Hungria continua a bloquear embargo total da UE ao petróleo russo
A Hungria continua a opor-se à proposta da União Europeia que visa proibir as importações de petróleo russo, colocando, deste modo, em stand-by a aprovação do sexto pacote de sanções contra a Rússia.
A Hungria continua a opor-se à proposta da União Europeia (UE) que visa proibir as importações de petróleo russo, colocando, deste modo, em stand-by todo o novo pacote de sanções delineado por Bruxelas contra a Rússia, avança a Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês).
Na quarta-feira, a Comissão Europeia apresentou o sexto pacote de sanções contra a Rússia, cujo objetivo é banir totalmente as importações de petróleo russo. Primeiro do crude, de forma faseada ao longo dos próximos seis meses, e depois dos produtos refinados até ao final do ano. Ainda assim, e tendo em conta a elevada dependência à energia russa, Bruxelas abria uma exceção à Hungria e a Eslováquia, podendo estes dois países continuar a comprar petróleo a Moscovo até 2024, bem como à República Checa até junho do mesmo ano.
Este pacote ainda tem que ser votado pelos Estados-membros, pelo que este domingo houve uma nova reunião dos 27 que terminou sem acordo. Segundo fontes próximas das negociações e consultadas pela Bloomberg, esta isenção não convenceu a Hungria, que continua a bloquear um embargo total às importações do “ouro negro” russo, assim como ao modo como será feito o plano de financiamento para reduzir a dependência energética da Rússia.
As negociações deverão ser retomadas nos próximos dias. Além do embargo total às importações de petróleo, o novo pacote de sanções visa retirar mais bancos russos do sistema de transferências internacional Swift, congelar os bens de oficiais russos, bem como proibir as três maiores estações estatais russas de emitir na Europa. Os Estados-membros estavam a ser pressionados para chegarem a acordo até segunda-feira, dia 9 de maio, dado que nesse dia se assinala o “Dia da Vitória” que marca a derrota do regime nazi na Segunda Guerra Mundial.
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