Primeiro-ministro húngaro diz que sanções à Rússia vão levar União Europeia à guerra

  • Lusa
  • 18 Novembro 2022

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, classificou as sanções da União Europeia contra a Rússia como um “passo em direção à guerra”, reforçando que a estratégia adotada por Bruxelas “é perigosa".

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, classificou esta sexta-feira as sanções da União Europeia contra a Rússia como um “passo em direção à guerra”, reforçando que a estratégia adotada por Bruxelas “é perigosa”.

“Quem intervem economicamente num conflito militar toma uma posição”, afirmou o líder nacionalista, na sua tradicional entrevista semanal a uma rádio próxima do Governo.

“Pouco a pouco, estamos a deslizar para a guerra”, insistiu, mostrando-se preocupado com a quantidade de medidas adotadas para sancionar a ofensiva russa na Ucrânia.

Viktor Orban critica regularmente as sanções europeias, apesar de ter votado a favor da sua adoção, ao lado dos seus parceiros, culpando-as pelos reveses económicos no país da Europa Central.

A economia húngara contraiu no terceiro trimestre (em relação ao segundo) e a inflação ultrapassou os 20%, chegando a 45% na alimentação.

O Governo lançou uma “consulta nacional” sobre a questão e colou cartazes no país onde se vê a imagem de um míssil acompanhada da mensagem “As sanções de Bruxelas estão a arruinar-nos”.

O primeiro-ministro disse estar pronto para lutar contra um possível novo pacote de sanções e garantir que a Hungria, muito dependente dos hidrocarbonetos russos, fique “isenta”, como aconteceu com o embargo ao petróleo.

Agora estamos a fornecer armas destrutivas, estamos a treinar soldados ucranianos no nosso próprio território, estamos a impor sanções energéticas. (…) Estamos a tornar-nos parte integrante” do conflito, defendeu Orban.

“Ainda não somos alvos militares, mas estamos prestes a tornar-nos beligerantes. A Europa está a jogar um jogo muito perigoso”, concluiu.

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Gasolina e gasóleo vão descer oito cêntimos na próxima semana

Para a semana, os combustíveis voltam a descer. E de forma mais significativa. Deverá passar a pagar 1,717 euros por litro de gasóleo simples e 1,705 euros por litro de gasolina simples 95.

Os preços dos combustíveis vão voltar a descer na próxima semana, e de forma mais significativa. Quer abasteça o carro com gasolina ou com gasóleo, terá uma surpresa agradável já que, segundo avançou fonte do mercado ao ECO, ambos vão registar uma descida de oito cêntimos por litro.

Assim, deverá passar a pagar 1,717 euros por litro de gasóleo simples e 1,705 euros por litro de gasolina simples 95, tendo em conta os valores médios praticados nas bombas esta segunda-feira, divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), e que já têm em conta os descontos aplicados pelas gasolineiras.

No entanto, os preços ao consumidor final podem variar consoante o posto de abastecimento. E ainda podem sofrer ajustamentos para ter em conta o fecho das cotações do brent esta sexta-feira e o comportamento do mercado cambial, mas também porque os preços finais resultam da média dos valores praticados por todas as gasolineiras.

Estes valores já têm em conta a nova revisão das medidas fiscais temporárias para ajudar a mitigar o aumento do preço dos combustíveis, que são atualizadas no início de cada mês. Assim, durante o mês de novembro o litro de gasóleo vai baixar 3,8 cêntimos e da gasolina 1,4 cêntimos pela via fiscal.

Esta sexta-feira, refira-se, os preços do brent, que serve de referência para o mercado europeu, seguem a cair 0,57%, para 89,27 dólares por barril. O brent está a caminho de uma desvalorização semanal de mais de 6%, que poderá acentuar-se consoante o desempenho desta sexta-feira.

A negociação do petróleo esta semana foi pressionada pela preocupação com o enfraquecimento da procura na China — há relatos de que o país está a tentar desacelerar as importações de petróleo de alguns exportadores e o número de casos de Covid-19 voltou a aumentar — e com novos aumentos das taxas de juros pela Reserva Federal dos EUA.

Evolução do preço do Brent em Londres

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Mortalidade em Portugal aumentou em outubro

No mês passado, morreram 9.495 pessoas em Portugal, isto é, mais 762 face ao registado em setembro e mais 97 face a igual período do ano passado, de acordo com os dados do INE.

Em outubro, morreram mais 762 pessoas em Portugal face a setembro, o que representa um aumento de 8,7%, de acordo com os dados divulgados esta sexta-feira pelo INE. Já no acumulado do ano, isto é, entre janeiro e outubro, morreram mais de 102 mil pessoas em território nacional, o que representa uma quebra de 1% face ao registado em igual período do ano passado.

No mês passado, morreram 9.495 pessoas em Portugal, isto é, mais 762 face ao registado em setembro e mais 97 face a igual período do ano passado. No que toca especificamente à Covid, o número de óbitos associados à doença aumentou para 217, isto é, mais 39 face ao registado em setembro e mais 33 face ao período homólogo. Contas feitas, os óbitos por Covid representam 2,3% do total de mortes declaradas no país.

Já no acumulado do ano, isto é entre janeiro e outubro, continua a verificar-se uma tendência de recuo da mortalidade. Nos primeiros dez meses do ano, foram declarados 102.272 óbitos em Portugal, menos 1.036 face a igual período de 2021 (-1%).

No boletim de estatísticas vitais, o INE dá ainda a conhecer os dados sobre nascimentos e casamentos, referentes a setembro. Nesse mês, nasceram 7.620 bebés em Portugal, o que representa um aumento de 5,2% face ao período homólogo (tinha nascido 7.246). Já no acumulado do ano, até setembro nasceram 61.678 crianças em Portugal, isto é, mais 2.214 (3,7%) face a igual período do ano passado.

Neste contexto, o saldo natural em Portugal (isto é a diferença entre nascimentos e mortes) continua a ser negativo, apesar de registar um ligeiro desagravamento. Em setembro, “o saldo natural foi -1.103, desagravando-se, ligeiramente, em relação ao do mês homólogo de 2021, quando registou o valor de -1.305. Nos primeiros nove meses de 2022, o valor acumulado do saldo natural foi -30 898, apresentando um desagravamento relativamente ao valor observado no mesmo período de 2021 (-34.357)”, sinaliza o gabinete de estatísticas.

Já no que toca aos casamentos, foram celebrados 5.128 casamentos em setembro em território nacional, o que representa um aumento de 14,4% face a igual período do ano passado (mais 645). No acumulado do ano, registam-se 28.989 casamentos, isto é, mais 6.979 (31,7%) face ao período homólogo de 2021.

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DRH do InterContinental Lisbon recebe prémio “HR Champion of the Year”

No InterContinental Hotels Group há mais de oito anos, Vítor Silva passou por outras marcas como o Le Meridien e o Tiara Hotels & Resorts.

Vítor Silva, diretor de recursos humanos do InterContinental Lisbon, conquistou o prémio Sanofi na categoria “HR Champion of the Year”, nos European Diversity Awards. Com 25 anos de experiência no setor hoteleiro, a “sua capacidade de inovação e empenho na igualdade, diversidade e inclusão” justificam a distinção.

“Recebi este prémio com imenso orgulho, mas não é um prémio só meu, é também de toda a equipa do InterContinental Lisbon, que prontamente adere às iniciativas que desenvolvemos e às medidas implementadas para uma cultura de equipa diversa e inclusiva”, diz o gestor de pessoas, citado em comunicado.

No InterContinental Hotels Group há mais de oito anos, Vítor Silva passou por outras marcas como o Le Meridien e o Tiara Hotels & Resorts. A nível académico é licenciado em Gestão de Recursos Humanos e Psicologia do Trabalho e conta com uma pós-graduação em Gestão Hoteleira.

“Este prémio é um reconhecimento de todo o trabalho realizado no âmbito de uma política de recursos humanos baseada na igualdade, tal como os valores do nosso hotel e do próprio grupo IHG. O Vítor Silva tem tido um papel exemplar e fulcral na sensibilização e na liderança da sua equipa, de modo a promover uma equidade social. É um orgulho sermos distinguidos pela preocupação e carinho que temos pela sociedade em que estamos inseridos”, comenta Maarten P. Drenth, area general manager da IHG em Portugal, em comunicado.

Os European Diversity Awards reconhecem e celebram as organizações e os profissionais cuja liderança faz uma diferença genuína no que diz respeito a diversidade e inclusão.

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Volkswagen testa investidores para IPO da unidade de baterias elétricas

  • ECO
  • 18 Novembro 2022

Embora não esteja pressionada para angariar fundos adicionais para a eletrificação, após receitas com a listagem da Porsche, o grupo germânico testa como poderia ser avaliada a PowerCo no mercado.

A Volkswagen está em negociações para tentar atrair investidores para a sua unidade de baterias (PowerCo) antes de uma possível oferta pública inicial (IPO) parcial, com o objetivo de avaliar como é que a subsidiária poderia ser avaliada numa possível iniciativa de abertura de capital.

A notícia é adiantada pela Reuters esta sexta-feira, citando ainda uma outra fonte próxima da empresa a salvaguardar, no entanto, que a construtora automóvel alemã não está pressionada para angariar fundos adicionais para o processo de eletrificação depois das receitas que obteve com o bem-sucedido IPO da Porsche.

Foi o anterior CEO da companhia, Herbert Diess, que em maio de 2021 admitiu que a venda em bolsa seria uma forma de financiar os ambiciosos planos de expansão do negócio de baterias elétricas, avaliado em 20 mil milhões de euros. A gestão da produção e da investigação está a cargo da PowerCo, desde a mineração até à reciclagem, passando pelos sistemas de armazenamento de energia.

Esta novidade surge um dia depois de rumores de que o atual CEO da Volkswagen, Oliver Blume, estará a reavaliar o plano de construir uma nova fábrica para montar carros elétricos Trinity – aprovada em março, iria custar perto de 2.000 milhões de euros e avançar a construção na primavera de 2023 –, ou continuar a usar a fábrica do grupo em Wolfsburgo. Os analistas citados pela Reuters temem que essa decisão possa atrasar os planos de eletrificação do grupo germânico.

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Portugal Exportador: “Um ecossistema de internacionalização”

  • BRANDS' ECO
  • 18 Novembro 2022

Em entrevista ao ECO, Rafael Campos Pereira, vice-Presidente Executivo da AIMMAP, fala sobre a importância da internacionalização das empresas e o impacto do Portugal Exportador nesse caminho.

São várias as empresas nacionais que têm como ambição alargar os seus mercados de exportação. Nesse sentido, o interesse pela internacionalização tem vindo a aumentar, já que quanto maior for a internacionalização de uma empresa, maior será a probabilidade de aumentar a quantidade de produtos/serviços exportados.

A AIMMAP, Associação dos Industriais Metalúrgicos Metalomecânicos e Afins de Portugal, é um dos exemplos de associações que tem vindo a promover iniciativas que resultem na consolidação da posição das empresas metalúrgicas portuguesas nos mercados externos, nomeadamente através de feiras internacionais em mais de 30 países.

Para perceber a importância da internacionalização de empresas do setor e outras, Rafael Campos Pereira, vice-Presidente Executivo da AIMMAP, apresentou, em entrevista ao ECO, as mais-valias que as empresas podem retirar deste tipo de eventos, principalmente do Portugal Exportador. Pode conhecer as vantagens, mas também os desafios, na entrevista abaixo.

Que projetos a AIMMAP tem desenvolvido?

Como é sabido, anualmente a AIMMAP lidera a participação coletiva do METAL PORTUGAL em alguns dos mais relevantes certames internacionais, nomeadamente num conjunto de importantes feiras internacionais na área de subcontratação de elevado valor acrescentado. Ano após ano, a associação aprova e implementa um plano de internacionalização ambicioso, com o objetivo de apoiar as empresas do METAL PORTUGAL a crescer e consolidar as suas posições nos mercados externos.

Desde 1999 a AIMMAP já desenvolveu 18 Projetos Conjuntos de Internacionalização que envolveram mais de 400 empresas, que abordaram mercados em quatro continentes, em mais de 30 países. Desenvolveu ainda projetos focados em promover a marca METAL PORTUGAL nos mercados globais, através de um conjunto de iniciativas sobretudo do foro digital, mas não só.

O resultado desta aposta da AIMMAP na internacionalização está bem à vista de todos, com o METAL PORTUGAL a conquistar o título do setor campeão das exportações em Portugal, há vários anos consecutivos e com valores verdadeiramente impressionantes. Em dez anos as exportações do setor mais do que duplicaram, e estão agora muito perto dos 20 mil milhões de euros, valor que será seguramente atingido já em 2022.

Quais os novos mercados que são uma aposta segura nesta fase do Mundo?

Os últimos dois anos e meio foram anos muito atípicos, com uma pandemia que chegou sem aviso nem preparação, à qual se seguiu a guerra na Ucrânia. Duas situações com reflexos enormes na conjuntura económica mundial. Nunca como agora, as empresas tiveram de saber enfrentar uma tão grande diversidade de desafios e obstáculos que coexistem em simultâneo. Apesar disso, falamos de um período ao longo do qual o METAL PORTUGAL tem vindo a acumular os melhores resultados mensais de sempre, no que respeita às exportações. E isto deve-se em grande medida a um esforço exemplar e grande perseverança das empresas na prospeção de novos mercados, com um crescimento inclusivamente dos mercados extracomunitários.

Não obstante, seguramente que os principais destinos das exportações do setor, nomeadamente a Espanha, a França e a Alemanha continuarão a ter uma importância primordial para as nossas empresas.

Também o mercado dos EUA, pelo aumento das exportações verificadas nos últimos anos, parece-nos uma aposta segura, até porque apresenta um grande potencial de crescimento. Em boa verdade, a qualidade e incorporação tecnológica presentes nas empresas do METAL PORTUGAL têm potenciado uma evolução espantosa das exportações do setor para o mercado americano com um crescimento superior a 138% entre os anos de 2010 e 2021. Já nos primeiros 7 meses de 2022, na sequência de investimentos realizados por parte de muitas empresas do METAL PORTUGAL e da própria AIMMAP, verificou-se um crescimento homólogo das exportações do setor de 74,9% face a 2021, o que é particularmente notável tratando-se de um mercado com o nível de sofisticação do mercado americano.

Consideramos também que a Coreia do Sul poderá transformar-se num destino privilegiado para as nossas exportações a médio prazo, sendo para tal necessário que haja uma clara aposta estratégica de Portugal neste mercado com o desenvolvimento de um conjunto de ações capazes de auxiliar as nossas empresas a penetrar neste mercado altamente competitivo.

Como vê a importância de um evento como o Portugal Exportador?

Por um lado, as empresas têm acesso a informação e iniciativas que as auxiliem no complexo processo que é internacionalização, quer seja na abordagem de novos mercados, quer seja na consolidação das exportações. Funciona, portanto, como um instrumento de capacitação, proporcionando ainda às empresas o acesso a uma rede de contactos de excelência no que respeita aos mercados externos, seja ao nível de potenciais clientes, seja ao nível da diplomacia económica. Por outro lado, as associações e outras entidades presentes no evento, partilham a sua experiência e conhecimentos no capítulo da internacionalização, junto das empresas que visitam o certame e demais entidades visitantes e participantes.

Considera importante a criação do “Mundo” onde as associações terão oportunidade de promover os seus projetos de internacionalização?

Sem dúvida que sim. É francamente importante que as associações consigam chegar ao maior número de empresas possível, partilhando os benefícios dos investimentos em internacionalização, disseminando um conjunto de boas práticas fundamentais para processos de internacionalização bem-sucedidos.

Por exemplo, no caso concreto das missões internacionais promovidas pela AIMMAP, as empresas usufruem dos benefícios de trabalhar sob a marca METAL PORTUGAL, uma marca criada e disponibilizada pela associação, particularmente relevante para as empresas que trabalham o mercado internacional, contando assim com o apoio desta marca setorial para se destacarem enquanto produtoras de produtos de elevado valor acrescentado, com muita incorporação tecnológica e design.

Além disso, estas ações conjuntas internacionais e a experiência que delas advém e se vai acumulando produz um efeito de arrastamento e uma externalidade muito positiva para as empresas que ainda não iniciaram os seus processos de internacionalização ou que se ainda se encontram numa fase muito inicial desse processo. Não tenho dúvida que o envolvimento da AIMMAP nos projetos de internacionalização tem sido crucial para a criação de um ecossistema de excelência, qualidade e crescimento consolidado nos mercados globais.

No seu entender o Portugal Exportador pode ser o local de partilha de informação e boas práticas entre as várias associações empresariais relativamente aos projetos que desenvolvem?

Seguramente que sim. Não só pela experiência multissetorial que se acumula num evento desta natureza, mas também pela partilha de experiências vividas nos diversos mercados, sabendo de antemão que cada mercado tem as suas especificidades e que estas devem ser tidas em conta nos diversos processos de internacionalização e adaptadas ao nível de maturação de cada um desses processos.

É um evento que gera um ecossistema de internacionalização por excelência, onde surgem novas oportunidades e onde se estabelecem contactos de enorme importância nomeadamente no que respeita à rede de diplomacia económica, que em muitos processos de internacionalização acaba por ser um suporte relevante.

Além disso, e no que respeita diretamente às empresas, pode muitas vezes ser uma alavanca para algumas iniciarem os seus processos de internacionalização, ou uma ajuda concreta para chegarem a determinados mercados ou detetarem novas oportunidades.

É importante haver parcerias entre as associações?

Claramente que sim. Por exemplo, e no que respeita às feiras, no caso da AIMMAP, lidera anualmente a participação coletiva do METAL PORTUGAL em alguns dos mais relevantes certames internacionais, nomeadamente num conjunto de importantes feiras internacionais na área de subcontratação de elevado valor acrescentado, como é o caso da Hannover Messe na Alemanha, a GLOBAL INDUSTRIE – MIDEST em França, a MINDTECH, a “MetalMadrid” e a “SUBCONTRATACIÓN” em Espanha, a “ELMIA Subcontractor” na Suécia, entre outras. Esta experiência resulta num conhecimento acumulado ao longo de vários anos, e cuja partilha e o estabelecimento de parcerias pode em muito beneficiar grande parte do ecossistema associativo e empresarial.

Quais as competências mais procuradas pelas empresas?

As empresas do METAL PORTUGAL apresentam há vários anos, uma enorme pressão de crescimento. A qualidade, competência e nível de incorporação tecnológica que o setor apresenta, são hoje reconhecidas e valorizadas pelos mercados mais sofisticados. Obviamente que tal reconhecimento internacional tem implícito o esforço que o setor tem feito ao acompanhar os mais exigentes padrões, nomeadamente no que se refere aos processos de transição digital e ambiental, economia circular, e sustentabilidade social.

Neste contexto, é facilmente compreensível que as empresas do METAL PORTUGAL têm atualmente uma elevada percentagem de colaboradores qualificados e dotados de grande competência tecnológica e digital. No entanto, apesar do investimento que as empresas fazem em formação e capacitação dos seus trabalhadores, enfrentam uma gigantesca dificuldade em contratar colaboradores. Um problema de caráter já estrutural, que a AIMMAP há muito que acompanha e para o qual ajuda a procurar soluções.

Acredita que as competências digitais, uma ferramenta que será trabalhada no Portugal Exportador, podem ser importantes?

Seguramente que sim. Os processos de digitalização em toda a cadeia de valor das empresas, são um imperativo para uma economia mais competitiva. As empresas necessitam, portanto, de trabalhadores com competências digitais nas áreas administrativas e de gestão, e em todo o processo produtivo, pois só assim estarão aptas para competir nos mercados mais exigentes e sofisticados.

Acha que Portugal é um país exportador no seu setor?

Sem dúvida nenhuma. Aliás, o METAL PORTUGAL é exportador por natureza e pelos valores de exportação que apresenta e que já referi anteriormente e pela performance a que as suas exportações nos habituaram, arrisco-me a dizer que o mundo é o seu mercado natural. Com efeito, grande parte das empresas exporta direta ou indiretamente mais de 90% da sua faturação, o que é notável.

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CCB – 30 anos de uma cidade dentro da cidade

  • BRANDS' ECO
  • 18 Novembro 2022

CCB, um projeto ousado no Portugal dos anos 90 e uma aposta de sucesso, 30 anos depois. Saiba como nasceu, o que mudou e os caminhos futuros desta instituição.

“Sem a cultura, e a liberdade relativa que ela pressupõe, a sociedade, por mais perfeita que seja, não passa de uma selva. É por isso que toda a criação autêntica é um dom para o futuro.” Esta era a visão de Albert Camus, mas que se adequa perfeitamente ao que tem sido o maior centro cultural de Portugal.

O Centro Cultural de Belém (CCB) celebra 30 anos de existência em 2023. Esta, que é uma referência na cultura em Portugal, provou que com uma boa estratégia e esforço, o que era um sonho ousado no Portugal de há trinta anos, destaca-se hoje como uma realidade de sucesso.

Elísio Summavielle, Presidente do Conselho Administrativo do CCB, conta em entrevista ao ECO como nasceu o CCB, os desafios nestas três décadas, a estratégia pós pandemia e o que se espera para o futuro desta instituição.

Em 1991 estava-se a preparar a Presidência Portuguesa Europeia que teve lugar no CCB, iniciando em 1992. Um ano depois, em 1993, o CCB abriu portas ao público, como o primeiro centro cultural desta dimensão em Portugal.

Na altura existiam já três módulos: o Centro de Congressos, o Centro de Espetáculos e o Centro de Exposições. Portanto, desde o momento em que era apenas um esboço no papel, concebido pelos arquitetos Vittorio Gregotti e Manuel Salgado, era já um projeto ousado. Houve vários “velhos do Restelo”, nos mais diversos setores da sociedade, que contestaram a construção deste centro cultural, principalmente a nível arquitetónico. Porém, este que se tornou Património Nacional, deu provas de ser, tal como Summavielle afirmou, “um equipamento que não existia na cidade de Lisboa (capital Europeia) e que fazia falta, tendo-se revelado um caso de sucesso ao longo dos anos”.

O facto do CCB ter sido sede da primeira Presidência portuguesa contribuiu para a curiosidade do público, contudo, foi o facto de, nas palavras de Vittorio Gregotti, ser “uma cidade dentro de uma cidade”, que fez com que o público continuasse a voltar e a usufruir de tudo o que este espaço tinha para oferecer. Segundo Summavielle, depois da presidência portuguesa, criou-se a Fundação das Descobertas, e posteriormente a Lisboa 94 – Capital Europeia da Cultura, que trouxe muitos espetáculos e uma enorme afluência de pessoas ao CCB.

O Centro Cultural de Belém foi construído, desde sempre, para ser um organismo polivalente, com uma oferta cultural diversificada e de alta qualidade, o que implica também “uma grande diversidade de públicos”. Tal como partilha o Presidente “é exatamente isso que faz uma “cidade aberta”, tentar ir ao encontro dos diversos públicos, porém, nunca descuidando a qualidade”. Relembra também que, ao longo destes 30 anos, houve uma evolução positiva e exponencial no interesse pela cultura e nos padrões culturais dos portugueses. Tal como refere, “há 30 anos o país ainda estava muito a preto e branco, eram algumas elites que frequentavam espetáculos com alguns conteúdos mais de vanguarda, e destinados a essas mesmas elites culturais”. Acrescenta ainda que a partir de 1994, com Lisboa-94, Capital Europeia da Cultura, a abertura, a quantidade, e a qualidade da oferta cultural aumentou exponencialmente, realidade essa reforçada ainda no ano da Expo 98.

Ao longo do tempo foi-se redefinindo a estratégia do CCB. É imprescindível um equilíbrio que permita a obtenção da receita necessária à continuidade do projeto e esta receita também se obtém na área comercial. Ou seja, é importante salientar que praticando preços sociais, a grande parte da receita não vem da bilheteira. Deste modo, é assim uma conjunção de esforços entre o apoio do Estado, a bilheteira e a área comercial. E neste campo, o CCB tem para oferecer no Centro de Congressos, “espaços magníficos para conferências, congressos, eventos corporativos, com o melhor suporte a nível de audiovisuais, catering e não só. Sendo que essa receita é fundamental para se poder depois investir na parte cultural”, revela Summavielle.

A grande base estratégica assenta, portanto, na sustentabilidade de recursos, aliada à subvenção do Estado “que já foi superior no período pré troika e permitia outro desafogo”, e à receita da área comercial, permitindo assim uma programação cultural consistente. Summavielle apela então aos potenciais clientes para os eventos corporativos, reforçando que a qualidade da infraestrutura e das equipas marca, de facto, a diferença no que é oferecido pelo CCB.

A vida do CCB passou por duas fases: a primeira enquanto Fundação das Descobertas, e a atual, Fundação Centro Cultural de Belém, desde 1999, permanecendo os estatutos inalterados até hoje. O Conselho de Administração passou a contar com três elementos designados pelo Ministério da Cultura. Na visão de Summavielle, seria certamente benéfica uma futura revisão dos estatutos, no sentido de haver uma maior abertura à sociedade civil, de modo a permitir que o mundo empresarial pudesse ter assento e participar na gestão do CCB, bem como a própria cidade de Lisboa, solidificando assim a parceria que já existe com a Câmara de Lisboa. Este é um dos pontos que o Presidente aponta como estratégia futura, que seria “positiva e mais libertadora”, mas que, no entanto, não depende da Administração do CCB.

Outro dos pontos que mudou bastante em três décadas é o modo como a cultura é difundida. Atualmente é possível recorrer a mais meios de comunicação para fazer chegar a oferta e a mensagem do CCB a um maior público. A evolução dos meios de comunicação revelou-se extremamente relevante, principalmente, no período pandémico e de confinamento. Foi necessária alguma capacidade de adaptação para continuar a conseguir levar a cultura ao público português. Nesta altura, explica Summavielle “investimos nos eventos e espetáculos em streaming, para além de disponibilizar conteúdos culturais através da RTP Palco, acabando por ser uma consequência virtuosa”. Afirma que o plano é sempre investir nos eventos presenciais, mas manter a possibilidade do acesso online. Acredita que a componente presencial e social é imprescindível, nas suas palavras “o património mais importante são as pessoas”.

Isto prende-se com mais um dos pontos para a estratégia futura do CCB, que é concluir o projeto inicial de Gregotti, construindo os módulos IV e V, tal como estava previsto e desenhado desde o início, com um hotel e uma galeria com serviços, comercio e restaurantes. Este é o ideal do projeto inicial, o de criar uma “cidade dentro da cidade”, dinamizando assim esta zona de Lisboa e aumentando a procura do CCB, apostando no também no turismo corporativo.

Este polo cultural assume-se mais fortemente como local de cultura e também de lazer, onde se pode passar uma tarde em família nos jardins, fazer compras, jantar, fazer um workshop com os mais pequenos, para além de assistir a um bom espetáculo, claro. Summavielle acredita que com toda essa dinamização, aumentando bem as receitas, haverá consequentemente uma subida na fasquia da oferta cultural do CCB, com maior internacionalização, e “no mapa dos grandes eventos culturais da Europa”.

Terminando esta agradável conversa, Elísio Summavielle define o CCB de hoje como uma “cidade aberta”, com uma oferta cultural de maior diversidade e qualidade. Afirma que o próprio desenvolvimento do projeto futuro (hotel e galeria) vai “fazer cidade” e favorecer objetivamente o CCB. “O caminho faz-se caminhando”, sempre rumo ao crescimento e à excelência.

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Walk Talks. Está a tomar decisões sábias?

  • Trabalho
  • 18 Novembro 2022

Uma conversa, enquanto se caminha, que se repete todas as semanas aqui na Pessoas. Bem-vindos à Walk Talks.

Existem algumas formas de aproximar-se mais de uma tomada de decisões sábias. Esta semana, João Perre Viana e Nuno Santos Fernandes, partners e mentores da Walking Mentorship, partilham com os leitores algumas delas.

Evitar entrar num sistema automático e preferir adotar uma direção diferente da habitual, criar uma rotina de verificação para nós próprios (seja fazendo de ‘advogado do diabo’, questionando constantemente as nossas decisões ou recusando o absolutismo) e procurar não tomar decisões num quadro de fadiga e cansaço são alguns dos conselhos dados pelos mentores durante a caminhada desta semana.

Uma conversa que se repete todas as semanas aqui na Pessoas. Bem-vindos à Walk Talks.

https://videos.sapo.pt/Fot32RSCu0J1m4KURNh4

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Relatório da Administração Interna deteta falhas de segurança com “riscos muito elevados” no SIRESP

  • ECO
  • 18 Novembro 2022

Relatório confidencial da secretaria-geral do Ministério da Administração Interna (MAI) concluído no início do ano passado aponta diversas falhas de segurança graves na rede SIRESP.

Um relatório da secretaria-geral do Ministério da Administração Interna, feito no início de 2021, encontrou falhas de segurança com “riscos muito elevados” no SIRESP, a rede de comunicações de emergência do Estado. Entre elas estão vulnerabilidades que podem permitir a técnicos de comunicação (principalmente da Altice, que assegura a operação do sistema) ter acesso e ouvir conversas confidenciais sem serem detetados, ou o facto de “entidades externas” terem como saber, em tempo real, “onde estão os terminais e para onde se deslocam”.

O teor do relatório foi noticiado esta sexta-feira pelo Público (acesso condicionado). Algumas das falhas descritas no documento podem “colocar em risco a segurança de pessoas e bens”, é referido. Em resposta ao jornal, a empresa pública responsável pelo SIRESP fala em “imprecisão” em certos dados do relatório, mas informa que “o mesmo foi analisado” e “foram desenvolvidas medidas destinadas a reforçar a segurança da rede”. Além disso, o SIRESP indica que o concurso público internacional em curso para a escolha de novos parceiros para a manutenção do SIRESP preveem “várias medidas para reforço da segurança, capacidade, cobertura e futura alteração de tecnologia”.

Também esta sexta-feira, o Público revela que as três principais empresas de telecomunicações em Portugal, Meo, Nos e Vodafone, estão na corrida para prestar os serviços de manutenção do SIRESP. A fase de qualificação do concurso público terminou na terça-feira com 13 candidaturas e está marcado “para breve” o início do processo de análise das mesmas. O concurso público deveria ser concluído ainda este ano, com tempo suficiente para permitir o início dos contratos no começo de 2023, mas, segundo o jornal, tal não será possível, pelo que estarão em curso negociações com os atuais parceiros para prolongar, uma vez mais, os contratos atuais.

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Bloco de Esquerda apela a Marcelo para que não vá ao Qatar

  • Lusa
  • 18 Novembro 2022

Coordenadora do Bloco de Esquerda apelou ao Presidente para não ir ao Qatar, onde decorrerá o Mundial de Futebol, lembrando que "não se pode esquecer" as condições dos trabalhadores do evento.

A coordenadora do Bloco de Esquerda apelou esta sexta-feira ao Presidente da República para não ir ao Qatar, onde decorrerá o Mundial de Futebol, lembrando que “não se pode esquecer” as condições dos trabalhadores que montaram as estruturas do evento.

“Não podemos esquecer as condições dos trabalhadores”, afirmou Catarina Martins quando questionada pelos jornalistas em Lisboa sobre as declarações do Presidente da República na quinta-feira.

Após o jogo entre Portugal e a Nigéria, Marcelo Rebelo de Sousa, disse que “o Qatar não respeita os direitos humanos”, mas que vai assistir ao Portugal-Gana, em 24 de novembro. “O Qatar não respeita os direitos humanos. Toda a construção dos estádios e tal…, mas, enfim, esqueçamos isto. É criticável, mas concentremo-nos na equipa. Começámos muito bem e terminámos em cheio”, disse o Presidente, após a vitória de Portugal.

Depois do apelo a Marcelo Rebelo de Sousa, Catarina Martins lembrou que durante a construção das estruturas que vão receber o Mundial de Futebol mais de 6.500 pessoas morreram. Catarina Martins falava à porta do hospital São José, em Lisboa, onde a Frente Comum também esteve para fazer um primeiro balanço do início da greve nacional dos Trabalhadores da Administração Pública.

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“Sinais de abrandamento da economia acumulam-se” com inflação alta, diz INE

Os indicadores disponíveis apontam para uma desaceleração da economia portuguesa, nota o INE. Atividade económica registou a taxa mais baixa desde março de 2021.

Os “sinais de abrandamento da economia acumulam-se”, numa altura em que se verifica um nível de inflação elevada (que já superou até os 10% no último mês), alerta o Instituto Nacional de Estatística (INE) esta sexta-feira, na análise da conjuntura económica. A atividade económica registou a taxa mais baixa desde março de 2021.

“Os indicadores de curto prazo (ICP) relativos à atividade económica na perspetiva da produção, disponíveis para setembro, apontam para uma desaceleração da atividade”, adianta o gabinete de estatísticas.

Nesta síntese é analisada a atividade económica, que “desacelerou significativamente em setembro, após ter acelerado em agosto, retomando o perfil de abrandamento registado entre março e julho e registando a taxa mais baixa desde março de 2021″.

Fonte: INE

Já o indicador de clima económico, que sintetiza os saldos de respostas extremas das questões relativas aos inquéritos qualitativos às empresas, como explica o INE, “diminuiu entre agosto e outubro, reforçando o movimento descendente iniciado em março e atingindo o mínimo desde abril de 2021″.

Os índices de volume de negócios na indústria, serviços e comércio a retalho desaceleraram todos em setembro, abrandamento registado também no índice de produção na construção.

O consumo privado também está a travar, sendo que o “indicador de confiança dos consumidores diminuiu em setembro e outubro, atingindo um valor próximo do registado em abril de 2020 no início da pandemia”.

Fonte: INE

Este comportamento surge num “contexto de elevada inflação”, que atingiu os 10,6% na Zona Euro (tendo em conta o índice harmonizado de preços). Já em Portugal, a aceleração do Índice de Preços no Consumidor foi 10,1% em outubro de 2022 (10,6% no caso do IPHC, usado para comparações internacionais).

Estes dados seguem-se às estatísticas divulgadas pelo Banco de Portugal esta quinta-feira, que também mostram que a atividade económica e o consumo privado estão a abrandar. O indicador que mede a atividade económica registou uma variação homóloga de 6,2% em setembro, depois de uma subida de 6,5% no mês anterior. Já o consumo privado evoluiu 2,3%, abaixo dos 2,9% verificados em agosto deste ano, de acordo com as estatísticas da instituição liderada por Mário Centeno.

Recorde-se que a economia cresceu 0,4% em cadeia no terceiro trimestre, com uma evolução homóloga de 4,9%. Para o quarto trimestre, os economistas ouvidos pelo ECO falam de estagnação, valores marginalmente negativos, forte desaceleração. As estimativas apontavam para um crescimento do PIB este ano entre 6% e 6,5%, sendo que na proposta de Orçamento do Estado para 2023, o Executivo aponta para um crescimento de 6,5% este ano.

No entanto, o ministro das Finanças acredita que a economia portuguesa vai conseguir escapar a um cenário de contração no último trimestre deste ano. Medina apontou até que “mesmo que o crescimento [em cadeia] seja zero no quarto trimestre, vamos ter uma taxa de crescimento de 6,7% em 2022, uma das mais elevadas da Europa”.

(Notícia atualizada às 11h40)

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Ordem dos Advogados já enviou credenciais para votar nas eleições

A Comissão Eleitoral da Ordem dos Advogados já enviou as credenciais de voto para os advogados votarem nas eleições para os órgãos da OA e da Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores.

A Comissão Eleitoral da Ordem dos Advogados já enviou as credenciais de voto que permite aos advogados votarem nas eleições para os órgãos da Ordem dos Advogados (OA) e da Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores (CPAS), para o triénio 2023-2025. As eleições decorrem a 28, 29 e 30 de novembro, por voto eletrónico.

“As credenciais foram remetidas separadamente, para o domicílio profissional, por correio registado, sendo que o IdEleitor foi enviado a 16 de novembro e a senha de voto encontra-se em distribuição”, segundo comunicado, divulgado no site da OA.

“A votação terá início às 00h00 do dia 28 de novembro e encerra às 20h00 do dia 30 de Novembro de 2022. Em caso de extravio, é possível ao eleitor recuperar as suas credenciais de voto de forma automática desde que tenha oportunamente fidelizado o seu telemóvel na Área Reservada do Portal OA e tenha acesso ao email OA. A recuperação automática das credenciais de voto só estará disponível a partir das 00h00m de dia 28 de novembro de 2022 com o início do processo eleitoral. Mais se informa que no dia 30 de novembro de 2022, entre as 10h00 e as 19h00 na sede de cada Conselho Regional, com exceção do Conselho Regional de Lisboa, cuja mesa de apoio funcionará na sede da Ordem dos Advogados, estarão disponíveis mesas de apoio eleitoral para todos aqueles que, não tenham acesso às credenciais de voto e não possam ou não pretendam utilizar o processo de recuperação automática das mesmas. Nas referidas mesas de apoio eleitoral será possível a atribuição de novas credenciais de voto”, concluiu o comunicado.

No dia 30 de setembro terminou o prazo de entrega das candidaturas aos órgãos da Ordem dos Advogados. Na corrida pela liderança para o cargo de bastonário estão sete candidatos: uma mulher – Fernanda de Almeida Pinheiro -, três estreantes – Paulo Pimenta, Rui Silva Leal e Paulo Valério -, e três veteranos – António Jaime Martins, Luís Menezes Leitão e Varela de Matos.

As votações para eleger o 28.º bastonário irão decorrer eletronicamente entre as 0h00 do dia 28 de novembro e as 20h00 do dia 30 de novembro. No último dia de votação, ou seja dia 30, funcionarão mesas de apoio ao ato eleitoral, entre as 10h00 e as 19h00, em cada sede dos Conselhos Regionais, com exceção do de Lisboa, cuja mesa funcionará na sede da OA.

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