Bird vai oferecer viagens de trotinete elétrica para ir votar nas legislativas deste domingo

  • Joana Abrantes Gomes
  • 27 Janeiro 2022

Nas 10 localidades onde opera em Portugal, a Bird vai oferecer duas viagens de trotinete elétrica, de 15 minutos cada, para as pessoas irem votar nas eleições legislativas do dia 30 de janeiro.

A Bird, empresa de transporte de veículo elétrico, vai oferecer viagens nas suas trotinetes elétricas para ajudar as pessoas a irem votar nas eleições legislativas do próximo domingo, 30 de janeiro. Os utilizadores da aplicação da Bird terão direito a duas viagens de 15 minutos cada.

Para as pessoas acederem às viagens, têm de introduzir o código VOTO22 na aplicação. “Automaticamente são-lhes oferecidas 2 viagens de 15 minutos cada, para que possam deslocar-se de e para as urnas de voto de uma forma segura e sustentável“, explica a operadora de micromobilidade, em comunicado divulgado esta quinta-feira.

Esta iniciativa estará disponível nas 10 localidades em que a Bird opera, nomeadamente Braga, Cascais, Coimbra, Évora, Faro, Lisboa, Maia, Porto, Tomar e Vila Nova de Gaia.

Citado no comunicado, o diretor de operações da Bird para o Sul da Europa, David Bento, refere que a intenção é “garantir aos portugueses uma forma segura de chegar às mesas de voto no dia das eleições”. Lembrando que nas últimas eleições autárquicas a abstenção foi de 46,4%, menos 14,4% do que nas anteriores eleições presidenciais, em que a Bird também ofereceu viagens, David Bento sublinha que “a falta de acesso aos transportes não deve impedir nem proibir ninguém de ir votar”.

A Bird nasceu em 2017 e tem como objetivo contribuir para tornar as vilas e cidades menos congestionadas e mais habitáveis, ajudando a resolver o problema da chamada “última milha”, em que as viagens são demasiado curtas para que o transporte público seja eficiente, mas demasiado longas para andar a pé.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

ECO do Dinheiro. Metro quadrado da habitação bate recordes

  • ECO
  • 27 Janeiro 2022

A política monetária do BCE é a principal responsável pelo aumento do preço do imobiliário.

  • Metro quadrado da habitação bate recordes em 2021. Veja aqui o video

https://videos.sapo.pt/bMsVtB6RDtRBu5Hd0l53

O valor médio da avaliação bancária na habitação para o total do país aumentou 13 euros em dezembro, fixando-se em 1.285 euros por metro quadrado no final de 2021, revelou o INE. Este é o valor mais elevado do valor médio de avaliação bancária desde janeiro de 2011, quando começa a série do Instituto Nacional de Estatística (INE). E foi o quarto mês seguido de subidas, depois de ter estabilizado em agosto.

Ao longo do ano de 2021, o valor médio registou uma subida 115 euros por metro quadrado face a dezembro de 2020, que é o maior avanço anual desde que há registos. Como se explica esta evolução?

Por um lado, a oferta de habitação continua a ser inferior à procura, sendo, claro, diferente de região para região. Mas há outra razão… Esta procura de habitação própria resulta de uma política monetária do BCE de juros zero que tornou o imobiliário o mais relevante investimento de refúgio para quem procura rentabilidade para as suas poupanças.

Os juros do BCE devem aumentar na segunda metade de 2022 e em 2023, mas mesmo assim o imobiliário deverá continuar a apresentar valorizações nos próximos 12 a 24 meses.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

IEFP começou a pagar tranches em falta do novo incentivo à normalização

O IEFP garantiu ao ECO que começou a pagar esta quinta-feira as tranches do novo incentivo à normalização que ainda estão em falta.

O Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) garante que começou a fazer esta quinta-feira, dia 27 de janeiro, os pagamentos em falta do novo incentivo à normalização da atividade. Em causa está um apoio que equivale até dois salários mínimos por trabalhador, pagos em duas prestações. Cerca de duas mil empresas receberam a segunda tranche no final de 2021, mas há empregadores que continuam até agora à espera, ainda que, de acordo com os prazos fixados pelo Governo, a transferência devesse ter sido feita entre o fim de 2021 e o início de 2022.

O novo incentivo à normalização destina-se às empresas que tenham beneficiado, no primeiro trimestre de 2021, do lay-off simplificado ou do apoio à retoma progressiva. Se tiver sido pedido até 31 de maio, este apoio equivale a dois salários mínimos (1.330 euros) por trabalhador que tenha estado, pelo menos, 30 dias num dos dois regimes de apoio ao emprego referidos, sendo este valor pago em duas tranches.

De acordo com as regras estabelecidas pelo Governo, a primeira destas prestações foi paga logo no prazo de dez dias úteis a contar da data de comunicação da aprovação da candidatura, tendo tido o IEFP de dar a conhecer a sua decisão no prazo de 15 dias úteis a contar da data de apresentação do requerimento.

Já a segunda deveria ter sido paga no prazo de seis meses a contar da data de comunicação da aprovação da candidatura ou do 31.º dia consecutivo após a data de apresentação do requerimento, “consoante o que for mais favorável à entidade”.

Em declarações ao ECO, fonte oficial do IEFP indica que, no âmbito do novo incentivo à normalização da atividade empresarial, foram pagos 52,2 milhões de euros a 2.150 entidades empregadoras no final de 2021, tendo sido mobilizados os serviços para garantir a análise técnica.

Já durante o mês de janeiro, o instituto garante que “os serviços continuaram mobilizados a efetuar os procedimentos de análise técnica ao cumprimento das obrigações relativamente às cerca de 43 mil candidaturas aprovadas que atingiram a data para a realização do segundo pagamento, sendo que os respetivos pagamentos começam a ser efetuados hoje [esta quinta-feira]”.

Os atrasos no pagamento da segunda tranche deste apoio foram denunciado pela Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), bem como por vários empresários que estavam a contar receber uma transferência do IEFP ainda no ano passado ou logo no início deste ano, ficando, pois, “em apuros”, em termos financeiros, perante a não concretização dessa expectativa.

“Considerando que o período de candidaturas terminou a 31 de maio de 2021, o prazo de seis meses, contados a partir do 31.º dia consecutivo após a data de apresentação do requerimento, terá sido ultrapassado no início de janeiro. Contudo, temos recebido contactos de empresas nossas associadas que nos informam que ainda não receberam este pagamento“, garantiu ao ECO Ana Jacinto, secretária-geral da AHRESP.

Em declarações ao ECO, Francisco Bastos, administrador da Arcádia e sócio-gerente da Quinta do Fojo, relatou uma situação semelhante. De acordo com o empresário, a segunda prestação do novo incentivo à normalização para as empresas da Arcádia foi paga logo em dezembro, mas até agora não lhe foi transferido o montante relativo à Quinta do Fojo.

Francisco Bastos contou que entrou em contacto com o IEFP, que terá dito que não estava a fazer pagamentos das segundas prestações porque a verba de que disponha para o efeito já foi utilizada na íntegra. “Pagaram a umas [empresas] e a outras não”, sublinha o empresário, que adianta que lhe foi dito que o instituto em questão está “à espera do OK do Orçamento do Estado”. O ECO questionou o IEFP sobre o motivo destes atrasos, mas não foi confirmado qualquer motivo nessa linha.

“Se não fizesse injeções de capital, talvez houvesse postos de trabalho em causa“, revelou ainda Francisco Bastos. O atraso “põe em causa tesouraria das empresas“, salientou, garantindo que o seu não é caso único.

Também Catarina Mendes, dos restaurantes Traça, Cozinha Cabral e Pisca, está nessa situação. Ao ECO, a responsável disse que, entre o novo incentivo à normalização e o Apoiar Rendas — que, tal como escreveu o ECO, também regista alguns atrasos –, tem por receber cerca de 10 mil euros de subsídios por restaurante, um valor que, disse, “faz muita diferença”, especialmente tendo em conta que o momento presente ainda é de pandemia e restrições.

Quanto ao novo incentivo à normalização, Catarina Mendes salientou que esperava receber o apoio do IEFP no final de 2021, mas tal não aconteceu. Do que lhe disseram outros empresários e o seu contabilista, o instituto em questão tem indicado que não está atualmente a fazer pagamentos, porque “usou ao máximo” as verbas de que disponha em dezembro. “Tivemos que recorrer a empréstimos e estamos a ver no que vai dar. Há muitos restaurantes a fechar”, adiantou a responsável.

Rodrigo Azevedo, do restaurante Duas de Letra, fez um relato similar. O responsável indicou que contava receber a segunda prestação do novo incentivo à normalização (no valor de 3.990 euros) a meio de dezembro, mas até agora não lhe foi transferido qualquer valor da parte do IEFP.

Para piorar a situação, frisou em conversa com o ECO, o salário mínimo nacional aumentou e a compensação desenhada para esse fim só deverá chegar em “março ou abril“. O responsável ressalvou, ainda assim, que esta é a primeira vez que, da sua experiência, não há cumprimento dos prazos dos apoios extraordinários, ajudas que asseguraram a sobrevivência do seu restaurante ao longo de quase dois anos de pandemia.

Confrontado com este atraso do novo incentivo à normalização, Rodrigo Azedo disse: “Vou ver-me um bocadinho à rasca, no fim do mês. Nem que tenha de pôr do meu dinheiro.” “Não tenho cabeça, nem força para estar em manifestações ou a chatear o IEFP para pagar. Uma pessoa está estafada com a pandemia. Vou esperar. Vou pedir à contabilista para mandar outro e-mail“, rematou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Nestlé paga bónus a produtores de cacau que mantenham filhos na escola

O objetivo da companhia é combater o trabalho infantil nas plantações de cacau. Famílias podem receber até CHF 500 (cerca de 480 euros) por ano, durante os primeiros dois anos do programa.

A Nestlé vai começar a pagar um incentivo monetário às famílias produtoras de cacau que optem por manter os seus filhos na escola, em vez de os colocarem a cuidar das colheitas. A iniciativa faz parte do programa “Income Accelerator”, que pretende melhorar os meios de subsistência dos produtores de cacau da cadeia de abastecimento da Nestlé e das suas famílias, ao mesmo tempo que permite avançar nas práticas de agricultura regenerativa e na igualdade de género.

“O nosso objetivo é ter um impacto adicional tangível e positivo no número crescente de famílias produtoras de cacau, sobretudo em regiões em que a pobreza é comum e os recursos são escassos, e ajudar a mitigar o défice do rendimento de subsistência que enfrentam”, começa por explicar Mark Schneider, CEO da Nestlé.

“Com o reforço dos nossos esforços para obtermos cacau de forma sustentável, iremos continuar a ajudar as crianças a irem para a escola, a capacitar as mulheres, a melhorar os métodos de produção e a facilitar os recursos financeiros”, acrescenta, citado em comunicado.

Será pago um incentivo monetário diretamente às famílias produtoras de cacau por determinadas atividades, tais como a colocação das crianças na escola e a implementação de boas práticas agrícolas. Ao implementarem estas práticas, as famílias podem receber até CHF 500 (cerca de 480 euros) por ano, durante os primeiros dois anos do programa. O incentivo será depois ajustado a um montante de CHF 250 (cerca de 240 euros) quando o programa apresentar resultados tangíveis.

O apoio monetário “não é pago consoante o volume de cacau vendido” e “inclui os produtores mais pequenos nos apoios que dá, não deixando ninguém para trás”, detalha a Nestlé.

Além disso, o programa também oferece incentivos financeiros às mulheres dos agricultores, que costumam ser responsáveis por despesas da casa e cuidar das crianças. “Ao dividir os pagamentos entre o agricultor e a sua esposa, o programa ajuda a capacitar as mulheres e a criar mais igualdade de género.”

Expandir a todas as famílias produtoras até 2030

Ao reforçar os resultados positivos de um programa-piloto de 2020 com mil produtores na Costa do Marfim, em 2022 a Nestlé irá implementar um programa de teste considerável com dez mil famílias no país, antes de alargá-lo ao Gana, em 2024.

“Depois disso, iremos analisar os resultados dessa fase de teste e adaptar o que for necessário, antes de expandirmos a todas as famílias produtoras de cacau na cadeia de abastecimento de cacau global da Nestlé até 2030”, garante a companhia suíça.

À medida que a Nestlé continua a aumentar os seus esforços ligados à sustentabilidade do cacau, a empresa planeia investir um total de CHF 1,3 mil milhões até 2030, mais do que triplicando o seu atual investimento anual.

As comunidades produtoras de cacau enfrentam grandes desafios, incluindo pobreza rural generalizada, aumento dos riscos climáticos e falta de acesso a serviços financeiros e infraestruturas básicas, como a água, cuidados de saúde e educação. Estes fatores contribuem para o risco de trabalho infantil em plantações familiares.

Em conjunto com os seus parceiros, incluindo governos, e reforçando este programa-piloto promissor, a nova iniciativa da Nestlé promete ajudar a lidar com estas causas de trabalho infantil. Através de um sistema de monitorização e resolução robusto, implementado desde 2012, a empresa já ajudou ou protegeu do risco de trabalho infantil 149.443 crianças e construiu ou remodelou 53 escolas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

BCE lança teste de ‘stress’ climático de 2022

  • Lusa
  • 27 Janeiro 2022

O teste tem como objetivo "identificar vulnerabilidades, boas práticas e desafios enfrentados" pelos bancos na gestão do risco climático.

O Banco Central Europeu (BCE) lançou esta quinta-feira o teste de ‘stress’ climático de 2022, cujos resultados agregados serão publicados em julho, foi anunciado.

O BCE disse que “o teste de ‘stress’ será um exercício de aprendizagem para avaliar a preparação dos bancos para lidar com o risco climático”. O exercício não terá um impacto direto no capital dos bancos.

O BCE quer ver como os bancos estão preparados para lidar com os choques financeiros e económicos resultantes das alterações climáticas. O exercício será conduzido durante a primeira metade de 2022 e o BCE publicará posteriormente os resultados agregados.

O teste tem como objetivo “identificar vulnerabilidades, boas práticas e desafios enfrentados” pelos bancos na gestão do risco climático, acrescenta o BCE.

O exercício não se aprova ou chumba, nem tem implicações diretas nos níveis de capital dos bancos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Têxtil Riopele diversifica negócio para os segmentos militar e automóvel

  • Lusa
  • 27 Janeiro 2022

Estas novas apostas resultam do “ambicioso plano de investimento, num total de cerca de 35 milhões de euros”, avança o CEO da Riopele.

A indústria automóvel e os segmentos profissional e militar são duas novas apostas da têxtil Riopele, que encara o setor da mobilidade como um “investimento a longo prazo” e lançou recentemente uma nova marca para este segmento de negócio.

Estamos a diversificar o nosso negócio para o segmento de têxteis técnicos e a investir em áreas de negócio complementares, como a indústria automóvel e os segmentos profissional e militar”, avança o presidente executivo (CEO) da empresa, José Alexandre Oliveira, citado num comunicado.

Após quase um século de atividade no desenvolvimento de tecidos e vestuário para o setor da moda, a Riopele participou no consórcio que desenvolveu o novo uniforme de camuflagem para as forças armadas portuguesas, no setor militar, e aponta agora como objetivo “expandir a produção para atingir as forças de segurança em todo o mundo”.

No entanto, diz, o investimento mais “significativo” está a ser feito no setor de mobilidade.

“Nesta fase, as nossas ambições passam por introduzir a nossa visão de moda no setor da mobilidade, procurando a aceitação por parte dos fabricantes da nossa estratégia e posicionamento”, explica o gestor responsável por esta área de negócio, João Amaral, também citado no comunicado.

“Realizámos visitas e participámos em reuniões com os principais fabricantes mundiais e aproveitámos para apresentar as nossas propostas para projetos conceptuais e produções em pequena escala”, acrescenta.

Segundo João Amaral, a têxtil de Vila Nova de Famalicão está a introduzir a nível interno “novos métodos e processos que se adaptam a esta exigente indústria”, tendo sido recentemente lançada uma nova marca – a ‘Riopele Textile E-Motion’ – “para promover esta nova área de negócio da empresa”.

O responsável nota que “esta nova área de negócio da Riopele surge num momento em que o setor da mobilidade passa por profundas mudanças”.

Como exemplo, avança a crescente “procura por habitáculos mais confortáveis para os passageiros – “como se fossem uma extensão das nossas salas de estar”, diz -, a par da “incorporação de matérias-primas mais amigas do ambiente e mais diferenciadoras”.

“As decisões de compra dos consumidores serão mais conscientes e exigentes, o que também se traduzirá numa mudança radical para os fabricantes”, antecipa.

O CEO da Riopele destaca que estas novas apostas resultam do “ambicioso plano de investimento, num total de cerca de 35 milhões de euros”, que a empresa efetuou nos últimos oito anos e se focou nas áreas da digitalização e da sustentabilidade.

“Portanto, este é um período para consolidar a nossa posição no mercado e para abordar novos segmentos de produtos”, sustenta José Alexandre Oliveira.

O CEO enfatiza que a têxtil fez, nos últimos anos, “um esforço significativo para se posicionar como uma referência de ‘benchmarking’ na Europa”: “Investimos em tecnologia de ponta como a automação, a eficiência de novos equipamentos, o lançamento de uma plataforma digital, a monitorização do chão de fábrica e a implementação de um sistema de visão artificial na área de tecelagem”, exemplificou.

Adicionalmente, diz, foi também feita uma aposta no “fortalecimento das competências internas, através da otimização de processos”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Bolsa sobe pelo segundo dia à boleia da Jerónimo Martins e Galp

Apesar do arranque negativo, Lisboa e as praças europeias inverteram para terreno positivo no fecho desta quinta-feira. Jerónimo Martins e Galp deram força ao PSI-20.

Depois das quedas pronunciadas no arranque da semana, a bolsa de Lisboa manteve-se a tendência de recuperação pela segunda sessão seguida. O PSI-20 foi impulsionado sobretudo pela Jerónimo Martins e pela Galp, que permitiram contrariar as perdas do arranque da sessão. Também a Europa inverteu para ganhos.

O principal índice português somou 0,70% para 5.562,05 pontos, com 11 cotadas a fecharem o dia com sinal positivo. A Pharol liderou os ganhos, subindo 3,70% para 0,0897 euros. Mas foram sobretudo os desempenhos da Jerónimo Martins e a Galp a dar força à praça nacional: a retalhista avançou 2,12% para 21,24 euros e a petrolífera valorizou 1,65% para 10,09 euros, embalada pelas valorizações do barril de petróleo, que está em máximos de sete anos. Nos e CTT também fecharam a sessão com ganhos acima de 1%.

A travar uma maior subida do PSI-20 estiveram as ações do BCP, que deslizaram 0,59% para 0,1529 euros. O seu banco na Polónia anunciou esta quarta-feira que registou mais provisões por causa dos créditos em moeda estrangeira e que isso levará a prejuízos no quarto trimestre.

Lisboa acompanhou os ganhos registados nas principais praças europeias. O Stoxx 600 somou 0,53% e os ganhos das praças de Frankfurt, Paris e Madrid situaram-se entre 0,4% e 1%. Conseguiram inverter o sentimento negativo do início da sessão por causa da abordagem mais agressiva sinalizada esta quarta-feira pela Reserva Federal americana (Fed), que aponta para a primeira subida de juros já em março.

“A revelação de que a economia norte-americana registou uma expansão superior ao previsto no quarto trimestre, catapultando o PIB dos EUA para o maior crescimento anual desde 1984, acabou por atenuar um pouco o discurso mais hawkish da Fed e que ontem tinha castigado o sentimento em Wall Street e provocado uma abertura em baixa nas bolsas do velho continente”, explicaram os analistas da sala de mercados do BCP.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Maiores de 18 anos já podem agendar a dose de reforço da vacina contra a Covid-19

Jovens a partir dos 18 anos já se podem inscrever para levar a dose de reforço da vacina contra a Covid-19.

Dois dias depois de ter aberto o auto-agendamento da dose de reforço da vacina contra a Covid-19 para maiores de 25 anos, esta possibilidade foi alargada para os maiores de 18 anos. Desta forma, utentes com idade igual ou superior a 18 anos já podem inscrever-se para o reforço no Portal Covid-19.

O pedido de agendamento online para a dose de reforço da vacina contra a Covid-19 pode ser feito por “utentes com idade igual ou superior a 18 anos, que tenham completado o esquema primário há cinco meses e não tenham tido infeção há menos de cinco meses”.

Para fazer o agendamento, basta selecionar o local e a data para a vacinação, e será depois contactado por SMS com a confirmação da data, hora e local de vacinação. Tem de responder ao SMS para confirmar o agendamento, e depois poderá deslocar-se ao local de vacinação nessa data. O SNS avisa que a vacina a administrar depende sempre dos critérios de elegibilidade.

Já para os adultos vacinados com a Janssen há pelo menos três meses, além do auto-agendamento, está agora disponível a modalidade Casa Aberta, adiantaram as autoridades de saúde. Quem foi vacinado com a Janssen “pode dirigir-se ao centro de vacinação que lhe for mais conveniente, sem qualquer contacto ou agendamento prévio”, explicam.

Segundo o último relatório da vacinação, mais de 4,6 milhões de portugueses receberam a dose de reforço. O agendamento para esta dose tem vindo a abrir progressivamente por faixas etárias, tal como aconteceu com a vacinação primária contra a Covid-19, chegando agora aos jovens.

Ao mesmo tempo, as pessoas com 50 ou mais anos também se podem inscrever tanto para a dose de reforço contra a Covid-19 como para a vacina contra a Gripe.

(Notícia atualizada às 17h10)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Certificado Covid vai deixar de ser obrigatório para entrar em bares e restaurantes na Catalunha

  • Joana Abrantes Gomes
  • 27 Janeiro 2022

A partir desta sexta-feira, vai deixar de ser obrigatório apresentar o certificado digital da Covid-19 para entrar em bares, restaurantes, ginásios e lares na Catalunha.

Depois de avaliar um relatório da comissão de peritos em matéria da pandemia, o Governo catalão anunciou que a partir desta sexta-feira, 28 de janeiro, vai deixar de ser obrigatório apresentar o certificado digital Covid-19 para entrar em bares, restaurantes, ginásios e lares, noticia o El País (acesso livre, conteúdo em espanhol).

A decisão do Governo catalão, comunicada na quarta-feira, teve por base um documento do seu comité consultivo para a Covid-19. A elevada transmissibilidade desta variante, que infeta pessoas imunizadas e não imunizadas quase de igual forma, levou o Governo a considerar que as medidas de prevenção não têm o mesmo efeito “em comparação com a variante Delta”.

Além disso, os peritos entendem que uma parte significativa da população é novamente suscetível à infeção com SARS-CoV-2, “independentemente do seu estado vacinal” ou de terem estado infetadas. Nesse sentido, sublinham que a eficácia do certificado Covid é diminuída e que o inconveniente do seu uso supera os seus benefícios.

Outra característica da Ómicron é a sua menor severidade, visto que a taxa de pessoas infetadas que precisaram de internamento em unidades de cuidados intensivos na região é inferior à das variantes anteriores, o que também encorajou o Governo a diminuir as restrições. Na semana passada, o ministro da Saúde catalão, Josep Maria Argimon, chegou a afirmar que “se soubesse que a Ómicron era como era, obviamente não teria aceitado” as restrições.

De qualquer forma, o Executivo da região autónoma espanhola manteve a reunião com a comissão marcada para a manhã desta quinta-feira, “para avaliar a situação” com os departamentos afetados. O Governo catalão tinha previsto tomar uma decisão esta quinta-feira e enviar a proposta para o Supremo Tribunal de Justiça “com urgência” no caso de acordar uma prorrogação da medida, mas avançou com a retirada do certificado.

O Governo catalão aprovou ainda outras medidas, como o fim da imposição de um limite máximo de 10 pessoas em encontros sociais e das limitações à capacidade e aos horários de abertura nos setores da restauração, cultura e desporto. Há uns dias, a 21 de janeiro, a Catalunha levantou o recolher obrigatório, que se encontrava em vigor desde 24 de dezembro. Por outro lado, os estabelecimentos de diversão noturna permanecerão fechados pelo menos até 11 de fevereiro, de acordo com porta-vozes do setor.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

BdP coloca em consulta pública projeto sobre prevenção do branqueamento de capitais

  • Lusa
  • 27 Janeiro 2022

O objetivo do projeto de aviso é “condensar num único diploma" as regras aplicáveis em "matéria de prevenção do branqueamento de capitais e do financiamento do terrorismo".

O Banco de Portugal (BdP) colocou esta quinta-feira em consulta pública, até 10 de março, um projeto de aviso que visa, nomeadamente, condensar as regras aplicáveis em matéria de prevenção do branqueamento de capitais e do financiamento do terrorismo.

Segundo se lê numa nota publicada no site do banco central, o projeto de aviso visa “condensar num único diploma regulamentar as regras substantivas aplicáveis em matéria de prevenção do branqueamento de capitais e do financiamento do terrorismo, através da incorporação do regime que hoje resulta da Instrução do Banco de Portugal n.º 2/2021, de 26 de fevereiro”.

Propõe-se ainda “expurgar do texto regulamentar os aspetos de regime que passaram a estar previstos na Lei n.º 83/2017, de 18 de agosto, por força das alterações promovidas pela Lei n.º 58/2020, de 30 de agosto” e “compatibilizar o regime com o disposto no Aviso do Banco de Portugal n.º 3/2020, de 15 de julho”.

De acordo com o BdP, outro dos objetivos é “imprimir no geral, e em linha com uma abordagem baseada no risco, maior simplicidade, clareza e flexibilidade às previsões normativas, sem, contudo, perturbar a substância e a estabilidade das soluções regulamentares, atenta a expectável aprovação, no médio prazo, de um novo quadro legal europeu sobre a matéria”.

Com o projeto de aviso agora colocado em consulta pública, o banco central pretende revogar o Aviso n.º 2/2018, de 26 de setembro e a Instrução n.º 2/2021, de 26 de fevereiro.

Os contributos para a consulta pública deverão ser enviados ao Banco de Portugal em formato editável e utilizando o ficheiro padronizado, em formato Excel, disponibilizado para o efeito, para o endereço de correio eletrónico [email protected], com indicação em assunto ‘Resposta à Consulta Pública n.º 1/2022’.

Apenas serão considerados os contributos que, dentro do prazo acima indicado, sejam enviados ao Banco de Portugal nos termos e pela forma indicada”, alerta o BdP, avisando ainda que “poderá publicar os contributos recebidos ao abrigo desta consulta pública”, pelo que “os respondentes que se oponham à publicação, integral ou parcial, da sua comunicação” devem “fazer disso menção no contributo enviado”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Prémio Autarquia do Ano de volta para a 3ª edição

  • Conteúdo Patrocinado
  • 27 Janeiro 2022

Depois de duas edições de sucesso, o prémio que visa homenagear as freguesias e municípios pelas suas práticas inovadoras e de gestão rigorosa do interesse público volta a abrir inscrições.

O Prémio Autarquia do Ano, que tem como grande objetivo reconhecer o trabalho realizado pelos municípios e freguesias pelo bem da sua comunidade, está de volta, depois de ter já premiado 53 Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia nas suas duas edições passadas.

As inscrições já estão abertas e as Câmaras Municipais ou Juntas de Freguesias que se inscreverem até ao dia 9 de fevereiro usufruem de um desconto de 25%. No dia dia 29 de abril encerra o período de inscrições. Os vencedores serão conhecidos no dia 26 de maio, naquela que será a 1ª cerimónia presencial do Prémio Autarquia do Ano, cujas edições anteriores se realizaram de forma virtual, devido à pandemia de Covid-19.

As categorias a que as autarquias se podem candidatar mantêm-se as mesmas, sendo elas: Apoio Social; Cultura e Património; Democracia, Igualdade e Participação Cívica; Desporto e Vida Saudável; Ecologia e Cuidado dos Animais; Economia; Educação; Mobilidade; Segurança, Saúde e Proteção Civil; Turismo; e Urbanismo e Espaços Verdes. Todas estas incluem uma subcategoria dedicada às Medidas Covid-19, uma subcategoria adicionada na edição de 2021 e que pretende premiar as medidas tomadas pelas Câmaras e Juntas face à pandemia.

No que diz respeito ao grupo de jurados que irá votar os projetos inscritos, este será revelado muito em breve. No entanto, e uma vez mais, este será composto por personalidades da sociedade civil, que se distinguiram pelo seu percurso cívico, académico e profissional.

A 3ª edição do Prémio Autarquia do Ano volta a contar com o ECO enquanto media partner, um meio de comunicação reconhecido amplamente pela sua qualidade e isenção. A renovação da parceria entre o Lisbon Awards Group e o ECO contribui para ampliar a notoriedade e credibilidade do Prémio Autarquia do Ano.

Fique a conhecer todas as informações no site do Prémio Autarquia do Ano.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Startup portuguesa torna edifícios autónomos em 96 horas

  • Conteúdo Patrocinado
  • 27 Janeiro 2022

A Bandora Systems é uma startup portuguesa que se dedica à transformação digital e energética dos edifícios. Em apenas 96 horas, a empresa consegue tornar um edifício comum num edifício 100% autónomo.

Impulsionar edifícios comerciais a operar com eficiência, manter os espaços confortáveis, detetar e notificar anomalias são alguns dos principais objetivos da Bandora Systems, uma startup portuguesa, mais comummente conhecida como um Facility Manager Virtual, que faz a operação e manutenção dos edifícios de serviços/comerciais.

Mas as funções da startup portuguesa não se ficam por aqui. A verdade é que a Bandora, mais do que ambicionar que as cidades se tornem inteligentes, pretende que os edifícios se tornem 100% autónomos, ou seja, que não necessitem da intervenção humana para fazerem a sua gestão.

Isto porque, apesar de os edifícios estarem cada vez mais sensorizados e gerirem quantidades massivas de dados e informação, a verdade é que continuam a depender da mão humana, que serve de apoio no processamento destes dados. A acrescentar a isso, os próprios facility managers, que ajudam nessa gestão, assumem a dificuldade em conseguir operar os chamados smart buildings, e, nesse sentido, a autonomia do edifício seria a resolução do problema.

Márcia Pereira, CEO da Bandora Systems

De acordo com Márcia Pereira, CEO da Bandora Systems e engenheira mecânica, a solução passa, sobretudo, pela aposta em inteligência artificial (IA). “Novas tecnologias como a inteligência artificial poderiam ter um papel fundamental na gestão eficiente dos edifícios. A capacidade de processar grandes volumes de informação e tomar ações em tempo real, que efetivamente reduzissem o consumo energético dos edifícios, cria um novo paradigma. Foi essa a ideia que serviu de base à criação da Bandora”, começou por dizer.

"No limite, é como se tivéssemos um facility manager experiente e especialista no funcionamento de um edifício em concreto, a monitorizar, correlacionar, otimizar e a tomar decisões a cada cinco minutos, durante 24 horas por sete dias da semana, o que é humanamente impossível! Mas, com recurso à inteligência artificial, esta é agora uma realidade!”

Márcia Pereira

CEO da Bandora Systems

Como é que a Bandora atua nos edifícios?

Sendo um Facility Manager Virtual, a Bandora conecta-se com qualquer sistema IoT (Internet of Things, em português, internet das coisas) já existente no edifício e recorre à inteligência artificial para suportar a tomada de decisão do gestor, de forma a otimizar, em contínuo e em tempo real, o seu modo de funcionamento e dos seus equipamentos, como sejam o AVAC (sistemas de Aquecimento, Ventilação e Ar Condicionado) e a iluminação.

Além disso, a startup consegue, ainda, detetar os consumos energéticos anómalos, de forma a reduzir períodos de inatividade e dispendiosos e, consequentemente, evitar o desperdício de energia. O principal objetivo é dar o maior conforto aos ocupantes dos edifícios, mas com o menor consumo de energia possível.

“No limite, é como se tivéssemos um facility manager experiente e especialista no funcionamento de um edifício em concreto, a monitorizar, correlacionar, otimizar e a tomar decisões a cada cinco minutos, durante 24 horas por sete dias da semana, o que é humanamente impossível! Mas, com recurso à inteligência artificial, esta é agora uma realidade!”, acrescentou a CEO.

"Os edifícios Bandora já não são smart, mas sim autónomos e funcionam sem nenhuma intervenção humana.”

Márcia Pereira

CEO da Bandora Systems

Atualmente, a Bandora Systems não tem concorrência no mercado nacional, mas Márcia Pereira admitiu que existem algumas soluções que se podem confundir com as da startup, nomeadamente as que fornecem hardware e sensores para tornar o edifício smart. No entanto, a engenheira mecânica garante que “a Bandora está num plano diferente, já que é a camada de inteligência por cima de qualquer hardware, novo ou existente. Os edifícios Bandora já não são smart, mas sim autónomos e funcionam sem nenhuma intervenção humana”.

Ainda assim, a concorrência no mercado internacional existe e a responsável pela startup portuguesa assumiu que se trata de uma concorrência “com rondas de financiamento e estágios de maturidade bastante acima da Bandora”. Porém, o facto de a Bandora conseguir transformar qualquer edifício num edifício autónomo em 96 horas é uma vantagem que até mesmo essa forte concorrência não conseguiu superar, uma vez que demora seis semanas a fazer o mesmo.

“A nossa abordagem em tornar qualquer edifício num edifício autónomo em 96 horas é bastante inovadora, face às seis semanas necessárias pela concorrência. Recentemente, até fomos distinguidos com o Reconhecimento de Idoneidade para a prática de Atividades de Investigação e Desenvolvimento, pela ANI, e esta distinção comprova não só a nossa capacidade de inovação, mas também de execução, e do nosso contributo em tornar Portugal um HUB de conhecimento”, revelou Márcia Pereira.

A Bandora Systems consegue tornar um edifício autónomo em 96 horas.Bandora Systems

A pandemia enquanto impulsionadora da aposta em IA e os fundos de apoio

A necessidade de inovar ficou ainda mais notória depois do mundo se ter deparado com uma pandemia que fechou toda a gente em casa e que obrigou as empresas a assumir novas formas de trabalho e novos modelos de negócio.

Quando questionada sobre a possibilidade de as empresas que não apostem em tecnologia poderem correr o risco de perderem o seu lugar no mercado, a CEO da Bandora não hesitou em dizer que o mercado só terá lugar para as empresas com “maior capacidade de adaptação e resiliência”.

“Essas empresas serão indubitavelmente as que conseguirem apresentar-se mais competitivas, mais eficientes e mais rápidas. E, nesse sentido, a Inteligência Artificial é um elemento capacitador das empresas, pois permite substituir os recursos humanos no desempenho de tarefas repetitivas e monótonas, resolver problemas de otimização de processos, mesmo com quantidades massivas de dados e sem correlação aparente, de uma forma mais rápida e eficaz, e permite também tirar o máximo partido dos atuais sistemas de IoT”, salientou.

Mas, se, por um lado, as empresas sentem-se pressionadas a fazer esta mudança para garantirem a sua sobrevivência, por outro lado, ainda se observa alguma resistência por parte de algumas empresas que associam que será necessário um grande gasto financeiro para fazer esta aposta em IA e sentem que não têm capital para isso.

Por essa razão, Márcia Pereira garantiu que a divulgação dos fundos de apoio que ajudam financeiramente estas empresas “é fundamental”. Nesse âmbito, a Bandora estabeleceu uma parceria. “Estamos a trabalhar num grande consórcio nacional, com empresas de relevo e entidades do nosso tecido científico, para a descarbonização do segmento residencial. Estamos a falar de um investimento aproximado de 2,3 milhões de euros para a Bandora, que será inteiramente utilizado em recursos humanos especializados”, contou.

Além deste consórcio, a Bandora também tem tido iniciativas que visam tornar a inteligência artificial uma realidade mais acessível para qualquer empresa. Umas das iniciativas está relacionada com a subscrição anual da startup, sem quaisquer custos de arranque, customização ou outros.

“O valor da subscrição é diretamente indexado ao tamanho do edifício, através de 4 níveis: Shop, Office, Building e Campus. Desta forma, as empresas têm acesso à nossa tecnologia através de custos operacionais bastante competitivos e adaptados às suas necessidades”, disse a CEO.

A somar a isso, a Bandora está também a trabalhar numa ronda de investimento seed (primeira fase de investimento) com o intuito de desenvolver mais funcionalidades dentro da empresa, criar um departamento Comercial e de Marketing totalmente dedicados e trabalhar na sua expansão Europeia. “O objetivo é sermos mais e melhores para os nossos clientes”, concluiu Márcia Pereira.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.