Pagar conta do restaurante em 10 segundos é com a Sunday
Startup nascida em França entrou no mercado português em fevereiro e já conquistou mais de 200 estabelecimentos em Lisboa, Cascais, Oeiras, Comporta e Évora. Chegada ao Porto será nos próximos meses.
E se de repente chegasse a hora de pagar a conta e bastasse apontar o telemóvel a um código QR colocado na mesma para sair do bar ou do restaurante em apenas 10 segundos? Esta é a experiência que a startup Sunday quer proporcionar aos consumidores portugueses. Chega ao Porto “nos próximos meses”.
No mercado nacional desde fevereiro, a tecnológica nascida em França já conquistou mais de 200 estabelecimentos em Lisboa, Cascais, Oeiras, Comporta e Évora. O mercado português foi escolhido “porque houve muita procura de mercado”.
“Pagar a conta no restaurante é um autêntico drama. Levantar o braço, chamar a pessoa, depois voltar tudo atrás porque algo não está certo e só finalmente pagar…é um problema que queremos resolver em Portugal”, assinala ao ECO o responsável pelo lançamento da tecnológica em Portugal, Tiago Correia.
Os consumidores não têm de instalar qualquer aplicação no telemóvel para pagar a conta. Basta apontar ao código QR para consultar o menu, verificar a contar e depois pagar, através do cartão de crédito ou de débito ou mesmo de meios como a Apple Pay e Google Pay.
Os restaurantes conseguem aceder a todos os pedidos e pagamentos que forem feitos e há total integração com o sistema de faturação e de contabilidade anteriormente instalados. Há uma comissão fixa por cada operação “e nada mais do que isso”, segundo o responsável da Sunday. Questionado o responsável não adiantou o montante da comissão.
Além de aumentar a rotação das mesas, o uso do código QR também permite aumentar as gorjetas “em 30% a 40% aos funcionários dos restaurantes, por conta da melhoria da experiência” dos comensais.
Nascida em França com olho nos EUA
Fundada em França em 2021, em plena pandemia, por conta do grupo de restaurantes francês Big Momma, a tecnológica decidiu colocar códigos QR na mesa para os pagamentos.
Um código QR que tem tido sucesso grande na mesa dos restaurantes e na mesa das negociações: a empresa já obteve um total de 124 milhões de dólares (117,87 milhões de euros) de investimento privado no último ano, primeiro numa série seed em abril, de 24 milhões de dólares; e no fim do verão, vieram 100 milhões em série A.
O nosso trabalho é na rua, a conversar com os donos de restaurantes ou de grupos. É aqui que temos de estar. Não conseguimos construir relações de confiança com um restaurante ao telefone. Tem de haver brilho no olho quando estamos a falar com eles. É preciso sentir as dores deles
Depois de França, a Sunday já chegou aos Estados Unidos, Canadá, Espanha e Itália. Depois de Portugal, seguem-se os mercados de Alemanha, Bélgica e Países Baixos. Em 2022 ainda haverá espaço para os países nórdicos, segundo Tiago Correia.
Já a pensar numa entrada em bolsa (IPO), a sede da empresa está registada nos Estados Unidos.
Escritório na rua
Voltando a Portugal, a tecnológica conta com um escritório físico na zona do Parque das Nações, em Lisboa. Mas a equipa da Sunday, com três pessoas na fase inicial, prefere a rua para conquistar novos parceiros.
“Não estamos no escritório, como uma empresa normal. O nosso trabalho é na rua, a conversar com os donos de restaurantes ou de grupos. É aqui que temos de estar. Não conseguimos construir relações de confiança com um restaurante ao telefone. Tem de haver brilho no olho quando estamos a falar com eles. É preciso sentir as dores deles. Estamos a mexer com o dinheiro do negócio deles. É preciso gerar confiança estando lá”, destaca Tiago Correia.
Com esta estratégia, restaurantes lisboetas como Casa da Bacalhau, ou bares como o Foxtrot já puseram códigos QR nas mesas e começaram a facilitar a vida aos consumidores.
Ainda neste ano a Sunday quer começar a conquistar os restaurantes da região do Porto.
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