ISEG vê economia a crescer entre 6,4% e 6,6% este ano

Os economias do ISEG admitem que a economia portuguesa poderá crescer entre 6,4% e 6,6% este ano. Previsões são mais otimistas do que as do FMI e abarcam a previsão de 6,5% do Governo.

Os economias do ISEG estimam que a economia portuguesa deve crescer entre 6,4%
e 6,6% este ano, tendo em conta a revisão em alta do PIB para o primeiro semestre feita pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). As previsões são mais otimistas face às elaboradas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e estão próximas das do Governo.

Atendendo à recente revisão em alta do INE para o crescimento no primeiro semestre, estima-se que crescimento esperado para a economia portuguesa em 2022 se venha situar entre 6,4% e 6,6%“, escreve o grupo de análise económica do ISEG na nota de conjuntura de outubro, divulgada esta terça-feira.

As estimativas de crescimento da economia portuguesa do ISEG são mais otimistas face às projetadas pelo FMI. Para 2022, a instituição liderada Kristalina Georgieva aponta para um crescimento de 6,2%, abaixo do limite inferior do intervalo do ISEG. Já o Governo antecipa um crescimento de 6,5% este ano, dentro do intervalo do ISEG, enquanto o Conselho de Finanças Públicas e o Banco de Portugal apontam para um crescimento de 6,7% este ano, acima das estimativas do instituto.

No final de agosto, o INE reviu em alta os números de crescimento do PIB do segundo trimestre. Afinal, a economia portuguesa não registou uma contração de 0,2% em cadeia, mas registou uma variação nula no segundo trimestre em relação ao trimestre anterior.

Os economistas explicam que “os dados quantitativos relativos a julho e agosto não apontam para uma desaceleração significativa da atividade económica durante o terceiro trimestre”, mas antes para “para uma certa estabilização do nível de atividade face ao trimestre anterior”. “Em concreto, face ao trimestre anterior, admite-se que o consumo privado terá crescido e que investimento possa ter estabilizado”, acrescentam.

Nesse sentido, o Grupo de Análise Económica do ISEG sinaliza que o “mais provável” é que “a economia portuguesa possa ter continuado a crescer em cadeia durante o terceiro trimestre, nomeadamente num intervalo entre -0,1% e 0,3%, a que corresponde, em termos homólogos, um crescimento entre 4,3% e 4,8%“.

Já para o último trimestre de 2022, os economistas do ISEG admitem que as previsões de crescimento em cadeia “não são melhores, devendo o crescimento real situar-se entre valores marginalmente negativos e marginalmente positivos”.

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Preço do gás natural afunda 7% para mínimos de quatro meses

Temperaturas acima da média reduzem procura e colocam preço dos contratos de gás natural no valor mais baixo desde meados de junho. Comissão Europeia vai tomar novas medidas nesta terça-feira.

O preço do gás natural está a perder terreno pela quinta sessão consecutiva. O valor do contrato TTF para novembro, de referência para as importações europeias, está a cair 7% na sessão desta terça-feira, negociando nos 119 euros por MWh, segundo a plataforma Barchart. Este é o preço mais baixo desde meados de junho.

A descida de procura por causa das temperaturas acima da média para esta altura do ano é apontada como a principal razão para a queda do preço deste contrato do gás.

“A fraca procura e o contínuo fornecimento de gás natural, de forma confortável, vão fortalecer a pressão para a descida dos preços. As novas previsões meteorológicas, a apontarem para temperaturas mais quentes, servem como pressão adicional”, referem os analistas da Engie EnergyScan, citados pela Reuters.

Também a contribuir para a redução dos preços do gás natural está a chegada de navios de transporte de gás natural para a Europa. Ainda assim, há 35 embarcações a aguardarem processamento em todo o Mediterrâneo. Para a próxima semana e meia a procura por gás natural será menor do que a habitual, segundo os especialistas da Refinitiv.

A pressão sobre os preços do gás natural poderá acentuar-se caso a Comissão Europeia apresente nesta terça-feira à tarde a proposta para limitar os preços do gás nos contratos TTF.

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Câmara do Porto investe 50 mil euros em obras de arte de artistas da cidade

Câmara Municipal do Porto investe cerca de 50 mil euros em 18 novas obras de artistas da cidade para o núcleo de arte contemporânea da Coleção Municipal de Arte.

A Câmara Municipal do Porto vai adquirir 18 novas obras de artistas da cidade para o núcleo de arte contemporânea da Coleção Municipal de Arte, num investimento de cerca de 50 mil euros, avança a autarquia, liderada pelo independente Rui Moreira. Esta iniciativa decorre no âmbito da modalidade de compra direta a artistas do projeto municipal “Aquisições

Foram submetidas 118 propostas de compra por artistas e coletivos artísticos residentes na cidade do Porto. Um comité de seleção, constituído pelas curadoras Andreia Magalhães e Margarida Mendes e a performer e ativista Melissa Rodrigues, que selecionou as obras, valorizou “a qualidade das propostas apresentadas e a sua pertinência no contexto da coleção presente”.

“A representatividade de género — a maior parte das obras selecionadas são de mulheres, “tendo em conta a sua qualidade e pertinência no contexto artístico local, nacional e internacional” –“, assim como a “diversidade e pluralidade das práticas e linguagens artísticas representadas,” foram mais alguns dos critérios considerados. Além da “inclusão de artistas em início de carreira” e outros já consolidados no meio artístico local, “mas sem representação”.

Entre os artistas selecionados estão Alexandra Rafael, Carla Cruz & Cláudia Lopes, Clarice Cunha, Dinis Santos, Francisco Venâncio, Hilda de Paulo, Inês Leal e Inês Tartaruga Água. Além de Jiôn Kiim, Joana Patrão, Laetitia Morais, Maria Oliveira, Mariana Caló e Francisco Queimadela, Mónica Baptista, Odair Monteiro, Rebecca Moradalizadeh, Tomás Abreu e Vera Matias.

As obras adquiridas para a Coleção Municipal de Arte vão ser expostas entre o final de 2022 e o início de 2023.

O projeto “Aquisições”, criado em 2018, contempla a plataforma de apoio à arte contemporânea Pláka, do Departamento de Arte Contemporânea da empresa municipal Ágora – Cultura e Desporto do Porto. “Dinamizar e valorizar o património artístico do Porto e documentar a memória da prática artística da cidade, através da reativação da Coleção Municipal de Arte” é o principal objetivo deste projeto.

“Para além da modalidade de compra direta a artistas, [o projeto] contempla ainda outra modalidade de aquisição de obras a galerias de arte da cidade, para a qual está disponível um orçamento de 100 mil euros, e cujos resultados de aquisição serão conhecidos até ao fim do ano”, informa o município.

Segundo a autarquia portuense, já foram adquiridas 102 novas obras de arte de 92 artistas e coletivos artísticos.

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Lusíadas quer reposição financeira na PPP de Cascais por causa da pandemia

Lusíadas Saúde não chegou a acordo com o Estado sobre o direito à reposição do equilíbrio financeiro do contrato de gestão, avançando então para tribunal arbitral.

A Lusíadas Saúde exige uma reposição do equilíbrio financeiro do contrato de gestão na Parceria Público Privada (PPP) do Hospital de Cascais, devido ao impacto da pandemia nos anos de 2020 e 2021. A gestora não chegou a acordo com o Estado, pelo que decidiu avançar com um pedido para resolver a questão em tribunal arbitral. Para este efeito, o Governo já determinou que a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) vai representar o Estado neste litígio.

Em causa, para a Lusíadas, está o “direito à reposição do equilíbrio financeiro do contrato de gestão, com fundamento na situação epidemiológica feita sentir no território nacional nos anos de 2020 e 2021, decorrente do surto do vírus SARS-CoV-2, a correspondente condenação do Estado Português ao pagamento da alegada ‘perda de receita’ e dos alegados ‘custos extraordinários’ em que a mesma terá incorrido“, segundo se lê no despacho publicado esta terça-feira em Diário da República.

Como a entidade gestora do estabelecimento e a entidade pública contratante não chegaram a acordo ou a “qualquer entendimento quanto à verificação dos requisitos previstos no contrato de gestão para a reposição do equilíbrio financeiro, a Lusíadas veio apresentar requerimento de constituição do tribunal arbitral, das quantias que a demandante haja incorrido após 31 de dezembro de 2021 e até ao termo do contrato do gestão relativamente à entidade gestora do estabelecimento”.

Como o processo arbitral “pode trazer efeitos em sede de execução do contrato de gestão do Hospital de Cascais cujo acompanhamento está acometido à ARSLVT”, o Governo decidiu nomear esta entidade para representar o Estado no tribunal arbitral “com vista a dirimir o litígio”, no despacho assinado pelo ministro da Saúde, Manuel Pizarro, e pelo secretário de Estado do Tesouro, João Nuno Mendes.

A Lusíadas Saúde vai sair desta PPP no próximo ano, sendo que o Governo decidiu avançar com um novo concurso e o grupo desistiu de concorrer. O contrato acabou assim por ser adjudicado aos espanhóis da RiberaSalud, tendo um VAL (valor atual líquido) de 561,2 milhões de euros, segundo a proposta de Orçamento do Estado para 2023.

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Euribor com novos máximos a seis e 12 meses, mas taxa recua a três meses

  • Lusa
  • 18 Outubro 2022

Taxas que servem de indexante nos contratos de crédito à habitação voltaram a subir a seis e a 12 meses, mas prazo a três meses inverte a tendência das últimas sessões.

As taxas Euribor desceram esta terça-feira a três meses e subiram a seis e a 12 meses para novos máximos, desde, respetivamente, fevereiro e janeiro de 2009.

  • A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno positivo em 6 de junho, avançou esta terça-feira, para 2,038%, mais 0,006 pontos e um novo máximo desde fevereiro de 2009. A média da Euribor a seis meses subiu de 0,837% em agosto para 1,596% em setembro. A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 6 de novembro de 2015 e 3 de junho de 2022).
  • No prazo de 12 meses, a Euribor também avançou esta terça-feira, ao ser fixada em 2,698%, mais 0,019 pontos e um novo máximo desde janeiro de 2009. Após ter disparado em 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 5 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril. A média da Euribor a 12 meses avançou de 1,249% em agosto para 2,233% em setembro.
  • Em sentido contrário, a Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, inverteu esta terça-feira a tendência das últimas sessões, ao ser fixada em 1,456%, menos 0,002 pontos do que na segunda-feira e contra o atual máximo desde dezembro de 2011, de 1,458%, verificado em 17 de outubro. A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses). A média da Euribor a três meses subiu de 0,395% em agosto para 1,011% em setembro.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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“Não é claro” ainda se inundações na Nigéria vão causar mais ruturas, diz Galp

  • Lusa
  • 18 Outubro 2022

Fonte oficial da Galp adiantou à Lusa ainda não ser claro "se os impactos" das inundações na Nigéria "poderão resultar em ruturas adicionais de abastecimento" para Portugal.

A Galp afirmou esta terça-feira que “não é claro neste momento” se as inundações da Nigéria, principal fornecedor nacional de gás natural, poderão causar ruturas adicionais de abastecimento e garantiu estar a monitorizar a situação.

“Não é claro neste momento quando é que as operações locais serão restauradas ou se os impactos deste evento poderão resultar em ruturas adicionais de abastecimento para Galp”, disse fonte oficial da petrolífera, em resposta escrita à Lusa.

A Galp garantiu ainda que “está a monitorizar os desenvolvimentos na Nigéria”.

A Nigeria LNG Limited alertou a Galp para “uma redução substancial na produção e fornecimento de gás natural liquefeito” devido às chuvas e inundações registadas na África Ocidental e Central, que pode meter em risco o abastecimento em Portugal, segundo nota enviada pela empresa portuguesa à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), na noite de segunda-feira.

Naquela nota, a Galp dizia que ainda “não foi disponibilizada qualquer informação que suporte a avaliação dos potenciais impactos do evento, que poderão, no entanto, resultar em perturbações adicionais de abastecimento” à petrolífera portuguesa.

No seguimento daquele anúncio, o Ministério do Ambiente e da Ação Climática adiantou que “não existe neste momento qualquer confirmação de redução nas entregas de gás da Nigéria”, afirmando não haver “escassez no mercado”.

“O Ministério do Ambiente e da Ação Climática informa que não existe neste momento qualquer confirmação de redução nas entregas de gás da Nigéria. Mesmo que tal acontecesse, não há escassez no mercado”, salientou o ministério num comunicado enviado às redações.

“Qualquer informação alarmista é desadequada, ainda mais em tempos de incerteza global”, acrescentou o gabinete de Duarte Cordeiro.

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Depois da Great Resignation, a Great Negotiation?

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  • 18 Outubro 2022

Se há fenómeno que não passou despercebido nos últimos anos, no setor dos recursos humanos, foi a Great Resignation. A pandemia virou o mundo do avesso e o mercado de trabalho não foi exceção.

Depois de serem sujeitos a uma nova realidade, que inicialmente trouxe muita angústia e ansiedade, os profissionais rapidamente se habituaram aos novos modelos e regimes de trabalho e, mais do que isso, às novas circunstâncias de vida que estes vieram proporcionar.

Para muitos, a descoberta de mais tempo livre para a família e amigos, a perceção de que a deslocação para o local de emprego afinal não é assim tão necessária, ou a formação de um novo sistema de valores e prioridades no qual não cabem maus ambientes de trabalho, desavenças com as chefias ou falta de reconhecimento e compensação adequados, traduziram-se na decisão de mudar. Em alguns setores, como é o caso da Hotelaria e Restauração, os efeitos destas “demissões em massa” ainda se estão, aliás, a fazer sentir.

Ora, agora que a poeira parece estar a assentar, é inegável que o mercado de trabalho está mais dinâmico do que nunca e não há dúvida de que a balança pende, cada vez mais, a favor dos profissionais. Muitos já tomaram consciência disso mesmo e, ainda que não tenham feito parte do tal êxodo, não deixaram de parar para analisar as suas realidades e possibilidades. Com a taxa de desemprego em níveis historicamente muito baixos, as oportunidades e propostas abundam, e, ainda que não planeiam necessariamente mudar de emprego, muitos profissionais estão a tirar partido deste cenário.

Rute Belo, National Senior Manager da área de Recrutamento e Seleção Especializado da Multipessoal

Depois da Great Resignation, deparamo-nos agora com a Great Negotiation – muitos candidatos entram em processos de recrutamento para ver o que está do lado de lá, na expetativa de virem a receber melhores propostas, que possam depois alavancar junto do seu empregador atual. Isto pode passar por uma melhor oferta salarial, pelo acesso a mais benefícios ou mesmo pela possibilidade de ter maior flexibilidade e autonomia. Perante a perspetiva de virem a perder pessoas, muitas organizações acabam por ceder e repensar as condições destes colaboradores, sob pena de terem de incorrer num processo muito mais complexo, custoso e demorado de recrutamento e integração de uma nova pessoa na equipa.

Mas será que podemos mesmo pensar nisto como uma cedência? Ou estaremos antes a falar de uma inevitabilidade que só peca por tardia? Num momento em que a atração e retenção de talento é um dos grandes desafios das empresas, não é suficiente — e é mesmo arriscado — apenas reagir. É preciso antecipar e ser proativo, ouvir os colaboradores e auscultar o seu nível de satisfação e realização no trabalho. É crucial reconhecer que o perfil, motivações, prioridades e expectativas dos profissionais se alteraram profundamente, e que colocar todas as fichas no “amor à camisola” já não basta.

Ao final do dia, a questão é muito simples: as empresas não vivem sem o talento, e, como diz o ditado, “mais vale prevenir do que remediar”…

Texto por Rute Belo, National Senior Manager da área de Recrutamento e Seleção Especializado da Multipessoal

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Casalinho regressa ao BPI para liderar área da sustentabilidade

Depois de uma década no IGCP, Cristina Casalinho regressa ao BPI como diretora executiva de Sustentabilidade, com o objetivo apoiar a transição sustentável de empresas e famílias.

Depois de uma década à frente do IGCP, Cristina Casalinho regressou ao BPI para liderar a área de sustentabilidade do banco. “Estou particularmente entusiasmada com o desafio”, diz a antiga gestora da dívida pública, que vai agora apoiar a transição sustentável de empresas e famílias.

Casalinho foi economista-chefe do BPI até 2012, de onde saiu para o IGCP, tendo sido responsável pelo regresso de Portugal aos mercados de dívida, depois do pedido de ajuda em 2011. Deixou a presidência da agência pública no verão passado e agora regressa à sua casa para liderar uma área que se tornou prioritária para o setor financeiro. Inicia funções no dia 1 de novembro.

“Os bancos, pela centralidade no funcionamento das economias, desempenham um papel preponderante na promoção e adoção da sustentabilidade, pelos compromissos em termos e transparência no reporte de atividades, mas também no que respeita à oferta de produtos e soluções, ou em termos de decisões de investimento e financiamento. O banco está bem posicionado para constituir-se como uma referência em banca responsável, um propósito alinhado com o posicionamento do Grupo Caixabank“, diz Casalinho, que foi recentemente nomeada administradora não executiva da Fundação Calouste Gulbenkian, citada em comunicado.

O BPI tem como objetivo alcançar mais quatro mil milhões de euros em volume de negócios sustentável até 2024, segundo o Plano Diretor de Sustentabilidade que acabou de aprovar.

O banco liderado por João Pedro Oliveira e Costa pretende mobilizar dois mil milhões de euros em financiamento sustentável para empresas e particulares e gerar um volume de negócios de dois mil milhões de euros em fundos e seguros, desenhados de acordo com critérios de sustentabilidade.

Licenciada em Economia, pela Faculdade de Economia e Ciências Empresariais da Universidade Católica Portuguesa, Cristina Casalinho possui também um mestrado em Gestão e Administração de Empresas pela Universidade Nova de Lisboa.

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Melhores Fornecedores RH 2023. Candidaturas já estão abertas

As candidaturas desta iniciativa, promovida pela Associação Portuguesa de Gestão das Pessoas (APG), decorrem até final de outubro. A distinção dos vencedores terá lugar em fevereiro de 2023.

As candidaturas à iniciativa promovida pela Associação Portuguesa de Gestão das Pessoas (APG), que tem como objetivo eleger os “Melhores Fornecedores RH 2023”, com base num estudo de opinião efetuado junto de organizações clientes de produtos e serviços para recursos humanos, estão abertas até 31 de outubro. A distinção dos vencedores terá lugar em fevereiro de 2023.

Nesta edição serão distinguidos os melhores classificados nas categorias de recrutamento, seleção, avaliação de competências e outplacement; formação, coaching e desenvolvimento profissional; trabalho temporário; outsourcing; consultoria; tecnologia e sistemas de informação aplicados à gestão de recursos humanos; segurança e saúde no trabalho; sistemas de compensação e benefícios; serviços de assessoria jurídica; serviços de alimentação; e seguros.

A coordenação científica do estudo, que será realizado entre novembro de 2022 e janeiro de 2023, é assegurada por Manuel Vilares, professor catedrático da NOVA Information Management School da Universidade Nova de Lisboa.

Informações adicionais, incluindo regulamento, calendarização e vencedores da edições anteriores, podem ser consultadas no site da iniciativa ou através de correio eletrónico ([email protected]).

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Governo admite reforçar linha de apoio para empresas turísticas afetadas pelos incêndios

Linha de apoio para as empresas de turismo das regiões afetadas pelos incêndios tem uma dotação de três milhões de euros, mas pode vir a ser reforçada em "função das necessidades".

A linha de apoio à tesouraria das micro, pequenas e médias empresas de turismo das regiões afetadas pelos incêndios tem uma dotação de três milhões de euros, mas esta pode ser reforçada em “função das necessidades”, adianta o diploma que regula a medida e foi publicado esta terça-feira em Diário da República.

Esta medida destina-se às “micro, pequenas e médias empresas” do setor do turismo e tem como objetivo apoiar as empresas afetadas pelos incêndios deste ano que precisem de “necessidades temporárias de acréscimo de fundo de maneio, incluindo a amortização de contas correntes ou liquidação de financiamentos de curto prazo (até um ano)”, explica o despacho n.º 13/2022, publicado esta terça-feira em Diário da República.

Esta linha terá uma dotação de três milhões de euros, sendo financiada pelo Turismo de Portugal, mas esta dotação “pode ser aumentada, em função das necessidades que se vierem a registar durante a utilização da presente linha de apoio financeiro”, esclarece o diploma.

Para acederem a esta linha de apoio, as empresas devem formalizar a sua candidatura junto do Turismo de Portugal, que terá de as analisar “no prazo máximo de dez dias úteis”. De acordo com o diploma, o apoio é de “natureza de incentivo reembolsável, sem quaisquer juros remuneratórios associados”, sendo que o apoio por empresa “não pode exceder 50% do volume de negócios de 2019 ou de 2021, consoante o que for mais favorável”, tendo um valor máximo de 150 mil euros.

Para o efeito, apenas são elegíveis as empresas que tenham iniciado a sua atividade antes de 30 de junho de 2022; “desenvolvam como atividade económica principal uma atividade turística”, entendendo-se como tal que esta atividade represente “50% ou mais do total do respetivo volume de negócios”; não tenham “sido objeto de um processo de insolvência, nos termos do Código da Insolvência e Recuperação de Empresas, e não ter beneficiado dos auxílios de emergência ou auxílios à reestruturação”; “não tenham sido condenados nos dois anos anteriores à data da candidatura, por sentença transitada em julgado, por despedimento ilegal de grávidas, puérperas ou lactantes” e que demonstrem “capacidade para fazer face ao serviço de dívida resultante do financiamento”, entre outras condições.

Paralelamente, o Governo lançou também o Programa Transformar Turismo, com o intuito de valorizar os recursos culturais e naturais dos territórios do interior e reforçar a coesão económica e social. Este programa conta com uma dotação de dois milhões de euros, também financiada pelo Turismo de Portugal, que também neste caso “pode ser aumentada, em função das necessidades que se vierem a registar”, sinaliza o despacho n.º 14/2022, publicado esta terça-feira em Diário da República.

As candidaturas para o programa Transformar Turismo arrancam a 1 de novembro de 2022 e terminam a 31 de janeiro de 2023. Podem ser feitas no site do Turismo de Portugal e são elegíveis “as entidades públicas, incluindo aquelas em cuja gestão as entidades da administração central do Estado, regional e local tenham posição dominante, assim como entidades associativas, desde que prossigam atividades relacionadas ou conexas com a atividade turística”, lê-se.

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Diversidade etária nas empresas: a idade como bem precioso

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  • 18 Outubro 2022

Abraçar a diversidade etária nas empresas é uma mais-valia para as equipas. Saiba como conseguir uma maior cooperação intergeracional e as vantagens de trabalhar com diferentes faixas etárias.

Cinco gerações juntam-se, atualmente, no mercado de trabalho, criando um cenário de diversidade etária nas empresas. Falamos da Silent Generation (1928 a 1945), dos Baby Boomers (1946 a 1964), da Generation X (1965 a 1980), dos Millennials (1981 a 1996) e da Generation Z (1997 a 2012). Conhecendo a enorme discrepância de pontos de vista que têm sobre os grandes temas da atualidade — como o ativismo político, as alterações climáticas, o uso da tecnologia ou a identidade de género —, é, então, fácil perceber que isso também se reflete no mercado de trabalho, onde as tensões tendem a aumentar.

Fica, pois, clara a necessidade de estar ciente dos desafios associados à diversidade etária nas empresas e à importância da diversidade e inclusão. Só assim será possível evitar situações de instabilidade ou mesmo de discriminação, quer na contratação quer na promoção.

“A irritação e a falta de confiança que [a diversidade etária nas empresas] pode causar prejudica o desempenho da equipa ao limitar a colaboração, provocando conflitos emocionais, levando a uma maior rotatividade de funcionários e a um desempenho mais fraco da equipa”, escrevem Megan Gerhardt, Josephine Nachemson-Ekwall e Brandon Fogel num artigo da Harvard Business Review sobre como melhor aproveitar o poder da diversidade etária.

Em jeito de resposta, os mesmos autores defendem o conceito de “gentelligence”. Com efeito, trata-se do termo criado para definir a estratégia de negócio destinada a lidar com os problemas geracionais, ajudando os líderes a tirar o melhor partido de cada geração e a criar uma força laboral intergeracional.

A “gentelligence” é um termo criado para definir a estratégia de negócio destinada a lidar com os problemas geracionais, ajudando os líderes a tirar o melhor partido de cada geração e a criar uma força laboral intergeracional.

Práticas para uma maior cooperação intergeracional

Nesse artigo da HBR, os autores mencionam quatro práticas que ajudam a colmatar o gap entre gerações e a criar uma cultura de cooperação:

  • Identificar as ideias pré-concebidas sobre as várias gerações – este é o primeiro passo para combater esses preconceitos que acabam por influenciar as relações.
  • Avaliar se as ideias correspondem à realidade – tentar perceber o motivo pelo qual os colegas de diferentes gerações têm comportamentos distintos dos nossos.
  • Tirar partido das diferenças – trabalhar para encontrar formas de beneficiar com as perspetivas, os conhecimentos e contactos de cada um.
  • Abraçar a aprendizagem mútua – acreditar, por fim, que todos temos a aprender com os colegas de outras gerações e, ao mesmo tempo, que todos temos algo para ensinar.

Vantagens da diversidade etária nas empresas

Estas práticas podem e devem estar integradas na gestão das pessoas e numa estratégia DEI, ou seja, de diversidade, equidade e inclusão, garantindo a diversidade etária nas empresas. Demonstram, sem dúvida, os benefícios de abrir horizontes e de contratar pessoas mais velhas.

Mais do que a idade, o talento
As empresas inovadoras estão mais preocupadas em garantir o talento do que propriamente em saber qual a idade dos colaboradores. Numa altura em que a escassez de mão-de-obra afeta muitos setores, a experiência de quem está há mais anos no mercado de trabalho é, como resultado, um recurso que não deve ser desperdiçado.

Uma questão de complementaridade
Ao contratar pessoas mais velhas, as empresas juntam, assim, profissionais com capacidades, competências, conhecimentos e redes de contactos diferentes. O resultado da diversidade etária nas empresas é, portanto, a criação de equipas com profissionais que se complementam.

Melhor desempenho
Ao aplicar medidas que resolvem os problemas do gap geracional, as empresas ajudam sobretudo a combater estereótipos e conflitos. Ao mesmo tempo, melhoram o compromisso e a satisfação dos profissionais, criam equipas mais produtivas e com maior capacidade de decisão. No final, o desempenho de toda a organização melhora.

Em suma, estes são ganhos suficientes para fazer da inclusão e da diversidade etária nas empresas uma aposta na gestão de pessoas e um driver de crescimento.

Rui Rocheta, Regional Head – LATAM, Ibéria e Turquia da Gi Group Holding

Texto por Rui Rocheta, Regional Head – LATAM, Ibéria e Turquia da Gi Group Holding

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BCP paga 8,5% por 350 milhões em dívida sénior

  • ECO
  • 18 Outubro 2022

Emissão de 350 milhões visa reforçar o rácio de proteção contra perdas. BCP salienta "elevada procura e diversificação dos investidores" num momento de volatilidade. Paga juro 8,5% .

O BCP BCP 0,06% prepara-se para obter 350 milhões de euros em obrigações de dívida sénior preferencial para reforçar os seus rácios de proteção contra perdas, com os títulos a custarem uma taxa de juro de 8,5% ao ano, segundo avançou a instituição em comunicado.

A emissão terá um prazo de três anos, com opção de reembolso antecipado pelo banco no final do segundo ano, um preço de emissão de 100% e uma taxa de juro fixa de 8,5%, ao ano, durante os primeiros dois anos (correspondente a um spread de 5,547% sobre a taxa mid-swaps de dois anos).

No terceiro ano, não havendo recompra antecipada, a taxa de juro resultará da soma da Euribor a 3 meses com um spread de 5,547%, explica o banco liderado por Miguel Maya no comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

O BCP congratula-se com a “elevada procura verificada e o perfil diversificado dos investidores” que “atestam mais uma vez a capacidade do banco em aceder ao mercado de capitais, mesmo em contexto de elevada volatilidade e grande incerteza, como o que se tem verificado nos últimos meses”.

A emissão visa reforçar os passivos elegíveis para cumprimento do requisito de MREL (requisito mínimo de fundos próprios e créditos elegíveis), que obriga os bancos europeus com importância sistémica a constituir uma almofada financeira adicional para fazer face às dificuldades.

No caso de haver perdas, estes instrumentos são absorvidos para restaurar o respetivo capital do banco.

(Notícia atualizada às 19h14 com comunicado do BCP na CMVM)

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