EDP Renováveis ganha contrato de compra de energia nos EUA

  • ECO
  • 22 Abril 2022

Em causa estão três projetos nos Estados Unidos, cuja operação só deverá ter início em 2024.

A EDP Renováveis garantiu contratos de compra para a venda de energia limpa por um portefólio solar de 425 MWac nos EUA, comunicou a empresa ao mercado.

“A EDP – Energias de Portugal, S.A. (“EDP”), através da sua subsidiária EDP Renováveis, S.A. (“EDPR”) detida em 74,98%, assegurou Contratos de Aquisição de Energia (“CAEs”) para a venda da energia limpa produzida por um portfólio solar de 425 MWac nos EUA”, pode ler-se no comunicado que foi publicado na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Em causa estão três projetos em terras do Tio Sam, cuja operação só deverá ter início em 2024, um de 175 MWac em Mississippi County, Arkansas; 100 MWac em Madison County, Mississippi; e 150 MWac em Randolph County, Indiana.

A EDP revela ainda que com este contrato de aquisição pretende “aumentar a sua diversificação tecnológica com 4,2 GW de capacidade solar assegurada e um total de 9,3 GW de capacidade renovável assegurada para o período de 2021-25”. Mas também reforçar o seu “perfil de baixo risco” e a “estratégia de crescimento baseado no desenvolvimento de projetos competitivos e com visibilidade de longo prazo, promovendo a aceleração da transição energética e a descarbonização da economia”.

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Bolsa de Lisboa pintada de vermelho. Galp e BCP caem mais de 1%

O dia arranca com fortes perdas nas praças europeias e Lisboa não é exceção. Cotadas do PSI negoceiam no vermelho.

Na última sessão da semana, a bolsa de Lisboa acorda pintada de vermelho. A praça lisboeta segue assim a tendência registada nas congéneres do Velho Continente, que arrancam o dia em terreno negativo. Por cá, a Galp Energia e o BCP protagonizam as maiores quedas do principal índice de referência.

Na Europa, a sessão arranca com o “pé esquerdo”, com as principais praças a registar quedas de 1%. O índice pan-europeu Stoxx 600 cai 1,1% e o britânico FTSE 100 recua 0,9% no início do dia. Já o francês CAC-40 desvaloriza 1,4% e o espanhol IBEX-35 perde 1,3%.

O PSI não escapa à tendência e perde 0,89% para os 6.002,19 pontos no início da sessão, com praticamente todas as cotadas que já negoceiam esta manhã a registar desvalorizações.

Entre as quedas, é de destacar a Galp Energia, que recua 1,72% para os 11,45 euros, isto numa altura em que os preços do petróleo negociado nos mercados internacionais cedem perto de 1%.

Galp Energia perde mais de 1%

Existem várias cotadas com quedas superiores a 1%, como é o caso do BCP, que cai 1,52% para os 0,1684 euros, e da Jerónimo Martins, que perde 1,19% para os 19,98 euros.

Nota ainda para o grupo EDP: a casa-mãe EDP desvaloriza 0,32% para os 4,60 euros enquanto a subsidiária EDP Renováveis cede 0,57% para os 22,64 euros. A EDP comunicou esta manhã aos mercados que, através da EDP Renováveis, “assegurou Contratos de Aquisição de Energia (“CAEs”) para a venda da energia limpa produzida por um portfólio solar de 425 MWac nos EUA”.

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Hoje nas notícias: Medina, botijas de gás e SEF

  • ECO
  • 22 Abril 2022

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Fernando Medina defende as escolhas feitas no Orçamento do Estado, reiterando que é necessário ter uma margem para lidar com a incerteza em 2023. Quanto ao apoio à compra de botijas de gás deverá chegar apenas a 2.500 famílias. Os jornais desta sexta-feira contam também com uma entrevista ao candidato à liderança do PSD Jorge Moreira da Silva, que se vencer quer avançar com a apresentação do governo-sombra no dia 4 de julho. Veja estas e outras notícias que marcam a atualidade nacional.

“Escolhemos não gastar os trunfos todos em 2022”, diz Medina

O ministro das Finanças defende que é necessário ter uma margem para 2023, nomeadamente com a incerteza que se vive, explicando assim que o Governo escolheu “não gastar os trunfos todos em 2022”. Fernando Medina sublinha assim a importância da diminuição da dívida. “Se assistirmos a uma mudança da política monetária, com subidas das taxas de juro”, será importante “conseguirmos manter a nossa posição atual”, disse Medina, não divergindo em matéria de dívida pública.

Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago)

Apoio de dez euros à compra de gás conta apenas com 2.500 famílias

Apenas 2.500 famílias requereram o apoio de dez euros à compra de botijas de gás, até à data de 14 de abril, sendo este entregue mediante apresentação da fatura aos balcões dos CTT e estando direcionado para as famílias beneficiárias da tarifa social de eletricidade, avança o Jornal de Negócios esta sexta-feira.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

“Um governo-sombra não é uma caderneta de cromos para disfarçar a falta de ideias”, diz Jorge Moreira da Silva

O candidato à presidência do PSD, Jorge Moreira da Silva, partilhou que se vencer as eleições, tenciona apresentar o seu governo-sombra ao congresso no dia 4 de julho, disse em entrevista ao Diário de Notícias, esta sexta-feira. Questionado quanto à composição deste governo, Moreira da Silva defendeu não ver a política como “uma caderneta de cromos” em que são apresentados nomes “para disfarçar a falta de ideias”.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago)

Primeiro-ministro fica com base de dados do SEF em mãos

O secretário-geral do Sistema de Segurança Interna (SSI), Paulo Vizeu Pinheiro, irá ficar responsável pela base de dados do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), que por sua vez está nas mãos do primeiro-ministro, avançou esta sexta-feira o Público. Secretário-geral do SSI irá passar a tutelar os agentes do SEF encarregues da preservação de dados.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

Família Espírito Santo volta a pôr palacete de Cascais à venda

O palacete de Cascais da família dos Espírito Santo está de novo à venda. Tal decorre da venda da própria sociedade “Casa dos Pórticos”, que detém o palacete, sendo que já em 2019 se tinha tentado colocar a casa no mercado. A moradia cor-de-rosa em Cascais, com quatro pisos, 45 divisões e uma piscina, terá um preço base de 16 milhões de euros.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago)

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Guterres vai encontrar-se com Putin em Moscovo na próxima semana

  • ECO
  • 22 Abril 2022

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) vai deslocar-se a Moscovo na próxima semana e encontrar-se com o presidente da Rússia no dia 26 de abril.

Segundo uma nota enviada pelas Nações Unidas, António Guterres terá em Moscovo uma reunião de trabalho e um almoço com o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, e será recebido pelo Presidente Vladimir Putin.

A Rússia aceitou esta sexta-feira o pedido feito por Guterres no passado dia 19 de abril. Será a primeira vez que o secretário-geral da ONU falará com o Presidente russo desde o início da invasão da Ucrânia.

A porta-voz das Nações Unidas, Eri Kaneko, disse que António Guterres espera falar sobre o que pode ser feito para alcançar “urgentemente” a paz na Ucrânia.

Citada pela Reuters, Kaneko adianta também que a ONU está em conversações com o Governo ucraniano para uma potencial visita do seu Secretário-Geral a Kiev.

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Preocupações com procura fazem brent cair 1%. Queda semanal deve ser 4%

O desempenho dos contratos de referência do "ouro negro", Brent e WTI, aponta para quedas semanais de cerca de 4%.

Os preços do petróleo prolongam as perdas nesta sessão, encaminhando-se para uma queda semanal de 4%. A perspetiva de aumentos de taxas, crescimento global mais fraco e confinamentos na China devido à Covid deixam a procura pela matéria-prima sob pressão, mesmo com a União Europeia a ponderar a proibição do petróleo russo.

Esta manhã, o barril de brent, que é a referência europeia, recua 1,09% para os 107,14 dólares. Já o West Texas Intermediate (WTI), em Nova Iorque, perde 1,14% para os 102,61 dólares.

Apesar da volatilidade na negociação nos últimos dias, que ainda assim foi mais calma face às semanas iniciais da guerra, o desempenho de ambos os contratos de referência aponta para quedas semanais de cerca de 4%.

Por um lado, os receios com o lado da procura pelo “ouro negro” penalizam os preços. “As preocupações com o crescimento na China estão a pesar sobre os preços do petróleo na Ásia hoje, agravadas pela liquidação de ações que varreu os mercados dos EUA durante a noite, com o aumento dos receios de que o aperto da Fed possa levar os EUA a uma desaceleração também”, apontou Jeffrey Halley, analista de mercado da OANDA, citado pela Reuters.

Ainda assim, o possível embargo da UE a petróleo russo, as sanções em curso à Rússia e o défice de oferta causado pela guerra na Ucrânia vão ajudar os preços do petróleo a permanecerem fortes no longo prazo, sinalizou Tina Teng, analista da CMC Markets, à agência noticiosa.

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O senhorio autorizou-me a arrendar um quarto. Onde devo declarar o valor?

Para os contribuintes que ainda não entregaram o IRS e têm dúvidas sobre este processo, o ECO escolheu 20 dicas do Guia Fiscal da Deco para o ajudar. Será partilhada uma dica por dia.

A campanha do IRS já arrancou, no primeiro dia do mês, mas há quem tenha ainda dúvidas sobre a entrega desta declaração. Alguns têm o trabalho facilitado, estando abrangidos pelo IRS automático, alargado no ano passado, mas mesmo assim certos aspetos poderão ainda estar por esclarecer. A resposta às perguntas mais frequentes dos contribuintes pode ser encontrada no Guia Fiscal 2022, da Deco Proteste.

Agora, os “recibos verdes” já têm acesso ao IRS automático, e os mais novos podem optar pelo IRS Jovem. Entre as novidades deste ano, onde já se vai sentir o efeito das novas tabelas de retenção na dimensão do reembolso, encontra-se o IVA dos ginásios, que passou a ser possível descontar no IRS.

Assim, o ECO selecionou 20 das dicas disponibilizadas pela Deco para ajudar a esclarecer todas as dúvidas. Será partilhada uma diariamente ao longo deste mês.

Vivo num apartamento arrendado. Como a casa é grande, o senhorio autorizou-me a arrendar um quarto, por 240 euros mensais. Onde devo declarar este valor?

Este é um caso de subarrendamento ou sublocação. O total de rendas pagas pelo quarto (2.880 euros anuais) deve ser declarado no quadro 6, no anexo F, bem como o número de contribuinte do sublocatário. Se acordou com o senhorio a partilha de parte da renda cobrada pelo quarto, indique o total dessas entregas na coluna “renda paga ao senhorio”.

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Combustíveis voltam a subir para a semana. Diesel deve ficar seis cêntimos mais caro

Gasóleo deve ficar seis cêntimos mais caro na segunda-feira e a gasolina dois cêntimos. Assim, litro do gasóleo simples vai custar 1,941 euros e a gasolina simples 95 subirá para 1,975 euros.

Os combustíveis vão voltar a aumentar na próxima semana. As preocupações com o abastecimento de brent devido a um possível embargo da União Europeia (UE) ao petróleo russo pressionaram os preços da matéria-prima ao longo da semana e na segunda-feira vai voltar a ficar mais caro encher o tanque das viaturas.

A partir da próxima segunda-feira o gasóleo poderá estar seis cêntimos mais caro e a gasolina dois cêntimos, adiantou ao ECO fonte do setor, usando os valores até ao fecho do mercado na quinta-feira. Tendo em conta os valores médios praticados nas bombas esta segunda-feira, isso significa que o litro do gasóleo simples vai custar 1,941 euros e a gasolina simples 95 passará a custar 1,975 cêntimos.

Mas depois há que ter em conta a fórmula de compensação do agravamento dos preços dos combustíveis, criada pelo Executivo. Mas não é certo que a aplicação da fórmula determine uma descida do ISP superior a um cêntimo, por outro lado, a medida foi criada com o objetivo de garantir a neutralidade fiscal e como nas semanas em que os combustíveis desceram, o Governo optou por não aumentar o ISP, os cofres do Estado estão ‘a haver’ receita de ISP (existem desvios acumulados), portanto, tal como esta semana, o ISP poderá não mexer.

“Considerando que atualmente se verifica um desvio acumulado de 2,2 cêntimos na taxa do ISP por litro de gasóleo (…) a descida resultante da aplicação da fórmula (0,6 cêntimos por litro de gasóleo) é descontada ao referido desvio, não se concretizando assim a alteração às taxas do ISP”, afirmou, na semana passada, o Ministério liderado por Fernando Medina. Já no caso da gasolina, o desvio é atualmente de 0,9 cêntimos por litro, que só serão “descontados” na próxima vez que a fórmula ditar uma subida, explicava o comunicado enviado às redações.

De sublinhar, que à semelhança do que aconteceu em semanas anteriores, as expectativas do Executivo quanto ao comportamento dos combustíveis não se verificaram, mas esta vez a favor do bolso dos contribuintes. Esta semana era esperado que o gasóleo ficasse quatro cêntimos mais caro e o preço da gasolina não mexesse. Mas, de acordo com os dados da Direção Geral de Energia e Geologia, o diesel subiu em média três cêntimos e a gasolina desceu um cêntimo.

O Governo já avançou com uma outra medida que afeta o ISP (com uma baixa equivalente a uma redução do IVA dos combustíveis para 13%), mas esta só irá entrar em vigor em maio, já que tem de passar pelo Parlamento primeiro. Até lá, os consumidores podem aproveitar o apoio de 20 euros dado pelo Autovoucher que se mantém em vigor até ao final de abril.

Este subsídio foi criado em novembro de 2021. Inicialmente, consistia num valor equivalente a dez cêntimos por litro até ao máximo de 50 litros por mês (ou seja, cinco euros por mês), tendo depois aumentado para os atuais 20 euros (40 cêntimos por litro). Mas na verdade, qualquer pessoa pode receber o apoio desde que faça uma compra num posto aderente, bastando para isso estar inscrito na plataforma e pagar com cartão multibanco. E nem é preciso pedir fatura.

O Governo contava devolver 133 milhões de euros com o Autovoucher até março, mas nem a subida de 5 para 20 euros e a extensão para abril permite alcançar essa meta. De acordo com o último balanço do Ministério das Finanças foram reembolsados 103 milhões de euros.

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Novobanco avalia VMOC das empresas de Vieira em zero euros

Banco contesta conversão dos 160 milhões de euros em VMOC em capital da Promovalor e da Inland, as duas empresas de Luís Filipe Vieira. E enviou cartas exigindo pagamento das dívidas.

O presidente do Conselho de Administração da Promovalor, Luís Filipe Vieira, fala perante a Comissão Eventual de Inquérito Parlamentar às perdas registadas pelo Novo Banco e imputadas ao Fundo de Resolução, na Assembleia da República, em Lisboa.António Cotrim/Lusa 10 maio, 2021

O Novobanco avalia os 160 milhões de euros de valores mobiliários obrigatoriamente convertíveis (VMOC) da Promovalor e da Inland, as duas sociedades imobiliárias de Luís Filipe Vieira, em zero euros no seu balanço.

A informação consta do relatório e contas divulgado esta quinta-feira, onde o banco dá conta de que contestou a operação de conversão dos VMOC em capital das duas empresas, ocorrida em dezembro, como o ECO avançou em primeira mão, “tendo endereçado, às sociedades emitentes destes títulos [a Promovalor e a Inland], cartas de interpelação para procederem ao pagamento dos valores em dívida”.

Com a conversão dos VMOC em capital, o Novobanco tornou-se acionista maioritário da Promovalor (VMOC de 90 milhões de euros) e da Inland (VMOC de 70 milhões) desde o final do ano passado. Isto implicaria que o banco teria de consolidar as duas empresas no seu balanço, mas não o fez ainda.

Conforme explica no relatório e contas, a instituição admite que os montantes de ativos a reconhecer nas suas contas com um “eventual processo de consolidação poderiam ascender a 2,4 milhões de euros”.

Contudo, o Novobanco diz não dispor de informação suficiente “que permita determinar com rigor o valor do goodwill nas demonstrações financeiras de 31 de dezembro de 2021”, razão pela qual continua a registar no seu balanço, “de forma provisória”, o justo valor dos VMOC , isto enquanto se encontra dentro daquilo que chama de “período de mensuração” do valor dos ativos.

O período de mensuração terminará quando o banco “esclarecer todos os factos e circunstâncias relacionados com a eventual conversão dos VMOC, sobre a eventual necessidade de reconhecer ativos e passivos e ser capaz de mensurar o goodwill”, adianta o Novobanco, revelando que este processo não excederá o prazo de um ano.

Nem o banco nem o Fundo de Resolução queriam a conversão dos VMOC da Promovalor e Inland. A instituição financeira tentou negociar com ex-presidente do Benfica o prolongamento do prazo dos títulos e o fundo alertou para o facto de o Novobanco vir a ser acionista de duas empresas com capitais próprios negativos de 200 milhões de euros. Isso “implicará a consolidação dessas entidades no balanço do Novobanco, o que provoca um impacto negativo na posição de capital” da instituição financeira, avisou o Fundo de Resolução.

Os VMOC no valor de 160 milhões de euros representam apenas uma parte da dívida de mais de 400 milhões de euros do grupo económico de Luís Filipe Vieira ao Novobanco.

Uma parte foi reestruturada e transferida para um fundo especializado gerido pela C2 Capital Partners (ex-Capital Criativo), de Nuno Gaioso Ribeiro, numa operação no valor de cerca de 220 milhões de euros e que envolveu a entrega de ativos imobiliários em Portugal, Espanha, Brasil e Moçambique por parte de Vieira.

Havia ainda uma dívida da Imosteps, no valor de 54 milhões de euros, e em relação à qual Vieira mostrou arrependimento em tê-la assumido a pedido de Ricardo Salgado, ex-presidente do BES, conforme confessou na comissão de inquérito ao Novobanco.

Esta dívida foi vendida pelo banco numa carteira de malparado ao fundo norte-americano Davidson Kempner por cinco milhões, que meses mais tarde revendeu o crédito ao amigo e sócio de Vieira, José António dos Santos, também conhecido como o Rei dos Frangos por oito milhões. Esta operação está na mira das autoridades.

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Banco de Portugal trava diretores do Banco Montepio na mutualista

Foram eleitos para a assembleia de representantes em dezembro. Quatro meses depois de terem tomado posse, Banco de Portugal trava três diretores do banco na mutualista.

O Banco de Portugal enviou uma carta ao Banco Montepio dizendo que três diretores de primeira linha do banco não podem continuar na assembleia de representantes da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG), de acordo com as informações avançadas por duas fontes ao ECO.

O supervisor bancário não quer que Pedro Araújo, Isabel Silva e Ernesto Silva permaneçam naquele órgão da mutualista para o qual foram eleitos ainda em dezembro, dado risco de conflito de interesses por serem simultaneamente diretores do banco e dirigentes da AMMG, a dona do banco.

Pedro Araújo e Isabel Silva (que integra, inclusivamente, a mesa da assembleia de representantes liderada por Edmundo Martinho, presidente da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa) foram eleitos pela lista A (de Virgílio Lima, que saiu vencedor das eleições), enquanto Ernesto Silva foi eleito pela lista D (do candidato Pedro Alves, da lista dos quadros) nas eleições da AMMG que tiveram lugar do ano passado.

Pedro Araújo e Isabel Silva são mesmo identificados pelo banco como se tratando de pessoal chave de gestão, de acordo com o relatório e contas do ano passado.

Os três puderam candidatar-se às eleições do Montepio por serem associados da instituição. Eleitos em dezembro, tomaram posse nos primeiros dias do ano e agora, passados quatro meses, o Banco de Portugal identifica problemas de compatibilidade com o cargo de representantes da mutualista.

Se tiverem de sair, Pedro Araújo e Isabel Silva e Ernesto Silva serão substituídos pelos suplentes que foram eleitos pelas respetivas listas, conforme determinam as disposições internas do Montepio.

A assembleia de representantes é uma novidade no Montepio, que introduzida com atualização do Código das Associações Mutualistas (CAM) em 2018. A assembleia de representantes integra 30 dirigentes e veio substituir o conselho geral da instituição, extinto em 2020, mas com poderes reforçados: aprovar e chumbar orçamentos e contas, decidir a venda de participações de entidades do grupo, e eleger a comissão de remunerações da administração, entre outras competências.

Na última década, o supervisor tem forçado uma separação entre o banco e a mutualista ao nível da administração, para garantir a independência entre as duas instituições e que o risco de uma não afete a outra. Aliás, obrigou mesmo o banco a mudar de nome para não se confundir com a marca da casa-mãe, passando assim de Caixa Económica Montepio Geral para a atual designação Banco Montepio.

O Banco de Portugal tem sob a sua esfera de supervisão o banco, enquanto a Associação Mutualista está na tutela do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e passará a ser supervisionada pela ASF — o regulador dos seguros — dentro de alguns anos.

O ECO contactou o banco, que não quis comentar. A AMMG também não quis prestar declarações pois “não tem conhecimento da situação”. O Banco de Portugal não respondeu às questões do ECO.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • ECO
  • 22 Abril 2022

Esta sexta-feira há uma série de votações no Parlamento, como o diploma da descida do ISP, o que altera a Lei de Enquadramento Orçamental e os projetos de resolução do Programa de Estabilidade.

Esta sexta-feira será um dia ocupado para os deputados portugueses com várias discussões e votações a ocorrerem de manhã. Também nas primeiras horas do dia, o Eurostat vai divulgar dados sobre a dívida pública e o défice dos Estados-membros em 2021. Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu, irá discursar na Macro Week 2022 numa altura em que se especula quando é que o conselho de governadores começará a subir os juros.

Parlamento vota descida do ISP, mexidas na LEO e projetos de resolução do Programa de Estabilidade

Esta sexta-feira de manhã os deputados estarão ocupados em votações. Além de discutirem os projetos de lei do Governo sobre as medidas anti-inflação e as alterações à Lei de Enquadramento Orçamental (LEO), assim como as propostas dos vários partidos, os partidos vão também votar essa legislação. Em causa está a redução mais agressiva do ISP, correspondente à aplicação do IVA dos combustíveis a 13%, e a mexida na LEO para permitir pagar os subsídios de férias da função pública sem novo Orçamento em vigor. Os projetos de resolução do Programa de Estabilidade, que tinham sido discutidos na quarta-feira de tarde, também são votados esta sexta-feira de manhã.

Eurostat divulga dívida pública e défice de 2021

O gabinete de estatísticas europeu vai divulgar esta sexta-feira os dados agregados do rácio da dívida pública e do défice orçamental dos 27 Estados-membros em 2021. O Instituto Nacional de Estatística (INE) enviou essa informação ao Eurostat no final de março quando apurou os dados para Portugal. No caso do défice, este ficou nos 2,8% do PIB, abaixo do esperado pelo Governo (4,3%). O rácio da dívida pública baixou para os 127,4% do PIB, após o pico alcançado durante a pandemia.

Lagarde discursa após BCE abrir a porta à subida dos juros

A presidente do Banco Central Europeu discursa esta sexta-feira na Macro Week 2022 organizada pelo Peterson Institute for International Economics. Esta será uma oportunidade para Christine Lagarde dar mais detalhes sobre o futuro da política monetária da Zona Euro, depois de o seu vice-presidente ter aberto a porta à subida dos juros. “A minha opinião é que o programa de aquisição de ativos deve terminar em julho e que para a primeira subida das taxas de juro devemos olhar para as nossas projeções, para os diferentes cenários e só depois decidir. De momento nada foi decidido”, disse Luis de Guindos, em entrevista à Bloomberg esta quinta-feira.

Prossegue o debate instrutório do caso que envolve juíz Carlos Alexandre

O debate instrutório que colocou no banco dos arguidos o juiz de instrução Carlos Alexandre prossegue esta sexta-feira no tribunal da Relação de Lisboa. Em causa estão suspeitas de abuso de poder na distribuição do processo da Operação Marquês na fase de inquérito, em 2014. A decisão da Relação de Lisboa será conhecida em maio.

Arranca greve parcial dos trabalhadores dos serviços de handling

Esta sexta-feira arranca a greve parcial dos trabalhadores da empresa Portway Handling de Portugal, a qual foi convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores dos Aeroportos Manutenção e Aviação (STAMA). A greve, que vai arrastar-se até 31 de dezembro, aplica-se a todo o trabalho extraordinário e a todo o trabalho em regime de adaptabilidade ou elasticidade, incluindo dias de feriado.

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Wall Street cai mais de 1% com Powell a apoiar subida agressiva dos juros

Responsáveis da Fed defendem subidas mais agressivas dos juros para travar a inflação. Bolsas dos EUA assustaram-se e caíram mais de 1%. Tesla avançou 3% com bons resultados.

Wall Street encerrou a sessão desta quinta-feira com fortes perdas, depois de oficiais da Reserva Federal americana (Fed), incluindo o presidente Jerome Powell, ter apoiado uma trajetória de subida das taxas de juro agressiva ao longo deste ano.

Uma subida de 50 pontos base estará “em cima da mesa” quando o banco central se reunir nos dias 3 e 4 de maio para decidir o próximo passo da política monetária nos EUA, disse Powell. Com a inflação três vezes acima da meta de 2% da Fed, “é apropriado movimentar-se um pouco mais rapidamente”, acrescentou o chairman da Fed.

“O mercado já está a antecipar, pelo menos, subidas de 50 pontos base em maio e em junho”, comentou o analista George Catrambone, da DWS Group, citado pela Reuters.

Também a presidente da Fed de San Francisco, Mary Daly, tinha defendido uma subida das taxas do banco central para os 2,5% até final do ano, mas argumentando que a trajetória dos juros deverá ter em conta a evolução da inflação e do mercado de trabalho.

As bolsas americanas, que abriram o dia em alta, à boleia dos bons resultados da Tesla, fecharam em forte baixa. O S&P 500 caiu 1,48% para 4.393,66 pontos, ao mesmo tempo que o tecnológico Nasdaq e o industrial Dow Jones perderam 2,07% e 1,05%, respetivamente.

A Netflix caiu pelo segundo dia seguido (-3,52%), na sequência dos resultados trimestrais que revelaram uma quebra do número de subscritores pela primeira vez numa década.

Já a Tesla subiu 3,23% depois de os resultados terem superado as estimativas dos analistas.

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Ministra da Agricultura garante até maio pagamento dos 500 milhões do Pedido Único

  • Lusa
  • 21 Abril 2022

Estes pagamentos consistem num “apoio à tesouraria, para terem margem efetivamente para poderem trabalhar”, disse Maria do Céu Antunes.

A ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, garantiu esta quinta-feira que os agricultores vão receber até maio os 500 milhões de euros de adiantamento dos pagamentos do Pedido Único (PU), para “atenuar os constrangimentos de tesouraria”.

Estamos a fazer um adiantamento dos pagamentos do PU”, ou seja, do “valor que os agricultores só iriam receber em outubro e que vão receber até maio”, afirmou a governante, em declarações aos jornalistas, à margem de uma visita à feira agropecuária Ovibeja, que arrancou hoje em Beja.

Segundo a ministra, estes pagamentos totalizam “500 milhões de euros, distribuídos por todos os agricultores de Portugal”, e que consistem num “apoio à tesouraria, para terem margem efetivamente para poderem trabalhar”. Questionada sobre se esta verba vai chegar ‘às mãos’ dos agricultores a tempo, Maria do Céu Antunes respondeu que “claramente”.

“Esta medida em concreto tem que estar paga” e “vai estar, em tempo, para poder fazer face àquilo que são os compromissos” do ministério “e àquilo de que os agricultores precisam”, garantiu. Já antes, no seu discurso no encerramento de um colóquio na Ovibeja, a ministra tinha aludido a este “apoio reembolsável para pagamento antecipado, até maio, das ajudas diretas e de superfície previstas no PU”.

Esta e outras medidas de emergência adotadas pelo Governo “servem para atenuar os constrangimentos de tesouraria das empresas agrícolas”, indicou. Nas declarações aos jornalistas, ao referir-se às medidas de apoio aos agricultores, Maria do Céu Antunes lembrou que o Governo baixou “em 3,4 cêntimos por litro o gasóleo agrícola”, o que vigora “numa primeira fase desde março até junho” e, posteriormente, já alargado “até dezembro”.

A isenção do IVA nos fertilizantes e nas rações animais, “um apoio dedicado com cerca de nove milhões de euros da reserva de crise que vem do orçamento de Bruxelas” e “mais de 18 milhões de euros” da proposta do Orçamento de Estado para 2022 foram outras das medidas focadas pela ministra.

Maria do Céu Antunes lembrou que o setor agrícola enfrenta diversos problemas, porque, a somar aos efeitos económicos da pandemia, “os agricultores estão a sofrer com as consequências de uma seca, com um ano particularmente difícil com uma seca severa e extrema” e de “uma crise provocada por esta guerra entre a Ucrânia e a Rússia”.

É, de facto, um momento muito duro, muito marcante”, e Portugal tem vindo “a sentir uma crise provocada pelo aumento dos custos de produção, os fertilizantes, as rações para os animais, e tudo isto é muito preocupante, porque pode por em causa a segurança do abastecimento alimentar”, disse. A feira agropecuária Ovibeja conta com cerca de mil expositores e decorre até segunda-feira, no Parque de Feiras e Exposições da cidade de Beja.

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