Seguradores russos estimam em 8M danos na Ponte da Crimeia

  • ECO Seguros e Lusa
  • 11 Outubro 2022

Um relatório da RIA estima os danos da emergência de sábado na Ponte da Crimeia em 200-500 milhões de rublos (cerca de 3-8 milhões de dólares).

Os danos da emergência na Ponte da Crimeia foram estimados em 200-500 milhões de rublos, cerca de 3-8 milhões de dólares, informou a seguradora RIA.

O camião-bomba causou o incêndio de sete vagões que transportavam combustível, resultando num “colapso parcial de duas secções da ponte”.

O líder da Crimeia, Serguei Axionov, prognosticou que a reparação da ponte, danificada por uma explosão atribuída pela Rússia à Ucrânia, vai prolongar-se aproximadamente “por um mês e meio”.

“Já estamos a trabalhar. Espero que não existem obstáculos pelo caminho e vamos fazê-lo no mais curto prazo possível”, disse, em declarações à televisão pública local.

Axionov também previu que a 16 de outubro será possível retomar o tráfico rodoviário para camiões através da ponte, a maior da Europa e que une o continente russo à anexada península da Crimeia.

O camião que explodiu na madrugada de sábado provocou um incêndio em seis tanques de combustível de um comboio de vagões-cisterna e provocou o colapso de duas secções da parte rodoviária da ponte, para além de danificar 1,3 quilómetros de via-férrea.

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Mapfre vende 50% do CCM Vida y Seguros à Unicaja por 131,4 milhões de euros

  • ECO Seguros
  • 11 Outubro 2022

A Mapfre formalizou a venda de 50% do CCM Vida y Pensiones à Unicaja por 131,4 milhões de euros, um montante correspondente a 110% do valor de mercado da participação.

O grupo Mapfre comunicou à Comissão Nacional do Mercado de Valores Mobiliários (CNMV) a venda dos 50% que ainda controlava na seguradora de vida Caja Castilla La Mancha (CCM).

A CCM captou o interesse da Unicaja, que pagará à Mapfre 131,4 milhões pela aquisição de mais da metade desta subsidiária de seguros de vida e previdência. O preço corresponde ao valor de mercado, acrescido de 10%, da avaliação realizada por avaliador independente em 50% desta empresa.

A transação representa um lucro líquido de 1,7 milhões de euros para a Mapfre.

A gestão desta carteira de seguros de vida e previdência passa a ser realizada pela Santalucía Seguros. A Mapfre já tinha comunicado à CNMV que havia concordado com a Unicaja encerrar a aliança da antiga rede CCM em maio.

 

 

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MetLife quer duplicar a rede de agentes em Portugal

  • ECO Seguros
  • 11 Outubro 2022

A Metlife Iberia quer maximizar o número de agentes e team leaders nas zonas Centro Norte de Portugal e disponibiliza uma academia especializada para preparar os novos profissionais.

A MetLife Iberia lançou uma campanha de recrutamento com a intenção de duplicar a rede de agentes até ao final de 2024, para alcançar o total de 250 agentes de seguros, e abrir 15 novas unidades de negócio.

Oscar Herencia, Vice-Presidente da MetLife para o sul da Europa e Diretor-Geral da MetLife Iberia: “os agentes de seguros desempenham um papel crucial”.

Em comunicado, a seguradora avança que quer recrutar, até ao final do ano, 35 novos agentes de seguros e 10 novos team leaders.

A MetLife procura “profissionais que apresentem um espírito empreendedor, competências comerciais, um perfil digital e que ambicionem uma oportunidade de construir a sua própria carreira”. No caso concreto dos team managers, para além dessas características, procuram-se pessoas com experiência profissional em funções de vendas e gestão de equipas – especialmente na distribuição face to face – e valoriza-se a experiência na indústria seguradora.

Para a criação de uma unidade de negócio, cada team leader deverá apresentar um volume mínimo de faturação anual, assim como uma equipa de agentes que garantam a rentabilidade do negócio e a longevidade dessa unidade.

Oscar Herencia, Vice-Presidente da MetLife para o sul da Europa e Diretor-Geral da
MetLife na Iberia, declarou que “além da flexibilidade dos produtos, a nossa rede de agentes exclusivos e de parceiros independentes, brokers e mediadores, tem sido fundamental para o crescimento da MetLife em Portugal”. O líder disse ainda que estão “conscientes que os clientes querem a melhor experiência de serviço possível, com soluções à medida das suas circunstâncias. Como tal, os agentes de seguros desempenham um papel crucial quando se trata de aconselhar, de uma forma profissional e personalizada, o melhor plano de seguros que proteja toda a família”.

A campanha está aberta a candidatos de todo o país. “Porém tendo a Metlife, em termos de distribuição geográfica, uma maior representatividade de unidades de negócio nos distritos de Lisboa, Porto, Leiria (incluindo as Caldas da Rainha) e Santarém, o foco, não descurando o reforço de agentes nas atuais unidades de negócio, passa por atrair novos team leaders para as zonas Centro Norte de Portugal, nomeadamente para os distritos de Coimbra, Aveiro, Porto, Braga, Viseu e Vila Real”.

Com a academia MetLifeUm Futuro Seguro“, a seguradora multinacional apoia os agentes a estruturar estrategicamente as suas operações comerciais para otimizar o processo de venda de seguros e a prospeção comercial.

A MetLife trabalha atualmente com cerca de 1500 agentes, exclusivos e independentes. A carteira de negócio individual dos brokers e mediadores independentes cresceu 16% nos últimos 12 meses, fruto da aposta crescente no negócio de Vida e Acidentes. Para os mediadores independentes, estas linhas de negócio constituem oportunidades significativas de crescimento, contribuindo para a sustentabilidade das suas carteiras.

A MetLife lançou ainda, com o objetivo de comemorar o Dia dos Agentes de Seguros, um vídeo que homenageia a importância do trabalho dos agentes, exclusivos e independentes, e o seu impacto positivo na vida dos clientes.

A MetLife disponibiliza no seu site uma área dedicada aos agentes de seguros de Vida e Acidentes Pessoais, bem como um chatbot com respostas imediatas para esclarecer os candidatos.

Através da página de Linkedin da MetLife todos os candidatos poderão aceder, por área geográfica, às vagas disponíveis.

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Grupo Sonae conclui venda de tecnológicas à Thales Europe

  • ECO
  • 11 Outubro 2022

Venda da empresa que detém a S21sec e a Excellium, avaliada em 120 milhões de euros, terá impacto positivo de 64,8 milhões de euros nos resultados anuais da Sonaecom.

A Sonaecom, do grupo Sonae, concluiu a venda da Maxive-Cybersecurity à Thales Europe. O negócio está avaliado em 120 milhões de euros e ficou concluído nesta terça-feira. Irá gerar um impacto positivo de 64,8 milhões de euros nos resultados anuais da Sonaecom.

A Maxive, que pertence à Bright Pixel Capital, subsidiária da Sonaecom, é a empresa que detém as tecnológicas de cibersegurança S21sec (400 trabalhadores em Portugal e Espanha) e Excellium (146 profissionais na Bélgica e Luxemburgo). A venda das duas companhias tinha sido anunciada em maio de 2022. Na altura, o impacto positivo nos resultados para a Sonaecom seria de cerca de 63 milhões de euros.

Após a conclusão do negócio, a Bright Pixel Capital salienta que “prossegue a estratégia de gestão ativa do seu portefólio de empresas de base tecnológica, com o objetivo de consolidar a sua posição de investidor de referência a nível internacional”, segundo comunicado divulgado junto da CMVM.

“Queremos aproveitar a já forte base histórica de inovação da S21sec e da Excellium para acrescentar valor à oferta global de ciber-soluções da Thales. Os atuais clientes da S21sec e da Excellium poderão beneficiar de continuidade a longo prazo, de capacidades de serviço melhoradas e de soluções de alto desempenho”, destaca Pierre-Yves Jolivet, Vice-Presidente das atividades da Thales Cyber Solutions, citado em comunicado de imprensa.

(Notícia atualizada pela última vez às 17h49 com mais informação)

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EUA querem reavaliar cooperação militar com a Arábia Saudita

  • Lusa
  • 11 Outubro 2022

Biden “deixou muito claro que temos de continuar a reavaliar essa relação, que temos de estar preparados para a reconsiderar", disse o porta-voz John Kirby, após a OPEP+ anunciar um corte do petróleo.

O Presidente dos EUA, Joe Biden, quer reavaliar a cooperação militar do seu país com a Arábia Saudita, informou esta terça-feira a Casa Branca, depois de os sauditas se aliarem à Rússia no controlo de produção de petróleo. O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, John Kirby, explicou que Biden “deixou muito claro que temos de continuar a reavaliar essa relação, que temos de estar preparados para a reconsiderar”.

“O Presidente está pronto para trabalhar com o Congresso, para ponderar sobre como esse relacionamento deve ser no futuro”, disse Kirby, durante uma entrevista televisiva.

A OPEP+ – organização de 13 membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo, liderado pela Arábia Saudita e por 10 outros membros, incluindo a Rússia – decidiu na semana passada reduzir a suas cotas de produção, num gesto que foi considerado uma afronta diplomática a Joe Biden.

O Presidente norte-americano viajou até à Arábia Saudita, em julho, para se encontrar com o príncipe herdeiro, Mohammed bin Salman, apesar dos problemas diplomáticos causados pelo assassínio do jornalista Jamal Khashoggi, atribuído à família real saudita. Perante a decisão da OPEP+, o líder da comissão de Relações Internacionais do Senado dos EUA, Bob Menendez, ameaçou bloquear qualquer venda futura de armas à Arábia Saudita.

Dois outros democratas, o senador Richard Blumenthal e o membro da Câmara de Representantes Ro Khanna, escreveram um artigo no jornal Politico na mesma linha, argumentando que “a América não deve entregar o controlo de sistemas estratégicos de defesa a um país aparentemente aliado do nosso maior inimigo”, referindo-se às relações entre a Arábia Saudita e a Rússia.

Em agosto, Washington anunciou que venderia 300 mísseis Patriot à Arábia Saudita, por 3,05 mil milhões de dólares (valor idêntico em euros). A parceria entre os EUA e a Arábia Saudita foi assinada após o fim da Segunda Guerra Mundial, proporcionando ao reino proteção militar como contrapartida do acesso ao petróleo por parte dos norte-americanos.

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Costa Silva critica os portugueses que hostilizam empresas, lucros e grande capital

  • Lusa
  • 11 Outubro 2022

O ministro disse que o que o preocupa não é o desempenho deste ano, mas sim o que se vai passar em 2023, fruto de um contexto de conflitos geopolíticos que “não auguram nada de bom”.

O ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, criticou esta terça-feira, em Barcelos, os portugueses que hostilizam as empresas e os empresários, tratam o lucro “como um pecado” e atacam o grande capital. “Infelizmente, vivemos num país que, por motivos ideológicos, hostiliza as empresas, hostiliza os empresários, muitas vezes trata o lucro como um pecado (…). E, sobretudo, há também um ataque sistemático contras as grandes empresas e contra aquilo que muitos chamam o grande capital”, referiu.

Falando durante um Fórum Regional da Indústria, Costa Silva disse que aqueles ataques subvertem completamente “tudo aquilo que deve ser uma economia de um país avançado”.

“Oxalá o país tivesse grande capital, o capital é exatamente uma das coisas que mais falta faz para capitalizar as empresas e desenvolver um percurso para o futuro”, acrescentou. Na sua intervenção, criticou ainda a lentidão da máquina do Estado, sublinhando que quase o leva à “exasperação”.

“Todos os dias quase que chego à exasperação, temos ainda uma máquina lenta, uma fraca ligação ao que é o tecido industrial”, afirmou, defendendo que é preciso reformar métodos de trabalho e digitalizar processos, para agilizar procedimentos. Em relação ao futuro, o ministro disse que o que o preocupa não é o desempenho deste ano, mas sim o que se vai passar em 2023, fruto de um contexto de conflitos geopolíticos que “não auguram nada de bom”.

“É uma conjuntura extremamente difícil, temos de nos preparar para um mundo novo”, alertou. Para o governante, as chaves para o sucesso das empresas portuguesas serão a capitalização e a cooperação.

Antes de Costa Silva falou o presidente da Confederação Empresarial de Portugal, António Saraiva, que aludiu à “brutal carga fiscal” que impende sobre as empresas e cidadãos e defendeu a necessidade de uma reforma que alivie aquela carga. No entanto, na sua intervenção, o ministro da Economia não se pronunciou sobre a questão fiscal.

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Volatilidade das ações aumenta 20% e arrasta bolsas para o vermelho

A volatilidade das ações tem estado a aumentar com a instabilidade que se tem sentido no mercado obrigacionista. Para os investidores, a gestão do risco é hoje uma missão quase impossível.

Os níveis de volatilidade dos principais índices acionistas estão, atualmente, 20% acima dos seus valores médios de longo prazo. É o caso do PSI 20 que nas últimas 10 sessões de bolsa regista uma intensidade das oscilações das cotações dos títulos 20% acima da média registada no último ano.

Na carteira dos investidores, o aumento de volatilidade das bolsas (encarado como uma medida de risco) está a provocar avolumar de perdas. Este ano, entre os principais índices acionistas, apenas o brasileiro Bovespa se mantém em terreno positivo. Os restantes afundam, em média, 18%. O PSI 20, que esta terça-feira desvaloriza 1% acumula perdas de 5,8% desde o início do ano. Entre os principais índices europeus é o menos penalizado.

Uma das maiores forças de pressão sobre o desempenho das ações tem estado o mercado obrigacionista que, um pouco por todo o mundo, tem enfrentado episódios como há muito não se via, com alguns bancos centrais a mostrarem-se bastante ativos no mercado para segurarem as suas obrigações soberanas.

O caso mais emblemático é o Banco de Inglaterra que anunciou o segundo pacote de resgate dos seus títulos de dívida em poucos dias, introduzindo a possibilidade de aumentar a compra diária das suas obrigações do Tesouro (Gilts) e forçar a compra de obrigações indexadas à inflação, depois de ontem a yield das Gilts a 10 anos terem disparado 64 pontos base, que se traduziu numa queda de 5,5% sobre o preço dos títulos.

O comportamento das obrigações britânicas está a gerar réplicas por todo o mercado de dívida, colocando em cima da mesa de muitas salas de mercados o receio de que possa estar a caminho uma onda de venda forçada por parte de alguns grandes investidores, como são os fundos de pensões, que têm de desfazer-se dos títulos para cobrirem as suas garantias.

O comportamento das obrigações britânicas está a gerar réplicas por todo o mercado de dívida, colocando em cima da mesa de muitas salas de mercados o receio de que possa estar a caminho uma onda de venda forçada por parte de alguns grandes investidores, como são os fundos de pensões, que têm de desfazer-se dos títulos para cobrirem as suas garantias.

As obrigações do Tesouro a 10 anos de Portugal também não têm passado despercebidas do radar dos investidores. Desde 4 de outubro acumulam um incremento de 49 pontos base, estando atualmente a negociar com uma yield média de 3,4%. A última vez que esteve nestes valores foi em abril de 2017.

A instabilidade do mercado de dívida ganha ainda maior dimensão nas contas da República, dado que esta quarta-feira o IGCP tem agendado dois leilões de obrigações do Tesouro, a 3 e 9 anos, onde pretende financiar-se até 1.000 milhões de euros.

A obrigação a 3 anos está atualmente a negociar com uma yield média de 2,17%, quando até meados de agosto apresentava uma taxa abaixo de 1%. A obrigação a 9 anos está a ser negociada com uma yield de 3,26% e até 18 de agosto estava abaixo dos 2%. Isto significa que, no espaço de dois meses, o Estado viu o custo de se financiar a três anos mais do que duplicar e a 9 anos o preço cobrado pelos credores aumentou 1,6 vezes.

A correlação negativa entre ações e obrigações está ameaçada?

Para os investidores, também não passa despercebido a elevada correlação que existe atualmente entre as obrigações soberanas de países visto como “refúgio”, como os EUA, Japão, Alemanha e Reino Unido. De acordo com dados da MSCI publicados pela Reuters, os níveis de correlação destes títulos de dívida está ao valor mais elevado dos últimos sete anos.

Isto faz com que a gestão do risco nas carteiras dos investidores seja eliminada porque, se antes as perdas registadas pelos títulos de uma obrigação eram mitigadas pelos ganhos de outras obrigações, hoje essa relação é, em alguns casos, homogénea.

“Os bancos centrais de todo o mundo estão a combater um inimigo comum e estão a utilizar os mesmos instrumentos. Como resultado, estamos a ver correlações significativamente elevadas entre os mercados obrigacionistas“, referiu Andy Sparks, chefe da investigação de gestão de carteiras no MSCI, citado pela Reuters.

Correlação entre obrigações e ações desde 1926

Fonte: CFA Institute. Datastrea, Refinitiv e Schroders.

 

O tema da correlação de ativos é hoje um dos temas centrais na gestão do risco, porque algumas das máximas que se tinha sobre esta matéria estão drasticamente a mudar.

Nas últimas duas décadas, a correlação entre ações e obrigações tem sido consistentemente negativa. Isto significa que, em média, numa carteira distribuída homogeneamente pelos dois títulos, as perdas momentâneas das ações eram eliminadas pelos ganhos gerados pelas obrigações. Mas, acima de tudo, as obrigações permitiam reduzir a volatilidade da carteira, pois revelam-se, tradicionalmente, ativos menos voláteis.

Esta dualidade comportamental é explicada por um simples comportamento: quando o apetite pelo risco é baixo, os investidores tendem a vender ações e a comprar obrigações, para precaverem uma queda do mercado; e quando o apetite pelo risco é elevado, os investidores tendem a comprar ações e a vender obrigações.

Mas todas estas máximas, que constam nos manuais de economia e finanças, está drasticamente a mudar e alguns especialistas temem que as mudanças macroeconómicas que existem e persistirão no próximo ano – como a incerteza em relação à inflação – podem levar a um reaparecimento da correlação positiva entre ações e obrigações que se verificou nas décadas de 1970, 1980 e 1990.

No centro da inversão desta realidade está a inflação que desempenha um papel de maior relevo no desempenho das obrigações. De acordo com cálculos de Sean Markowiz do Barclays Wealth, desde 1926, sempre que a taxa de inflação superou a barreira dos 3%, em 98% das ocasiões a correlação entre ações e obrigações foi positiva.

Tomando em consideração que a taxa de inflação está a níveis recorde de muitos anos em vários países e as expectativas em relação à sua evolução são ainda nebulosos, é muito provável que a volatilidade da cotação das ações e das yields das obrigações se mantenha, à medida que os bancos centrais retiram estímulos para arrefecer a economia.

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Fundo de Resolução lembra Nobel da Economia para defender os 8 mil milhões injetados no Novobanco

Fundo de Resolução defende que a sua atuação ajudou a minimizar em 551 milhões os pagamentos que já foram feitos ao Novobanco. Lone Star ainda sem "vontade concreta" de vender banco.

O Fundo de Resolução lembrou a investigação do recém-laureado com o Prémio Nobel da Economia Ben Bernanke, sobre a necessidade de apoiar o sistema financeiro sob stress para evitar uma crise maior, para defender a intervenção no BES e Novobanco que já consumiu mais de oito mil milhões de euros de recursos públicos desde 2014.

“Não há qualquer dúvida que o apoio ao Novobanco é gigantesco, é muitíssimo elevado”, começou por dizer Luís Máximo dos Santos esta terça-feira no Parlamento. Mas “a defesa da estabilidade financeira tem bastantes custos e o custo de não fazê-lo é pior”, acrescentou logo a seguir, para lembrar o trabalho do antigo presidente da Reserva Federal americana e agora Nobel da Economia.

Bernanke demonstrou de forma muito clara o impacto devastador que o colapso dos bancos pode ter, gerando uma crise mais difícil” de gerir, afirmou Máximo dos Santos.

João Freitas, diretor-geral do Fundo de Resolução, acrescentou dados: se o BES não tivesse sido resgatado em 2014, o custo teria sido de mais de 14 mil milhões de euros. Além disso, também mostrou que, “em termos relativos, o apoio público foi menor” no BES/Novobanco — que recebeu 40% dos apoios públicos à banca desde 2008, segundo o Tribunal de Contas — do que nos casos do BPN (nacionalizado em 2008) e Banif (resolvido em 2015).

Não se trata de salvar banqueiros, estamos a salvar poupanças, depósitos e a regularidade do financiamento da economia”, explicou depois presidente do fundo.

“O Novobanco está vivo, goaz de razovel saude, tenho mantido a segurança dos depositos e continuado a contribuir para a economia portuguesa”, rematou Máximo dos Santos.

Atuação do FdR poupou 551 milhões

Ambos os responsáveis rejeitaram as críticas do Tribunal de Contas de que o Fundo de Resolução não salvaguardou o interesse público, não minimizou a utilização de recursos públicos e não fez um controlo eficaz dos contratos.

João Freitas adiantou aos deputados da comissão de orçamento e finanças que, devido à atuação do Fundo de Resolução, foi possível minimizar os pagamentos ao Novobanco em 551 milhões de euros.

“Se tivéssemos pago tudo o que o Novobanco pediu, já tínhamos ultrapassado o valor do acordo de capital contingente” de 3,89 mil milhões de euros, acrescentou o diretor do Fundo de Resolução. Até hoje, ao abrigo daquele acordo criado em 2017, o Fundo de Resolução já injetou 3,4 mil milhões de euros na instituição financeira detida pelo Lone Star (75%).

Máximo dos Santos admitiu que pode ter de injetar mais dinheiro no banco. “É evidente que se o Fundo de Resolução perder os litígios no Tribunal Arbitral, os montantes vão ter de ser honrados”, disse. Lembrou, contudo, que o fundo já ganhou um processo ao Novobanco naquela sede, “um terreno desfavorável para entidades públicas”, o que “já é um indício da correção da nossa ação”.

Americanos ainda sem intenção de venda

Máximo dos Santos disse ser prematuro fazer qualquer antecipação em relação ao futuro do Novobanco, nomeadamente quanto à estratégia para a participação do Fundo de Resolução no banco, revelando que o acionista americano ainda não mostrou “vontade concreta” de venda.

“Já somos três acionistas: Lone Star, Fundo de Resolução e Estado. Há regras no contrato para o funcionamento da venda. Mas não estou em condições de dizer mais do que isto. Tanto mais que a própria Lone Star não manifestou nenhuma vontade concreta e específica para a venda da sua parte do capital”, adiantou.

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Marcelo vai pedir ao Parlamento para reapreciar lei das incompatibilidades

"A decisão final é do Parlamento e o que há a fazer é ponderar a aprovação de uma nova lei", disse o Presidente da República. 

Perante os vários casos que têm vindo a público ligados a familiares de governantes, o Presidente da República diz que vai enviar uma mensagem ao Parlamento “a pedir para reapreciar” a lei das incompatibilidades. “A decisão final é do Parlamento e o que há a fazer é ponderar a aprovação de uma nova lei”, sinaliza.

A responder a questões sobre a incompatibilidade, Marcelo Rebelo de Sousa salienta que o Parlamento “está muito a vontade para poder apreciar, porque praticamente todos os partidos já tiveram ou tem responsabilidade de Governo e sabem o que e estar na área de poder”, sendo que até a “IL e o Chega porque estão pelo menos nos Açores numa certa área de Governo, direta ou indireta”.

Nesse quadro é mais fácil “ponderar os prós e contras e aí a palavra é do Parlamento, deve ser o Parlamento a fazer o afinamento e dizer se alargamos mais ou menos”, defendeu o Presidente, acrescentando que pode não estar em causa apenas o grau de parentesco mas também a “relação entre entidades públicas”.

O Presidente admite ainda que com os “governos últimos tem havido muita dúvida quer no comentário político como uma parte da opinião pública questão de estar ou não a haver transparência e nepotismo“. Assim, “cabe à lei estabelecer limites”, reitera, ressalvando ainda assim que “a Administração Pública em Portugal, como em todos estados contemporâneos, tem um âmbito de intervenção brutal na nossa vida”.

Esta questão surge depois do ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, ser acusado de violar a lei que estabelece o regime do exercício de funções por titulares de cargos políticos e altos cargos públicos. Em causa está um contrato público por ajuste direto, de junho deste ano, feito com a Tecmacal, que é detida em conjunto pelo governante e pelo pai, e que, segundo o Observador, colide com o novo regime, que data de 2019. Pedro Nuno Santos, por sua vez, nega qualquer incompatibilidade, e o primeiro-ministro já veio em sua defesa.

Além disso, houve também outro caso recente que envolveu a ministra da Coesão Territorial, por duas empresas do seu marido terem recebido fundos europeus.

(Notícia atualizada às 17h10)

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Matosinhos gasta menos 50% na fatura energética das iluminações de Natal

Matosinhos vai poupar cerca de 50% na fatura da eletricidade das iluminações de Natal com redução dos horários e utilização de iluminação 100% LED, indo ao encontro das recomendações do Governo.

A Câmara Municipal de Matosinhos prevê poupar, este ano, cerca de 50% na fatura da eletricidade das iluminações de Natal em relação a 2021. “A poupança energética é uma preocupação, há já alguns anos, e temos tomado medidas no sentido de diminuir a nossa pegada energética, como por exemplo, a substituição por LED de 90% da iluminação pública“, começa por afirmar a vereadora do Turismo e das Atividades Económicas, Marta Pontes.

A autarquia reduz, assim, o consumo energético em cerca de 50% relativamente a 2021. O concelho mantém a iluminação nas principais artérias comerciais, mas optou, contudo, pelo recurso a “iluminação 100% LED de alta eficiência e de muito baixo consumo energético“. Para além disso, acrescenta a vereadora, “o número de estruturas com iluminação vai ser reduzido em 25%, em relação a 2021, e serão utilizados dispositivos eletrónicos que permitem poupança de energia”.

A poupança energética é uma preocupação, há já alguns anos, e temos tomado medidas no sentido de diminuir a nossa pegada energética, como por exemplo, a substituição por LED de 90% da iluminação pública.

Marta Pontes

Vereadora do Turismo e das Atividades Económicas da Câmara Municipal de Matosinhos

A vereadora da autarquia liderada pela socialista Luísa Salgueiro acrescenta ainda que o município apenas vai ligar as iluminações de Natal entre as 18h00 e as 24h00, entre 25 de novembro e 8 de janeiro, indo, deste modo, ao encontro das recomendações do Governo. “Este ano, a questão da redução do consumo de energia é mais premente face à conjuntura internacional e, por isso, adotámos medidas extraordinárias”, arremeta Marta Pontes.

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Rússia inclui dona do Facebook na lista de organizações “terroristas e extremistas”

  • Lusa
  • 11 Outubro 2022

A empresa, que detém o Facebook e o instagram, foi classificada entre as organizações “terroristas e extremistas” do serviço russo de supervisão financeira.

A Rússia colocou oficialmente a gigante norte-americana Meta, detentora das redes sociais Facebook e Instagram, na lista de organizações “terroristas e extremistas”, abrindo a possibilidade de processos judiciais reforçados contra os utilizadores no país.

A Meta foi classificada entre as organizações “terroristas e extremistas” do serviço russo de supervisão financeira, constatou esta terça-feira a agência noticiosa France-Presse (AFP) no portal deste órgão do Governo russo. Em março, a Meta foi declarada uma organização “extremista” por um tribunal russo e as suas duas principais redes sociais, Instagram e Facebook, foram bloqueadas na Rússia.

A ilegalização de atividades de organizações com o “estatuto” de “extremista e terrorista” estendeu-se também o movimento Vesná (‘Primavera’), que organizou vários protestos contra a mobilização parcial de reservistas russos para combater na Ucrânia. O Vesná, um movimento fundado em 2013, em São Petersburgo, com base em vários partidos da oposição, foi incluído nessa lista pelo supervisor financeiro russo, Rosfinmonitoring.

Dessa forma, o movimento não pode ter dinheiro para o movimentar e para financiar as atividades. O Vesná foi incluído na lista antes de os tribunais o declararem uma organização extremista, algo que o Ministério Público de São Petersburgo exigiu no final de setembro.

O Ministério Público acusou o movimento de realizar atividades destinadas a perturbar a ordem pública e a “inverter a ordem constitucional da Federação Russa”, alem de organizar ações “ilegais” para desestabilizar a situação política e tentar criar uma “opinião pública sobre a necessidade de mudança de poder”.

Além de se opor à “operação militar especial” russa na Ucrânia, o Vesná também defende a alternância de poder no Kremlin. Após o Presidente russo, Vladimir Putin, ter assinado, a 21 de setembro, o decreto de mobilização parcial para o conflito ucraniano, o movimento Vesná convocou ações de protesto em Moscovo e nas principais cidades do país, em que milhares de pessoas foram presas.

A mobilização parcial de 300.000 reservistas provocou um êxodo de homens em idade militar para o exterior. O líder da oposição russa, Alexei Navalny, detido, acusou Putin de tentar matar centenas de milhares de pessoas, enviando-as “para a trituradora da guerra”.

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Espanha aprova plano para reduzir em até 13,5% consumo de gás

  • Lusa
  • 11 Outubro 2022

Houve um "grande incremento" de consumo de gás em Espanha este verão para "assegurar o consumo" de eletricidade em Espanha e Portugal, admitiu a ministra espanhola.

O Governo espanhol aprovou esta terça-feira um plano de poupança e eficiência energética com o qual pretende diminuir de 5,1% a 13,5% o consumo de gás até março de 2023, como acordado no seio da União Europeia.

Boa parte das medidas integradas neste plano, que vai ser enviado a Bruxelas, já estão em vigor, algumas desde agosto, como limites de temperatura para aparelhos de ar condicionado e aquecimento, a obrigatoriedade de desligar, a partir das 22:00, a iluminação das montras comerciais e de edifícios públicos que não estejam a ser usados a essa hora ou a redução para 5% do imposto sobre o consumo (IVA) do gás e da eletricidade.

Além disso, há meses que Espanha tem em vigor um plano de poupança na Administração Central. Apesar das medidas já em vigor, houve um “grande incremento” de consumo de gás em Espanha este verão, para “assegurar o consumo” de eletricidade em Espanha e Portugal, afirmou a ministra espanhola com a pasta da energia, Teresa Ribera.

A ministra reiterou que Espanha é já uma “importante porta de entrada” de gás natural liquefeito e que este verão dispararam as exportações de energia para Portugal e França, por causa da seca, que pararem centrais hidroelétricas (no caso português) e nucleares (no território francês). Sem as exportações, houve redução de entre 4,6% no consumo de energia em agosto em Espanha, garantiu Teresa Ribera, que falava em conferência de imprensa, no final do Conselho de Ministros espanhol.

As metas inscritas no plano visam a poupança de até 13,5% no gás consumido em Espanha entre agosto passado e março de 2023 em comparação com a média dos últimos cinco anos. A amplitude entre a meta mínima e a máxima de poupança é explicada por parte da aplicação das medidas – ou da intensidade da aplicação – depender da forma como forem ou não seguidas pelas administrações regionais e locais, pelas empresas e pelas famílias.

O plano tem 73 medidas de poupança e eficiência de consumo de eletricidade e gás, de ajudas aos consumidores ou de apoio à transição para novas formas de abastecimento e fontes de energia, com recurso a fundos europeus do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). O documento procurar ter “uma visão estratégica” para o país ser “mais seguro, como garantir maior acessibilidade ao preço da energia e uma maior solidariedade com os restantes europeus”, afirmou Teresa Ribera.

A nível da proteção dos consumidores, além das reduções no IVA, o plano prevê a instalação de contadores de gás digitais, mais ajudas para as tarifas sociais de energia e apoios para quem tem aquecimentos dependentes de caldeiras centrais de condomínios, não sujeitas a tarifas reguladas, uma medida que abrange 1,6 milhões de famílias. Por outro lado, as faturas vão passar a incluir uma comparação de consumo com clientes do mesmo código postal, que permitirá analisar diversas ofertas de fornecedores, assim como conselhos para consumo inteligente e eficiente.

As faturas incluirão também claramente o valor pago pelos consumidores relativo ao designado “mecanismo ibérico”, que impõe limite máximo ao preço do gás comprado no mercado grossista para produzir eletricidade, mas depois obriga a uma compensação às elétricas. Com vista à transição para outras fontes de energia, o plano prevê verbas e benefícios fiscais para projetos de, por exemplo, painéis solares e outros de substituição dos combustíveis fósseis.

O governo espanhol disponibiliza também verbas e linhas de crédito para a renovação e mudança da iluminação pública, para a tornar mais eficiente e diminuir o gasto de energia, o que cabe às administrações locais e regionais, que têm até 01 de dezembro para publicar os respetivos planos de poupança e eficiência. O executivo incentiva as “grandes empresas” a desenvolverem também planos de poupança de energia e prevê apoios para pequenas e médias empresas para projetos de eficiência e transição energética.

Já a nível da “solidariedade” com o resto da Europa, mais dependente do gás russo do que a Península Ibérica, o plano espanhol insiste na reforço e construção de infraestruturas que permitam exportar gás e hidrogénio para outros países da UE. Em concreto, o plano refere o futuro “corredor ibérico do hidrogénio”, o novo gasoduto nos Pirenéus e o fornecimento a Itália através de barcos.

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