Pedro.

É ainda de notar que, em 2021, ano em que o plafond global do Fundo Ambiental ascendeu aos quatro milhões de euros, os apoios para a compra de ligeiros de passageiros foram apenas para os particulares ou pessoas singulares com atividade empresarial, sendo que as empresas só puderam aceder aos modelos comerciais.

Quase 84% dos cheques atribuídos à compra de bicicletas

As categorias que incluem bicicletas, motociclos e ciclomotores receberam o maior número de candidaturas. Num total de 6.205 pedidos, 4.712 conseguiram o apoio do Estado à aquisição de veículos elétricos, o que corresponde a cerca de 83,6% da totalidade de candidaturas com incentivo.

Para as bicicletas de carga, 196 das 338 candidaturas receberam o “cheque”. Às “duas rodas” convencionais, isto é, bicicletas de carga sem assistência elétrica, foram concedidos seis apoios de até 500 euros, todos para pessoas coletivas. No caso de bicicletas de carga com assistência elétrica, cujo “cheque” era no máximo de 1.000 euros, foram elegíveis 66 pessoas coletivas e 124 singulares.

Com a maior dotação do Fundo Ambiental na categoria das “duas rodas”, designadamente de 1,1 milhões de euros, as bicicletas citadinas, os motociclos e os ciclomotores elétricos tiveram direito a 3.221 apoios estatais, de até 350 euros cada. Enquanto os motociclos conseguiram 48 candidaturas com incentivo e os ciclomotores elétricos outras 83, as bicicletas citadinas foram, de longe, o veículo que mais “cheques” arrecadou nesta categoria, num total de 3.090 (569 para pessoas coletivas e 2.521 para singulares).

Já as bicicletas citadinas convencionais tiveram 1.295 candidaturas aprovadas, pelo que 1.237 pessoas singulares e 58 coletivas receberam um incentivo de até 100 euros.

Perto de 3/4 das candidaturas receberam apoio do Estado

Os números revelados pelo Ministério do Ambiente e da Ação Climática ao ECO mostram ainda que o Incentivo pela Introdução no Consumo de Veículos de Baixas Emissões recebeu 7.618 candidaturas no ano passado, mas apenas 5.638 arrecadaram efetivamente o “cheque”, o equivalente a 74% do total de pedidos.

Este apoio, que existe desde 2017, tem vindo a ser reforçado ao longo dos anos. Para 2022, o Ministério do Ambiente e da Ação Climática mais do que duplicou o incentivo à aquisição de veículos elétricos e de “mobilidade suave”: de quatro milhões de euros em 2021, sobe agora para dez milhões de euros.

A ACAP vê este aumento como “positivo” e conta ao ECO que já tinha manifestado a necessidade de o Governo aumentar o valor do incentivo, pelo que, numa reunião em fevereiro, apresentou a proposta ao Executivo, acompanhada de um estudo sobre mobilidade elétrica. “Estava nos 3.000 euros já há bastante tempo. Por causa da pandemia, vários países, como a França, a Espanha, a Itália, para estimular os setores tinham aumentado os valores do incentivo para acima desse montante”, explicou Hélder Pedro.

A aquisição de veículos de passageiros elétricos por pessoas singulares passa então de um apoio de 3.000 para 4.000 euros, mantendo-se o limite de um incentivo por candidato e exclusivo para pessoas singulares, enquanto a verba de apoio à aquisição de veículos ligeiros de mercadorias 100% elétricos continua nos 6.000 euros por viatura.

Na categoria de bicicletas de carga, com ou sem assistência elétrica, o apoio sobe para 50% do valor de aquisição do veículo, até ao máximo de 1.500 euros, no caso de bicicletas de carga com assistência elétrica, ou de mil euros, no caso de bicicletas de carga sem assistência elétrica. As bicicletas elétricas de uso citadino passam a contar com um apoio de 500 euros, mais 150 euros face a 2021.

Para além destes aumentos, foram criadas duas novas categorias, destinadas aos dispositivos elétricos de mobilidade pessoal (DEMOP) e aos carregadores para condomínios.

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Recuperação da economia dá super bónus de 4,3% nos certificados

Se tem Certificados do Tesouro Poupança Mais a vencer nos próximos meses, saiu-lhe o "jackpot": vai receber um prémio de 4,28%, acima da taxa fixa de 3,25%. Boom da economia explica bónus generoso.

Se a pandemia cortou os prémios dos certificados do Tesouro no ano passado, agora vem o período da bonança para os aforradores portugueses, que poderão contar com bónus generosos nos próximos três meses. No caso dos Certificados do Tesouro Poupança Mais (CTPM), quase se pode falar num verdadeiro “jackpot”: vão dar um super prémio de 4,28% já a partir deste mês de abril, e isto acima da taxa de juro fixa de 3,25% que pagam no último ano de investimento.

Já os Certificados do Tesouro Poupança Crescimento (CTPC) vão dar direito a um prémio de 1,2%, que é o máximo que podem dar, de acordo com a agência que gere a dívida pública, o IGCP, liderada por Cristina Casalinho.

Os bónus destes certificados estão ligados ao andamento da economia, isto é, se o PIB acelerar o prémio é mais alto, e vice-versa.

Foi por isso que os aforradores atravessaram um “deserto” durante o ano passado: com a queda abrupta da economia, os certificados deixaram simplesmente de pagar prémios. Mas valeu a pena a espera. Portugal recuperou de forma muito acelerada a partir do segundo trimestre do ano passado e deixa para trás o choque pandémico.

Fazendo contas aos últimos quatro trimestres, a economia nacional apresentou um crescimento médio de 5,35%. O prémio de 4,28% dos CTPM corresponde a 80% dessa subida do PIB. No que toca aos CTPC, com o prémio a equivaler a 40% desse crescimento médio, por maior que seja a pujança da economia, o bónus está sempre limitado a 1,2%.

Prémios dos certificados disparam

Fonte: IGCP

Com a próxima revisão do prémio a ocorrer no final de junho, tudo aponta para que o prémio dos CTPM possa crescer. Sobretudo por causa disto: deixará de contabilizar o primeiro de 2021 em que a economia caiu 5,3%, passando a contar o primeiro trimestre deste ano, em que a economia terá continuado a recuperar.

A estas bonificações acrescem a taxa de juro oferecida pelos certificados, que depende do ano em que vai o investimento.

Isto vale apenas para os CTPC, que foram substituídos no ano passado pelos novos Certificados do Tesouro Poupança Valor (CTPV): pagam taxas crescentes de 0,75% até 2,25% no sétimo ano, isto além do bónus correspondente a 40% do crescimento do PIB a partir do segundo ano.

Já os detentores dos CTPM, descontinuados em outubro de 2017 – ou seja, já estão no último ano de maturidade –, contam com uma taxa de 3,25% no último e quinto ano de aplicação, mais o prémio equivalente a 80% do avanço médio da economia. Assim, em abril, maio e junho, estes certificados vão render mais de 7,5%, uma remuneração que é um verdadeiro “oásis” nos tempos que correm.

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Zurich Insurance Group antecipa meta de neutralidade carbónica para 2030

  • ECO Seguros
  • 3 Abril 2022

Seguradora suíça traçou objetivo mais ambicioso para chegar à neutralidade carbónica na atividade, incluindo operações e investimento. Tecnologia e seletividade de fornecedores orientam estratégia.

Em vez de 2050, o Zurich Insurance Group decidiu encurtar em 20 anos o objetivo de zero emissões líquidas (neutralidade carbónica) na sua atividade. Para concretizar a ambição até ao final presente década, a companhia destaca elementos do plano, alguns já começaram a ser implementados em 2021.

O compromisso é agir já e, segundo afirma a companhia, as emissões que não possam ser eliminadas serão removidas da atmosfera. Além de acordos que celebrou e projetos em que está envolvida (InterEarth, na Austrália; Bio Restorative Ideas, em Porto Risco e Oregon Biochar Solutions, nos EUA, e o Zurich Forest Project, no Brasil), apoiando soluções naturais (como biomassa) com impacto na redução de carbono, a companhia decidiu realizar pagamentos antecipados a fornecedores que querem desenvolver, dar escala e comercializar tecnologias inovadoras como, por exemplo, capturar (e armazenar) carbono diretamente na atmosfera.

Em complemento à sua estratégia de emissões zero, a Zurich pretende que 75% da despesa contratualizada com fornecedores seja direcionada para parceiros que sigam metas de redução de base científica (estabelecidas até 2025) e objetivos de zero emissões até 2030. Num comunicado, o grupo com mais de um século de presença em Portugal afirma que aqueles projetos também foram selecionados por alinharem com os objetivos de sustentabilidade mais vastos da Zurich, incluindo “resiliência a cheias, prevenção de incêndios florestais e, através apoio ao emprego em indústrias sustentáveis, pelo desenvolvimento de uma sociedade mais justa”.

Desde que começámos a medir a nossa pegada de carbono em 2007, evitámos a emissão de aproximadamente 1 milhão de toneladas métricas equivalentes de CO2, e o nosso foco continua a ser reduzi-las ao mínimo”, realça Alison Martin, CEO EMEA and Bank Distribution, também membro do comité de Sustentabilidade do grupo.

No compromisso com os objetivos climáticos, segundo o comunicado, a Zurich utilizará “todas alavancas de que dispõe ao nível de investimentos, operações, produtos e serviços”, no sentido de acelerar transição no caminho da neutralidade carbónica, afirma a companhia.

 

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Crédito y Caución comunica selo Operação Segurada para tempos de turbulência

  • ECO Seguros
  • 3 Abril 2022

Especialista em seguros de crédito comercial, a companhia iniciou campanha para reforçar o valor do seu carimbo Operação Segurada como garantia de cobrança.

Os milhões de faturas que circulam pelo mundo melhoram possibilidades de boa cobrança “quando ostentam o selo de operação segurada na Crédito y Caución,” afirma a seguradora referindo um símbolo que, historicamente, contribuiu para o “valor criado pela empresa”. O selo permite que as marcas cresçam, “que floresça a confiança que torna possível o comércio e que os clientes que as recebem saibam que a cobrança da operação está garantida por um dos seguros de crédito mais utilizados em todo o mundo,” sintetiza a mensagem da nova campanha de comunicação da marca nascida há mais de 90 anos em Espanha.

“A Crédito y Caución está na vanguarda da digitalização do seguro de crédito através da criação de novos serviços de valor acrescentado para cobrir um leque de necessidades muito diverso. Vivemos um momento de profundas mudanças a várias velocidades. Por isso, para falar a todo o mercado, quisemos apoiar-nos num dos elementos mais reconhecidos da Companhia, num símbolo universal do nosso aporte de valor: o selo de operação segurada”, explica o diretor de Marketing e Comunicação da Companhia, Enrique Díaz de Diego.

Nascido há décadas “do engenho dos próprios departamentos financeiros da Companhia, que o mandavam fabricar em papelarias para dar visibilidade à proteção” oferecida pela empresa às transações comerciais, o carimbo de “operação segurada” era uma forma de avisar os clientes finais que “não pagar essa fatura implicaria ativar os mecanismos de prevenção e cobrança da principal seguradora de crédito no mercado espanhol,” nota a empresa do grupo Catalana Occidente.

Atualmente, a Crédito y Caución usa o carimbo em versões analógicas ou digitais, em dez idiomas distintos, em milhões de faturas emitidas pelos seus segurados. Perante “horizontes variáveis,” e “tempestades” e perante uma conjuntura “inflamável,” o valor do carimbo é condição para as empresas avançarem, realça a ação de comunicação que se prolongará ao longo de 2022, na imprensa (meios offline e online) e redes sociais.

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