Portugal ocupa o 14.º lugar no índice de literacia mediática 2022
O documento "How it started, how it is going: Media Literacy Index 2022" avalia a vulnerabilidade de 41 países na Europa às fake news.
Portugal ocupa o 14.º lugar no índice de literacia mediática 2022 num total de 41 países, ficando à frente de Espanha e França, com a Finlândia a liderar a classificação, de acordo com o relatório da Media Literacy Index da European Policies Initiative (EuPI) e do Open Society Institute – Foundation Sofia (OSI -Sofia) divulgado esta semana.
O documento How it started, how it is going: Media Literacy Index 2022 avalia nesta edição a vulnerabilidade de 41 países na Europa às fake news, ou seja, desinformação, e fenómenos relacionados, utilizando indicadores de liberdade dos media, educação e confiança interpessoal.
Este é o primeiro índice que inclui a maioria dos países da Europa – 41 no total – comparativamente com os 35 países incluídos nas edições anteriores.
Destaca-se que os países do Norte e da Europa Ocidental “têm maior potencial de resiliência” às fake news devido à melhor educação, media livres e maior confiança entre pessoas. Em sentido inverso, no Sudeste e Leste Europeu, os países são “geralmente mais vulneráveis a efeitos negativos das fake news e pós-verdade, com os media controlados, deficiências na educação e menor confiança na sociedade“, lê-se no relatório.
O ‘top 10’ do índice de literacia mediática de 2022 é liderado pela Finlândia, seguida da Noruega, Dinamarca, Estónia e Irlanda. Em sexto surge a Suécia, seguida da Suíça, Países Baixos, Alemanha, e Islândia. Ainda à frente de Portugal está o Reino Unido, que ocupa o 11.º lugar, a Áustria e a Bélgica. Em 14.º lugar, Portugal fica à frente de Espanha (15.º) e França (16.º). Lituânia, República Checa, Polónia e Eslovénia estão classificados nas posições seguintes, encerrando o ‘top 20’. Por exemplo, a Itália surge em 23.º lugar, a Hungria em 27.º e a Ucrânia em 29.º, à frente da Grécia (30.º). A Turquia está em 36.º no índice de literacia mediática.
O último lugar da tabela é ocupado pela Georgia, antecedido pela Macedónia do Norte (40.º), Kosovo (39.º), Bósnia-Herzegovina (38.º) e Albânia (38.º).
O relatório destaca que a liberdade dos media é “um pré-requisito fundamental para enfrentar os problemas das fake news, inclusive no contexto da salvaguarda da democracia“. Aliás, “a educação continua a ser uma componente essencial na abordagem dos problemas” da desinformação “com formação dirigida à literacia mediática tanto para jovens como adultos”, é referido no documento.
“Como a educação e a consciencialização continuam a ser soluções de longo prazo, medidas regulatórias também são necessárias no curto prazo para enfrentar a erosão da democracia e também os desafios geopolíticos“, é outra das conclusões do relatório.
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