Euribor sobem a três e a seis meses para novos máximos de mais de 13 anos

  • Lusa
  • 18 Novembro 2022

As taxas Euribor subiram esta sexta-feira a três e a seis meses face ao dia anterior para máximos desde fevereiro e janeiro de 2009, respetivamente. No prazo de 12 meses também subiu.

As taxas Euribor subiram esta sexta-feira a três, a seis e a 12 meses face a quinta-feira, nos dois prazos mais curtos para máximos desde fevereiro e janeiro de 2009, respetivamente.

  • A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno positivo em 6 de junho, subiu esta sexta-feira, para 2,342%, mais 0,048 pontos do que na quinta-feira e um novo máximo desde janeiro de 2009. A média da Euribor a seis meses subiu de 1,596% em setembro para 1,997% em outubro. A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 6 de novembro de 2015 e 3 de junho de 2022).
  • A Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, também avançou esta sexta-feira, ao ser fixada em 1,821%, mais 0,019 pontos e um novo máximo desde fevereiro de 2009. A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses). A média da Euribor a três meses subiu de 1,011% em setembro para 1,428% em outubro.
  • No mesmo sentido, no prazo de 12 meses, a Euribor subiu esta sexta-feira, ao ser fixada em 2,837%, mais 0,003 pontos do que na quinta-feira, contra 2,874% em 9 de novembro, um novo máximo desde janeiro de 2009. Após ter disparado em 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 05 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril. A média da Euribor a 12 meses avançou de 2,233% em setembro para 2,629% em outubro.

As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 4 de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro.

Em 27 de outubro, com o objetivo de travar a inflação, o BCE subiu as três taxas de juro diretoras em 75 pontos base, o terceiro aumento consecutivo deste ano, depois de em 21 de julho ter subido em 50 pontos base as três taxas de juro diretoras, a primeira subida em 11 anos, e em 08 de setembro em 75 pontos base. A evolução das taxas de juro Euribor está intimamente ligada às subidas ou descidas das taxas de juro diretoras do BCE.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021. As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Petróleo sobe, mas caminha para semana de perdas superiores a 6%

Os preços do petróleo estão voláteis esta sexta-feira, oscilando entre ganhos e perdas. Mesmo assim, balanço semanal deverá ser negativo.

A negociação do petróleo nos mercados internacionais está a ser marcada por volatilidade. Os benchmark brent e WTI começaram a manhã desta sexta-feira a valorizar, mas tudo aponta para que o balanço semanal seja de perdas, com as preocupações com a procura pelo “ouro negro” a pressionar o sentimento.

Os futuros do brent estão a negociar junto da linha de água. Pelas 10h30 de Lisboa seguem a subir 0,18% para os 89,9 dólares, depois de já terem estado a recuar 0,2%. Já o crude WTI sobe 0,29% para os 81,7 dólares.

Apesar da oscilação, ambos os benchmarks estão a encaminhar-se para uma segunda perda semanal. O brent está a caminho de uma desvalorização de mais de 6%, que poderá agravar-se consoante a negociação desta sexta-feira, enquanto o WTI está em queda de 8%.

Brent encaminha-se para queda semanal de 6%

A negociação esta semana foi pressionada pela preocupação com o enfraquecimento da procura na China e novos aumentos das taxas de juros pela Reserva Federal dos EUA.

Pela China, há relatos de que o país está a tentar desacelerar as importações de petróleo de alguns exportadores, de acordo com a Reuters. Além disso, o país viu um aumento nos casos de Covid-19, um tema sensível depois das políticas restritivas face à pandemia terem tido um impacto elevado na atividade.

Os investidores estão também preocupados com as ações do banco central americano, depois das esperanças de moderação dos aumentos agressivos das taxas dos EUA terem sido diminuídas por comentários de algumas autoridades da Fed esta semana.

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Fenprof acredita que maioria das escolas no país vai fechar devido à greve

  • Lusa
  • 18 Novembro 2022

“Penso que a maioria das escolas vai estar fechada, em particular as escolas do 2.º, 3.º ciclo e ensino secundário”, disse Mário Nogueira. Esta sexta-feira está prevista uma greve da Função Pública.

O secretário-geral da Fenprof afirmou esta sexta-feira que acredita que a maioria das escolas no país irá estar fechada devido à greve nacional, considerando que há “uma convergência muito grande” na necessidade de continuar a lutar.

“Penso que a maioria das escolas vai estar fechada, em particular as escolas do 2.º, 3.º ciclo e ensino secundário”, disse à agência Lusa Mário Nogueira, considerando que haverá ainda casos de estabelecimentos que procurem reafetar os poucos funcionários disponíveis para manter a escola aberta.

É o caso da Escola Secundária Quinta das Flores, em Coimbra, que ficará aberta apenas até às 14h30, e onde o secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof) se encontrava esta sexta-feira de manhã.

“Tirando uma outra escola que abra de manhã, a maioria estará fechada”, asseverou Mário Nogueira, esperando níveis de adesão semelhantes à greve dos professores de 2 de novembro.

A greve foi convocada para esta sexta-feira, a uma semana da votação final global da proposta de Orçamento do Estado para 2023 (OE2023), que prevê aumentos salariais de um mínimo de cerca de 52 euros ou de 2% para a administração pública no próximo ano.

A Frente Comum de Sindicatos exige aumentos salariais de “10% ou um mínimo de 100 euros” para a administração pública no próximo ano e acredita que ainda há tempo para negociar com o Governo, apesar da votação do OE2023 acontecer já na próxima semana.

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BCE começa “limpeza” com bancos a devolverem quase 300 mil milhões em empréstimos

Bancos têm agora a primeira janela para procederem ao reembolso dos empréstimos baratos concedidos na pandemia, caso pretendam.

O Banco Central Europeu (BCE) deve começar esta sexta-feira a maior retirada de dinheiro do sistema bancário da Zona Euro da sua história, dando aos bancos a primeira hipótese de pagar centenas de milhares de milhões de euros em empréstimos, segundo avança a Reuters (acesso condicionado, conteúdo em inglês). Os bancos comerciais da zona euro vão devolver antecipadamente ao BCE) quase 300 mil milhões de euros.

Esta medida enquadra-se nos esforços do BCE para combater a inflação recorde, que atingiu os 10,6% na Zona Euro em outubro. O banco central anunciou que os bancos vão devolver 296.293,74 milhões de euros de liquidez muito barata que lhes foi emprestada porque a instituição alterou as condições. Sendo que o reembolso antecipado será liquidado no dia 23 de novembro.

Esta é apenas uma tranche dos 2,1 biliões de euros de crédito plurianual que assumiram nas operações de refinanciamento de prazo alargado direcionadas (TLTRO, na sigla em inglês).

Os analistas citados pela Reuters estimavam que os bancos iriam pagar cerca de meio bilião de euros em empréstimos TLTRO, naquela que é a primeira oportunidade para o fazer. Este montante tornaria esta a maior queda no excesso de liquidez desde que os registos começaram em 2000.

O reembolso antecipado de TLTRO é voluntário, mas o BCE deu aos bancos um incentivo para pagar os empréstimos, ao fazer alterações às taxas no mês passado.

No final de outubro, o banco central já tinha anunciado alterações no esquema dos empréstimos TLTRO de 2,1 biliões de euros, de forma a cortar as borlas à banca comercial. “Devido à subida inesperada e extraordinária da inflação, este instrumento necessita de ser recalibrado para assegurar a sua compatibilidade com o processo mais geral de normalização da política monetária e reforçar a transmissão dos aumentos das taxas diretoras às condições de financiamento bancário”, explicou.

O BCE disse que as taxas de juro das operações TLRO serão indexadas à média das taxas de juro diretoras aplicáveis durante este período com o objetivo de os bancos reembolsarem os empréstimos mais cedo. Além disso, o banco central também decidiu que as reservas mínimas serão remuneradas à taxa de depósito do BCE, em vez da taxa principal, que é 50 pontos base mais alta. Lagarde explicou que vão ser abertas três janelas para os bancos procederem ao reembolso dos empréstimos, caso pretendam.

(Artigo atualizado às 13h07 com o valor que os bancos comercias pretendem amortizar)

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Lagarde considera improvável que uma recessão reduza muito a inflação

  • Lusa
  • 18 Novembro 2022

Apesar de dados de crescimento económico melhores do que o esperado, a presidente do BCE alerta que a ameaça de uma recessão na Zona Euro é agora mais intensa.

A presidente do Banco Central Europeu (BCE) considerou esta sexta-feira “improvável que uma recessão venha a reduzir muito a inflação, pelo menos a curto prazo” e assegurou que as taxas de juro serão aumentadas de acordo com as perspetivas dos preços.

Num discurso no 3.º Congresso Bancário Europeu, em Frankfurt, Christine Lagarde afirmou que a instituição que lidera aumentará as taxas de juro para níveis que farão baixar a inflação para 2% a médio prazo. As perspetivas de inflação determinarão até que ponto e a que velocidade o BCE aumentará as taxas de juro, advertiu.

Lagarde disse também que as taxas de juro são e serão o principal instrumento para ajustar a política monetária, mas que também se precisa de normalizar outros instrumentos de política monetária e é por isso que, em dezembro, o BCE decidirá como reduzir a posse de obrigações dos programas de compra de dívida.

A responsável do BCE afirmou que a ameaça de uma recessão na Zona Euro é agora mais intensa, apesar de dados de crescimento económico melhores do que o esperado, e considera “vital” demonstrar o empenho da instituição no seu mandato de estabilidade de preços. “Embora os últimos dados de crescimento do PIB tenham surpreendido pelo lado positivo, o risco de recessão aumentou”, disse Lagarde.

No entanto, recordou que a experiência histórica sugere que é pouco provável que uma recessão reduza significativamente a inflação, pelo menos a curto prazo, pelo que “é vital” que o BCE mostre empenho no seu mandato para assegurar que as expectativas de inflação permaneçam ancoradas e que não ocorram efeitos de segunda ordem.

A este respeito, reconheceu que a inflação na Zona Euro é demasiado elevada, com um recorde de 10,6% em outubro, advertindo que é provável que “se mantenha elevada durante um período prolongado”. “Estamos empenhados em reduzir a inflação para o nosso objetivo a médio prazo e tomaremos as medidas necessárias para o fazer”, acrescentou.

Por outro lado, a presidente do BCE argumentou que, embora a política monetária assegure um retorno da inflação ao objetivo a médio prazo, a evolução das perspetivas económicas dependerá também do alinhamento entre a política monetária e outros atores, sublinhando a importância da política orçamental.

A curto prazo, num contexto de inflação elevada, a intervenção orçamental deverá ser temporária, direcionada e adaptada, enquanto se olha para o futuro, uma vez que a política monetária pode orientar a procura mas não pode eliminar as restrições existentes ao crescimento, outras áreas políticas terão de agir.

Na sua opinião, a eliminação destas restrições não só reconstruirá o lado da oferta que foi afetado pelas recentes crises, mas reforçará, com o tempo, a procura interna num mundo em que a procura externa está a tornar-se menos previsível. “Um impulso para acelerar três transições fundamentais determinará o nosso futuro: rumo a uma energia mais limpa, maior segurança económica e uma economia mais digital e produtiva”, sublinhou.

Neste sentido, advertiu que quando chegar o momento de os governos consolidarem as suas políticas orçamentais, terão de escolher entre reduzir as transferências, bem como o consumo público, e aumentar os impostos ou cortar o investimento público. “Se optarem por esta última, como fizeram após a grande crise financeira, existe o risco de a oferta não recuperar e de as restrições de crescimento continuarem a limitar o crescimento“, disse ainda.

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Football Leaks: Alegações finais agendadas para janeiro de 2023

Rui Pinto responde por 90 crimes, entre os quais 68 de acesso indevido, 14 de violação de correspondência e seis de acesso ilegítimo, visando entidades como o Sporting, a Doyen, a PLMJ e a PGR.

O Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa marcou para os dias 4, 5 e 6 de janeiro de 2023, às 9h30, as alegações finais do processo Football Leaks. O julgamento do hacker Rui Pinto teve início do dia 4 de setembro de 2020.

Rui Pinto responde por um total de 90 crimes: 68 de acesso indevido, 14 de violação de correspondência, seis de acesso ilegítimo, visando entidades como o Sporting, a Doyen, a sociedade de advogados PLMJ, a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e a Procuradoria-Geral da República (PGR), e ainda por sabotagem informática à SAD do Sporting e por extorsão, na forma tentada. Este último crime diz respeito à Doyen e foi o que levou também à pronúncia do advogado Aníbal Pinto.

Entre os visados estão Jorge Jesus, Bruno de Carvalho, o então diretor do DCIAP Amadeu Guerra ou o advogado José Miguel Júdice, João Medeiros, Rui Costa Pereira e Inês Almeida Costa.

Rui Pinto esteve em prisão preventiva entre o dia 22 de março de 2019 e 8 de abril de 2020 e em prisão domiciliária até ao dia 7 de agosto de 2020, tendo sido libertado “devido à sua colaboração” com a Polícia Judiciária (PJ) e ao seu “sentido crítico”, mas está, por questões de segurança, inserido no programa de proteção de testemunhas em local não revelado e sob proteção policial.

Na altura em que foi preso preventivamente, a juíza de instrução criminal, Margarida Alves, justificou a medida com a inversão da postura do arguido, que passou a apresentar “um sentido crítico e uma disponibilidade para colaborar com a justiça” e, por outro, dizendo que as fronteiras se encontravam sujeitas a elevados controles devido à pandemia de Covid-19, razão pela qual entendeu “que se mostrava reduzido o perigo de fuga”.

No início de junho de 2020, o Tribunal da Relação de Lisboa negou provimento ao recurso do Ministério Público e manteve a decisão instrutória, proferida em 17 de janeiro de 2020, que pronunciou Rui Pinto por 90 crimes e não pelos 147 que constavam da acusação do MP: 68 de acesso indevido, 14 de violação de correspondência, seis de acesso ilegítimo e ainda por sabotagem informática à SAD do Sporting e por tentativa de extorsão.

Em setembro de 2019, o MP acusou Rui Pinto de 147 crimes, 75 dos quais de acesso ilegítimo, 70 de violação de correspondência, um de sabotagem informática e um de tentativa de extorsão, por aceder aos sistemas informáticos do Sporting, da Doyen, da sociedade de advogados PLMJ, da Federação Portuguesa de Futebol, da Procuradoria-Geral da República (PGR) e da Plataforma Score e posterior divulgação de dezenas de documentos confidenciais destas entidades.

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Governo atualiza subsídio de refeição da Função Pública com retroativos a outubro

Medida acordada com os sindicatos da Função Pública já foi oficializada. Subsídio de alimentação sobe de 4,77 euros para 5,20 euros por dia.

O Governo já oficializou a atualização do subsídio de refeição na Função Pública, que sobe dos 4,77 euros para 5,20 euros por dia de trabalho. Esta subida terá efeitos a 1 de outubro, segundo a portaria publicada em Diário da República esta sexta-feira.

A mexida no subsídio é justificada com “o tempo entretanto decorrido desde aquela atualização”, bem como com o “atual contexto de inflação que afeta diretamente o poder de compra dos trabalhadores e a necessidade de contribuir para a mitigação dos seus efeitos através do reforço dos benefícios sociais a conceder pelo empregador público como comparticipação nas despesas resultantes das refeições”, segundo se lê na portaria.

Esta medida não foi apresentada inicialmente pelo Governo aos sindicatos da Função Pública, mas surgiu na segunda ronda de negociações com os representantes dos trabalhadores públicos. As negociações acabaram por culminar na assinatura de um acordo de valorização plurianual com a Fesap e o STE.

A proposta inicial contemplava um aumento médio de 3,6% para os funcionários públicos, que varia consoante a remuneração, valor que subiu para 3,9% por via da subida de 43 cêntimos no valor diário do subsídio de refeição.

A acompanhar esta subida do subsídio da Função Pública, o Governo decidiu também subir a isenção do subsídio de refeição para 5,20 euros também para privados.

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“Carlos Costa foi muito corajoso. O caso BES não foi questão de falha de supervisão”, diz Teixeira dos Santos

  • ECO
  • 18 Novembro 2022

Ex-ministro das Finanças considera que o antigo governador do BdP teve "ousadia" em afrontar Ricardo Salgado. "É um sinal de determinação da entidade de supervisão perante um grande banco".

Teixeira dos Santos saiu em defesa de Carlos Costa na sequência da polémica causada em torno do livro que lançou esta semana, considerando o ex-governador do Banco de Portugal (BdP) “muito corajoso”, nomeadamente por “afrontar alguém como Ricardo Salgado”. Numa entrevista ao Diário de Notícias e à TSF, o antigo ministro das Finanças do Governo de José Sócrates afirmou que o caso BES “não foi tanto uma questão de falha de supervisão”, já que as entidades “não são um Big Brother” e é possível esconder e falsear informação.

“Creio que, no essencial, aquilo que foi feito pelo BdP, foi um trabalho importante para estabilizar o sistema financeiro português e para resolver problemas em instituições financeiras, principalmente no caso do BES, que constituíam um risco sistémico”, assinalou o antigo governante, sublinhando que, com base na informação pública existente, o caso do BES “tem contornos, essencialmente, de polícia, de ocultação de informação e até de falsificação de informação, pelo menos segundo as alegações que foram feitas”.

Sobre o livro “O Governador”, no qual Carlos Costa conta a história dos dez anos em que liderou o regulador da banca, Teixeira dos Santos nega que haja razões para “a leitura de uma conspiração”, em referência aos alegados episódios de “intromissão do poder político” relatados na obra, como de Mário Centeno e António Costa. “Independentemente da controvérsia que possa suscitar ou até de discordâncias, (…) não deixa de ser um testemunho que merece a nossa atenção“, reitera.

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Fidelidade a todas as idades

  • BRANDS' ECO
  • 18 Novembro 2022

A nova campanha de comunicação da Fidelidade, lançada no passado mês de setembro, simboliza uma evolução no posicionamento da seguradora.

Sob o mote “FIDELIDADE A TODAS AS IDADES”, a campanha simboliza mais um patamar do percurso de uma companhia de seguros com mais de 210 anos de história, refletindo a sua atuação coerente, ao longo do tempo, junto de cada pessoa, família, empresa e sociedade. Nesse sentido, é uma campanha que privilegia as pessoas e as suas necessidades de proteção em matéria de poupança, saúde, património e assistência, mas considerando a evolução natural das mesmas ao longo das várias fases da vida e de acordo com as necessidades de cada geração.

Com esta campanha de comunicação a Fidelidade assume, assim, a sua vocação de parceira dos seus clientes ao longo do ciclo de vida, concretizando a sua missão de contribuir ativamente para uma longevidade sustentável da sociedade.

Longevidade com qualidade

A expectativa de vida está a aumentar a um ritmo exponencial no mundo ocidental: quatro anos por década. Portugal é um dos países com maior esperança de vida do mundo e as projeções apontam para que esta aumente dez anos até 2080 (Fonte: Pro Data). Este aumento da longevidade implicará, no entanto, muitos desafios, suscitando a maior de todas as questões: como viver mais anos e com qualidade de vida?

Apesar de todos os avanços na medicina e do progresso científico-tecnológico que em muito contribuem para o prolongar da vida, à medida que a idade avançar, as doenças tenderão a aumentar e serão cada vez mais personalizadas, criando elevadas exigências económicas para os sistemas de saúde e inerentes desafios para a atividade seguradora. É assim essencial pensar a longevidade e preparar o futuro para que este possa ser vivido com qualidade, o que implica atuar no imediato para promover, desde logo, a prevenção e adoção de hábitos de vida saudável. Colocar o foco na saúde, seja numa componente de prevenção e promoção de um bem-estar físico e mental, seja na proteção, com o fortalecimento das soluções e até o desenvolvimento de novas coberturas para fazer face a doenças que caminharão a par com uma sociedade cada vez mais envelhecida, é um aspeto essencial quando se fala em acompanhar a longevidade.

Ter opções para todas as idades na saúde é assim indispensável e o segmento sénior representa um eixo prioritário para a Fidelidade e a Multicare, seguradora de saúde do grupo.

Multicare 60+
Mais saúde na melhor idade

Embora esteja atualmente a desenvolver novas soluções para reforçar os produtos e serviços a disponibilizar aos clientes seniores, a Multicare tem já, desde 2018, soluções abrangentes e robustas para os que têm mais de 60 anos e que percecionam a necessidade de apoio e proteção nesta fase da vida.

Os seguros de saúde 60+ Multicare1 e Multicare2 podem ser contratados por pessoas entre os 61 e os 70 anos e não têm limite de permanência. O 60+ MULTICARE 1 disponibiliza uma proteção básica em caso de doença, através de um capital de internamento e de um pacote de consultas, enquanto o 60+ MULTICARE 2 destina-se a quem pretende uma proteção mais reforçada, através de um capital de internamento hospitalar mais elevado e de um capital para consultas, exames e tratamentos.

Ambos incluem serviços vantajosos como acesso à cobertura Medicina Online, a check-ups periódicos e ao Programa Multicare Vitality. Todos estes serviços apostam na prevenção e na adoção de hábitos saudáveis, aspetos essenciais em todas as idades. ​ Tudo sem custos adicionais.

Para além disto, procurando dar resposta a todas as pessoas, considerando as diferentes necessidades, mas também a disponibilidade de cada família, a Multicare desenvolveu ainda os seguros 60+ Activcare que também podem ser contratados a partir dos 61 anos e não têm limite de permanência.

O 60+ Activcare2 inclui um pacote de 6 consultas programadas, em consultório na Rede Multicare; acesso à Rede de Consultas, Exames e Tratamentos (Ambulatório), de Óticas, de Terapêuticas Não Convencionais e de Estomatologia e Medicina Dentária (opcional); Assistência Domiciliária abrangendo Consultas Médicas Domiciliárias a 25€; acesso a Enfermagem Domiciliária; a acesso a Exames no Domicílio; acesso a Transporte Não Urgente e um Capital Diário por Internamento Hospitalar.

Com o seguro de saúde 60+ Activcare2, os clientes têm também acesso ao Programa Multicare Vitality e à cobertura Medicina Online que inclui Consultas disponíveis 24h/7 dias por semana, prestadas por médicos de Medicina Geral e Familiar, sem deslocações, sem esperas e sem custos adicionais. Tem, também, disponível uma equipa de médicos de diversas Especialidades, Psicologia e outros serviços de Saúde Mental, Segunda Opinião e serviços de Promoção de Vida Saudável.

Saiba mais sobre os seguros Multicare 60+

Há mais de 210 anos que a Fidelidade prepara o futuro e a saúde é um eixo essencial da sua atuação para uma sustentável longevidade. A nova campanha de comunicação vem assim celebrar o compromisso da seguradora com todos os seus clientes nas diferentes fases e ao longo de todo ciclo de vida.

Fidelidade a todas as idades!

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Acordo com Portugal Ventures abriu portas a Ricardo Moutinho

  • ECO
  • 18 Novembro 2022

A sociedade de capital de risco do Estado assinou, no início de 2020, uma 'side-letter' com o empresário da polémica do CET em Caminha, mas apelida-a de um "mero acordo de intenções".

Em 31 de janeiro de 2020, a Portugal Ventures (a sociedade de capital de risco do Estado) assinou um acordo com a Fieldperformance SGPS, uma empresa de Ricardo Moutinho, o empresário com quem o agora ex-secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro tinha negociado o polémico projeto do Centro de Exposições Transfronteiriço, noticia o Jornal Económico (acesso pago). O objetivo era a criação e gestão de um fundo de capital da risco para investimentos na região da Cova da Beira.

O acordo consistia numa side-letter que a Portugal Ventures disse ser “um mero acordo de intenções”. Foi assinado porque Ricardo Moutinho — que se apresentava como assessor do Ministério das Finanças na sua página do Facebook, facto que as Finanças rejeitam — e um outro representante da empresa, o dinamarquês Jesper Anderson, foram apresentados pela Câmara do Fundão à sociedade de capital de risco, menos de três meses antes da assinatura do acordo, altura em que a Fieldperformance SGPS contava apenas cinco meses de vida.

Um dos compromissos que Ricardo Moutinho e Jesper Anderson assumiriam, enquanto representantes da Fieldperformance, era “integrar os painéis de peritos para avaliação dos investimentos em projetos enquadrados nas áreas de interesse do Fundo, nomeadamente, fazendo parte do grupo de peritos nacionais e internacionais (isto é, não remunerados) que analisa o pitch a apresentar pelas empresas e efetua a recomendação (positiva ou negativa) para a avaliação interna do projeto”. Moutinho usou este acordo para demonstrar, junto de outras autarquias e instâncias, que era parceiro da Portugal Ventures.

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TAP leva Tata a abrir centro para aviação em Portugal

  • ECO
  • 18 Novembro 2022

À boleia de um contrato assinado com a companhia aérea portuguesa, a consultora indiana Tata vai abrir, dentro de um ano, o primeiro centro europeu de serviços de aviação em Portugal.

A TAP assinou, em outubro, um contrato de três anos com a consultora indiana Tata Consultancy Services (TCS) e que terá efeito a partir de janeiro. Este vínculo foi o mote para a gigante tecnológica da Índia decidir abrir em Portugal o primeiro centro de serviços para a aviação, avança o Jornal de Negócios (acesso pago). O hub arranca no próximo ano com cerca de 100 trabalhadores e vai funcionar a nível europeu.

A TCS vem “acelerar a transformação tecnológica e digital” da companhia aérea portuguesa, que tem “um nível razoável de obsolescência”, disse o diretor de digital & technology services da TAP, Sérgio Ribeiro. A transportadora aérea nacional será, assim, o “embrião” da Tata para a criação do novo “centro de competências” da empresa indiana que, a partir de Portugal, “vai prestar serviços a outras companhias, a nível europeu”, acrescentou.

Segundo o responsável da TAP, a consultora indiana planeia anunciar mais detalhes do novo hub “até à primavera” do próximo ano, sendo que o centro vai arrancar no “terceiro trimestre de 2023” e contará, inicialmente, com “uma centena” de trabalhadores, entre consultores — portugueses e estrangeiros — “com profundo conhecimento do setor e especialistas em tecnologia”. Mas há potencial para que este número aumente, adianta Sérgio Ribeiro.

Em comunicado, a companhia explica que “a TCS irá colaborar com a TAP na adoção de um novo modelo operacional para gerir o seu portefólio de aplicações, com o objetivo de conduzir a uma maior agilidade e aumentar a resiliência operacional. Contribuirá ainda para racionalizar e modernizar a arquitetura dos sistemas, enriquecer a experiência do cliente e melhorar o desempenho operacional”.

“Os investimentos que estamos a fazer na criação do Centro de Excelência Tecnológico em Portugal reforçam ainda mais a posição da TCS como parceiro de transformação para clientes em Portugal e expandem a presença da TCS na região”, afirma Krishnan Ramanujam, presidente do Enterprise Growth Business da TCS, citado no comunicado.

(notícia atualizada às 11h10 com informação do comunicado enviado pela TAP)

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Banca e seguros lideram queda nos salários desde 2015

  • ECO
  • 18 Novembro 2022

Em termos reais, a subida do salário médio em Portugal foi de apenas 5,7%. Há setores com quedas de mais de 20%, como é o caso da banca e dos seguros, e outros com crescimento dessa dimensão.

Existem grandes assimetrias na evolução dos salários desde 2015 entre as atividades económicas e os setores público e privado, sendo de notar que é nas atividades financeiras e de seguros que se verifica maior perda de poder de compra, noticia o Expresso (acesso pago). Desde 2015, a remuneração bruta total média por trabalhador neste setor caiu 22,7% em termos reais.

A média do salário médio bruto mensal cresceu, em termos acumulados, 22% em Portugal aumentou no período entre 2015 e 2022, mas em termos reais a subida foi de apenas 5,7%, menos de 1% ao ano. Enquanto há setores com quedas de mais de 20%, como é o caso da banca e dos seguros, há outros onde se verificou subidas da mesma dimensão.

Entre as atividades que registaram perdas do poder de compra do salário médio está também o setor da eletricidade e gás (-21,5%) e da Administração Pública (-9,7%). Por outro lado, as maiores subidas ocorreram em setores como as indústrias extrativas (27,1%), indústrias transformadoras (24,9%), agricultura (22,1%) e alojamento e restauração (19,4%), áreas onde existe uma maior incidência do salário mínimo, cujo valor tem crescido.

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