Subida marginal interrompe ciclo de quatro quedas do PSI

Praticamente uma semana depois, principal índice nacional fechou em terreno positivo apesar da queda de quase 2% da Sonae e de mais de 1% da Galp.

Foi por pouco mas o PSI interrompeu um ciclo de quatro quedas consecutivas. A principal praça financeira nacional fechou a sessão desta quinta-feira a somar 0,10%, para 6.035,88 pontos. Há quase uma semana que o índice português não sabia o que era fechar em terreno positivo.

Das 15 cotadas do PSI, nove fecharam em terreno positivo, uma ficou sem variação (BCP, 14,3 cêntimos por ação) e quatro terminaram em terreno negativo.

Sonae e Galp foram os principais destaques da sessão pela negativa. A retalhista perdeu 1,99%, para 1,036 euros, enquanto a petrolífera cedeu 1,61%, para 9,962. A desvalorização do petróleo nos mercados internacionais atirou a energética para debaixo do patamar dos 10 euros por ação.

A Greenvolt (-1,22%, para 8,88 euros) e a REN (-0,72%, 2,74 euros) foram as outras duas cotadas que terminaram no ‘vermelho’.

Em sentido contrário, a Altri foi a ‘estrela’ positiva da sessão, ao somar 1,25%, para 5,28 euros. Também cresceram mais de 1% (1,07%) as ações da Jerónimo Martins, que atingiram os 22,58 euros.

Também destacaram-se pela positiva as ações da Semapa, que somaram 1% (14,2 euros). A EDP cresceu 0,9%, para 4,938 euros.

O PSI acabou por acompanhar a ténue tendência de valorizações das principais praças da Europa. Em Espanha, o IBEX somou 0,13% (8.152,8 pontos); em França, o CAC 40 ganhou 0,64% (6.513,39 pontos); em Itália, o MIB aumentou 0,19% (22.616,73 pontos).

Em Inglaterra, o FTSE 100 valorizou 0,05% (7449,24 pontos) no dia em que o Banco de Inglaterra subiu as taxas de juro em 50 pontos-base – maior subida desde 1995 – e antecipou a recessão da economia no final do ano.

O índice Stoxx 600, com as 600 mais cotadas europeias, aumentou 0,13%, para 438,84 pontos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Imposto bancário espanhol vai seguir modelo húngaro

  • Servimedia
  • 4 Agosto 2022

Além da Hungria, agora a Espanha também aderiu ao imposto bancário excecional. Este novo imposto pretende compensar o custo da guerra na Ucrânia às famílias.

A Espanha e a Hungria são os únicos países europeus com um imposto bancário excecional para compensar o custo da guerra na Ucrânia para as famílias, noticia a Servimedia.

A Áustria, a Bulgária e a Finlândia aplicam impostos ao setor, de acordo com a Direção-Geral de Fiscalidade e União Aduaneira da Comissão Europeia, não por causa da situação atual, mas para contribuir para os seus respetivos fundos de garantia de depósitos.

Além disso, países como a Itália, o Reino Unido, a Grécia e a Bélgica anunciaram impostos extraordinários sobre os setores energéticos, depois de a Comissão Europeia ser a favor desta medida para compensar o aumento dos preços da eletricidade e do gás.

As medidas anunciadas pelo governo espanhol são paralelas às aplicadas pelo primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, com diferenças em relação à Espanha, dado que a Hungria está sujeita a uma maior vigilância por parte da UE no que diz respeito à independência judicial, corrupção de elite e ataques à sociedade civil, devido ao último relatório sobre o Estado de direito na União Europeia.

Em relação à comparação com o novo imposto sobre bancos anunciado pelo governo espanhol, o governo húngaro anunciou um imposto extraordinário sobre setores “que beneficia” do aumento da inflação e dos preços da energia. Este imposto afetaria não só os bancos e as empresas de eletricidade, mas também mais empresas de outros setores, com o objetivo de cobrar 2,04 mil milhões de euros em 2022 e 2,08 mil milhões de euros em 2023.

Os bancos húngaros enfrentam uma situação diferente da de Espanha, dado que na Hungria a taxa de base aplicada pelo banco central do país aumentou de 0,6% em julho de 2020 para 9,75% atualmente, e a rentabilidade das suas instituições medida como ROE é de cerca de 10%-12% a médio prazo.

A acrescentar a isto está também o facto de a Hungria ser um país com baixos impostos na Europa e a taxa de imposto sobre as sociedades ser de 9%, a mais baixa da UE. Existem também outras vantagens fiscais, tais como deduções, o imposto zero sobre dividendos e juros ou mais de 70 convenções de dupla tributação.

Em contrapartida, o setor bancário espanhol suporta mais encargos fiscais, tais como o imposto de depósito, o imposto de selo, uma taxa de imposto sobre as sociedades de 30% ou a restrição da isenção fiscal dos dividendos.

Ainda assim, a associação bancária húngara criticou esta medida fiscal, uma vez que irá reduzir a capacidade de empréstimo do setor e acrescentar incerteza ao atual contexto macroeconómico. Em particular, existem, ainda, preocupações sobre o impacto no fluxo de investimentos diretos para a Hungria, bem como com a possibilidade de os bancos internacionais que operam na Hungria decidirem abandonar o país devido à nova taxa de imposto.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Empresário Mário Ferreira foi o primeiro português a ir ao espaço… em 10 minutos

  • Lusa
  • 4 Agosto 2022

A viagem suborbital, a bordo de uma nave da empresa norte-americana Blue Origin, durou 10 minutos a bordo. Os seis ocupantes, entre os quais, Mário Ferreira experimentaram a microgravidade.

O empresário Mário Ferreira tornou-se esta quinta-feira o primeiro turista espacial português ao fazer uma viagem suborbital de 10 minutos a bordo de uma nave da empresa aeroespacial norte-americana Blue Origin. A cápsula New Shepard descolou do deserto do Texas, nos Estados Unidos, às 14:57 (hora em Lisboa) e aterrou perto do local de partida às 15:07. A aterragem da nave, reutilizável e totalmente autónoma, foi suavizada por três paraquedas.

Os seis ocupantes transpuseram a barreira que separa o limite da atmosfera terrestre e o espaço três minutos depois da descolagem e sentiram a microgravidade. Do interior da nave, gritaram efusivamente e exclamaram expressões como “inacreditável” e “estou a flutuar”. A descida iniciou-se um minuto depois. O propulsor aterrou no mesmo local da descolagem às 15:04 e a cápsula, que se separou do lançador na descida, tocou no solo às 15:07 nas imediações.

O voo, o sexto da Blue Origin com tripulantes, pôde ser acompanhado em direto na página da internet da empresa, dirigida pelo magnata Jeff Bezos. Ao lado de Mário Ferreira, presidente do grupo Pluris Investments, através do qual detém uma posição no capital da estação televisiva TVI e a empresa de cruzeiros Douro Azul, estiveram a engenheira egípcia Sara Sabry, a alpinista anglo-americana Vanessa O’Brien, o cofundador do canal desportivo do YouTube “Dude Perfect” Coby Cotton, o ex-executivo do setor das telecomunicações Steve Young e o especialista em tecnologia Clint Kelly III.

Tal como o empresário português, de 54 anos, a engenheira egípcia Sara Sabry inscreveu pela primeira vez o seu país na história do turismo espacial. Antes de ir ao espaço, a anglo-americana Vanessa O’Brien já detinha a proeza de ser a primeira mulher a alcançar a montanha mais alta, o Monte Everest, e o ponto mais profundo da superfície terrestre, na Fossa das Marianas.

Mário Ferreira tinha manifestado há vários anos o seu desejo de ir ao espaço e chegou mesmo a comprar bilhete para um voo numa empresa concorrente, a Virgin Galactic. Questionado pela Lusa na quarta-feira acerca do preço da viagem na Blue Origin, respondeu que “é confidencial, mas nada próximo das asneiras que se têm lido em alguns jornais”. Segundo a imprensa, o voo pode custar entre 200 mil e 300 mil dólares (195 mil a 293 mil euros).

O empresário disse à Lusa acreditar que “em breve” existirão resorts orbitais “para turismo e experiências científicas”, estando a equacionar investir na indústria aeroespacial. “Este é para mim o primeiro voo daquilo que eu acredito será o futuro das viagens ao espaço. As empresas que tenho conhecido, incluindo esta, têm programas em curso muito interessantes e que não são ficção científica”, considerou.

A nave da Blue Origin tem o nome do astronauta (Alan Shepard) que foi o primeiro norte-americano a chegar ao espaço, em 1961, e o quinto a pisar a superfície da Lua, em 1971.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Mecanismo ibérico dá vantagem a Portugal face à Europa no preço grossista da eletricidade

“O mecanismo ibérico tem contribuído para reduzir o preço do mercado grossista [em Portugal], mediante a limitação dos preços do gás para produção de eletricidade”, indica o regulador.

O preço da eletricidade no mercado grossista português, onde os produtores vendem eletricidade aos comercializadores, está significativamente abaixo do de grandes países europeus, como a Alemanha e França. O regulador atribui esta vantagem ao mecanismo ibérico que define um teto para os preços do gás natural usado na produção de eletricidade.

O preço médio em Espanha e Portugal correspondente a quinta-feira, 4 de agosto está nos 147,23 euros por megawatt-hora, vê-se no site do operador português do mercado elétrico, o OMIP. Um preço claramente abaixo daquele transacionado esta quinta-feira no geral do mercado diário europeu, de acordo com a plataforma Epexspot. Em França, o preço do megawatt-hora está nos 482,37 euros, na Bélgica situa-se nos 395,03 euros, os Países Baixos exibem uma fasquia de 375,70 euros e a Alemanha negoceia numa média de 414,16 euros.

“O mecanismo ibérico tem contribuído para reduzir o preço do mercado grossista, mediante a limitação dos preços do gás para produção de eletricidade”, explica a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, adiantando também que “a soma das duas componentes de custo (preço do mercado grossista mais ajustamento) é inferior aos preços observados no mercado interno de energia no centro da Europa e inferior ao preço esperado no Mibel, sem intervenção”.

Consultando os dados presentes no site do OMIP, a média do preço do mecanismo de ajuste dos consumidores, nos contratos relativos ao dia de amanhã, está nos 106,46 euros por megawatt-hora. Isto, somado ao preço do mercado grossista de 147,23 euros, resulta num total de cerca de 253 euros por MWh, ou seja, ainda abaixo da maioria dos países europeus.

O custo do mecanismo está a ser repercutido nos consumidores que beneficiam deste – ou seja, com ofertas indexadas ao mercado diário – “e, eventualmente, por opção do comercializador, nos novos contratos”, indica a ERSE. No fundo, o mercado conta para já com um preço na ordem dos 150 euros por MWh e, aqueles que estejam a pagar o mecanismo, contam com o custo de cerca de 250 euros por MWh, ambos abaixo da generalidade dos países europeus, onde os preços rondam a fasquia dos 400 euros.

O primeiro-ministro português, António Costa, referiu-se também às poupanças obtidas com o mecanismo ibérico na sua página do Twitter, no dia 2 de agosto. “Factos são factos. Todos os dias poupamos graças ao mecanismo ibérico”, escreveu António Costa. A publicação mostra um gráfico comparativo do preço da eletricidade com o mecanismo e sem o mecanismo, desde junho, e apontava para uma poupança média de 15,21% nesse dia.

Portugal e Espanha conseguiram a aprovação deste mecanismo por parte da Comissão Europeia com o argumento de que existe uma capacidade “limitada” de interconexões entre a Península Ibérica e o resto da Europa, combinada com a elevada exposição dos consumidores aos preços grossistas da eletricidade e, por fim, a “elevada” influência do gás nos preços da eletricidade, que provocou um distúrbio “particularmente grave” nas economias espanhola e portuguesa.

A medida estará em vigor até 31 de maio de 2023. Nos primeiros seis meses de aplicação da medida, o teto nos preços do gás vai estar nos 40 euros por MWh. A partir daí, o limite vai aumentar 5 euros por mês, até atingir os 70 euros por MWh no décimo segundo mês.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

NAV quer período excecional para voos noturnos em Lisboa para atualizar sistema de controlo

  • Lusa
  • 4 Agosto 2022

A NAV quer alargar o horário dos voos, para o período noturno, não para aumentar o volume de tráfego, mas sim para distribuir os voos ao longo de mais horas entre 18 de outubro e 29 de novembro.

A NAV quer o alargamento do horário dos voos em Lisboa, para o período noturno, entre 18 de outubro e 29 de novembro, devido à implementação do novo sistema de controlo Top Sky, disse fonte da empresa à Lusa. O aviso para a consulta de interessados foi publicado na quarta-feira, para dar início ao procedimento para aprovar uma portaria que permita um regime excecional relativo à operação de aeronaves no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa.

Fonte oficial da NAV explicou à Lusa que se trata de alargar o horário dos voos em Lisboa, para o período noturno, não para aumentar o volume de tráfego, mas sim para distribuir os voos ao longo de mais horas, permitindo, assim, a atualização do sistema de controlo tráfego aéreo, a partir de 18 de outubro. Assim, a ideia é que o regime excecional esteja em vigor entre 18 de outubro e 29 de novembro, explicou a NAV.

O aeroporto de Lisboa está sob um regime de restrição de voos noturnos, que estabelece um limite de 91 voos semanais entre as 00:00 e as 06:00, devido ao ruído. Em julho, a associação ambientalista Zero denunciou que os níveis de ruído no aeroporto de Lisboa ultrapassam os limites legais e alertou que o regime de restrição de voos noturnos também não é cumprido, citando medições feitas na semana iniciada a 11 de julho e que apontavam para um total de 140 movimentos entre as 00:00 e as 06:00.

O projeto Top Sky, comum a mais outros seis países e coordenado pelo Eurocontrol, foi apresentado pela NAV em 2019 e prevê um investimento de 103,8 milhões de euros, até 2023.

O secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Mendes, assinou o documento publicado na quarta-feira, para publicitação do início do procedimento para a criação do regime excecional, tendo agora os interessados 10 dias para se pronunciar, período após o qual o diploma entrará em consulta pública e será conhecido em maior detalhe.

A portaria está a ser preparada pelo Ministério das Infraestruturas e da Habitação e pelo Ministério do Ambiente e da Ação Climática e, segundo fonte ligada ao processo, vai contemplar medidas de mitigação.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Marcelo promulga novo regime jurídico para estrangeiros em Portugal

  • Lusa
  • 4 Agosto 2022

O chefe de Estado espera que ainda assim que “algumas das questões", como as levantadas pela Comissão Nacional de Proteção de Dados, "possam vir a ser acauteladas oportunamente”.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgou esta quinta-feira o regime jurídico de entrada, permanência, saída e afastamento de estrangeiros do território nacional, esperando que “algumas inexatidões formais possam vir a ser acauteladas oportunamente”.

Segundo uma nota publicada no sítio oficial da Presidência da República na internet, Marcelo Rebelo de Sousa promulgou o novo regime jurídico “enfatizando a importância da implementação do Acordo sobre a Mobilidade entre os Estados-Membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, assinado em Luanda, em 17 de julho de 2021”.

No entanto, o chefe de Estado espera que “algumas das questões assinaladas nos contributos escritos remetidos à Assembleia da República, designadamente pela Comissão Nacional de Proteção de Dados e, bem assim, que algumas inexatidões formais possam vir a ser acauteladas oportunamente”.

O diploma seguiu esta quinta da Assembleia da República para o Palácio de Belém depois de ter sido aprovado em votação final global em 21 de julho, com votos a favor do PS, PCP, BE e Livre, abstenções do PSD, IL e PAN, e ausência do Chega – que nesse dia saiu do hemiciclo em protesto contra a condução dos trabalhos pelo presidente do parlamento, Augusto Santos Silva.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Presidente da Câmara de Oliveira do Hospital pede ao Governo apoio para pastores

  • Lusa e ECO
  • 4 Agosto 2022

Presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital apela ao Governo para lançar medidas de apoios excecionais para os pastores que produzem Queijo Serra da Estrela devido à "seca extrema".

“Muitos pastores encontram-se, neste momento, a passar sérias dificuldades financeiras e muito apreensivos relativamente ao futuro do setor, em virtude de o país se encontrar em situação de seca extrema e a viver uma das piores situações do último século”, alertou o presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, José Francisco Rolo. Por isso mesmo, o autarca apela ao Governo que lance medidas de apoios excecionais para os pastores que produzem Queijo Serra da Estrela.

Numa carta enviada à ministra da Agricultura e da Alimentação, Maria do Céu Antunes, o líder da Câmara de Oliveira do Hospital aludiu também à escassez de água e de alimentação para os animais, em consequência da falta de pasto. O que faz com que as explorações de ovelhas da raça Serra da Estrela tenham vindo a registar grandes quebras ao nível da produção de leite.

No documento, solicitando apoios excecionais para os pastores que estão na base da produção do Queijo Serra da Estrela e de outros produtos de Denominação de Origem Protegida (DOP), José Francisco Rolo chamou ainda a atenção para o facto de haver pastores a ponderarem a venda de ovinos para abate.

O abate, “a concretizar-se, terá repercussões altamente nocivas ao nível da redução de número de efetivos da raça autóctone Serra da Estrela e, consequentemente, da produção de Queijo Serra da Estrela e de outros produtos DOP, como o Requeijão Serra da Estrela e o Borrego Serra da Estrela”, acrescentou.

Na nota enviada à agência Lusa, o presidente da Câmara de Oliveira do Hospital, no interior do distrito de Coimbra, indicou que está confiante que a ministra da Agricultura “não deixará de encontrar soluções para reforçar os apoios a um setor de importância altamente estratégica para este município e para toda a região demarcada”.

“Estamos a falar de pastores que, em simultâneo com os graves prejuízos que a seca está a provocar nas suas explorações, debatem-se ainda com a escalada de preços de matérias-primas e a inflação que atinge outros fatores inerentes à produção num setor tradicional de atividade que todos temos de preservar”, destacou.

José Francisco Rolo tem estado também em contacto com a Associação Nacional de Criadores de Ovinos Serra da Estrela (Ancose), com vista a encontrar soluções de apoio aos pastores locais.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Promova Talks. O debate sobre os desafios da igualdade de género continua

  • Trabalho + CIP
  • 4 Agosto 2022

O espaço de debate do Projeto Promova, que promove a igualdade de género no acesso a altos cargos de direção em empresas, lança a sua segunda temporada. Há muitas vozes no feminino para ouvir.

O projeto Promova tem como objetivo principal identificar e desenvolver talentos femininos com potencial de liderança, de forma a fomentar a sua promoção a funções de gestão de topo das empresas e contribuir, assim, diretamente para diminuir o gap da igualdade de género. Promovido pela CIP – Confederação Empresarial de Portugal, vai já na sua 4ª edição, com a fase de candidaturas já aberta, e espera continuar a ser um exemplo para toda a sociedade e cadeia de comando das organizações, ajudando a quebrar barreiras que persistem no acesso a posições de liderança nas empresas.

Trata-se de um programa de Formação Executiva e de desenvolvimento dirigido a empresas que estejam sensibilizadas para a promoção da igualdade de género no local de trabalho e a mulheres executivas interessadas, desde que tenham o apoio da empresa onde trabalham.

Como funciona, afinal? Com a duração de um ano, o Projeto Promova é composto por vários momentos e metodologias de aprendizagem, como o coaching ou a mentoria cruzada, que permitem o upskill de competências, mas ainda o desenvolvimento de laços em torno desta causa comum – a diversidade de género. Nos módulos formativos encontramos temas como o papel das emoções na tomada de decisões, personal branding, transformação digital, governance, sustentabilidade, negociação, entre outros.

Aliado ao projeto, foi criado o podcast Promova Talks, um espaço de debate aberto à sociedade sobre os desafios da igualdade de genéro e que contribui para a missão de amplificar as vozes e histórias de mulheres em cargos de liderança. Depois de uma primeira temporada, com temas tão variados como “As mulheres no Associativismo”, “Networking no Feminino” ou “Work life balance“, as Promova Talks avançam para a segunda temporada, com o lançamento do primeiro episódio já no próximo dia 8 de agosto.

Todos os meses, poderemos ouvir uma convidada de referência, em discurso direto, a falar sobre o seu percurso e os desafios da sua carreira, numa conversa moderada pelo ECO.

O Projeto Promova conta com o apoio da ANA Aeroportos, da EDP, da Randstad e da SONAE.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Wall Street abre mista após melhor desempenho semanal

  • Joana Abrantes Gomes
  • 4 Agosto 2022

Entre os principais índices da bolsa de Nova Iorque, apenas o Nasdaq negoceia em terreno positivo. Chinesa Alibaba sobe quase 5% após primeira quebra da receita trimestral da sua história.

Depois de ter registado a melhor sessão dos últimos setes dias, Wall Street abriu mista, com os investidores a digerirem, por um lado, os mais recentes resultados empresariais do segundo trimestre, e, por outro, os dados sobre a evolução do emprego nos EUA.

O índice de referência financeiro, S&P 500, está a cair 0,01%, para 4.154,65 pontos, enquanto o industrial Dow Jones cede 0,13%, para 32.769,88 pontos. O tecnológico Nasdaq, por sua vez, contraria esta tendência negativa, estando a subir 0,04%, para 12.673,26 pontos.

A gigante chinesa de comércio eletrónico Alibaba está em destaque nesta sessão, com ganhos de 4,39%, para 99,92 dólares por ação, depois de ter anunciado uma quebra na receita trimestral pela primeira vez na sua história, mas ainda assim acima das expectativas. Entre abril e junho deste ano, as receitas do grupo ascenderam a 205.555 milhões de yuans (29.850 milhões de euros à taxa de câmbio atual), valor ligeiramente abaixo do período homólogo de 2021 (quase 1%).

O desempenho positivo da Alibaba acontece numa altura em que a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC, na sigla em inglês) adicionou o grupo chinês a uma lista de cerca de 200 empresas que serão proibidas de negociar na Bolsa de Valores de Nova Iorque se não fornecerem acesso a arquivos de auditoria, de acordo com o Financial Times.

Esta quinta-feira, o Departamento do Trabalho norte-americano anunciou que os pedidos de subsídio de desemprego nos EUA aumentaram em 6.000 na semana concluída em 30 de julho, para 260.000, face aos números da semana anterior (254.000). Também a média de quatro semanas cresceu em relação à última semana, para 254.750.

Os investidores aguardam agora pelo relatório de julho sobre os salários não agrícolas, previsto para ser divulgado na sexta-feira, que irá revelar a força do mercado de trabalho e servirá como um importante indicador no debate sobre a recessão nos Estados Unidos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portuguesa Bright Pixel Capital investe em startup que ataca desperdício alimentar

Sociedade de capital de risco portuguesa integrou ronda de financiamento da Afresh, startup dos EUA que ajuda retalhistas a gerirem produtos frescos e a combater desperdício alimentar.

A sociedade de capital de risco portuguesa Bright Pixel Capital entrou na série B de investimento da Afresh, de 115 milhões de dólares (113 milhões de euros). Fundada em 2017, a startup dos Estados Unidos desenvolveu uma solução que permite aos retalhistas gerirem os produtos frescos evitando desperdício de alimentos como frutas e legumes.

A injeção de capital foi liderada pelos norte-americanos da Spark Capital e contou com a participação de fundos de investimento dos Estados Unidos como Insight Partners e VMG Partners. A operação também foi acompanhada por investidores já existentes, como os dinamarqueses da Maersk (donos da portuguesa Huub), High Sage e Innovation Endeavors.

“O desperdício alimentar continua a apresentar números exorbitantes a nível mundial, havendo consciencialização generalizada para a necessidade de mudança. Temos vindo a acompanhar esta área e a Afresh em particular há alguns anos e identificamos o seu produto diferenciado e uma grande equipa como ótimos ingredientes para o sucesso. O nosso ADN e conhecimento em retalho permitir-nos-á apoiar a Afresh no seu desenvolvimento, em especial no seu objetivo de expansão internacional”, destaca o diretor de investimento da Bright Pixel Capital, Miguel Bagulho.

Depois desta ronda de investimento, a startup dos Estados Unidos vai estender a solução para produtos de talho, peixaria e padaria. Até ao final de 2022, a Afresh quer servir 10% dos supermercados no país e evitar o desperdício de mais de 15 milhões de quilos de comida.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

TAP tem bilhetes para Espanha, França, Suíça e Marrocos a partir de 65 euros

  • ECO
  • 4 Agosto 2022

Companhia aérea tem bilhetes a partir de 65 euros, ida e volta, para cidades em Portugal, Espanha, França, Suíça e Marrocos.

A TAP lançou esta quinta-feira uma campanha promocional para quem quer viajar no inverno. A companhia aérea tem bilhetes a partir de 65 euros, ida e volta, para cidades em Espanha, França, Suíça e Marrocos. As viagens devem ser compradas entre 4 e 17 de agosto.

“Tarifas baixas para passar o inverno a voar” é o mote da campanha que a TAP lançada esta quinta-feira. A empresa tem bilhetes a partir de 65 euros, ida e volta, para viagens feitas entre 30 de outubro e 25 de março de 2023, com exceção do período entre 15 de dezembro e 15 de janeiro.

Entre os destinos onde se aplica esta promoção incluem-se viagens para Bilbao a 65 euros, Barcelona a 69 euros, Valência a 79 euros, Fuerteventura a 119 euros, Las Palmas a 145 euros, Tenerife a 95 euros, Marselha a 79 euros, Toulouse a 99 euros, Zurique a 119 euros e Marraquexe a 125 euros.

Estes preços aplicam-se a bilhetes na tarifa Discount, comprados entre esta quinta-feira e 17 de agosto, nota a companhia, em comunicado. Todas as tarifas incluem um item pessoal e uma bagagem de mão. Mais informações sobre a campanha podem ser consultadas neste link.

A companhia de bandeira está a operar mais de 1.230 voos por semana, num total de sete aeroportos em Portugal, dez na América do Norte, 12 na América Central e do Sul, 20 em África e no Médio Oriente e 44 na Europa (para além de Portugal).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo pretende simplificar pedidos de registo criminal na administração pública

  • Lusa
  • 4 Agosto 2022

O Governo quer simplificar os pedidos de registo criminal nos casos relacionados com a administração pública para que os cidadãos não precisem de solicitar o certificado.

O Governo pretende simplificar os pedidos de registo criminal nos casos relacionados com a administração pública, permitindo a partilha de informação para que os cidadãos não precisem de solicitar o certificado, segundo o secretário de Estado da Justiça.

“O nosso objetivo é que, quando estamos a falar de administração pública, essa informação possa circular entre os serviços“, disse em declarações à agência Lusa Pedro Ferrão Tavares.

A propósito dos seis anos desde que passou a ser possível solicitar o certificado ‘online’, o secretário de Estado afirmou que o objetivo é, progressivamente, simplificar mais ainda esse processo, dispensando os cidadãos de pedirem o registo criminal nas situações relacionadas com a administração pública.

O teste já foi feito em dois casos: desde 2017 que os professores deixaram de ter de fazer esse pedido, que passou a ser automático através da partilha de informação com o Ministério da Educação, e a partir do final do ano passado a medida foi estendida aos pedidos de autorização de residência e respetiva renovação.

Retiramos quase dois milhões de atendimentos das secretarias dos tribunais”, afirmou Pedro Ferrão Tavares, sublinhando que uma parte significativa dos pedidos de certificado de registo criminal está relacionada com a administração pública.

A intenção do Governo é alargar a emissão automática a todas as situações em que é o Estado quem pede o registo criminal, sob uma lógica de que “o cidadão não deve ter de dar uma informação duas vezes, quando a administração pública já a detém”.

Por exemplo, para participar em concursos públicos, para exercer funções públicas que envolvam o contacto regular com menores ou outros trabalhos para o Estado.

Há aqui um conjunto muito grande de necessidades em que o Estado todos os dias solicita ao cidadão a emissão deste registo criminal e que nós, progressivamente, porque não é algo que se possa fazer de um dia para o outro, queremos trabalhar com esta tal interoperabilidade na administração pública”, explicou o secretário de Estado.

Há situações em que a emissão do certificado de registo criminal é gratuita, mas nem sempre é esse o caso. Questionado se a gratuitidade se aplicaria sempre que a emissão passar a ser automática, como aconteça já no caso dos professores e pedidos de autorização e renovação de residência, Pedro Ferrão Tavares disse que “esse processo terá de ser verificado”.

Atualmente, o pedido do registo criminal pode ser feito presencialmente nas secretarias dos tribunais, lojas do cidadão e espaços cidadão, ou ‘online’, desde 2016, através de autenticação com o cartão de cidadão ou com a Chave Móvel Digital.

Em seis anos, foram feitos um milhão de pedidos ‘online’, sendo que a maioria continua a ser presencial. Segundo o Ministério da Justiça, os registos criminais representam cerca de 90% dos pedidos presenciais nas secretarias dos tribunais.

Estimando que em 2022 se registem cerca de três milhões de pedidos de registos criminais, o governante apelou que os cidadãos recorram ao certificado ‘online’.

Além das situações relacionadas com a administração pública, o registo criminal é necessário, por exemplo, para obter a carta de caçador ou ter um cão potencialmente perigoso, realizar a inscrição em ordens profissionais, fazer pedidos de insolvência ou obter licença para o exercício de segurança privada.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.