74% das freguesias de baixa densidade sem antenas 5G

Rede móvel de quinta geração chega a cada vez mais pessoas, mas maioria das freguesias de baixa densidade não tem qualquer estação 5G instalada no seu território.

O 5G está a chegar a cada vez mais pessoas. Entre o segundo e o terceiro trimestre, o número de antenas instaladas em território nacional aumentou 48%, mas a rede móvel de última geração ainda só chega a 39% das freguesias do país — e a maioria das freguesias de baixa densidade ainda não tem este tipo de rede móvel.

O balanço trimestral foi divulgado esta quarta-feira pela Anacom, que contou 4.317 estações 5G no final de setembro, distribuídas por 271 concelhos, o que representa 88% dos concelhos do país. Já o número de freguesias com 5G é mais reduzido, com a tecnologia a estar presente em 1.191 freguesias.

As empresas de telecomunicações continuam a implementar este tipo de cobertura em Portugal, sendo que a grande maioria das antenas 5G estão em Áreas Predominantemente Urbanas (73% do total).

Enquanto isso, “a análise da distribuição das estações 5G pelas freguesias do país, tendo em consideração a sua densidade populacional, permite concluir que 20% do total (858 estações) estão instaladas em freguesias de baixa densidade”, frisa o regulador. Porém, visto de outra perspetiva, 74% das freguesias de baixa densidade ainda não dispõem de antenas 5G.

Olhando para as empresas, “a Nos é o operador que no final de setembro tinha instalado um maior número de estações 5G, num total de 1.974 estações (46%), seguindo-se a Vodafone com 1.604 estações (37%) e a Meo com 739 estações (17%). No entanto, considerando o total de antenas de rede móvel existente (incluindo 2G, 3G, 4G e 5G), a Anacom constata que “a Nos é o operador com menor número de estações”.

A Anacom diz ainda que 16,4% dos acessos totais à internet móvel já são através do 5G. Os utilizadores geraram um tráfego total de 4.953 TB (terabyte). “Significa que 7,6% do total de tráfego móvel já é suportado em redes 5G”, conclui o regulador.

Nos termos do leilão que terminou no final do ano passado, as empresas que adquiriram licenças para 5G estão sujeitas a várias obrigações de cobertura. Entre elas está a determinação de que, até 2023, 73% da população de cada uma das freguesias consideradas de baixa densidade e de cada uma das freguesias da Madeira e dos Açores têm de ter um serviço de banda larga móvel com um débito que varia entre 50 Mbps (megabits por segundo) e 100 Mbps, consoante o espetro que cada empresa tiver adquirido.

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