PIB pode encolher até 1,7% com aumento da taxa de carbono
Taxa de imposto sobre carbono superior a 30% pode cortar o PIB nacional em até 1,7%. Ainda assim, BdP sublinha necessidade do aumento. Subida da taxa iria agravar ISP, mas corte no PIB pode ser menor.
Aumentar a taxa de imposto sobre o carbono para mais de 30%, tendo em vista atingir as metas climáticas do Acordo de Paris, pode provocar um corte de até 1,7% no Produto Interno Bruto (PIB) português, segundo um estudo divulgado pelo Banco de Portugal (BdP), avançou esta terça-feira o Jornal de Negócios (acesso pago).
A instituição liderada por Mário Centeno alerta para a necessidade de aumentar este imposto, apesar dos “impactos negativos” na economia e dos “efeitos muito assimétricos” no bem-estar dos trabalhadores. O BdP estima que Portugal tenha de avançar com um imposto sobre o carbono na ordem dos 32,9%, de modo a cumprir com os objetivos do Acordo de Paris, o que iria implicar um agravamento do imposto sobre produtos petrolíferos e energéticos (ISP).
No entanto, este aumento da tributação irá produzir efeitos a longo prazo sobre a evolução do PIB, a menos que o Governo faça uso das “receitas arrecadadas com esse imposto para financiar a economia”, pode ler-se. No caso de o Executivo fazer uso da receita do imposto para financiar os restantes setores económicos não poluentes, a queda no PIB já recua para 1,5%, embora possa situar-se em 0,9% caso a receite subsidie o setor de produção de energia renovável.
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