Deputados voltam a ter menos férias. Novo Parlamento só vai parar em agosto

As atividades da Assembleia da República só vão encerrar em agosto, voltando ao ativo a 6 de setembro. Os novos deputados ficam assim com um menor período de pausa.

O período normal de funcionamento do Parlamento decorre de 15 de setembro a 15 de junho, mas vai ser prorrogado até 29 de julho, como aconteceu nos últimos dois anos. Segundo o projeto de deliberação do presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, o qual deverá ser aprovado pelos partidos, o reinício dos trabalhos será mais cedo, logo a 6 de setembro.

O projeto de deliberação de Augusto Santos Silva para a prorrogação do período normal de funcionamento da Assembleia da República deu entrada esta quarta-feira e foi discutido na conferência de líderes. A justificação para a prorrogação é a quantidade de trabalho ainda por concluir, nomeadamente “o agendamento de projetos e propostas de lei e de outras iniciativas para apreciação e votação em Plenário, bem como os trabalhos pendentes nas Comissões Parlamentares”.

Assim, os deputados vão de férias em agosto e voltam a 6 de setembro para retomar os trabalhos parlamentares, ligeiramente mais cedo do que no ano passando em que regressaram a 7 de setembro.

O arranque da nova composição do Parlamento, na sequência das eleições antecipadas de janeiro, aconteceu apenas no final de março por causa da repetição da votação no círculo da Europa. Desde então, os deputados praticamente só tiveram tempo para o processo orçamental, o qual acabou na passada sexta-feira.

Há muitas matérias que ficaram pendentes da legislatura anterior, como é o caso da eutanásia, mas também novos temas que surgiram recentemente, como é o caso da lei dos metadados.

Segundo a Lusa, a conferência de líderes decidiu agendar o primeiro debate sobre política geral com o primeiro-ministro para 22 de junho e, logo de seguida, haverá o debate preparatório para o Conselho Europeu. Um mês depois, a 21 de julho, os trabalhos parlamentares encerram com o habitual debate sobre o Estado da Nação.

O último plenário com votações ocorre no dia anterior, a 20 de julho, mas os trabalhos nas comissões parlamentares vão até ao dia 29 de julho.

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Greves parciais na STCP regressam a partir de 20 de junho

  • Lusa
  • 2 Junho 2022

Os trabalhadores pretendem aumentos de 2% no vencimento e nas diuturnidades. O pré-aviso de greve parcial abrange as últimas quatro horas de serviço entre os dias 20 de junho e 31 de outubro.

O Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos do Norte (STRUN) vai retomar as greves parciais na Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP), segundo um comunicado a que a Lusa teve acesso.

De acordo com o comunicado do STRUN, o pré-aviso de greve parcial abrange as últimas quatro horas de serviço entre os dias 20 de junho e 31 de outubro, e foi enviado na quarta-feira. No entanto, o sindicato avisa que poderá, em breve, “intensificar a luta noutras datas e de outras formas”.

“As negociações que decorreram nas últimas cinco semanas com o STRUN e nos últimos nove meses com os outros sindicatos resultaram numa proposta que os trabalhadores consideram insuficiente, insultuosa e sectária por beneficiar quem mais ganha“, pode ler-se no comunicado.

Segundo o texto, os trabalhadores pretendem aumentos de 2% no vencimento e nas diuturnidades, 0,25% de diuturnidades para quem tem 9, 10 ou 11 anos de casa, 0,75% para quem tiver 15 anos, 0,50% para quem tiver 18 ou 19 anos e 0,25% para quem tiver 21, 22 ou 23 anos, a partir de outubro.

Também é reivindicado um aumento de 0,20 euros mensais no complemento salarial, o pagamento dos custos administrativos do Certificado de Aptidão de Motorista (CAM) para quem renovar em 2022 e 2023, um subsídio de alimentação extra para quem fizer 06:45 de trabalho suplementar e ainda a anulação dos escalões D e E. A Lusa questionou a STCP sobre este novo anúncio e aguarda resposta.

A retoma das greves entretanto anunciada contrasta com o anúncio feito no dia 21 de abril, em que o STRUN afirmou que iria desconvocar o prolongamento da greve parcial na STCP prevista até julho, disse à Lusa o coordenador José Manuel Silva.

Um dia antes, a STCP esteve reunida na DGERT – Direção Geral do Emprego e das Relações de Trabalho com o STRUN “numa tentativa de persuadir o referido Sindicato a retirar o pré-aviso de greve e a voltar à mesa das negociações”, segundo a empresa.

Os trabalhadores reivindicavam um reforço do salário base em 30 euros, acrescentando, na prática, mais 15 euros ao valor que tinha já sido acordado entre a administração da STCP e quatro sindicatos. O STRUN foi o único sindicato que se recusou a assinar este acordo.

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Ativos investidos pelas seguradoras diminuem 329 mil milhões na Eurozona. Portugal segue compasso

  • ECO Seguros
  • 2 Junho 2022

Primeira vez na zona euro em dois anos, investimento financeiro das seguradoras ficou abaixo dos 9 biliões no 1ºT. Estatística do BCE mostra redução da exposição ao mercado de dívida.

Tradicionalmente posicionados como o mais forte investidor institucional na economia, os seguradores da zona euro totalizavam 8,91 biliões de euros em investimento financeiro no agregado do balanço do setor no primeiro trimestre, registando diminuição no montante de ativos em -329 mil milhões (1T 2022 vs 4T 2021), indicam estatísticas atualizadas do Banco Central Europeu (BCE).

No âmbito da gestão prudencial de riscos que envolvem a atividade e que justificam monitorização trimestral da Supervisão (Painel de Riscos), a variação reflete a perceção de alterações no cenário macroeconómico (onde se incluem as taxas de juro das operações de swap e variações de preços-IHPC), interligações do setor segurador com o mercado (obrigações) e outras classes de risco como crédito, além de outros riscos, os que são específicos do ramo Vida.

Sendo ainda provisórios, os dados da autoridade monetária mostram a dívida pública representar 37% dos ativos totais do setor. Os “títulos de dívida” foram a categoria com declínio absoluto mais significativo (-194 mil milhões) nos primeiros 3 meses do ano. O volume transacionado nesta componente da carteira apresentou um resultado negativo de 6 mil milhões de euros (vendas líquidas).

Assim, a quebra no total do ativo (investido) pelas seguradoras dos 19 países da área euro reflete maioritariamente a variação negativa (-1,0% yoy) na categoria debt securities (títulos de dívida), nomeadamente -1,4% nas emissões de entidades residentes ( -1,7% em obrigações de dívida pública e -1,0% títulos de dívida privada), enquanto a parcela correspondente às emissões de não residentes aumentou 0,5%. O investimento em valores mobiliários cotados (ações) progrediu 3,5% e a participação em fundos de investimento apontou incremento de 5,6%.

Voltando à estrutura da carteira agregada, enquanto a participação em fundos de investimento pesava 30% no final do período, a categoria valores mobiliários (ações) representava 12,2% e os empréstimos (e hipotecas) 7% da carteira de investimento do setor.

No que refere às principais responsabilidades, as provisões técnicas calculadas para as seguradoras da área euro diminuíram 308 mil milhões, face ao termo do último trimestre de 2021, estabelecendo-se agora em 6,64 biliões de euros. As provisões para seguro de Vida representavam 89,7% do total das provisões técnicas, com os produtos Unit Linked (cerca de 1,5 biliões de euros) a representarem 26,1% do total das reservas técnicas do ramo Vida.

Na estatística detalhada por países do euro, o balanço agregado das seguradoras em Portugal – em base provisória e sem ajustar à inflação – apresentava 55 mil milhões de euros de ativos investidos no final do trimestre (a comparar com 56 mil milhões no final de 2021), com os títulos de dívida pública a representarem 33 mil milhões de euros (sem alteração face a 31-12-2021). O boletim do BCE aponta ainda, em relação a Portugal, decréscimo na participação em fundos de investimento (mercado não monetário), de 11 mil milhões no final de dezembro, para cerca de 10 mil milhões no final do 1T de 2022.

Quanto à evolução das responsabilidades, o montante das provisões técnicas calculadas para o setor desceu, de 45 mil milhões (em 31-12-2021), para 44 mil milhões no final do 1T de 2022, traduzindo também variação descendente no montante das reservas do ramo Vida, nomeadamente produtos não ligados, a parte mais significativa do negócio em Portugal (comparativamente aos unit linked).

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Von der Leyen avisa Polónia que só recebe PRR quando concluir reformas

  • Lusa
  • 2 Junho 2022

"A aprovação deste plano está ligada a compromissos claros por parte da Polónia sobre a independência do poder judicial”, avisou a presidente da Comissão de visita a Varsóvia.

A presidente da Comissão Europeia avisou esta quinta-feira a Polónia que só receberá as verbas do plano de recuperação e resiliência, bloqueadas há meses devido à polémica reforma judicial no país, quando respeitar “compromissos claros” do Estado de direito.

“A nossa aprovação é um passo importante para o desembolso de mais de 35 mil milhões de euros para a Polónia durante os próximos anos, [mas] é apenas um primeiro passo, pois o dinheiro só será desembolsado quando as reformas e investimentos estiverem em curso”, anunciou a líder do executivo comunitário, Ursula von der Leyen.

Discursando na capital polaca, em Varsóvia, a responsável vincou que “a aprovação deste plano está ligada a compromissos claros por parte da Polónia sobre a independência do poder judicial”, após o país ter encetado uma polémica reforma judicial que é vista como uma ameaça à independência dos juízes e que lhe valeu uma multa diária do Tribunal de Justiça da União Europeia no valor de um milhão de euros.

Um primeiro pagamento só será possível quando a nova lei estiver em vigor e preencher todos os requisitos do nosso contrato”, vincou Ursula von der Leyen. Em causa estão, então, três exigências que “devem ser cumpridas antes de qualquer pagamento poder ser efetuado”, nomeadamente a de abolir a atual câmara disciplinar e de a substituir por um tribunal independente e imparcial estabelecido por lei, explicou a presidente da Comissão Europeia.

Exigido é também que “o regime disciplinar seja reformado” para acabar com as previstas infrações disciplinares controversas aos juízes e que, ainda, os magistrados que pretenderem tenham o direito de ver o seu caso analisado pela nova câmara disciplinar. “Além disso, a Polónia deve demonstrar até ao final de 2023 que todos os juízes ilegalmente demitidos deverão ter sido reintegrados até lá”, adiantou a líder do executivo comunitário.

Na quarta-feira, a Comissão Europeia deu finalmente parecer favorável ao plano de recuperação e resiliência (PRR) da Polónia, mas Varsóvia terá de cumprir ainda alguns marcos a nível de reformas do sistema judicial para começar a receber fundos.

No final de uma reunião do colégio de comissários, realizada em Bruxelas, o executivo comunitário anunciou a sua ‘luz verde’ ao PRR da Polónia, apontando que se trata de “um passo importante para a União Europeia (UE) desembolsar 23,9 mil milhões de euros em subvenções e 11,5 mil milhões de euros em empréstimos, ao abrigo do Mecanismo de Recuperação e Resiliência”.

O Conselho da UE tem agora um prazo de quatro semanas para adotar a proposta da Comissão, estando previsto que isso aconteça em meados deste mês para que a primeira parcela de fundos possa chegar em setembro, desde que cumpridos os requisitos. O PRR polaco prevê um total de 43% dos investimentos para o clima e ambiente e 20% para a modernização e digitalização da administração pública.

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Mercadona abre em junho primeira loja a sul e cria 65 postos de trabalho

Abertura em Caldas da Rainha e Oeiras está igualmente programada para este ano. Empresa está a recrutar para várias lojas.

A Mercadona abre a 28 de junho o primeiro supermercado a Sul. Montijo é a primeira localidade da Grande Lisboa a receber uma loja do retalhista alimentar espanhol, depois de em 2019 ter iniciado o seu processo de internacionalização pela zona Norte do país. A abertura representa a criação de 65 postos de trabalho. Abertura em Caldas da Rainha e Oeiras está igualmente programada para este ano.

Com 10 aberturas de lojas previstas para este ano — num investimento global de 150 milhões de euros — a cadeia já abriu duas delas, Guimarães e Póvoa de Varzim, seguindo-se Braga a 7 de junho. No próximo dia 28 é a vez de Setúbal — na Av. Mestre Lima de Freitas — assinalando a chegada a um novo distrito e a primeira abertura a Sul. Oeiras e Caldas da Rainha estão igualmente previstas para este ano.

Para o supermercado, em Setúbal a Mercadona “contratou cerca de 65 colaboradores que atualmente se encontram em formação nas lojas do Norte do país, havendo ainda vagas disponíveis para diversas lojas da cadeia”, refere a insígnia. Há cerca de 40 vagas listas, mas a empresa já está a recrutar para as lojas previstas para o próximo ano.

Na zona Sul a cadeia está a construir o segundo centro logístico em Almeirim, tendo ainda fechado localizações como Santarém, Montijo e Sintra. A entrada na cidade de Lisboa — onde já tem um centro de coinovação — está prevista para 2023.

Em Portugal, a cadeia investiu 110 milhões de euros no ano passado — de um total de 1.200 milhões —, abriu nove supermercados e aumentou a equipa para 2.500 colaboradores.

O mercado nacional gerou vendas de 415 milhões de euros, com as 29 lojas, tendo a marca alcançado uma quota de mercado de 3%, após dois anos, segundo dados divulgados pela empresa em março, aquando da apresentação das contas anuais do retalhista.

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TAAG reforça ligação Luanda-Lisboa-Luanda com Airbus A330 da HiFly durante três meses

  • Lusa
  • 2 Junho 2022

A aeronave Airbus A330 será contratada à HiFly em regime de ‘wet lease’, um tipo de contrato que garante, além do avião, a disponibilização da tripulação completa, manutenção e seguro do aparelho.

As Linhas Aéreas de Angola (TAAG) contrataram à HiFly uma aeronave Airbus A330 que fará a ligação Luanda-Lisboa-Luanda, a partir de 15 de junho e durante três meses, quando decorrerá o trabalho de manutenção da frota internacional da transportadora.

Segundo um comunicado da empresa, a aeronave Airbus A330 será contratada à HiFly em regime de ‘wet lease’, um tipo de contrato que garante, além do avião, a disponibilização da tripulação completa, manutenção e seguro do aparelho. “Esta decisão coincide justamente com o trabalho de manutenção que está a decorrer e que a TAAG está a realizar em parte da sua frota internacional, respetivamente o modelo Boeing 777-300ER”, prossegue a nota.

Esta estratégia, refere a empresa, “permite a continuidade e regularidade da operação numa ligação Luanda-Lisboa, que regista bastante demanda”.

Trata-se de uma “solução colaborativa” e “típica na aviação comercial” que “permite à TAAG assegurar a cobertura de uma das rotas preferenciais e de maior volume de tráfego”.

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Indústria da Moda vai duplicar investimento em tecnologia até 2030

Estudo indica ainda que os 50 maiores investimentos em tecnologia relacionados com a indústria da moda cresceram 66% em 2021 face a 2019, totalizando os 16,2 mil milhões de dólares.

Se no ano passado, o investimento em tecnologia das empresas ligadas à indústria da moda representava entre 1,6% e 1,8% das vendas totais, até 2030 estas empresas tencionam duplicar o investimento para entre entre 3% e 3,5% do seu volume de negócios, de acordo com o relatório “The State of Fashion: Technology”, divulgado pelo The Business of Fashion (BoF) e pela consultora McKinsey & Company.

“No ano passado, as empresas de moda investiram entre 1,6% e 1,8% das suas receitas em tecnologia. Estamos convencidos de que, até 2030, esse número aumentará para entre 3% e 3,5%”, adianta Carlos Sánchez, sócio da consultora norte-americana, citado em comunicado, acrescentando que este reforço do investimento ajudará “as marcas a criar uma vantagem competitiva em atividades de contacto direto com o cliente”, bem como nas operações e a resolver questões de sustentabilidade”.

Segundo o relatório, no ano passado os 50 maiores investimentos em tecnologia relacionados com a indústria da moda cresceram 66% em 2021 face ao valor pré-pandemia, isto é, em 2019, totalizando os 16,2 mil milhões de dólares (cerca de 15,15 mil milhões de euros à taxa de câmbio atual). O comércio online, que ganhou um novo folgo devido à pandemia e na sequência dos lockdowns, foi um dos mais beneficiados, tendo recebido cerca do 55% do investimento total.

Quanto ao montante restante “correspondeu, em grande parte, a tecnologias de pagamento – incluindo empresas compre agora, pague mais tarde –, comércio social e revenda, seguidas por empresas de cadeia de fornecimento e logística e as que trabalham em NFTs ou tecnologias como realidade virtual”, lê-se.

Apesar de ainda haver poucas marcas a investir em tecnologia, o estudo conclui que entre as que investem têm obtido resultados promissores. Entre as empresas que estão já a incorporar tecnologias de inteligência artificial (IA), por forma a melhorar a eficiência do negócio e a relação com os clientes, estima-se que “poderão obter um aumento potencial cumulativo de 118% no cash flow até 2030“. Já para as empresas que estão ainda no início, “a implementação de iniciativas impulsionadas pela IA até 2030 poderá gerar um aumento de 13% no cash flow” na próxima década.

Da fast fashion ao segmento de luxo, investimentos e avanços tecnológicos estão a ter impacto em todos os segmentos da indústria da moda, embora de formas diferentes. No segmento de luxo, por exemplo, 80% das vendas “são influenciadas por pontos de contacto digitais, os serviços pessoais e presenciais permanecem no centro da experiência de compra” e as apps e outras ferramentas semelhantes estão tornar-se parte integrante da interação com as marcas, segundo este estudo.

Pandemia acelerou compras online e interação com as marcas

O engagement dos consumidores digitais aumentou drasticamente durante a pandemia, com os consumidores a passarem mais tempo online, terem sido criados novos hábitos de consumo e um crescente interesse em jogos e mundos virtuais. Em 2021, os consumidores passaram, em média, menos de quatro horas no telefone, o que inclui cerca de duas horas e meia em redes sociais. Entre os consumidores de moda que começaram a comprar online, quase metade (48%) justificaram esta mudança dos hábitos de consumo devido às restrições aplicadas no âmbito da pandemia, 27% disseram que foi por “conveniência” e 11% mencionaram a disponibilidade e as promoções dos artigos online.

A par da mudança nos hábitos de consumo, a Covid também deu um novo folgo à comunicação entre as marcas e os clientes, com 72% dos inquiridos a relatarem que interagiram com as marcas online em 2021. O estudo da BoF e da McKinsey, antecipa ainda que este ano a interação digital deverá estabilizar nos 66%, na sequência da retirada de medidas restritivas em vários países.

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TransPerfect aumentou em 22% a sua mão-de-obra em Espanha

  • Europa Press
  • 2 Junho 2022

A multinacional TransPerfect viu-se forçada a aumentar a sua mão-de-obra durante os primeiros quatro meses do ano devido à elevada procura de serviços. O crescimento foi de 22% face ao ano anterior.

Nos primeiros quatro meses do ano, a empresa multinacional TransPerfect contratou 244 pessoas, o que fez com que elevasse a sua força de trabalho para 1116 empregados, um aumento de 22% em relação ao final do ano anterior, noticia a Europa Press.

A empresa americana de serviços linguísticos e soluções tecnológicas está empenhada em aumentar a sua força de trabalho devido à crescente procura pelos seus serviços e “em continuar a aumentar o seu volume de negócios”.

Espanha é o seu principal centro de produção fora dos Estados Unidos: tem escritórios em Palma de Maiorca, Madrid, Alicante, Valência e Barcelona. Nos últimos dois anos, o escritório de Barcelona tem tido o maior número de empregados na empresa a nível mundial, com 350 novos trabalhadores a juntarem-se em 2021.

Aliás, é precisamente a partir de Barcelona que Barnaby Wass, vice-presidente sénior da TransPerfect, supervisiona cerca de 20 escritórios (como o de Istambul, inaugurado em Janeiro de 2021), dos mais de 100 que a empresa tem no mundo: “Graças aos mais de 1.000 trabalhadores de Barcelona, Madrid, Palma, Valência e Alicante, vamos continuar a crescer no país”.

Os escritórios de Alicante e Valência foram abertos no ano passado, com a aquisição do consórcio nórdico Semantix International Group AB (que já tinha um escritório nesta cidade) e a incorporação do estúdio valenciano de dobragem e sonorização Somàgic.

Phil Shawe, presidente e CEO da TransPerfect, salientou que até 2021 a empresa vai ter um volume de negócios global de mais de mil milhões de dólares: “Estamos muito orgulhosos de ser a primeira empresa da nossa indústria a atingir o marco do volume de negócios anual de mil milhões de dólares”.

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Paulo Torres sem habilitação para conceder crédito, avisa Banco de Portugal

  • Lusa
  • 2 Junho 2022

Banco de Portugal alerta para quatro paginas na net em que os responsáveis n"ão estão, nem nunca estiveram habilitados a exercer, em Portugal, qualquer atividade financeira".

O Banco de Portugal (BdP) avisou esta quinta-feira que Paulo Torres não está habilitado a exercer em Portugal atividades financeiras, como intermediação ou consultoria de crédito.

O Banco de Portugal adverte que os responsáveis pelas páginas web e pelos perfis da rede social Facebook e Linkedin infra identificados não estão, na presente data, nem nunca estiveram habilitados a exercer, em Portugal, qualquer atividade financeira reservada às instituições sujeitas à supervisão do Banco de Portugal”, indicou, em comunicado.

As páginas em causa são:

  • https://espacodepaulotorres.quora.com;
  • https://fizemosemprestimos.yolasite.com;
  • https://www.facebook.com/emprestamosdinheiroemediato/?ref=page_internal;
  • e https://www.linkedin.com/in/paulo-torres-237aa118a/

O supervisor financeiro sublinhou que a concessão de crédito está reservada às entidades habilitadas a exercê-la, cuja lista pode ser consultada no site do BdP (www.bportugal.pt) e no portal do cliente bancário (https://clientebancario.bportugal.pt).

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Galp perde mais de 4% após OPEP+ anunciar produção de barris acima do previsto

  • Joana Abrantes Gomes
  • 2 Junho 2022

Apesar do anúncio da OPEP+ de um aumento da produção em 648 mil barris de petróleo por dia, a Galp penalizou fortemente a bolsa de Lisboa, contrariando a tendência positiva na Europa.

O principal índice nacional fechou a sessão desta quinta-feira em terreno negativo, com um recuo de 0,78%, para 6.182,83 pontos. Apenas quatro cotadas ficaram acima da linha de água, enquanto o setor petrolífero alargou as perdas registadas no início do dia, perdendo mais de 4%.

A Galp Energia teve a maior queda da sessão, ao desvalorizar 4,39%, para 11,76 euros, no dia em que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) anunciou uma aceleração da oferta de crude em cerca de 648 mil barris diários em julho e agosto.

Também entre as 11 cotadas no vermelho ficou a REN, que recuou 1,04%, a par com a Mota Engil e a Navigator, com perdas acima de 1%. As menores quedas, abaixo de 0,20%, foram registadas pela Sonae, o grupo Jerónimo Martins e a Greenvolt.

Já a família EDP travou uma queda mais significativa da bolsa de Lisboa: enquanto a EDP ganhou 0,59%, a EDP Renováveis somou 1,06%, registando assim o maior avanço da sessão, num dia em que anunciou um novo logótipo para a transição energética. Destaque ainda para a Corticeira Amorim, que valorizou 0,78%, e para a Altri, que apesar de ter começado a sessão com um deslize ligeiro de 0,08%, acabou por subir 0,25%.

Pelas principais praças europeias, a tendência foi positiva. O índice de referência europeu, Stoxx-600, valorizou 0,6%, ganhos ligeiramente acima do espanhol IBEX, que avançou 0,3%. O francês CAC-40 e o alemão DAX somaram mais de 1%.

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EDP muda imagem com investimento “residual”

A EDP pretende ser uma marca mais ligada à sustentabilidade e com uma identidade mais global, apesar de a presença em Portugal não sair ferida, garante o CEO.

A EDP mudou a imagem para clarificar o foco na sustentabilidade e no objetivo de se tornar neutra em carbono até 2030. O CEO, Miguel Stilwell Andrade, preferiu não adiantar valores, mas afirmou que a iniciativa custou menos 0,5% do orçamento da empresa, considerando o investimento “residual”.

Agora, a EDP mantém o nome, mas ganha um novo símbolo, que representa o compromisso com o combate às alterações climáticas. As linhas curvas e as cores foram buscar inspiração à natureza: o azul da água, o verde da flora, o brilho que ilustra a luz.

“Num mundo que evoluiu de forma tão rápida, a imagem é um instrumento, ajuda a alinhar a estratégia de negócio e as equipas“, explicou o CEO, questionado sobre o valor acrescentado da nova imagem.

Sobre o momento, Stilwell afirma que este é o resultado de muitos meses de trabalho e de um esforço coletivo, afastando a hipótese de esta nova imagem ser uma marca do novo CEO. Esta quinta-feira marca os cinco anos desde que a EDP foi alvo de buscas, num processo que culminou com António Mexia, o antecessor de Stilwell, como arguido do caso EDP.

Portugal mantém-se “centro de decisão”

“As empresas para crescerem têm de internacionalizar. Temos 7.000 pessoas fora de Portugal, também têm de se sentir parte da equipa. É um desafio para nós ter esta projeção global”, afirma o CEO, ressalvando: “Isto não fere em nada a presença em Portugal”, que, relembra, é o centro de decisão da empresa.

A nova imagem foi apresentada em primeira mão aos quase 13 mil colaboradores pelo Conselho de Administração Executivo, num evento interno transmitido a partir de Lisboa para os mercados em que a EDP está presente.

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Governo aprova alterações ao regime de mobilidade por doença para professores

  • Lusa
  • 2 Junho 2022

As novas regras permitem aos professores com doenças incapacitantes, ou familiares próximos nessa situação, mudar para uma escola mais próxima de casa ou do prestador de cuidados de saúde.

O Conselho de Ministros anunciou esta quinta-feira a aprovação de alterações ao regime de mobilidade de docentes por motivo de doença que introduzem novos critérios para a colocação, que passa a depender da capacidade das escolas.

As novas regras para o regime que permite aos professores com doenças incapacitantes, ou familiares próximos nessa situação, mudar para uma escola mais próxima de casa ou do prestador de cuidados de saúde, entra em vigor já no próximo ano letivo.

“O decreto-lei que hoje foi aprovado visa, essencialmente, conseguir um equilíbrio entre a garantia de que os docentes podem exercer o seu direito de mobilidade para efeitos de prestação de cuidados de saúde, e uma distribuição mais eficaz e racional dos recursos humanos da educação”, explicou o ministro da Educação.

Em conferência de imprensa, no final da reunião do Conselho de Ministros, que começou mais de duas horas depois da hora prevista, João Costa referiu as principais alterações aprovadas, desde logo a definição de áreas de circunscrição geográfica.

Nos últimos dias, o diploma foi alvo de negociação com os sindicatos do setor, que rejeitaram a proposta do Governo, considerando injustos os novos critérios.

Também o Conselho das Escolas divulgou na quarta-feira um parecer negativo em que alertava que as alterações agora confirmadas acabariam por limitar o acesso àquele regime por definirem a capacidade de acolhimento das escolas e um raio para a colocação dos docentes.

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