Próxima administração da Galp terá de ter mais mulheres
Empresa está obrigada a ter um terço de mulheres no conselho de administração a partir da próxima assembleia geral eletiva, que se realiza no próximo ano.
A Galp não terá apenas de encontrar um novo presidente executivo para substituir Andy Brown, que deixa a empresa no próximo ano. Para cumprir a legislação, que obriga a que pelo menos um terço dos membros do conselho de administração sejam do género menos representado, a petrolífera terá de aumentar o número de mulheres.
O órgão máximo de gestão da empresa é atualmente composto por 19 membros, dos quais apenas cinco são mulheres. O que significa que o género sub-representado pesa apenas 26,3%. Fasquia que está abaixo do que agora é exigido pela legislação.
A Lei n.º 62/2017 determina que “a proporção de pessoas de cada sexo designadas de novo para cada órgão de administração e de fiscalização de cada empresa não pode ser inferior a 20%, a partir da primeira assembleia geral eletiva após 1 de janeiro de 2018, e a 33,3%, a partir da primeira assembleia geral eletiva após 1 de janeiro de 2020”.
Os limiares referidos “devem ser cumpridos relativamente à totalidade dos administradores, executivos e não executivos, que integrem os órgãos de administração”. A renovação e a substituição no mandato também obedecem àqueles limites.
No caso da Galp, a primeira reunião magna de acionistas com vista à eleição de novos órgãos sociais após a entrada em vigor do diploma acontece no próximo ano. As assembleias-gerais (AG) das cotadas realizam-se, habitualmente, em abril ou maio.
O conselho de administração da Galp é liderado por Paula Amorim, enquanto representante do maior acionista da petrolífera, a Amorim Energia, com 33,34%. Neste órgão social está também Marta Amorim, como não executiva. As outras três mulheres são Teresa Abecacis, que faz parte da comissão executiva, Cristina Neves Fonseca e Cláudia Almeida e Silva, ambas administradoras independentes.
Não cumprindo o rácio previsto na lei, além de aprovar o substituto de Andy Brown como CEO, cuja saída foi anunciada esta semana, a Galp terá também de nomear mais duas mulheres para ficar acima da fasquia dos 33,3%. Isto se quiser manter um conselho de administração com 19 membros. Se optar por diminuir a dimensão, reduzindo um elemento, precisa apenas de eleger mais uma mulher. Manter as atuais cinco implicaria ter um máximo de 15 membros.
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