“Cada página é um conjunto de mentiras”, diz primeiro-ministro sobre acusações de Carlos Costa

António Costa diz estar a ser alvo de uma "operação política de ataque" por parte de Carlos Costa e que irá defender a sua "honra e bom nome" na Justiça.

António Costa diz estar a ser alvo de uma “operação política de ataque” por parte de Carlos Costa, na sequência das acusações que este proferiu no livro “O Governador”. O primeiro-ministro diz que “cada página é um conjunto de mentiras” e que vai defender a sua “honra” e “bom nome” na Justiça.

“Cada página é um conjunto de mentiras, meias verdades e deturpações”, disse esta quarta-feira António Costa, em declarações aos jornalistas transmitidas pela RTP3. “Carlos Costa entendeu que devia montar uma operação política de ataque ao meu caráter e honra. Está no seu direito, mas eu também tenho direito a defender o meu bom nome”, completou.

O primeiro-ministro disse que a “história esclarecerá tudo” e que, “felizmente, há pessoas que conhecem a história”. “Estou há anos suficientes na política para não admitir, quem quer que seja, que minta a meu respeito, a respeito dos meus atos e das minhas intenções”, apontou.

Tal como já tinha dito, António Costa vai deixar que sejam os tribunais a decidir. “A honra antigamente defendia-se em duelos, mas hoje temos meios próprios para esclarecer a verdade nos tribunais”, disse.

O Chefe de Governo fez uma reflexão do seu percurso político, recordando como o sistema financeiro mudou desde 2015, tendo-se recuperado a “credibilidade” do país. “Tenho muito orgulho no trabalho que desenvolvi, nos ministros das Finanças com quem trabalhei e em quem se dispôs a trabalhar para que o sistema financeiro pudesse recuperar de forma sólida”, disse.

E rematou, afirmando que “é com essa tranquilidade”, com o que fez na sua vida política, que não precisa de “andar a fazer polémicas” e que deixará “para lugar próprio” a “defesa” do seu “bom nome”.

(Notícia atualizada às 13h21 com mais informação)

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Fundação Santander lança mais de 1.000 bolsas universitárias num total de 580 mil euros

Cada bolsa varia entre 500 e 1.000 euros, apoiando alunos de 26 instituições de Ensino Superior que representam 175 mil universitários.

A Fundação Santander Portugal, em conjunto com o Santander Universidades, acaba de abrir as candidaturas para mais de 1.000 Bolsas Santander Futuro 2022/2023. O valor de cada bolsa varia entre 500 e 1.000 euros, num investimento total de 580 mil euros. As inscrições estão abertas até 11 de dezembro.

“O objetivo é apoiar universitários residentes em Portugal e inscritos numa das 26 instituições de Ensino Superior aderentes a este programa, que representam 175 mil alunos”, lê-se em comunicado.

A esta condição de elegibilidade – e para além da residência em Portugal – acrescem as condições específicas indicadas por cada uma das Instituições de Ensino Superior participantes.

As Bolsas Santander Futuro fazem parte de um dos maiores programas de apoio social promovidos pela Fundação Santander Portugal, através do Santander Universidades, com o objetivo de contribuir para a estabilidade financeira e um melhor desempenho escolar dos estudantes universitários.

Os interessados devem inscrever-se até 11 de dezembro através da plataforma de bolsas do Santander.

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ECO e CNN Portugal iniciam parceria editorial

  • ECO
  • 16 Novembro 2022

Através desta parceria, a área de conteúdos económicos e financeiros da CNN Portugal é reforçada com artigos do ECO.

A CNN Portugal e o ECO estabeleceram uma parceria editorial de partilha de conteúdos: “Numa altura em que Portugal e o mundo enfrentam o crescimento exponencial da inflação e das taxas de juro e um aumento generalizado do custo de vida, a CNN Portugal tem a preocupação de manter o seu público atualizado, em permanência. Desta forma, inicia uma parceria editorial com o ECO que tem como objetivo reforçar a área de conteúdos económicos e financeiros da CNN Portugal através de uma marca conceituada na área de economia.”

“Falar de economia é falar da vida das pessoas. Nesta altura de múltiplas crises, de incerteza, de aumento dramático do custo de vida, a CNN Portugal reforça a sua oferta de informação económica e financeira com o ECO, um parceiro editorial de grande dinamismo e que se afirma pelo rigor e credibilidade”, diz Pedro Santos Guerreiro, diretor executivo da CNN Portugal, em comunicado.

Só leitores informados poderão exercer uma cidadania plena, e isso é uma das missões essenciais do jornalismo. É uma missão que nos anima, que nos ocupa todos os dias, e que será mais produtiva se for feita em parceria, em cooperação. Foi esse o caminho que nos trouxe até ao dia de hoje, a uma parceria entre o ECO e a CNN Portugal que levará informação económica e financeira a mais leitores”, acrescenta António Costa, diretor do ECO.

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Natixis tem 50 vagas para estágios. Está a recrutar

O banco francês já recrutou mais de 200 recém-formados este ano. Tem ainda 50 vagas de estágios profissionais para o seu hub no Porto.

A Natixis organiza na próxima sexta-feira, 18 de novembro, a segunda edição do Natixis Open Day LX Edition, para dar a conhecer a empresa e divulgar as suas ofertas para posições juniores e séniores, para o hub no Porto. Tem 50 vagas para estágios profissionais. Procura perfis de Engenharia e Tecnologia da Informação, Gestão, Economia, Contabilidade, Finanças, Relações Internacionais, Direito, Recursos Humanos e Comunicação e Marketing.

“Depois de passarmos pelo Minho, Alto Douro e Trás-os-Montes, Coimbra, Aveiro e Porto, iremos até Lisboa para, mais uma vez, estarmos próximos do talento jovem que tem sido tão importante no nosso projeto de crescimento e que temos recrutado para o nosso Centro de Excelência, no Porto”, refere Maurício Marques, diretor de Recursos Humanos da Natixis em Portugal, citado em comunicado.

Este ano, já recrutámos mais de 200 recém-formados e acreditamos que estes estágios são a escolha ideal para jovens que pretendam ter a sua primeira experiência profissional numa atmosfera de banca tecnológica, com um marcado espírito de inovação e empreendedorismo. Para isso, oferecemos a possibilidade de um contrato efetivo, após terminado o período de estágio”, acrescenta.

Nos dias 17 e 18 de novembro, a Natixis em Portugal vai estar presente na na Cidade Universitária, Amoreiras e Parque das Nações, culminando o open day com um evento gratuito de networking na Fábrica Oitava Colina, em Lisboa, a partir das 18h00. As inscrições para a iniciativa decorrem online.

A empresa tem cerca de 50 vagas para estágios profissionais, sendo elegíveis estudantes e recém-formados nas áreas de Engenharia e Tecnologia da Informação, Gestão, Economia, Contabilidade, Finanças, Relações Internacionais, Direito, Recursos Humanos e Comunicação e Marketing. Os interessados podem candidatar-se online até 18 de novembro.

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NATO admite que explosão na Polónia se deva a míssil de Kiev, mas responsabiliza Rússia

  • Joana Abrantes Gomes
  • 16 Novembro 2022

A análise preliminar da NATO sugere que o incidente terá sido causado por um míssil de defesa antiaérea ucraniano disparado para contra ataques de mísseis de cruzeiro russos.

Depois dos EUA e da Polónia, também o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) admitiu que a explosão que matou duas pessoas na Polónia na terça-feira “foi provavelmente causada” por um míssil ucraniano. No entanto, Jens Stoltenberg ressalva que “não é culpa da Ucrânia” e atribui a “responsabilidade final” a Moscovo, uma vez que continua a sua guerra “ilegal” contra a Ucrânia.

“A nossa análise preliminar sugere que o incidente foi provavelmente causado por um míssil de defesa antiaérea ucraniano disparado para defender o território ucraniano contra ataques de mísseis de cruzeiro russos. Mas deixem-me ser claro: isto não é culpa da Ucrânia”, afirmou esta quarta-feira o responsável da NATO, que falava em conferência de imprensa em Bruxelas após uma reunião do Conselho do Atlântico Norte para discutir a explosão na localidade polaca de Przewodów.

Segundo Jens Stoltenberg, está em curso uma investigação sobre o incidente, porém, até ao momento, não há “qualquer evidência de que este tenha resultado de um ataque deliberado”, nem há “qualquer indicação de que a Rússia esteja a preparar ações militares ofensivas contra a NATO”.

Ainda assim, “a Rússia tem a responsabilidade final ao continuar a sua guerra ilegal contra a Ucrânia”, vincou o secretário-geral da organização. Só na terça-feira, dia do incidente na Polónia, as forças de Moscovo lançaram mais de 100 mísseis em todo o território ucraniano, 81 dos quais foram intercetados pela defesa antiaérea ucraniana, acrescentou.

Em resposta a uma questão sobre a NATO vir a estender o seu sistema de defesa aérea até às zonas fronteiriças da Ucrânia, onde a segurança dos países aliados possa ser posta em causa, Stoltenberg pôs de lado essa hipótese, reiterando que a aliança atlântica “não faz parte desta guerra”.

Após ter convocado uma reunião de emergência com os seus aliados da NATO, o Presidente polaco, Andrzej Duda, admitiu esta quarta-feira que o míssil que matou duas pessoas na Polónia, na terça-feira, “tenha sido lançado pela Ucrânia”, mas, tal como Stoltenberg, disse que nada indica que tenha sido um “ataque intencional”.

Duda declarou que a Polónia não vai invocar o artigo 4.º da NATO, que prevê consultas entre aliados sempre que esteja ameaçada a “integridade territorial, a independência política ou a segurança” de qualquer dos Estados-membros da aliança atlântica.

Antes, o Presidente dos EUA disse aos países aliados que o míssil que na tarde de terça-feira atingiu território da Polónia era da defesa antiaérea da Ucrânia. Ainda na noite de terça-feira, Joe Biden já dissera que as informações iniciais indicavam que era “improvável” que o incidente tivesse sido causado por um míssil disparado pela Rússia.

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Estágios, cowork no estrangeiro e mentoria por CEO vão ajudar PME a internacionalizarem-se

Associação Business Roundtable Portugal e AICEP assinaram um protocolo para ajudar à internacionalização das PME, que prevê mentoria por CEO e a utilização de escritórios no estrangeiro.

Reforço dos estágios INOV Contacto, a disponibilização de espaços de Cowork em 20 países e o acesso a sessões de mentoria com CEO de empresas. Estas são as três primeiras medidas do protocolo assinado esta quarta-feira entre a Associação Business Roundtable Portugal e a AICEP para incentivar a internacionalização das PME.

O protocolo prevê que os CEO das 42 empresas da Business Roundtable Portugal disponibilizem duas a três horas para esclarecer dúvidas e aconselhar as empresas sobre estratégias de internacionalização. “Os 42 associados também têm de dar de si e serem interlocutores para estarem duas a três horas com essas empresas para partilharem a experiência, as dúvidas, as estratégias para que o caminho seja mais fácil. Saber de quem já fez as dificuldades é caminho andado para cometer menos erros ou eles terem um impacto menor”, explicou Filipe de Botton, coordenador do Grupo de Trabalho Globalização da Associação BRP.

O protocolo, assinado esta quarta-feira num hotel em Lisboa, prevê também que as PME possam utilizar, em regime de cowork, 50 espaços de escritórios em 20 países das associadas da Business Roundtable Portugal (BRP). “As empresas portuguesas que se queiram globalizar poderão ter acesso a instalação física por três, seis ou 12 meses”, disse o também presidente da Logoplaste, dando como exemplo a sua própria empresa, que irá disponibilizar um espaço nos escritórios em Chicago.

A última medida é o reforço do programa INOV Contacto, criado há 25 anos, e que conta atualmente com 250 estágios para recém-licenciados em empresas no estrangeiro. No âmbito do protocolo, serão criados mais 25 estágios em 11 empresas que fazem parte da BRP. As candidaturas estarão abertas até à primeira semana de dezembro.

As medidas serão operacionalizadas pela AICEP, a agência de promoção do investimento e do comércio externo, que receberá os pedidos das PME e fará o matching com as empresas em função de critérios como o mercado externo que pretendem desenvolver. O protocolo será reavaliado de seis em seis meses, mas não tem um prazo definido para terminar. Na calha está já a adoção de outras medidas, que não foram reveladas.

“O objetivo é criar impacto junto de empresas nacionais, principalmente de média dimensão, para lhes dar ferramentas para crescer e se internacionalizarem”, afirmou Vasco de Mello, presidente da BRP. “O que reduz a capacidade de as empresas crescerem é o seu governo e o tio de ferramentas que têm para se internacionalizar”, acrescentou.

“A ideia é sermos os catalisadores das PME que queiram ir para fora”, sintetizou Filipe de Botton, elogiando o “extraordinário trabalho” que vem a ser realizado pela AICEP. Deixou também um apelo a que outras empresas se juntem ao protocolo, que não ficará fechado nas 42 associadas da BRP.

“Este é um protocolo importante que surge num momento particularmente relevante. Pegando nas estimativas mais conservadores, este ano vamos exportar mais de 100 mil milhões de euros. O negócio da exportação está a correr muito bem para o país, mas a ambição aumenta”, afirmou Luís Castro Henriques, presidente da AICEP.

Para continuar a crescer “é preciso uma boa parceria entre entidades privadas e o Estado, e isto é um excelente exemplo, e uma cooperação entre grandes e pequenas empresas”, apontou. “O que procuramos aqui são PME ambiciosas que queiram crescer.”

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Fever arranca com incubadora. Procura projetos para “revolucionar” indústria de entretenimento

A Fever já investiu cerca de três milhões de euros em outros projetos de pequena e grande dimensão de criadores emergentes.

A Fever vai lançar uma incubadora para acolher projetos que visem “revolucionar” a indústria de entretenimento ao vivo. As candidaturas para a Fever Labs decorrem até 3 de março de 2023.

Através da Fever Labs, a Fever quer investir “em pessoas ou equipas com ideias inovadoras que pretendam revolucionar o entretenimento ao vivo”, os candidatos serão apoiados em diferentes fases, “desde a idealização da experiência e o desenvolvimento da estratégia de marketing, até à criação do formato, produção, e a sua distribuição em diferentes cidades”, informa em comunicado.

O primeiro período de candidaturas arranca esta quarta-feira, prolongando-se até 3 de março, estando a Fever Labs “recetiva à incubação de projetos no âmbito de uma vasta gama de setores dentro da indústria do entretenimento, incluindo experiências de artes imersivas, teatro, museus, música, vida noturna e desporto, e que tenham potencial para serem bem-sucedidos”.

No passado, a Fever já investiu cerca de três milhões de euros em outros projetos de pequena e grande dimensão de criadores emergentes.

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Preço médio da gasolina em Portugal superou média europeia no terceiro trimestre

No terceiro trimestre de 2022, Portugal praticou o 13º preço médio de venda de gasolina mais elevado da União Europeia.

Os preços médios de venda (PMV) de gasolina simples 95, no terceiro trimestre de 2022, superaram a média europeia, de acordo com os cálculos da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE). Segundo o boletim divulgado esta quarta-feira, o preço da gasolina vendida coloca Portugal na 13ª posição dos países da União Europeia (UE) com os preços mais altos.

Segundo o documento, entre julho e setembro, o PMV da gasolina simples 95 na UE foi de 1,784 euros por litro, enquanto em Portugal foi de 1,827 euros por litro, no mesmo período. Sem Impostos, a gasolina custava 0,985 euros por litro na UE e 1,028 euros por litro em Portugal, no mesmo período.

O PMV da gasolina mais baixo foi praticado na Hungria e o mais alto verificou-se na Finlândia, observando-se uma diferença de 0,90 cêntimos por litro entre o preço mais baixo e o preço mais alto. Sem impostos, a ERSE aponta os países do leste da Europa, Malta e França como aqueles com os preços mais baixos da União Europeia.

No entanto, o mesmo não acontece com o preço do gasóleo vendido no mesmo período, que, segundo as contas do regulador da energia, coloca Portugal na 8ª posição na lista dos países que praticam os preços médios de venda mais baixos. Segundo o documento, entre julho e setembro, o PMV do gasóleo na UE foi de 1,858 euros por litro, enquanto em Portugal foi de 1,832 euros por litro, no mesmo período.

Sem impostos, indica a ERSE, Portugal ocupa a 15.ª posição dos países com PMV de gasóleo mais altos. No terceiro trimestre, o gasóleo custava 1,149 euros por litro na UE e 1,175 euros por litro em Portugal.

O preço mais baixo observou-se em Malta e o mais alto registou-se na Suécia, verificando-se uma diferença de 1,11 euros por litro entre o preço mais baixo e o preço mais alto. No leste da UE, a Hungria praticou o preço mais baixo. Sem impostos, os países da Europa de Leste, assim como Malta, tiveram os preços de gasóleo simples mais baixos da UE.

Gasolina em Portugal mais barata do que em Espanha

De acordo com o comunicado, o PMV sem impostos da gasolina em toda a União Europeia diminuiu 5 cêntimos por litro do segundo trimestre para o terceiro trimestre deste ano. Excluindo os impostos, Portugal praticou um PMV na gasolina 95 simples inferior ao de Espanha em 4 cêntimos por litro, sendo que com impostos, a venda de gasolina em Portugal continuou mais barata em 3,9 cêntimos por litro quando comparado com o país vizinho.

“Embora Portugal apresente uma maior carga fiscal (44%), no contexto da Península Ibérica, o PMV português foi cerca de 3,9 cêntimos por litro inferior ao de Espanha”, lê-se na nota enviada às redações.

Quanto ao gasóleo, a ERSE dá conta que entre os 27 Estados-membros, o preço aumentou, em média, 0,7 cêntimos por litro do segundo trimestre para o terceiro trimestre de 2022.

Relativamente à comparação com o país vizinho, sem impostos, a ERSE revela que os preços médios nacionais do gasóleo foram 3,9 cêntimos por litro mais baratos. “O peso fiscal em Portugal (37%) foi idêntico ao espanhol (37%), o que justificou a prática de PMV inferiores no nosso país”, indica o boletim.

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Euribor sobe a três meses para novo máximo desde março de 2009

  • Lusa
  • 16 Novembro 2022

As taxas Euribor subiram esta quarta-feira a três e seis meses, no prazo mais curto para um novo máximo desde março de 2009, e desceram a 12 meses face a terça-feira.

As taxas Euribor subiram esta quarta-feira a três e seis meses, no prazo mais curto para um novo máximo desde março de 2009, e desceram a 12 meses face a terça-feira.

  • A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno positivo em 6 de junho, avançou esta quarta-feira, para 2,311%, mais 0,011 pontos que na terça-feira e depois de ter subido em 14 de novembro para 2,337%, um novo máximo desde janeiro de 2009. A média da Euribor a seis meses subiu de 1,596% em setembro para 1,997% em outubro. A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 06 de novembro de 2015 e 03 de junho de 2022).
  • A Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, também subiu esta quarta-feira ao ser fixada em 1,803%, mais 0,008 pontos e um novo máximo desde março de 2009. A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses). A média da Euribor a três meses subiu de 1,011% em setembro para 1,428% em outubro.
  • Em sentido contrário, no prazo de 12 meses, a Euribor recuou quarta-feira, ao ser fixada em 2,843%, menos 0,008 pontos que na terça-feira, contra 2,874% em 9 de novembro, um novo máximo desde janeiro de 2009. Após ter disparado em 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 05 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril. A média da Euribor a 12 meses avançou de 2,233% em setembro para 2,629% em outubro.

As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 04 de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia aumentar as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro.

Em 27 de outubro, com o objetivo de travar a inflação, o BCE subiu as três taxas de juro diretoras em 75 pontos base, o terceiro aumento consecutivo deste ano, depois de em 21 de julho ter subido em 50 pontos base as três taxas de juro diretoras, a primeira subida em 11 anos, e em 08 de setembro em 75 pontos base. A evolução das taxas de juro Euribor está intimamente ligada às subidas ou descidas das taxas de juro diretoras do BCE.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021. As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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“É razoável assumir que exportações vão superar 45% do PIB”, diz presidente da AICEP

As exportações vão superar pela primeira vez os 100 mil milhões de euros, afirmou o presidente da AICEP. Luís Castro Henriques, que está de saída do cargo, diz que "está na altura de mudar".

As exportações vão superar pela primeira vez os 100 mil milhões de euros este ano, ultrapassando os 45% do PIB, adiantou o presidente da AICEP, Luís Castro Henriques, na apresentação de um protocolo sobre internacionalização entre a Business Roundtable Portugal e a agência de promoção do investimento e comércio externo.

“Pegando nas estimativas mais conservadoras, este ano vamos exportar mais de 100 mil milhões de euros”, afirmou Luís Castro Henriques. Em percentagem do PIB, o primeiro semestre terminou em 49% do PIB e o presidente da AICEP considera “razoável assumir que ficaremos acima dos 45%”.

António Costa Silva apontou no debate do Orçamento do Estado, no final de outubro, para uma fasquia ainda maior. “Vamos chegar ao fim do ano com exportações a representarem 49% do Produto Interno Bruto (PIB) português”, afirmou.

Luís Castro Henriques destacou o desempenho nas exportações de bens, “que ficam facilmente acima de 70 mil milhões, quase duplicando face a 2010″. Em termos globais, o crescimento das vendas ao exterior esperado é de 15%, “embora haja estimativas que apontam para 30%”, disse também Luís Castro Henriques.

Já há aqui uma mudança de paradigma muito relevante para o país. É preciso dar os parabéns ao esforço muito bem feito pelas empresas. O enquadramento não tem sido fácil, mas as empresas continuam a exportar e a ganhar quota”, destacou o responsável da AICEP, sublinhando que o conseguiram fazer apesar do choque transversal provocado pela subida dos custos da energia.

Luís Castro Henriques termina o segundo mandato como presidente da AICEP no final do ano e não irá continuar. “A missão julgo que foi cumprida. É altura de uma mudança”, afirmou. O responsável lembrou que quando chegou ao cargo, em 2014, Portugal era um “produto difícil”, depois do resgate da troika. “Mudámos o pitch, a abordagem e a metodologia. Duplicámos a atração de investimento.”

“Temos uma nova década com novos desafios. É preciso aumentar a notoriedade para subir na escala do preço e conseguir chegar com os nossos produtos ao consumidor final”, afirmou o presidente da AICEP.

Filipe de Botton, presidente da Logoplaste e coordenador do Grupo de Trabalho Globalização da Associação Business Roundtable Portugal, salientou que “há uma nova geração de CEO e de empresários que mudou o paradigma da gestão” e apontou ainda mais alto a fasquia para as exportações nacionais: “Temos de chegar aos 60% de uma Irlanda. Temos de ser capazes de lá chegar”.

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Um em cada quatro desempregados encontrou emprego no terceiro trimestre

Foram 78,1 mil as pessoas que transitaram para o emprego do segundo para o terceiro trimestre deste ano, indica o INE.

Um em cada quatro desempregados encontrou trabalho no terceiro trimestre deste ano, mostram os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta quarta-feira. Por outro lado, 53,9% das pessoas que estavam desempregadas no segundo trimestre permaneceram nesse estado no trimestre seguinte.

Foram 78,1 mil as pessoas que transitaram para o emprego no terceiro trimestre deste ano. Considerando por sexo, o INE estima que “quase um em cada três homens desempregados (29,6%; 42,7 mil) e quase uma em cada quatro mulheres desempregadas (22,9%; 35,4 mil) no trimestre trimestre de 2022 transitaram para o emprego” neste período.

A maior parte das pessoas transitaram para um trabalho por conta de outrem. Foram mais os desempregados de curta duração que encontraram trabalho (32,6%) do que aqueles de longa duração (19,9%).

a fatia daqueles que permaneceram no desemprego, que é de 53,9% do total de desempregados, é de 160,9 mil pessoas, segundo os dados do INE.

Entre aqueles que estavam desempregados no segundo trimestre, uma parte deles (20%) transitou ainda para a inatividade (que engloba os inativos disponíveis para trabalhar, mas que não procuram emprego, os inativos que procuram emprego, mas que não estão disponíveis para trabalhar e os restantes inativos).

O INE disponibiliza também dados sobre as pessoas já empregadas, que mostram que do “total de trabalhadores por conta de outrem que, no segundo trimestre de 2022, tinham um contrato de trabalho com termo ou outro tipo de contrato, 19,3% (129,2 mil) passaram a ter um contrato sem termo no terceiro trimestre de 2022″.

entre os trabalhadores em part-time, quase um quarto (24,1%; 94,2 mil pessoas) passou a trabalhar a tempo completo no terceiro trimestre deste ano.

(Notícia atualizada às 11h35)

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Movimento nos aeroportos nacionais apenas 1% abaixo dos níveis pré-Covid

Aeroportos nacionais receberam 5,9 milhões de passageiros em setembro, um número superior em 63% comparando com 2021 e apenas 1% abaixo dos níveis pré-Covid.

Os aeroportos nacionais receberam 5,9 milhões de viajantes em setembro, o equivalente a uma subida de 63% face ao mesmo mês do ano passado. Os dados publicados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram que o setor do transporte aéreo continua a recuperar, estando apenas 1% abaixo dos níveis pré-Covid.

Em setembro, aterraram nos aeroportos nacionais 21,4 mil aeronaves em voos comerciais, que transportaram 5,9 milhões de pessoas. No que diz respeito ao movimento de carga e correio, foram transportadas 18,4 mil toneladas, mais 9,9% do que em setembro de 2021. O número de passageiros está 63% acima do observado em 2021 e apenas 1% abaixo de 2019, naquela que é a “menor diferença face aos níveis pré-pandemia”, diz o INE.

Considerando os passageiros desembarcados em setembro, 80,7% corresponderam a tráfego internacional (76,9% no mesmo mês de 2021), na maioria provenientes do continente europeu (67,3% do total). Relativamente aos passageiros embarcados, 81,1% corresponderam a tráfego internacional (77,4% em setembro de 2021), tendo como principal destino aeroportos no continente europeu (69% do total).

Aeronaves aterradas, passageiros e carga/correio movimentados nos aeroportos nacionais.INE

“Em setembro de 2022, registou-se o desembarque médio diário de 97,2 mil passageiros nos aeroportos nacionais (99,4 mil no mês anterior), próximo do valor observado em setembro de 2019 (98,3 mil)”, refere o INE.

Entre janeiro e setembro, o aeroporto de Lisboa movimentou 48,7% do total de passageiros (20,8 milhões) e registou um aumento de 194,1%. Seguiu-se o aeroporto do Porto com 9,5 milhões de passageiros e o de Faro com 6,59 milhões. Em termos de evolução, “Faro registou o maior crescimento face a 2021 (+214,1%) e Porto registou a maior aproximação aos níveis de 2019 (-5,5%)”, nota o gabinete de estatística.

Considerando o volume de passageiros desembarcados e embarcados em voos internacionais entre janeiro e setembro, o Reino Unido foi o principal país de origem e de destino dos voos (cerca de três milhões de passageiros), seguido de França e Espanha.

(Notícia atualizada às 11h43 com mais informação)

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