Direto Gazprom anuncia que vai deixar de fornecer gás russo através da Polónia
A gigante estatal russa anunciou esta 5.ª feira que vai parar de enviar gás russo pelo gasoduto Yamal que atravessa a Polónia, na sequência das sanções do Kremlin contra várias empresas estrangeiras.
A decisão surge na sequência de o Kremlin ter anunciado, na quarta-feira, sanções a mais de 30 empresas da União Europeia (UE), dos EUA e de Singapura, todas do setor da energia, que incluem a polaca EuRoPol GAZ, proprietária da parte polaca do gasoduto Yamal.
Numa declaração publicada no Telegram, o porta-voz da energética russa, Sergei Kupriyanov, acusou a Polónia de violar “repetidamente” os direitos da Gazprom como acionista da EuRoPol GAZ ao sancionar a empresa estatal no final de abril. As sanções ocidentais, impostas na sequência da invasão russa da Ucrânia, impediram a Gazprom de “exercer os seus direitos ligados às ações e receber dividendos”, acrescentou Kupriyanov.
No mês passado, a empresa de gás natural russo anunciou a suspensão do fornecimento de gás à empresa polaca PGNiG e à Bulgaraz, da Bulgária, depois da recusa dos países em cumprir a exigência do Kremlin de pagamento do gás em rublos em vez de euros ou dólares.
Esta quinta-feira, a presidente da Comissão Europeia afirmou que a Rússia “é hoje a principal ameaça à ordem mundial, tendo em conta a guerra bárbara contra a Ucrânia e o pacto preocupante que tem com a China”.
Ursula von der Leyen, que se encontra no Japão a propósito da cimeira UE-Japão, sublinhou, em declarações após um encontro com o primeiro-ministro japonês, que “a invasão da Rússia à Ucrânia não é apenas uma questão europeia”. “Abala o âmago da ordem internacional incluindo a Ásia”, acrescentou.
O Presidente e a primeira-ministra da Finlândia, país que partilha uma fronteira de 1.300 quilómetros com a Rússia, já anunciaram a decisão de avançar com uma candidatura à NATO, pondo fim a décadas de neutralidade. Uma sondagem publicada na segunda-feira pela emissora pública Yle revela que 76% dos finlandeses apoiam a adesão à aliança, quando nos últimos anos, antes da guerra na Ucrânia, apenas entre 20 e 30% se mostravam favoráveis. A candidatura será anunciada oficialmente domingo.
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