Mais desempregados continuavam sem trabalho no primeiro trimestre
Quase 179 mil portugueses que não tinham emprego no quarto trimestre de 2021 continuavam sem trabalho no final do primeiro trimestre de 2022, contra 168 mil no período anterior.
Quase 179 mil pessoas que estavam desempregadas no final do ano passado continuavam sem emprego no final de março deste ano. Pelo contrário, perto de 85 mil pessoas encontraram emprego durante o primeiro trimestre de 2022.
Os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram que mais portugueses continuaram desempregados no período entre janeiro e março do que no trimestre anterior, em comparação com os três meses anteriores. Se 179 mil pessoas continuavam sem emprego no primeiro trimestre deste ano, no quarto trimestre de 2021, menos de 170 mil estavam nesta situação.
Em simultâneo, o número de trabalhadores que encontraram emprego nos primeiros três meses de 2022 foi inferior ao número de pessoas que ficaram empregadas no último trimestre de 2021 — respetivamente, 84,7 mil e 86,5 mil pessoas, sem contabilizar o potencial efeito da sazonalidade.
A informação veiculada pelo INE esta quarta-feira mostra ainda que, entre o quarto trimestre de 2021 e o primeiro de 2022, 67,3 mil portugueses transitaram para um estado de inatividade. Significa que “deixaram de procurar ativamente emprego ou de ter disponibilidade para começar a trabalhar” nesse período, “ficando assim mais afastados do mercado de trabalho”, explica o instituto numa nota informativa.
Feitas as contas, 54% dos desempregados a 31 de dezembro de 2021 permaneciam nesse estado em março de 2022, 25,6% transitaram para o emprego nesse período e 20,4% passaram a estar inativos.
O INE detalha também que cerca de um em cada três desempregados de curta duração e uma em cada nove pessoas pertencentes à “força de trabalho potencial” transitaram para o emprego no primeiro trimestre. Enquanto isso, 69,8 mil pessoas que tinham um trabalho por conta própria no final de 2021 passaram a trabalhar por conta de outrem no primeiro trimestre, enquanto 76,1 mil protagonizaram o fluxo oposto.
Já o número de trabalhadores por conta de outrem que passaram a ter contratos sem termo aumentou. Foram 143,2 mil trabalhadores entre o terceiro e o quarto trimestre e 146,3 mil entre o quarto e o primeiro trimestre. Além disso, o instituto salienta que 3,6% das pessoas empregadas mudaram de emprego (ver gráfico), uma percentagem que “se manteve inalterada em relação ao período anterior”.
Mudança de emprego das pessoas que se mantêm empregadas *:
O inquérito ao emprego elaborado pelo INE “tem por principal objetivo a caracterização da população em relação ao mercado de trabalho”. Os dados são atualizados trimestralmente.
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