Economia pondera dar mais autonomia às equipas no estrangeiro do Turismo de Portugal
Governo está a ponderar converter estas equipas em serviços descentralizados do Turismo de Portugal, integrados nas respetivas representações diplomáticas.
A rede de delegados do turismo no estrangeiro, que atualmente cobre 25 mercados, tem de ser otimizada. A constatação é do ministro da Economia, que está a ponderar converter estas equipas em serviços descentralizados do Turismo de Portugal, integrados nas respetivas representações diplomáticas.
Na nota explicativa da proposta de Orçamento do Estado para 2023, António Costa Silva — que é ouvido esta quarta-feira no Parlamento, sublinha que “a rede dos delegados do turismo no estrangeiro necessitará de ser otimizada, privilegiando-se uma maior articulação e dependência funcional com as áreas de negócio do Turismo de Portugal”.
Portugal tem 17 equipas do Turismo de Portugal que atuam em 25 mercados emissores de turismo, considerados prioritários ou relevantes para a promoção turística externa. A sua função é levar a cabo atividades promocionais institucionais e “apoiar a internacionalização das empresas portuguesas, desenvolvendo a sua ação de prospeção e de implementação de ações próprias, ou em coordenação com as Agências Regionais de Promoção Turística”, como se pode ler no site do Turismo de Portugal.
As equipas do Turismo de Portugal estão presentes nos mercados alemão (que coordena Suíça e Áustria), belga (coordena Países Baixos), brasileiro, canadiano, chinês, dinamarquês (que coordena Suécia e desenvolve ações na Noruega e Finlândia), espanhol, norte-americano, francês (que desenvolve ações no Luxemburgo), indiano, irlandês, italiano, japonês (que desenvolve ações na Coreia do Sul), polaco, britânico, checo e russo.
O ECO questionou o Ministério sobre o significado desta otimização. Fonte oficial explicou que passa pela necessidade de as equipas do Turismo de Portugal estrangeiro terem mais flexibilidade e autonomia.
“No Plano Reativar o Turismo| Construir o Futuro 2027”, lançado por uma Resolução do Conselho de Ministro em 2021, estavam previstas “iniciativas relacionadas com a internacionalização da oferta nacional e a capacitação do trade internacional que exigem Equipas de Turismo no estrangeiro com muito maior flexibilidade, agilidade e autonomia na sua intervenção, sendo por isso necessário convertê-las em serviços descentralizados do Turismo de Portugal, I. P., integrados nas respetivas representações diplomáticas”, disse fonte oficial da Horta Seca. “Essa ponderação está em curso”, acrescentou.
Estas alterações resultam da reflexão que o setor do Turismo “vive numa encruzilhada de novos desafios” e que Portugal, se quer “manter uma posição de liderança internacional no setor, tem de conseguir responder aos mesmos”.
“As questões da sustentabilidade, da digitalização, da inclusão, do mercado de trabalho e outras, são críticas para o turismo do futuro e Portugal está a preparar-se em todas essas frentes, sendo fundamental que consiga comunicar de forma ágil e assertiva esse novo posicionamento junto dos seus stakeholders internacionais institucionais e privados”, sublinha, por outro lado, fonte oficial do Ministério da Economia.
O turismo está a recuperar do período de pandemia, mas ainda não conseguiu retomar o fulgor de 2019. Entre janeiro e setembro houve um aumento de 113% nas dormidas em alojamentos turísticos em Portugal (+27,3% nos residentes e +222,3% nos não residentes). No entanto, face ao período pré-pandémico, as dormidas caíram 2,4% devido à “diminuição das dormidas de não residentes (-7%)” e dado que as dormidas de residentes cresceram 8%, segundo o Instituto Nacional de Estatística.
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