Primark também vai aumentar preços em Portugal
Decisão é justificada com a "crescente" pressão inflacionista, que foi agravada pela guerra na Ucrânia, bem como devido ao "fortalecimento do dólar", confirmou fonte oficial da Primark, ao ECO.
A Primark também vai aumentar os preços de algumas peças de roupa da coleção outono/inverno em Portugal, confirmou fonte oficial da marca ao ECO. Decisão é justificada com a “crescente” pressão inflacionista, que foi agravada pela guerra na Ucrânia, bem como devido ao “fortalecimento do dólar”.
A Associated British Foods, dona da Primark, tinha alertado que ia aumentar “seletivamente os preços na cadeia de roupas de valor” na coleção outono/inverno, devido à inflação crescente no Reino Unido. Em comunicado, citado pela Bloomberg, o grupo garantia ainda que as coleções de primavera e verão vão manter os seus preços. E a subida de preços da próxima estação vai também refletir-se no mercado português.
“Devido à pressão inflacionista crescente e ao fortalecimento do dólar, teremos de proceder a aumentos seletivos de preço em algum do stock da nossa coleção outono/inverno. No entanto, estamos empenhados em assegurar a nossa liderança em preços competitivos e acessíveis para o dia-a-dia”, confirmou fonte oficial da Primark, quando questionada pelo ECO sobre se o aumento de preços se estendia ao mercado português.
A empresa escusou-se, contudo, a adiantar a percentagem dos respetivos aumentos.
A posição da marca surge cerca de um mês depois de a Inditex, dona da Zara e Massimo Dutti, ter sinalizado que a situação atual vai obrigar o grupo a aumentar os dos preços da roupa que vende, em média, de 5% a nível mundial e de 2% em países como Espanha e Portugal na próxima estação. Não obstante, o presidente do grupo espanhol, Óscar García Maceiras, sublinhou que os preços para os consumidores finais “vão continuar estáveis”.
Em contrapartida, a concorrente Mango descartou, para já, aumentar os preços da roupa que vende. “Independente da situação atual, neste momento, a Mango não planeia passar nenhum potencial aumento de custos para o preço final dos consumidores”, assinalou fonte oficial da marca espanhola, em resposta ao ECO no final de março.
A invasão da Rússia à Ucrânia veio acelerar a escala de preços da energia e transporte, que já se vinha a assistir desde o início do ano, tendo obrigado várias empresas a aumentar os preços dos produtos que comercializam. Apesar do aumento dos custos ter um peso considerável no desempenho da Primark, a empresa espera ter uma margem operacional de 10% nas vendas globais este ano.
Recorde-se que a retalhista foi bastante mais penalizada pelo bloqueios e restrições aplicadas no âmbito da pandemia face aos concorrentes, dado que a cadeia não possui um negócio online. Face a esta situação, no início do ano a Primark já tinha manifestado a intenção de cortar cerca de 400 postos de trabalho para reduzir os custos.
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