Qual a importância de Ponte de Sor para a aeronáutica?

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  • 13 Outubro 2022

Em entrevista ao ECO, Hugo Hilário, presidente da Câmara de Ponte de Sor, explica os desafios, mas também as vantagens, de desenvolver um evento como o Portugal Air Summit na região.

O município de Ponte de Sor vai apresentar, pela sexta vez, o maior evento da aeronáutica da Península Ibérica – o Portugal Air Summit. A cimeira, que decorre do dia 12 ao dia 15 deste mês, terá várias conferências com entidades ligadas ao setor da aviação. O objetivo é conscientizar para os problemas do setor e pôr em prática soluções.

Com um percurso notável no setor da aeronáutica, Ponte de Sor tem vindo a desenvolver estratégias para atrair e reter talento na área. Para perceber quais as melhorias, mas também as dificuldades que o município tem sentido, o ECO esteve à conversa com Hugo Hilário, Presidente da Câmara de Ponte de Sor.

A importância do evento para o município, bem como para o seu crescimento económico são alguns dos pontos abordados pelo presidente na entrevista abaixo.

Qual a importância do Portugal Air Summit para o município de Ponte de Sor?

O Portugal Air Summit realiza-se há seis anos, por iniciativa do município, como estratégia de posicionamento e de visibilidade de um trabalho que já tinha vindo a ser feito de aposta no crescimento e na fixação de indústria de ponta no concelho. Indo um pouco atrás, Ponte de Sor tem uma história socioeconómica muito ligada à indústria e a aeronáutica surgiu do natural aproveitamento de uma infraestrutura que percebemos que podia ser potenciada. A cimeira é o corolário, a parte visível da construção do Cluster Aeronáutico de Ponte de Sor, da atração de empresas para o território, de promoção do Alto Alentejo como uma região com muitas vantagens para empresas e unidades de produção internacionais – para a criação de emprego, para a fixação de famílias, para a inversão do inverno demográfico e êxodo do interior do país. É um desígnio nacional que assumimos localmente e o Portugal Air Summit é um evento anual que agrega tudo isto. Podem ver toda a informação sobre a 6ª edição do Portugal Air Summit no site oficial do evento.

Que impacto este evento traz à região?

É uma cimeira muito eclética, embora dentro das áreas da aeronáutica, defesa e espaço. Atrai especialistas, por um lado, porque tem painéis de discussão sobre estes temas. No entanto, é também um evento muito aberto, que acolhe os interesses da população, que tem um espaço de exposição extremamente interessante com curiosidades que interessam a visitantes que gostem dos transportes aéreos, espaço e defesa – e uma relevantíssima área lúdica, com espetáculos aéreos que atraem famílias inteiras e aos quais é impossível ficar indiferente. Atrai ainda estudantes das áreas tecnológicas, jovens que procuram uma vocação ou emprego. Estas áreas são fortes empregadoras, apostas de futuro com grande saída profissional. E, por fim, cativa também investigadores das áreas aeroespaciais, uma vez que um dos eventos paralelos é uma competição de lançamento de satélites para o espaço aéreo, o EuRoc.

Como descreve o crescimento económico da região desde a primeira edição do Portugal Air Summit?

Ao longo de mais uma década, sobretudo beneficiando do apoio dos Programas Operacionais Regionais do Alentejo, foi possível desenvolver uma abordagem focada em duas vertentes operacionais, nomeadamente na criação de condições infraestruturais de base para potenciar os fatores locativos (localização geográfica, características do clima e do espaço aéreo, acessibilidades…), compreendendo os vários investimentos no Aeródromo Municipal (pista, hangares…). Este investimento viabilizou a instalação/fixação de um conjunto de atividades que implicam movimentação aérea (proteção civil, manutenção e reparação de aeronaves, voos, formação de pilotos…).

A outra vertente operacional onde nos focamos foi nos investimentos orientados para o acolhimento de atividades empresariais que correspondem à vertente “atração de empresas e de investimentos”. Estas intervenções são mais recentes e compreendem o Centro de Negócios da Indústria Aeronáutica e Aeroespacial e o Campus Universitário na vertente de oferta de espaço para atividades de inovação, investigação e desenvolvimento, associadas à concretização dos protocolos com as Instituições de Ensino Superior.

As componentes do ciclo de investimento realizado estabeleceram uma relação positiva com as opções das políticas públicas (setoriais e regionais) traduzidas na aposta no Complexo de Atividades da Aeronáutica, Espaço e Defesa, opções inscritas nas Estratégias Nacional e Regional de Especialização Inteligente. O esforço continuado de investimento na infraestruturação de base (Aeródromo, Centro de Acolhimento Empresarial e Campus Universitário e Tecnológico) inscreveu-se, assim, em apostas estratégicas de âmbito regional e nacional, corresponde a um elemento relevante do mapeamento atual de infraestruturas económicas do Alentejo e concentra argumentos para fazer parte de um Cluster de competitividade emergente reconhecido pelas políticas públicas.

Que outras melhorias o município foi desenvolvendo devido a esse crescimento?

Paralelamente, o município promoveu de forma continuada e de “upgrade” constante a qualificação do território através de investimentos nas áreas da educação, da cultura, da saúde e das amenidades urbanas e ambientais, contribuindo para projetar também no exterior a imagem de uma cidade com qualidade de vida que proporciona alternativas de ocupação e um quadro de vida atrativo para os jovens e outros residentes.

Os resultados do investimento municipal co-financiado pelos fundos comunitários têm sido monitorizados com regularidade, identificando e fundamentando novas intervenções que o município se propõe levar a cabo e concretizar no horizonte de médio e longo prazo, designadamente, em vertentes que refletem os vetores estruturantes das escolhas municipais, de acordo com as oportunidades de mobilização de recursos de financiamento (fundos e orçamento municipal) e de atração de investimentos privados.

Desses investimentos privados destaca-se a consolidação do complexo de Atividades da Aeronáutica, com destaque para o futuro Centro Empresarial Tecnológico de Ponte de Sor que vai nascer no espaço da antiga Delphi (adquirida pela Câmara Municipal) criando um espaço polivalente de matriz tecnológica, ambientalmente sustentável e criativo destinado a acolher empresas (em resposta a solicitações dirigidas ao Município que evoluíram para intenções de investimento objeto de Concurso para seleção de iniciativas e projetos), atividades de investigação e formação de competências.

Sendo uma região do interior do país, quais são os maiores desafios na atração de talento para esta área?

A interioridade depende da perspetiva: estamos a hora e meia de Lisboa e mais perto de Espanha. Dispomos de condições únicas no país, que não existem no litoral, além da localização privilegiada junto da barragem de Montargil e de termos a cidade de Ponte de Sor com uma dinâmica cultural e com infraestruturas desportivas que proporcionam uma qualidade de vida muito atrativa para as famílias. A atração de talento é um trabalho que nunca está terminado, que depende de instituições públicas, mas também dos privados. É algo que Portugal tem de manter sempre presente, evitando a fuga de cérebros e de pessoas altamente qualificadas, proporcionando-lhes boas condições salariais, de formação contínua, de segurança e é nisso que em que estamos empenhados. Somos um município ágil e muito focado na articulação destas vantagens para a atração de talento.

E como conseguem ultrapassar esses desafios? Que estratégias usam?

Antes de mais, a predisposição para fazer um pitch “Why Ponte de Sor” e que nos tem feito sair constantemente dos nossos gabinetes e apresentar as vantagens de viver e investir em Ponte de Sor. Por outro, um foco na agilização de questões burocráticas e administrativas – dentro das capacidades e dos procedimentos da autarquia. Ainda, o estabelecimento de protocolos com entidades públicas e privadas que proporcionem melhorias de acesso a formação, como o caso do IEFP, que terá um centro de formação dedicado à indústria aeronáutica, ou à NOS, um player na área das telecomunicações que providencia formação local, além da relação estreita com Politécnicos e Universidades. E por fim, uma aposta grande em concorrer e procurar apresentar bons projetos para canalizar os fundos comunitários a que temos direito, pela nossa localização geográfica e densidade populacional – são conquistas que se revelam sempre muito trabalhosas e exigentes, mas que dão frutos.

O que ainda acha que pode vir a mudar no futuro de Ponte de Sor fruto da aposta do município na aviação, aeronáutica, defesa e espaço? É um futuro promissor?

A aposta em setores de ponta traduz-se sempre num futuro promissor, não temos dúvida. Mais uma vez é também um desígnio nacional: Portugal deve posicionar-se em setores de tecnologia avançada, podendo fazer a diferença. Temos novos desafios em Ponte de Sor, nomeadamente o consórcio da agenda Aero.next Portugal, que será responsável por produzir a primeira aeronave portuguesa. São 121 milhões de euros de investimento, 61% dos quais para o Alentejo (75 milhões de euros); o consórcio da agenda Neuraspace, com o valor total do projeto 26 milhões de euros e que visa aumentar a capacidade da Europa de agir de forma sustentável no espaço.

A Neuraspace, com o apoio da Portugal Space – Agência Espacial Portuguesa, vai instalar em Ponte de Sor um radar dedicado ao espaço e Space Debris, que permitem a demonstração e teste de novas tecnologias disponíveis para todo o espaço europeu. Há, ainda, o consórcio Magallan Orbital, para o desenvolvimento, operação e gestão de constelações de satélite que produzirão informação que será útil às Forças Armadas e ao dispositivo de Defesa Nacional, às agências e organismos públicos de Segurança e Defesa, Ambiente, Investigação Científica, Meteorologia e Proteção Civil, bem como à vigilância e proteção dos recursos marítimos, entre muitas outras áreas.

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KeyZell cria sistema de combate ao cancro da mama e pulmão

  • Servimedia
  • 13 Outubro 2022

A ferramenta facilita a definição e seleção do tratamento mais apropriado para cada tipo de paciente.

A startup biotecnológica KeyZell desenvolveu o primeiro sistema oncológico de medicina de precisão do mundo que seleciona “o melhor tratamento personalizado para cada tipo de paciente”, noticia a Servimedia.

O Oncology Precision System (OPS) é uma solução de inteligência artificial que determina a melhor combinação de terapias do cancro da mama e do pulmão através de um sistema de aprendizagem de máquinas. Esta ferramenta ajuda os oncologistas a selecionar o tratamento mais adequado para cada paciente, tendo em conta as suas características genéticas individuais.

A empresa afirma que KeyZell OPS, com uma taxa de eficácia de 89%, “é o único sistema de medicina de precisão para uso oncológico centrado no tratamento e cuidados ao paciente. Além disso, identifica padrões e faz previsões baseadas em até 112 biomarcadores, ajudando a prever o melhor tratamento personalizado para assegurar a maior taxa de sobrevivência de 5 anos“.

Para a sua seleção, a ferramenta tem em conta variáveis tais como dados de análise clínica, o perfil molecular do ADN do paciente, o perfil IHC (imuno-histoquímico), eficácia, toxicidade, etc.

Muitas vezes o mesmo tratamento é aplicado a pacientes com o mesmo tipo de cancro, no entanto, há grupos de pacientes que respondem de formas marcadamente diferentes. Por esta razão, a startup pretende continuar a desenvolver este sistema a nível mundial e liderar a revolução biomédica na medicina de precisão com KeyZell OPS.

“Estamos a testemunhar o futuro da medicina de precisão com grande excitação e responsabilidade. Graças a este tipo de ferramenta, os oncologistas oferecem aos pacientes uma solução mais eficaz e adaptada às suas características individuais, o que tem sem dúvida um impacto na sua qualidade de vida”, referiu Iván Románico, chefe de oncologia do Hospital Ángeles Puebla.

José de Corral, CEO da KeyZell acrescentou: “Queremos que KeyZell OPS seja o serviço de referência no tratamento personalizado do cancro no campo da medicina de precisão. Com este instrumento, o nosso objetivo é inverter os números da mortalidade desta doença e torná-los mais esperançosos ano após ano”.

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Situação da fome no mundo em 2022 é “sombria”

  • Lusa
  • 13 Outubro 2022

“Sombria” é como o Índice Global da Fome 2022 classifica a situação da fome no mundo, agravada pelo impacto da pandemia de Covid-19, a guerra na Ucrânia e as alterações climáticas.

“Sombria” é como o Índice Global da Fome 2022 classifica a situação da fome no mundo, agravada pelas últimas crises e pelas atualmente em curso: impacto da pandemia de Covid-19, guerra na Ucrânia e alterações climáticas.

“Como mostra o Índice Global da Fome (IGF) de 2022, a situação global da fome é sombria. A sobreposição das crises que o mundo enfrenta está a revelar as falhas dos sistemas alimentares, dos globais aos locais, e a realçar a vulnerabilidade das populações de todo o mundo em relação à fome”, lê-se no seu mais recente relatório, hoje divulgado.

No documento, o IGF denuncia que “a percentagem de pessoas sem acesso regular a calorias suficientes está a aumentar”, em relação aos “cerca de 828 milhões de pessoas subalimentadas em 2021, o que representa uma inversão de mais de uma década de progresso no combate à fome”, devido a “uma onda de crises”.

O estudo prevê que “a situação é suscetível de piorar perante a atual onda de crises globais sobrepostas – conflito, alterações climáticas e repercussões económicas da pandemia de Covid-19 – todas elas poderosas potenciadoras de fome”.

“A guerra na Ucrânia veio aumentar ainda mais os preços globais dos alimentos, de combustíveis e fertilizantes e tem o potencial de agravar ainda mais a fome em 2023 e nos anos seguintes”, sustentam os especialistas responsáveis pela elaboração do índice, considerando que “estas crises vêm juntar-se a fatores subjacentes, tais como pobreza, desigualdade, governação inadequada, fracas infraestruturas e baixa produtividade agrícola, que contribuem para a fome e vulnerabilidade crónicas”.

“A nível mundial e em muitos países e regiões, os atuais sistemas alimentares são inadequados para enfrentar estes desafios e acabar com a fome”, vaticinam.

Situação deve piorar em 2023

Segundo os especialistas, “sem uma mudança significativa”, existe um potencial de agravamento da situação já em 2023, não se prevendo que o mundo no seu conjunto consiga atingir um nível baixo de fome até 2030, como previsto nas metas definidas na chamada Agenda 2030 (traçada pela ONU e composta por 17 grandes objetivos de desenvolvimento sustentável).

O IGF apresenta uma escala de gravidade da fome que inclui os níveis “baixo, moderado, grave, alarmante e extremamente alarmante”. De acordo com o estudo, “a fome elevada persiste em demasiadas regiões”, os níveis de população que se encontram subnutridos estão a aumentar e não se prevê qualquer melhoria até 2030.

O sul da Ásia é a região que apresenta os valores mais elevados e a África subsaariana a segunda região com os níveis de fome mais graves, com a subalimentação e a taxa de mortalidade infantil “mais altas do que qualquer outra região do mundo”, nos termos do relatório, que considera que também em regiões como a África oriental, a Ásia ocidental e o norte de África “os valores são preocupantes”.

O sul asiático é também a região com maior taxa de atraso no crescimento infantil (raquitismo) e, “de longe, a maior taxa de emaciação infantil do que qualquer outra região do mundo”.

Emaciação infantil significa percentagem de crianças com menos de cinco anos com baixo peso para a sua altura, o que é reflexo de subnutrição aguda, explica o IGF no relatório, apontando este como um dos quatro indicadores em que se baseia como instrumento “para medir e acompanhar de forma abrangente a fome a nível global, regional e nacional ao longo dos últimos anos e décadas”.

Os outros três indicadores que utiliza na sua fórmula para captar “a natureza multidimensional da fome” são a subalimentação, o atraso no crescimento infantil (que reflete subnutrição crónica) e a taxa de mortalidade infantil de crianças com menos de cinco anos.

Os especialistas apontam para que cinco países do mundo estejam num nível alarmante – quatro deles africanos e o Iémen, um país em guerra civil desde 2014, que provocou, segundo a ONU, “a pior crise humanitária do mundo” e que, em outubro de 2020, a edição anual do IGF incluía já entre os países com níveis de fome alarmantes.

Além disso, o IGF coloca quatro países num nível provisoriamente alarmante – mais três países africanos e a Síria, também palco de uma guerra civil desde 2011 – e 35 países num nível grave de fome (a maioria dos quais também africanos, além de Timor-Leste, Haiti, Índia e Paquistão, Papua-Nova Guiné, Coreia do Norte e Afeganistão, onde os talibãs retomaram o poder há pouco mais de um ano e que enfrenta uma grave crise económica).

As possíveis soluções apontadas no relatório passam pela transformação dos sistemas alimentares, bem como pela importância do papel que os Governos locais desempenham nestas regiões.

“Num sistema alimentar global que ficou aquém do fim sustentável da fome, é importante olhar para a governação dos sistemas alimentares a nível local, onde os cidadãos estão a encontrar formas inovadoras de responsabilizar os decisores pela resolução do problema da insegurança alimentar e nutricional”, refere uma das especialistas, Danielle Resnick, num ensaio incluído no relatório do IGF deste ano.

“Embora a transformação dos sistemas alimentares requeira, em última análise, intervenções a múltiplos níveis, justifica-se uma maior concentração na governação local dos sistemas alimentares”, porque “as práticas de gestão dos recursos naturais, os métodos agrícolas e pecuários e as preferências alimentares assentam frequentemente nas tradições culturais locais, experiências históricas, e condições agroecológicas”, defende Resnick.

Para o relatório do Índice Global de Fome de 2022, foram avaliados dados de 136 países. De entre estes, havia dados suficientes para calcular a pontuação de IGF de 2022 e classificar 121 países (a título de comparação, foram classificados 116 países no relatório de 2021), refere ainda o documento.

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Portugal Ventures investe cinco milhões em sete novas startups

Sociedade de capital de risco do Estado reforça portefólio nas áreas da tecnologia, turismo e saúde, através de participação em rondas de investimento em conjunto com outras entidades.

A Portugal Ventures tem sete novas startups no seu portefólio. A sociedade de capital de risco do Estado investiu cinco milhões de euros no terceiro trimestre e reforçou as áreas de tecnologia, turismo e saúde. Parte das operações foi feita em conjunto com outros investidores.

“Estas empresas desenvolvem soluções em setores estratégicos como é o caso da sustentabilidade, saúde, identidade digital e turismo e estão num estágio de crescimento do seu negócio e reconhecimento no mercado nacional e internacional”, destaca o presidente do conselho de administração da Portugal Ventures, Rui Ferreira.

Desde o início do ano, a Portugal Ventures já investiu em 11 novas empresas, no valor total de 6,3 milhões de euros. Ainda assim, o número é inferior ao de 2021: até setembro, a capital de risco pública já tinha feito 37 investimentos, refere a base de dados.

As novas startups do portefólio estão divididas por três categorias: digital & tecnologia e tecnologias da saúde; turismo; e ainda uma startup da região autónoma da Madeira.

Na tecnologia e na saúde, juntaram-se à Portugal Ventures a aplicação móvel para facilitar o carregamento de carros elétricos Miio, o pacote de ferramentas de identidade digital WalliD, a solução de combate à fraude nos pagamentos Fraudio e a tecnologia de soluções para o diagnóstico e gestão de doenças C-mo Medical Solutions.

No turismo, a Portugal Ventures investiu na Pruvo, solução baseada em Inteligência Artificial que permite às agências de viagens e aos viajantes beneficiarem da flutuação de preços nas reservas de hotéis, e ainda na Spinach Tours, plataforma destinada a operadores de circuitos turísticos, em parceria com o Grupo Barraqueiro e a Boost Portugal.

Na região da Madeira, a sociedade do Estado apostou na FootAR, plataforma de realidade aumentada, imersiva, que replica um estádio de futebol virtual, com disponibilização, em tempo real, de dados e estatísticas sobre jogadores, clubes e campeonatos.

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Mais de 60% dos “vistos gold” estão caducados

  • ECO
  • 13 Outubro 2022

SEF garante que documentos estão válidos até 31 de dezembro, mas detentores queixam-se que documentos não são aceites nos aeroportos internacionais e não conseguem proceder à renovação.

O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) tem 19 mil pedidos pendentes de renovação de “vistos gold”. É mais de 60% do total, avança o Público.

A renovação é obrigatória de dois em dois anos, sendo que o SEF esclarece que “a admissibilidade dos documentos e vistos relativos à permanência de cidadãos estrangeiros em território nacional foi prorrogada até 31 de dezembro de 2022”. Mas os documentos caducados não são aceites nos aeroportos internacionais e alguns titulares estão impedidos de entrar ou sair do país.

Durante este ano, o SEF já abriu cerca de sete mil vagas para renovação destas autorizações de residência, mas cerca de duas mil vagas ficaram por ocupar, estando prevista nova abertura até ao final de 2022. O SEF explica que, como a maioria dos detentores de “vistos gold” não reside em Portugal, estes nem sempre conseguem apresentar-se no dia agendado. Reconhece ainda que os agendamentos nem sempre são feitos com a devida antecedência.

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Hoje nas notícias: “Vistos gold”, reformados e pensões

  • ECO
  • 13 Outubro 2022

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) tem 19 mil pedidos pendentes de renovação do “visto gold”, ou mais de 60% do total. Idade média dos novos reformados por velhice na Segurança Social subiu para 65 anos e meio. Conheça estas e outras notícias em destaque esta quinta-feira.

Mais de 60% dos “vistos gold” estão caducados e aguardam renovação

O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) tem 19 mil pedidos pendentes de renovação de “vistos gold”, ou mais de 60% do total. A renovação é obrigatória de dois em dois anos, sendo que o SEF esclarece que “a admissibilidade dos documentos e vistos relativos à permanência de cidadãos estrangeiros em território nacional foi prorrogada até 31 de dezembro de 2022”. Mas os documentos caducados não são aceites nos aeroportos internacionais e alguns titulares estão impedidos de entrar ou sair do país.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

Idade média dos novos reformados subiu para 65 anos e meio em 2021

A idade média dos novos reformados de velhice na Segurança Social subiu para 65 anos e meio em 2021, aumentando efetivamente dois anos em dez, num período onde as pensões antecipadas caíram 31%. Segundo o relatório sobre a sustentabilidade financeira da Segurança Social, a redução da esperança média de vida verificada durante a pandemia vai recuar a idade média de reforma no próximo ano para 66 anos e quatro meses, face aos 66 anos e seis meses em 2021.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Alguns balcões dos CTT falham pagamentos de pensões por falta de dinheiro

Alguns balcões dos CTT não conseguiram realizar na terça-feira o pagamento da pensão regular mais o subsídio extraordinário no valor de meia pensão devido a falta de dinheiro. Fonte oficial dos CTT confirmou que “foram verificados constrangimentos pontuais e inesperados na disponibilidade do pagamento de subsídios em alguns balcões CTT”, pelo que lamentou a perturbação. A situação já terá sido resolvida.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago).

Banco polaco do BCP “não prevê necessidade de apoio”

O polaco Bank Millennium, que é maioritariamente detido pelo BCP, não prevê a necessidade de mais capital dos acionistas, mesmo se o Tribunal de Justiça da União Europeia decidir a favor dos clientes com créditos emitidos em francos suíços. Assim, o banco coloca de parte um cenário de emissão de ações, enquanto o português BCP optou por não comentar o caso ao Negócios. As provisões superam os mil milhões de euros até setembro.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Campos e Cunha vê Orçamento retificativo ou suplementar a surgir “a meio do ano”

Luís Campos e Cunha, ex-ministro das Finanças de José Sócrates, “não ficaria surpreendido” se o Governo tivesse de apresentar um Orçamento retificativo ou suplementar “a meio do ano”, devido ao contexto de incerteza em que a proposta para 2023, conhecida esta semana, foi construída. O professor universitário diz ainda que o documento apresentado por Fernando Medina na segunda-feira é “um Orçamento claramente de austeridade”.

Leia a entrevista completa na Renascença (acesso livre).

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Alguns balcões dos CTT estiveram sem dinheiro para pagar pensões

  • ECO
  • 13 Outubro 2022

Vários balcões dos CTT não conseguiram pagar pensão e bónus atribuído pelo Governo, confirmou a empresa. Problema já terá sido, entretanto, resolvido.

Faltou dinheiro para pagar as pensões em alguns balcões dos CTT, avançou na quarta-feira à noite o Jornal de Notícias (acesso pago). Em causa esteve o pagamento da pensão, mais o complemento extraordinário de meia pensão mensal que foi atribuído pelo Governo.

Fonte oficial dos Correios confirmou ao jornal que “foram verificados constrangimentos pontuais e inesperados na disponibilidade do pagamento de subsídios em alguns balcões CTT”. Em alguns balcões, os pensionistas da Segurança Social não conseguiram levantar a pensão e o bónus que ficou a pagamento na segunda-feira, garante a notícia.

Entretanto, os CTT asseguram que o problema foi resolvido e que, na quarta-feira, “na generalidade das localidades”, o processamento “já decorreu com normalidade”, depois de a falha ter atingido um pico na terça-feira. A empresa reconhece ao JN estar ciente “da importância desta correspondência para os pensionistas” e lamenta “qualquer perturbação” que tenha ocorrido.

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Wall Street abre a cair mais 2% e fecha a subir mais de 2%

  • ECO
  • 13 Outubro 2022

Taxa de inflação na Alemanha subiu para 10% em setembro, o nível mais alto da Alemanha reunificada. EUA também sem grande alívio nos preços. Bolsas europeias e americanas fecharam no verde.

As bolsas europeias encerraram a sessão desta quinta-feira em terreno positivo, invertendo o sentimento negativo da abertura e depois de vários dias consecutivos a acumular perdas. Em Lisboa, o destaque foi o BCP, que ganhou mais de 4%.

Do outro lado do Atlântico, Wall Street fechou com ganhos acima de 2%, isto apesar do arranque em falso por causa dos dados da inflação.

Siga aqui as notícias nos mercados.

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Rede social de Donald Trump passa a estar disponível no Google Play

  • Lusa
  • 13 Outubro 2022

A Truth Social, a rede social criada pelo ex-Presidente dos EUA, está desde esta quarta-feira disponível para transferência no Google Play, a loja de aplicações oficial dos telemóveis Android.

A Truth Social, a rede social do ex-Presidente dos EUA, Donald Trump, está desde esta quarta-feira disponível para transferência no Google Play, a loja de aplicações mais popular para os smartphones com sistema operacional Android.

A Google divulgou em comunicado que a aplicação do magnata republicano obteve acesso à plataforma porque está em conformidade com as diretrizes da empresa, que, entre outras coisas, exige que as aplicações moderem efetivamente o conteúdo gerado pelo utilizador e removam mensagens que incitem à violência.

Em agosto, o Google tinha informado a Truth Social que esta não estava a cumprir várias das suas políticas e recomendou à rede social “sistemas eficazes” para moderar o conteúdo gerado pelos utilizadores, uma das condições essenciais para obter acesso ao Google Play.

A empresa proprietária, a Trump Media and Technology Group (TMTG), já tinha manifestado na semana passada a sua satisfação pela aplicação ter sido admitida na loja da Samsung nos Estados Unidos, a Galaxy Store.

A Truth Social, lançada em 21 de fevereiro, foi criada como alternativa ao Twitter, rede social onde Trump ainda se encontra banido, e está disponível desde o início na App Store, da Apple, sendo que também pode ser acedida desde ‘browsers’.

O facto da aplicação não poder ser transferida até agora em modelos com Android afetou cerca de 44% dos utilizadores de smartphones dos EUA.

Trump, utilizou constantemente durante a campanha eleitoral de 2016 e enquanto chefe de Estado as redes sociais, em especial o Twitter, para comunicar com os seus seguidores. O republicano acabou banido do Twitter, Facebook e YouTube após o ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021, o que o levou à criação do Truth Social para contornar esse veto.

Atualmente, Trump é seguido por 4,18 milhões de pessoas, em comparação com os 88,8 milhões no Twitter e 35,4 milhões no Facebook que tinha antes de ser banido, por encorajar apoiantes a invadirem o Congresso norte-americano para impedirem a certificação da vitória eleitoral do democrata Joe Biden.

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Mercado do coworking regista sinais de recuperação e afasta preocupação com “inverno” nas tech

Nos espaços de cowork, apesar das startups continuarem a ser um dos principais clientes, não se sentem consequências do arrefecimento no ecossistemas das startups. E recuperação já é visível.

Depois de picos de rondas de investimento, disparos nas contratações e um clima salarial hot, o ecossistema tech tem dado sinais de arrefecimento, nomeadamente com notícias de redução de pessoal. Também os fundos de investimento já avisaram: há que esticar as rondas de investimento e abrandar contratações no ecossistema das startups. Nos espaços de cowork ouvidos pela Pessoas, apesar das startups continuarem a ser um dos principais clientes, não se sentem quaisquer consequências do arrefecimento no ecossistema das startups.

O tema ainda não é motivo de preocupação. “Antes pelo contrário”, assegura Miguel Chito Rodrigues, sócio fundador do LACS. Trabalhadores remotos e empresas que decidiram largar os escritórios têm dado um novo alento aos espaços de trabalho flexíveis, depois de um abrandamento forçado pela pandemia da Covid-19.

“Temos sentido uma crescente procura por parte de nómadas digitais fundadores de startups ou que fazem parte das equipas e estão em regimes remotos. Ao mesmo tempo, sentimos um aumento da procura por parte de empresas que largaram os seus escritórios durante a pandemia e que, agora, sentem a necessidade de voltar a juntar as equipas, num espaço físico, ainda sem regressar ao modelo anterior”, esclarece.

Também o Heden tem sentido que, sobretudo empresas maiores e mais estabelecidas estão agora mais abertas ao coworking e a escritórios de serviços partilhados como parte da oferta a colaboradores. Por outro lado, também a procura por parte de clientes internacionais aumentou.

Heden, no Rossio

E, apesar de admitir que “possa haver uma queda na procura deste tipo de espaços por parte das startups mais pequenas”, o CEO do Heden, considera que “a procura global está numa tendência ascendente”. “O ecossistema de Lisboa continua a ter um desempenho acima da média global”, afirma László Varga.

Com taxas de ocupação que ficam perto dos 100% — 95% no LACS, “praticamente completas” no Heden e “acima das taxas de ocupação pré-pandemia” no Avila Spaces” –, o tema do arrefecimento do ecossistema das startups não tem sido preocupante para os clusters criativos.

“Temos mais clientes, os nossos espaços têm taxas de ocupação praticamente completas e os nossos planos de expansão mantém-se em crescimento contínuo”, garante László Varga. “Embora as pessoas utilizem menos frequentemente os escritórios, as taxas de ocupação global atingiram níveis pré-pandémicos.”

No Avila Spaces, que já ultrapassou mesmo as taxas de ocupação registadas antes da pandemia, as perspetivas de crescimento são “boas”, assinala Carlos Gonçalves. “Espaços de cowork corporativos, como o Avila Spaces, não sentem este arrefecimento no ecossistema das startups, na medida em que atraem cada vez mais empresas já consolidadas no mercado e multinacionais que procuram desenvolver a sua atividade”, explica o CEO.

Sinais de recuperação já visíveis em 2022

Um recente estudo elaborado pela CBRE confirma a recuperação no mercado de flex offices, em Portugal e um pouco por toda a Europa. Portugal, como os demais mercados da Europa Ocidental, regista sinais positivos no setor dos escritórios flexíveis. De 2017 a 2021, os operadores de escritórios flexíveis representaram 7% e 3% da ocupação de escritórios em Lisboa e Porto, respetivamente.

Durante o primeiro semestre de 2022, o mesmo indicador disparou para 11%, em Lisboa, e 15%, na região do Porto. Valores que comprovam “o apetite por parte dos operadores”, bem como “o dinamismo que as nossas cidades imprimem”, considera Cristina Arouca, diretora de research e data intelligence na CBRE Portugal.

Rooftop do LACS Conde d’ÓbidosDR

No geral, as empresas estão a fazer o regresso ao escritório e as que procuram soluções de curto-prazo encontram resposta para as suas necessidades nos espaços flexíveis, lê-se no relatório internacional “Further Signs of Recovery in the EMEA Flex Office Market” (“Sinais da recuperação do mercado de escritórios flexíveis na região EMEA”, na tradução portuguesa).

“Contudo, este formato também é útil para as empresas já estabelecidas que encontram nos flex uma solução complementar”, salienta a CBRE.

“Grande parte das empresas percebeu que o trabalho remoto funciona, mas também entendem que o teletrabalho a partir de casa a 100% não é saudável, a bem da cultura empresarial e da ligação emocional das equipas. Numa altura em que muitas empresas estão a reduzir área de escritório e até mesmo a dispensá-lo, os espaços de cowork estão a assumir-se como um ‘terceiro espaço de trabalho’ e uma alternativa à sede da empresa e à residência do colaborador”, considera o CEO do Avila Spaces.

“Na prática, as empresas estão a criar ‘escritórios satélite’, para que os seus colaboradores utilizem espaços de trabalho numa base 100% flexível e com custos controlados. Estamos perante um novo modelo híbrido de trabalho que veio para ficar”, continua.

Com a pandemia, o Avila Spaces procedeu a algumas alterações ao modelo de negócio e definiu planos de cowork mais flexíveis e “com preços mais atrativos para startups”. “Um dos exemplos é o ‘pack de 10 dias’, que, por um valor de 200 euros (+IVA), os colaboradores das empresas utilizam o espaço de acordo com as suas necessidades, sem prazos de vigência ou obrigatoriedade de mensalidades”, explica Carlos Gonçalves.

Os escritórios do Avila Spaces localizam-se na Avenida da República, no centro da cidade de Lisboa.Ávila Spaces

Também no LACS foram criados novos produtos para responder às novas necessidades, quer por parte das empresas, quer por parte de trabalhadores individuais e nómadas digitais. Aos modelos mensais e anuais foram adicionadas modalidades semanais ou diárias, que permitem que haja uma ainda maior flexibilidade de uso por parte dos membros.

“O fator da flexibilidade pesou muito na elaboração destes planos flexíveis que têm até a mais valia de se poder usar em qualquer um dos três espaços LACS sem estar cingido a um único local, o que não acontecia pré-pandemia. Esta foi uma necessidade que sentíamos”, refere Miguel Chito Rodrigues.

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5 coisas que vão marcar o dia

No dia em que se debate no Parlamento a privatização da TAP, o Banco de Portugal publica dados sobre o Índice harmonizado de Preços no Consumidor em setembro.

Esta quinta-feira é dia de debate no Parlamento sobre a privatização da TAP e ainda de se conhecerem os dados sobre o Índice harmonizado de Preços no Consumidor em setembro. Destaque ainda para o Fórum da Indústria Têxtil e para a apresentação do Roteiro para a Descarbonização do Setor da Distribuição. Angela Merkel vem a Portugal para anunciar o vencedor do Prémio Gulbenkian.

Debate no Parlamento sobre privatização da TAP

Vai acontecer esta quinta-feira um debate no Parlamento, marcado pelo PSD, sobre a privatização da TAP. O Governo quer privatizar a companhia aérea nacional, mas ainda não se conhecem mais detalhes. Este processo não consta da proposta de Orçamento do Estado para 2023 (OE2023) mas, em resposta ao ECO durante a apresentação do documento, o ministro das Finanças adiantou que seria decidido num outro momento.

Banco de Portugal publica Índice harmonizado de Preços no Consumidor

O Banco de Portugal (BdP) publica esta quinta-feira os dados sobre o Índice harmonizado de Preços no Consumidor em setembro. Este índice é o indicador de inflação mais apropriado para comparações entre os diferentes países da União Europeia e é usado, desde fevereiro de 1999, pelo Banco Central Europeu (BCE) como instrumento para aferir a “estabilidade dos preços” dentro da área do Euro.

Fórum da Indústria Têxtil com presidente da ATP e ex-ministro da Economia

Decorre esta quinta-feira a 24.ª edição do Fórum da Indústria Têxtil, no Porto, num evento onde vão marcar presença o presidente da Associação Têxtil e Vestuário De Portugal (ATP) e o ex-ministro da Economia, Pedro Siza Vieira. O evento vai debater a sustentabilidade e economia circular e ainda os impactos da pandemia nas cadeias de valor e de fornecimento, bem como da guerra na Europa e da crise energética.

APED apresenta Roteiro para a Descarbonização do Setor da Distribuição

A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) vai apresentar esta quinta-feira o Roteiro para a Descarbonização do Setor da Distribuição, uma iniciativa que constitui o plano de ação do setor para atingir a descarbonização das suas atividades até 2040. Este roteiro é um “projeto ambicioso do setor, iniciado em 2021, que pretende levar as empresas associadas (…) a integrarem compromissos de sustentabilidade”.

Angela Merkel em Portugal para anunciar vencedor do Prémio Gulbenkian

A ex-chanceler alemã Angela Merkel vai estar esta quinta-feira em Portugal para anunciar o vencedor do Prémio Gulbenkian para a Humanidade. Este prémio pretende distinguir pessoas, grupos ou organizações de todo o mundo que se tenham evidenciado nas alterações climáticas. Começou a ser atribuído pela primeira vez em 2020 a Greta Thunberg.

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Tenho criptomoedas, e agora? Um guia para não se perder nas novas regras fiscais

Vou ter de declarar às Finanças que tenho criptomoedas? O que tenho de fazer se tiver lucro? 15 perguntas e respostas sobre as mudanças que vêm aí para quem tem moedas digitais (e não só).

A partir do próximo ano, as criptomoedas ficam sujeitas a imposto, conforme prevê a proposta de Orçamento do Estado para 2023. Não sabe se terá de declarar ao Fisco? Com a ajuda da consultora EY, preparamos um guia de 15 perguntas e respostas sobre as mudanças que vêm aí para quem tem moedas digitais (e não só).

1. Vou ter de declarar às Finanças que tenho criptomoedas?

Não. Apenas terá a obrigação de declarar eventuais ganhos e/ou rendimentos associados a operações com criptomoedas e outros criptoativos que detiver.

A proposta de Orçamento do Estado para 2023 passa a considerar as operações relacionadas com a emissão de criptomoedas – incluindo a mineração – dentro do conjunto de atividades comerciais e industriais abrangidas pela Categoria B do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS).

Adicionalmente, os ganhos obtidos com a alienação onerosa de criptoativos (que não constituam valores mobiliários) passam a constituir uma mais-valia abrangida pela Categoria G do Código do IRS.

No caso da alienação de criptoativos, o ganho sujeito a IRS é constituído “pela diferença entre o valor de realização e o valor de aquisição”, líquido das despesas necessárias e efetivamente praticadas, inerentes à aquisição e alienação. Para este efeito, o valor de realização corresponde ao valor de mercado do criptoativo à data da venda. Mas atenção: nem todos os ganhos estão sujeitos a IRS.

2. Tive lucro com a venda de criptomoedas que comprei há menos de um ano. Tenho de declarar?

Sim. Se a proposta de Orçamento do Estado para 2023 for aprovada, terá de reportar a operação de venda quando preencher a declaração de IRS e o ganho obtido (diferença entre o valor de mercado à data da venda e o valor de aquisição, líquido das despesas necessárias e efetivamente praticadas, inerentes à aquisição e alienação) estará sujeito a IRS, sendo-lhe aplicada uma taxa de 28% (sem prejuízo da opção de englobamento, se mais favorável).

3. Como e quando é que tenho de declarar?

Quando preencher a declaração de IRS junto da Autoridade Tributária – cuja campanha de entrega começa geralmente a 1 de abril – terá de incluir as operações de venda de criptoativos que teve no ano anterior.

Os anexos da declaração de IRS terão ainda de ser ajustados para contemplar estas operações.

4. Quanto vou pagar pelos ganhos que tive com a venda de criptomoedas?

Assumindo que deteve as criptomoedas por um período inferior a 365 dias, e se obtiver um saldo positivo entre as mais e as menos valias, será sujeito a taxa de IRS de 28%, isto se não optar pelo englobamento das mais-valias.

Neste caso, se teve uma mais-valia de 1.000 euros nestas operações, terá de pagar 280 euros à Autoridade Tributária.

5. Posso ser punido se não apresentar a declaração ao Fisco? O que me acontece?

Sim, a falta de reporte de rendimentos e/ou ganhos ou a falta de entrega da declaração de IRS constitui uma contraordenação, sujeita a penalidades. Os valores da coima dependem da situação em concreto.

No caso de regularização voluntária, poderão aplicar-se situações de dispensa ou redução de coimas, dependendo, entre outros fatores, da data em que a falta cometida for regularizada, bem como se foi ou não levantado auto de notícia, recebida participação ou denúncia ou iniciado procedimento de inspeção tributária.

Serão igualmente devidos juros compensatórios (à taxa anual de 4%) sobre o imposto em falta.

6. O que acontece com as criptomoedas que comprei há mais de um ano?

As mais-valias referentes a criptomoedas detidas por um período igual ou superior a 365 dias (um ano) estarão isentas de IRS.

7. Tenho duas unidades da mesma criptomoeda compradas em momentos diferentes: uma há mais de um ano e outra há menos de um ano. Tive lucro na venda de uma delas, mas não sei qual. Tenho de declarar lucro?

O Código do IRS prevê a aplicação do método FIFO (First In, First Out) no apuramento de mais-valias obtidas com a alienação de valores mobiliários, de acordo com o qual os valores mobiliários alienados são os adquiridos há mais tempo.

Esta norma não sofreu qualquer alteração na proposta de Orçamento do Estado para 2023, de modo a garantir a sua aplicação ao apuramento de ganhos obtidos com a venda de criptoativos que não constituam valores mobiliários.

No entanto, e não estando prevista a obrigação de usar um método distinto para a alienação de criptoativos, este método poderá ser igualmente aplicado no apuramento dos ganhos com criptoativos.

criptomoedas, bitcoinPixabay

8. A minha carteira de criptomoedas valorizou no último ano, mas não fiz qualquer transação. Tenho de declarar?

Se não efetuou qualquer transação no ano transato, significa que não teve qualquer mais-valia com a venda de criptomoedas, pelo que não terá nada a declarar ao Fisco, dado que em sede de IRS apenas são tributadas as mais-valias realizadas (e não as mais-valias latentes).

9. Faço mineração de criptomoedas. Também tenho de declarar? Como sendo uma mais-valia ou como rendimento de atividade?

A mineração de criptomoedas passa a ser considerada uma atividade comercial/industrial abrangida pela Categoria B do IRS. Os rendimentos obtidos com o exercício desta atividade estarão sujeitos a IRS, aplicando-se taxas progressivas de IRS.

A regra constante da proposta de Orçamento do Estado para 2023 não é clara no que se refere ao coeficiente a aplicar no âmbito do regime simplificado, mas parece dar a entender que o ganho tributável corresponderá a 15% dos rendimentos obtidos com a referida atividade (ainda que a redação em sede de IRS suscite dúvidas, por fazer referência à venda de mercadorias e produtos, o que não é o caso da mineração).

10. Recebi criptomoedas de um amigo por uma transação. Também tenho de declarar?

Caso se trate de uma transmissão gratuita (por exemplo, uma doação de criptomoedas) existe sujeição a Imposto do Selo à taxa de 10%.

Caso se trate da contrapartida de uma transação onerosa, apenas existirá reporte/impacto fiscal, em sede de IRS, no momento da alienação das referidas criptomoedas, podendo haver igualmente necessidade de reporte da transação (dependendo da transação em causa).

11. Os meus rendimentos vêm da minha atividade de compra e venda de criptomoedas. Como declaro?

Na declaração de IRS, irá declarar os rendimentos obtidos com o exercício da atividade de compra e venda de criptomoedas, assumindo que se trata de uma prática reiterada e continuada.

12. Se optar pelo englobamento, o que tenho de fazer?

Na declaração de IRS, além de reportar os ganhos obtidos com a venda de criptomoedas, deverá igualmente selecionar a opção pelo englobamento da Categoria G do IRS. Nesse caso, todos os ganhos abrangidos pela referida categoria (incrementos patrimoniais) estarão sujeitos a tributação às taxas progressivas de IRS.

13. E se tiver prejuízos?

O saldo negativo apurado em cada ano, relativo às operações de alienação de criptoativos, pode ser reportado para os cinco anos seguintes, desde que opte pelo englobamento da Categoria G.

Isto é, este saldo negativo pode ser deduzido a eventuais ganhos obtidos nos cinco anos seguintes, desde que seja efetuada a opção pelo englobamento – quer no ano em que é obtido o saldo negativo, quer no ano em que obtém ganhos e pretende deduzir as perdas de anos anteriores.

14. Comprei NFT (non fungible token). Também se aplicam estas regras?

Sim, um NFT está incluído na definição de criptoativo prevista no Código do IRS.

15. Também declaro os rendimentos com stacking (juros das cripto)?

A proposta de Orçamento do Estado para 2023 não estabeleceu nenhuma norma específica para estes rendimentos, que eventualmente se poderão qualificar como Categoria E do IRS (“rendimentos de capitais”), dada a natureza residual desta norma, ou alternativamente como rendimentos da Categoria B (“rendimentos empresariais e profissionais”), no caso de estes rendimentos serem imputáveis a atividades geradoras de rendimentos empresariais e profissionais.

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