Taxa de esforço de 36% abre porta a renegociação do crédito à habitação

Os contratos de crédito à habitação com uma taxa de esforço acima de 36% podem ser renegociados sem penalizações, desde que abaixo dos 300 mil euros.

Todos os contratos de crédito à habitação com uma taxa de esforço acima dos 36% poderão ser renegociados, sem penalização para os clientes.

“Sempre que existe um agravamento da taxa de esforço de cinco pontos percentuais ou se verifique o acréscimo da taxa de juro que estava revisto no teste de stress determinado pelo Banco de Portugal e daí resulte uma taxa de esforço superior a 36%”, refere João Nuno Mendes, Secretário de Estado do Tesouro, em conferência de imprensa, após ser aprovado em Conselho de Ministros um diploma do Governo que abrange uma série de medidas para mitigar o efeito da subida das taxas de juro nas famílias com créditos à habitação.

Além da renegociação dos créditos à habitação puder vir a ocorrer na ocorrência de alguma das duas situações anteriormente descritas, o governante salienta ainda que a revisão dos contratos acontece sempre quando a taxa de esforço seja superior a 50% – limiar definido pelo Banco de Portugal em que não se pode contratualizar um crédito à habitação após a realização do teste de stress (simulação que assume uma taxa de juro 3 pontos percentuais à taxa atual).

O governante adianta ainda a possibilidade de os bancos puderem propor a contratualização de um novo contrato ou até proporem a consolidação de créditos. “Não pode é haver um aumento da taxa de juro”, diz o Secretário de Estado do Tesouro, salientando que esta “porta aberta” para a renegociação dos créditos à habitação só se aplica a contratos com valores em dívida até 300 mil euros.

Todas as renegociações de contratos, que sejam realizados à imagem do decreto-lei aprovado pelo governo, desembocarão na aplicação do regime do plano de ação para o risco de incumprimento (PARI).

O Governo acredita que o decreto-lei poderá ter uma aplicação abrangente, dado que, segundo João Nuno Mendes, existem cerca de 100 mil milhões de euros em crédito à habitação, 2 milhões de devedores e 1,4 milhões de contratos ativos.

De acordo com João Nuno Mendes, os bancos “têm sensivelmente 45 dias para rever a posição de stock relativamente a evolução do esforço e aos patamares do esforço para encontrar esta população elegível e despoletar os processos negociais quando existem evidências das dificuldades”.

Além disso, o decreto-lei que segue agora para ser analisado e promulgado pelo Presidente da República, define ainda a isenção do pagamento da comissão de amortização do crédito à habitação, somente para os contratos com taxa variável, independentemente do montante do crédito.

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Parque público habitacional vai ter investimento de 2.377 milhões até 2026

  • ECO
  • 3 Novembro 2022

O Governo aprovou o programa nacional de habitação, que contempla 22 medidas. Parque público habitacional conta com um investimento de 2.377 milhões de euros até ao final de 2026.  

O Governo aprovou, em Conselho de Ministros, uma proposta de lei referente ao programa nacional de habitação, que estava previsto na Lei de Bases da Habitação. Entre as medidas previstas neste programa consta o parque público habitacional, com um investimento de 2.377 milhões de euros até ao final de 2026.

O programa nacional de habitação tem um âmbito temporal até 2026, aplica-se a todo o território nacional e prevê objetivos e prioridades em política de habitação”, começou por explicar o ministro da Habitação e das Infraestruturas, após o Conselho de Ministros desta quinta-feira, elencando que o objetivo é ter “uma política de habitação integrada”.

Este programa contempla 22 medidas, sendo que o “programa nacional de habitação é acompanhado por um compromisso plurianual”, revelou um ministro. Entre as medidas previstas no programa consta o parque público habitacional, que vai ter “um investimento de 2.377 milhões de euros até final de 2026”, já com reflexos a partir do próximo ano, adiantou Pedro Nuno Santos.

No âmbito do parque público habitacional, destaca-se o 1.º direito, tendo em vista apoiar as famílias mais carenciadas e contando com um envelope financeiro de 1.311 milhões de euros até ao final de 2026. Nesse contexto, o governante sublinhou ainda que “a esmagadora maioria dos municípios” já avançou com este apoio, tendo já sido entregues 1.200 casas.

O parque habitacional público contempla ainda “um programa dirigido à classe média”, tendo em vista “mobilizar imóveis do Estado que estejam devolutos, edifícios ou terrenos para a construção ou reabilitação de imóveis para destiná-los à população com rendimentos intermédios” e que conta com um investimento de 48 milhões de euros.

Por outro lado, o ministro disse também que, no âmbito do parque público habitacional, 48 milhões de euros vão ser destinados à reabilitação do parque existente do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), bem como outros 159 milhões de euros “para aquisição de imóveis por parte do Estado”.

Pedro Nuno Santos adiantou ainda que “há um terceiro pilar” que diz respeito a respostas de emergência que “pretendem encontrar soluções temporárias e transitórias” para diferentes situações, sejam estas “calamidades ambientais, pandemias, fluxos migratórios ou vítimas de violência doméstica”, elencou. Para o efeito, o Governo vai avançar com o programa porta de entrada e com a bolsa nacional de alojamento urgente e temporário.

A bolsa nacional de alojamento urgente e temporário vai contar com dois mil imóveis e será financiada pelo PRR, ao passo que o programa porta de entrada “financiará o arrendamento de imóveis privadas”, tais como pousadas ou hotéis quando “não há espaço nos imóveis do Estado”. Estão ainda previstos um conjunto de incentivos à oferta privada.

(Notícia corrigida às 18h05 com a indicação de que os 2.377 milhões de euros dizem respeito apenas às medidas previstas no âmbito do parque público habitacional e não ao total do programa. Pedimos desculpa aos leitores)

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Luísa Salgueiro rejeita aumento do endividamento das câmaras condicionado ao uso de fundos comunitários

Luísa Salgueiro é contra a capacidade de endividamento dos municípios a 100% estar condicionada a investimentos financiados por fundos comunitários, como consta da proposta do OE2023.

A presidente da Associação Nacional de Municípios (ANMP) rejeita a proposta do Orçamento do Estado para 2023 que corta a autonomia das câmaras. Em causa está a possibilidade de os municípios aumentarem os níveis de endividamento para assegurar o financiamento nacional de projetos que contam com incentivos comunitários. Uma condicionalidade que Luísa Salgueiro rejeita.

“Há outras medidas [da proposta do OE2023] que nos parecem ainda insuficientes e uma delas é relativa à capacidade de endividamento dos municípios que é possível atingir o valor de 100% desde que se destine a investimentos por fundos comunitários“, disse esta quinta-feira no Parlamento, a presidente da ANMP, no âmbito da discussão na especialidade do OE2023.

“Entendemos que esta norma continua a cortar a autonomia dos municípios e deve ir até ao valor total, mas não condicionada a investimentos financiados por fundos comunitários. Isso deve competir às autarquias. É uma limitação ao poder local”, defendeu a autarca socialista, descontente com a proposta do Governo.

Esta medida faz parte de um caderno reivindicativo com as propostas da ANMP não contempladas no OE2023 que Luísa Salgueiro deu conta, no Parlamento, e que já apresentou ao ministro das Finanças.

Por outro lado, nesse mesmo caderno reivindicativo está o fim da contribuição dos municípios para a ADSE“. Esta é já “uma reivindicação antiga“, segundo a também presidente da Câmara Municipal de Matosinhos. “Não tem sentido haver um regime distinto conforme se trate da Administração Central ou Local. Na Administração Local são os municípios que suportam os encargos da ADSE dos seus funcionários“, contesta. Luísa Salgueiro adianta ainda que Fernando Medina se mostrou disponível “para trabalhar no sentido de se alterar esta regra, mas continua a não estar na proposta de OE”. A líder da ANMP apela, por isso, à intervenção do Parlamento: “É uma sugestão que deixamos aos grupos parlamentares para que apresentem propostas de alteração para que esta regra seja contemplada“.

Luísa Salgueiro reclama também a suspensão da regra do equilíbrio orçamental. “Foi suspensa durante o período Covid-19 e entendemos que, sobretudo neste período de forte inflação, deveria continuar a estar suspensa, o que não aconteceu”, contesta. Assim como exige que sejam “ressarcidas as verbas relativas aos trabalhos que as autarquias realizaram no combate à Covid-19 e parece justo que o Governo possa acautelar o pagamento assim como se fez no fundo social municipal”.

Entretanto, a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, afirmou esta quinta-feira à Lusa que o Governo não tem condições de pagar os 156 milhões de euros reivindicados pelos municípios como despesa no combate à Covid-19. “Neste momento, não temos condições de corresponder a essa reivindicação da ANMP. A única abertura que temos, e já transmitimos, foi no âmbito daquele que é o apoio do Fundo de Solidariedade da União Europeia”, que representa um total de 60 milhões de euros, justifica Ana Abrunhosa.

Luísa Salgueiro reclama ainda o fim do corte de 5% ao vencimento dos titulares de cargos políticos. “É uma reivindicação que já vem do congresso da ANMP e defendemos para todos os titulares dos cargos políticos, que continuem a ser vítimas dessa medida que foi imposta no tempo da Troika”, afirma.

A presidente da ANMP defende ainda “a redução do IVA da energia para a Administração Local para a taxa mínima, particularmente no que diz respeito à iluminação pública”, assim como a implementação do “regime do chamado gasóleo verde ou agrícola para o transportes públicos, escolar e para a recolha de resíduos urbanos”. Além de “uma imediata adesão direta dos municípios ao regime de baixa tensão do mercado regulado”.

A redução da taxa de resíduos, “uma vez que tem um forte impacto na vida dos munícipes ou dos municípios que queiram acolher”, também faz parte do caderno reivindicativo da ANMP.

A regionalização viria reforçar o papel dos municípios, mas admito que não é consensual.

Luísa Salgueiro

Presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses

A propósito da descentralização, a autarca diz que “é uma reforma do Estado português há muito desejada. Não é a reforma mais profunda que se podia fazer, mas ainda não estamos no tempo de avançar para a regionalização”. Aliás, reforça: “A regionalização viria reforçar o papel dos municípios, mas admito que não é consensual”.

Segundo a líder da ANMP, está-se “agora a tratar da descentralização e a verdade é que não se consegue tudo no mesmo momento e de forma perfeita. O país está a trabalhar para que deixe de ser o mais centralizado da União Europeia e para que haja vantagens disso”.

Luísa Salgueiro aproveitou a oportunidade para assegurar que não há relatos de ocorrência de problemas, no início do ano letivo, na sequência da transferência de competências da área da educação do Estado para as autarquias. “Apesar das dificuldades, os autarcas foram capazes de assumir as competências na área da descentralização e fazer com que tudo funcionasse“, frisa. A socialista é perentória: “Vamos estar capazes de assumir as competências na ação social em 2023. E com boa saúde financeira dos municípios“.

Aponta ainda como satisfatório o facto de o OE contemplar “o reforço de 43% do Fundo de Financiamento para a Descentralização (FFD) de competências que passa, assim, a 1.204 milhões de euros”. Além disso, nota, “também há um mecanismo que permite o reforço deste fundo de financiamento sempre que necessário e estima-se que será reforçado, uma vez que estão ainda em curso os trabalhos de negociação do acordo da área social e a comissão técnica de desenvolvimento da área da educação está em funcionamento”.

Entre os aspetos positivos da proposta do OE2023, a ANMP aponta o cumprimento da lei das finanças locais. “Este é o segundo OE, desde há 20 anos, que cumpre a lei das finanças locais. Um motivo de satisfação por percebermos que, em 2023 a lei vai ser cumprida e há uma transferência de mais 220 milhões do que acontece agora em 2022″, afirma Luísa Salgueiro.

A líder da ANMP está também de acordo com “o reforço das transferências para as entidades intermunicipais que vão receber, em 2203, ao abrigo da lei das finanças locais, o montante de 11 milhões e 39 mil euros“.

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O futuro da indústria em Portugal em debate na Fábrica 2030

  • ECO
  • 3 Novembro 2022

A Fábrica 2030 está de volta no próximo dia 10 de Novembro, na Alfândega do Porto, para debater o futuro da indústria portuguesa. Pode acompanhar o evento no local ou online.

O crescimento dos custos associados à energia, a incerteza política e económica em relação a um conjunto de mercados que anteriormente tinham significado nas nossas relações económicas como a Rússia, Ucrânia mas também Alemanha e Reino Unido representam novas variáveis fraturantes no horizonte da indústria portuguesa. Estas dificuldades e barreiras ao crescimento acelerem a urgência da transformação digital e da relação entre engenharia e indústria, entre tecnologias como AR|VR, cloud, 5G, robótica e processos produtivos.

Sem mercados em desenvolvimento não há negócio, mas a verdade é que sem evolução tecnológica não há futuro. E num momento em que várias incertezas nos prendem ao presente, a economia nacional precisa de uma indústria com futuro. É nesta direção que a Fábrica2030 se apresenta em 2022.

Que indústria de futuro queremos para Portugal?” Esta é a questão que lança o debate na Alfândega do Porto, na manhã do próximo dia 10 de novembro.

Como tem sido habitual, o debate terá a participação de vários representantes. Desde empresários, banca, gestores, economistas, consultores, universidades, um mix de decisores presentes no terreno e habituados a projetar o futuro.

Para assistir à conferência anual do Eco pode inscrever-se aqui.

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Marca Allianz reavaliada em 18,7 mil milhões. É a 34ª mais valiosa no mundo

  • ECO Seguros
  • 3 Novembro 2022

Na listagem da Interbrand a seguradora alemã sobe 23% o seu valor em 2022 e com a AXA são as únicas seguradoras entre as marcas mais valiosas do mundo, lista liderada pela Apple.

A Allianz foi nomeada a seguradora número um do mundo no ranking das 100 Melhores Marcas Globais da Interbrand. Este ano, com um valor de marca de 18,7 mil milhões de USD, a Allianz regista um aumento de 3,5 mil milhões de USD em relação a 2021, um aumento de 23,5%. A francesa AXA é 43ª maior, com um valor de 15,7 mil milhões de dólares e as duas são as únicas seguradoras presentes no top 100 do valor das marcas mundiais. A tabela liderada pela Apple com um valor de 482 mil milhões e, no setor financeiro, a mais valorizada é, em 24,3 mil milhões, a J.P.Morgan no 24º lugar.

A propósito desta revelação, José Francisco Neves, CMO da Allianz Portugal, afirma que “o crescimento é o resultado de um esforço e dedicação dos 155.000 colaboradores da Allianz de todo o mundo e dos 120.000 agentes com quem trabalhamos todos os dias para que os nossos clientes se preparem para o melhor que a vida tem para oferecer”. O slogan da Allianz

A Interbrand foi pioneira no conceito de valorização da marca em 1988. Foi a primeira empresa a ter a sua metodologia certificada em conformidade com a ISO 10668 (requisitos para avaliação monetária da marca) e desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento da própria norma. Desde 2000, o ranking e relatório Best Global Brands tem sido publicado anualmente e é um dos rankings mais reconhecidos na gestão de marcas.

O top 10 das marcas mundiais da Interbrand é Apple, Microsoft, Amazon, Google, Samsung, Toyota, Coca-Cola, Mercedes, Disney e Nike. Airbnb, Red Bull e Xiaomi entraram este ano para o top 100.

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E-Toupeira: Sentença adiada para dia 9 de janeiro

A leitura da sentença do processo E-Toupeira foi adiada para 9 de janeiro. Entre os arguidos está o antigo assessor jurídico da SAD do Benfica, Paulo Gonçalves, e dois funcionários judiciais.

Apesar de estar inicialmente agendada a leitura da sentença do processo E-Toupeira para o dia 4 de novembro, a conclusão do julgamento foi adiada para 9 de janeiro. Entre os arguidos está o antigo assessor jurídico da SAD do Benfica, Paulo Gonçalves, e dois funcionários judiciais: José Silva e Júlio Loureiro.

Neste processo estão em causa crimes de acesso indevido, corrupção passiva, favorecimento pessoal, peculato ou violação de segredo de justiça.

O caso E-Toupeira remonta a 2018 e, segundo a acusação do Ministério Público, o presidente da Benfica SAD, Luís Filipe Vieira, teve conhecimento e autorizou a entrega de benefícios aos dois funcionários judiciais, por parte de Paulo Gonçalves, a troco de informações sobre processos em segredo de justiça, envolvendo o Benfica, mas também clubes rivais. Mas na fase de instrução, a SAD do Benfica e Luís Filipe Vieira não foram pronunciados.

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“Já não é interessante falar de TI. Science Tech é o futuro”

"Science Technology é a tecnologia do futuro. É uma ciência que está a ser alimentada pelo progresso da tecnologia", afirma Marc Carrel-Billiard, Global Innovation Lead da Accenture.

Já não acho interessante falar de TI [tecnologias de informação]. O que está agora na berra é Science Technology (ST),” afirma Marc Carrel-Billiard, global innovation lead da Accenture, na conferência “Ongoing Tech Revolution“, inserido nas Good Morning Sessions da Accenture, no âmbito da Web Summit.

Science Technology é a tecnologia do futuro. É uma ciência que está a ser alimentada pelo progresso da tecnologia e um bom exemplo disso foi a criação de vacinas [para o Covid-19] em menos de 18 meses, algo que nunca antes tinha sido visto”, salienta Marc Carrel-Billiard, na conferência promovida pela consultora e que contou ainda com as participações de Rui Barros, managing director, technology lead da Accenture Portugal, e Dominique Pouliquene, CEO da Cintoo.

Mas os progressos não se ficam apenas pelas vacinas, com ajuda da computação quântica, abre-se a porta também à possibilidade de surgirem novos medicamentos e materiais científicos.

Science Technology é a tecnologia do futuro. É uma ciência que está a ser alimentada pelo progresso da tecnologia e um bom exemplo disso foi a criação de vacinas [para o Covid-19] em menos de 18 meses, algo que nunca antes tinha sido visto.

Marc Carrel-Billiard

Global innovation lead da Accenture

Já num futuro não muito distante, com o uso da tecnologia cloud e o metaverso, as pessoas podem vir a ter as suas informações clínicas numa cloud, permitindo que sejam feitos diagnósticos médicos através do metaverso, explicou Marc Carrel-Billiard.

Gémeos digitais: A distância deixa ser um problema

Na conferência esteve também Dominique Pouliquene, o CEO da Cintoo, uma empresa financiada pela Accenture e que oferece uma tecnologia denominada de Gémeos Digitais. Esta tecnologia consiste em transpor uma localização existente para o digital através de um scanner 3D, tornando-se assim uma cópia gémea do mundo real.

De acordo com o CEO, os Gémeos Digitais podem ser usados para simulações, monitorizações remotas e até mesmo manutenções de sistemas, ou seja, as empresas que tenham acesso a esta tecnologia poderão controlar as suas infraestruturas mesmo que estejam a centenas de quilómetros de distância.

Empresas como a Tesla, GM ou até mesmo a BP já utilizam esta tecnologia, acrescentou Marc Carrel-Billiard.

Satélites podem ser a solução para o planeta

Além da Science Technology ou dos Gémeos Digitais, a conferência terminou com um dos temas mais abordados do momento: o espaço.

Segundo a Accenture, o objetivo passa por encontrar uma solução em que as satélites possam ser usadas para ajudar o nosso planeta, em que, por exemplo, sejam possíveis sistemas em tempo-real de monitorização da desflorestação ou os níveis de poluição existentes na Terra.

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Operação Lex: Ministério Público quer Luís Filipe Vieira em julgamento

  • Lusa
  • 3 Novembro 2022

Na abertura do debate instrutório no STJ, presidido pelo juiz Sénio Alves, o procurador Vítor Pinto considerou que o ex-dirigente “deve ser pronunciado nos exatos termos por que foi acusado".

O Ministério Público (MP) defendeu quer que o antigo presidente do Benfica Luís Filipe Vieira seja julgado no processo Operação Lex, no qual é acusado em coautoria de um crime de recebimento indevido de vantagem.

Na abertura do debate instrutório no Supremo Tribunal de Justiça (STJ), presidido pelo juiz conselheiro instrutor Sénio Alves, o procurador Vítor Pinto considerou que o ex-dirigente “deve ser pronunciado nos exatos termos por que se encontra acusado”.

O procurador disse que os “factos são inquestionáveis”, referindo a ilicitude do comportamento e do suposto acordo com o então juiz desembargador Rui Rangel.

“Luís Filipe Vieira deu, Rui Rangel prometeu fazer, mercadejando com o cargo”, disse o magistrado, elencando o recebimento pelo antigo desembargador de bilhetes para a tribuna presidencial do Estádio da Luz e de viagens para assistir a jogos do Benfica no estrangeiro a troco de informações sobre um processo no qual o antigo presidente dos ‘encarnados’ estava envolvido no tribunal de Sintra.

E continuou: “Todos os arguidos sabiam que estavam a atribuir as vantagens, em função dos seus contactos no meio judicial. (…) Não é permitido a um juiz receber vantagens de qualquer espécie pela sua função, este é que é o cerne da questão”.

Segundo o procurador, “oferecer bilhetes não é crime, mas oferecer bilhetes a uma pessoa de que se espera uma atuação contrária aos deveres da função já é crime”. Nesse sentido, Vítor Pinto argumentou que “o nexo entre as ofertas e o processo de Sintra são manifestos e confessados”, sublinhando que “os arguidos são pessoas com formação, não podendo deixar de ter noção da ilicitude dos seus comportamentos”.

Refutou ainda que Luís Filipe Vieira estivesse a exercer um direito ao pedir informações ao então juiz desembargador Rui Rangel (e antigo candidato à presidência do clube da Luz) sobre a evolução do tal processo no tribunal de Sintra, salientando que o presidente do Benfica tinha representantes legais nesse caso e que caberia a estes informarem-no do estado dos autos e tratar de que este pudesse ser despachado de forma mais rápida.

O MP pediu igualmente que os arguidos Jorge Barroso e Fernando Tavares fossem também pronunciados para irem a julgamento pelo crime que estão acusados em coautoria com Luís Filipe Vieira, ou seja, recebimento indevido de vantagem.

O processo Operação Lex tem 17 arguidos, incluindo ainda os antigos juízes desembargadores Rui Rangel, Fátima Galante e Luís Vaz das Neves, que foi presidente do Tribunal da Relação de Lisboa.

O processo Operação Lex foi conhecido em 30 de janeiro de 2018, quando foram detidas cinco pessoas e realizadas mais de 30 buscas e teve origem numa certidão extraída do caso Operação Rota do Atlântico, que envolveu o empresário de futebol José Veiga, suspeito de crimes de corrupção no comércio internacional, branqueamento de capitais, fraude fiscal e tráfico de influências.

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Microsoft quer maior aliança entre tecnologias “verdes” e digitalização para combater crise climática

Para o presidente da gigante tecnológica, a guerra na Ucrânia não deve distrair os países da prioridade que é o crise climática e por isso pede uma maior cooperação entre tecnológicas e digitalização.

A Microsoft comprometeu-se a continuar a fornecer apoio tecnológico à Ucrânia até 2023. De acordo com Brad Smith, as ajudas da gigante tecnológica serão reforçadas em 100 milhões de dólares, tal como foi anunciado esta manhã pelo próprio juntamente com o vice-primeiro-ministro e ministro para a Transformação Digital da Ucrânia, Mykhalio Fedoro. No entanto, para o presidente da gigante tecnológica, apesar da guerra na Ucrânia, os países “não podem perder o foco” na crise climática. Para tal, defende, será necessário reforçar a aliança entre tecnologia climática e digitalização.

“Atravessamos a pior pandemia em 100 anos, e agora estamos a atravessar a pior guerra em 70 anos na Europa” começou por referir o presidente da Microsoft, esta quinta-feira, na Web Summit, acrescentando que as economias mundiais estão também a enfrentar os desafios macro económicos mais exigentes dos últimos 12 anos ao mesmo tempo que lidam “com a maior alteração climática dos últimos 100 mil anos, altura em que terminou a ultima idade do gelo”, explicou. “Tudo isto tem estado a acontecer em simultâneo nos últimos dois anos. Se acordarem ansiosos de manhã, é tudo justificado”, atirou.

Apesar de defendermos a Ucrânia, enquanto recuperamos da pandemia da covid-19, não podemos perder o foco“, apelou, relembrando que a crise climática vai ultrapassar “qualquer crise que se avizinhe”.

Segundo Brad Smith, só este ano foram emitidas 51 mil milhões de toneladas de emissões de dióxido de carbono (CO2) e de acordo com o último relatório das Organizações das Nações Unidas, “só podemos emitir mais 400 mil milhões de toneladas até ‘esgotarmos o nosso orçamento’. A este ritmo, faremos isso em apenas 11 anos“, alertou. “Precisamos de encontrar formas de encontrar soluções inovadoras que nos permitam sair desta confusão”.

Parte da solução, considera, passa pelo casamento entre o digital e as tecnologias viradas para a proteção do clima. Até ao momento, mais de 3900 empresas já apresentaram compromissos climáticos e segundo Brad Smith “esse número tem aumentado todos os dias”.

E, para garantir que o ritmo não abranda, o líder da Microsoft defende que deve ser investido capital em inovação e tecnologia climática, um trabalho que a própria gigante tecnológica tem feito nos últimos anos. A título de exemplo, no início do ano, a Microsoft investiu 50 milhões de dólares na Lanzajet, uma startup que produz jetfuel sustentável. “Estamos a entrar numa nova era, de revolução climática”, sublinhou. “O futuro, será marcado por uma nova geração de pessoas, tecnologias e empresas”.

Brad Smith diz que vai ser preciso uma “nova convenção do clima”

O presidente da Microsoft afirmou esta quinta-feira que, no futuro, os governos do mundo vão juntar-se para criar “uma nova convenção do clima”, a qual vai exigir que os países ricos gastem dinheiro para remover carbono da atmosfera.

“Sempre teremos emissões de carbono”, por mais esforços em reduzir as mesmas, “então, o que temos de fazer” para atingir zero é retirar o carbono do ar recorrendo à tecnologia, prosseguiu. “Haverá um dia no futuro em que os governos do mundo irão juntar-se” para “criar uma nova convenção do clima”, considerou Brad Smith.

Uma convenção do clima “exige que os países ricos gastem dinheiro para remover o carbono da atmosfera de uma forma que irá beneficiar o planeta como um todo”, sublinhou.

Isto “será difícil, será a coisa mais difícil que a Humanidade alguma vez fez”, considerou o presidente da multinacional norte-americana.

“Temos de olhar para o futuro e reconhecer que temos de fazer mais em menos tempo, algo que nenhuma geração fez antes”, alerto, embora tenha reconhecido que tem esperança nessa mudança.

“Mas quando vos vejo e as companhias que estão a criar, quando vejo as tecnologias” que estão a desenvolver, surgem quatro palavras que “devemos lembrar todos os dias quando nos levantamos: Isto pode ser feito. Cabe a nós, cabe a ti que isso aconteça”, rematou.

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Montenegro avança para revisão constitucional

  • Lusa
  • 3 Novembro 2022

PSD vai reunir Conselho Nacional na próxima semana com revisão constitucional na agenda.

O PSD vai reunir o seu Conselho Nacional na próxima semana, em Lisboa, com a revisão constitucional na agenda da reunião. De acordo com uma convocatória publicada no Povo Livre, órgão oficial do partido, o Conselho Nacional vai reunir-se de forma extraordinária em 10 de novembro. Na agenda da reunião estão a “análise da situação política” e, como segundo ponto, “projeto de revisão constitucional”.

A anterior direção do PSD, liderada por Rui Rio, apresentou publicamente um projeto de revisão da Constituição no verão do ano passado, que não chegou a entregar no Parlamento devido, primeiro, à dissolução da Assembleia da República e, depois, por se estar em campanha interna para a presidência do partido. Nessa ocasião, o então candidato Luís Montenegro, atual presidente do PSD, discordou que a direção em funções entregasse quer o seu projeto de revisão constitucional, quer de alteração da lei eleitoral da Assembleia da República no Parlamento.

Eu diria que bom senso é um conceito que toda a gente consegue interpretar e também espero que os deputados, a direção do PSD, o saibam interpretar. Mas não fujo à questão: se o PSD fez um trabalho para ter dois projetos, um de alteração à lei eleitoral e outro à Constituição e esse trabalho está feito, nós só podemos agradecer a quem o fez e esperar que o próximo líder e a sua direção façam com ele o que entenderem nos próximos anos”, afirmou Montenegro em maio.

O Chega entregou no Parlamento um projeto de revisão constitucional que foi admitido em 12 de outubro, com uma observação do presidente da Assembleia da República: “A remeter à Comissão Eventual a constituir para o efeito.” De acordo com a Constituição da República, “apresentado um projeto de revisão constitucional, quaisquer outros terão de ser apresentados no prazo de trinta dias”.

Quando apresentou publicamente o seu projeto, o presidente do Chega, André Ventura, disse que “algumas das propostas foram faladas por alto” com o líder do PSD e acrescentou que “da parte de Luís Montenegro não houve nenhuma garantia de apoio nem de reprovação”, mas afirmou ter esperança de “consensos à direita”.

O líder do Chega indicou no início de outubro que iria enviar pessoalmente “todo o projeto para o líder do PSD” para terem “uma conversa produtiva” e para que os deputados dos dois partidos pudessem “entrar em contacto e trabalhar sobre eventuais propostas de mudança que o PSD queira fazer ou que queira avançar até em matéria de revisão constitucional”.

Ventura declarou que, “se nada for aprovado”, a “vitória mínima é registarem-se alguns consensos à direita”. “A vitória boa era conseguirmos mudança de algumas coisas com o consenso do PS”, afirmou, considerando que “a vitória mínima é garantir que à direita se começam a traçar caminhos de convergência” que “permita começar a vislumbrar uma alternativa política em 2026”.

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Luís Filipe Vieira: “Não cometi nenhum crime”

  • Lusa
  • 3 Novembro 2022

Apesar de ter comparecido no início do debate instrutório do processo Operação Lex, que decorre no Supremo Tribunal de Justiça, Luís Filipe Vieira disse que não conhece nada do processo.

Luís Filipe Vieira, antigo presidente do Benfica e arguido no processo Operação Lex, afirmou que “não pediu nada” ao então juiz Rui Rangel e que está de “consciência tranquila” porque “não cometeu nenhum crime”.

Apesar de ter comparecido no início do debate instrutório do processo Operação Lex, que decorre no Supremo Tribunal de Justiça (STJ), Luís Filipe Vieira disse que não conhece nada do processo. Justificou a sua presença com o facto de o seu advogado, Raul Soares da Veiga, lhe ter pedido que assistisse à audiência.

A acusação do Ministério Público imputa a Luís Filipe Vieira a prática de um crime de recebimento indevido de vantagem em coautoria com Fernando Tavares e com o advogado Jorge Rodrigues Barroso, numa situação relacionada com o ex-juiz e agora arguido Rui Rangel.

Luís Filipe Vieira refutou que tenha pedido favores a Rui Rangel para interceder num processo seu que se arrastava na justiça, dizendo que “não escolheu” o juiz, apenas o encontrou num almoço e falaram de forma normal e ocasional.

Questionado sobre se a oferta de bilhetes para jogos do Benfica funcionava como forma de pagamento de favores, o ex-presidente benfiquista respondeu: “Se fossemos olhar os bilhetes oferecidos por jogo estava toda a gente subornada”.

Indagado sobre se prevê que venha a ser julgado no âmbito deste processo, o antigo presidente do Benfica “disse não ter convicção nenhuma” relativamente à decisão instrutória que será tomada pelo juiz Sénio Alves.

Quanto ao outro processo de que é alvo na justiça, denominado “Cartão Vermelho”, Luís Filipe Vieira não quis alongar-se em comentários, limitando-se a dizer que chegou a ser detido “sem haver prova nenhuma” contra si.

O antigo presidente do Benfica falava aos jornalistas no exterior do STJ quando resolveu fazer uma pausa durante o período em que o antigo presidente do Tribunal da Relação de Lisboa e arguido Vaz das Neves falava em tribunal, após ter solicitado ao juiz prestar declarações antes do início do debate instrutório.

À chegada ao tribunal, Vaz das Neves assegurou que não fez nada ilegal no âmbito do processo Operação Lex.

Em declarações aos jornalistas, Vaz das Neves, acompanhado pelo advogado Miguel Matias, confirmou que ia fazer uma intervenção antes da abertura da audiência, na sequência de um requerimento dirigido ao juiz de instrução.

As declarações de Vaz das Neves, por se considerar que integram a fase de instrução e não o debate instrutório, decorreram sem a presença da comunicação social e restante público.

No processo Operação Lex Luís Vaz das Neves responde por corrupção passiva para ato ilícito e abuso de poder, por alegadamente ter violado os seus deveres funcionais de isenção e imparcialidade com a ordenação da distribuição manual de processos, permitindo que Rui Rangel obtivesse benefícios económicos ilegítimos.

O processo Operação Lex tem 17 arguidos, incluindo ainda os antigos juízes desembargadores Rui Rangel e Fátima Galante.

O processo foi conhecido em 30 de janeiro de 2018, quando foram detidas cinco pessoas e realizadas mais de 30 buscas e teve origem numa certidão extraída do caso Operação Rota do Atlântico, que envolveu o empresário de futebol José Veiga, suspeito de crimes de corrupção no comércio internacional, branqueamento de capitais, fraude fiscal e tráfico de influências.

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Consumo de eletricidade sobe em outubro e o de gás baixa. Hídrica sofre com baixa afluência de Espanha

Em paralelo, a produtibilidade hidroelétrica ficou abaixo da média histórica, condicionada pelas baixas afluências provenientes de Espanha no Douro.

Em plena crise energética, e numa altura em que a Comissão Europeia pede contenção no consumo de energia, a eletricidade consumida em Portugal no mês de outubro cresceu face ao mesmo mês do ano anterior, indica a REN. Se considerados o efeito de temperatura e número de dias úteis, a subida é ainda maior, de 1,6%.

Já no mercado de gás natural, mantém-se a tendência de redução do consumo com uma variação homóloga negativa de 5,7%“, diz a REN. Esta diminuição resulta de uma quebra de 16% no mercado convencional — que usa diretamente o gás natural — mas foi parcialmente compensada pelo mercado elétrico, cujo consumo de gás natural para produção de eletricidade cresceu 9%.

De janeiro a outubro o consumo de gás natural regista uma variação homóloga negativa de 1,6%, resultado de uma quebra de 20% no segmento convencional e de um crescimento de 35% no segmento de produção de energia elétrica. No mesmo período, a produção renovável abasteceu 44% do consumo, repartida pela eólica com 24%, hidroelétrica com 9%, biomassa com 7% e fotovoltaica com 5%. A produção a gás natural abasteceu 33% do consumo, com a importação a abastecer os restantes 22%.

No último mês, “a produtibilidade hidroelétrica não ultrapassou os 0,59 (média histórica de 1), condicionado pelas baixas afluências provenientes de Espanha no Douro“, lê-se ainda no comunicado enviado pela REN esta quinta-feira.

Posto isto, no acumulado do ano, o índice de produtibilidade hidroelétrica continua baixo – regista 0,39. Já o de produtibilidade eólica está muito perto da média histórica, nos 0,97 e o de produtibilidade solar nos 1,09.

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