Lucro da Parpública sobe mais de 40% para quase 81 ME até junho

  • Lusa
  • 7 Outubro 2022

A dívida financeira consolidada do grupo fixou-se em 1.800 milhões de euros, menos 193,4 milhões de euros face a 31 de dezembro de 2021.

A Parpública totalizou 80,9 milhões de euros de lucro no primeiro semestre, acima dos 56,3 milhões de euros registados em igual período do ano anterior, foi anunciado esta sexta-feira.

“A Parpública divulgou as contas consolidadas relativas ao primeiro semestre de 2022, apresentando um resultado líquido de 80,9 milhões de euros, valor que compara com os 56,3 milhões de euros obtidos no período homólogo do ano anterior”, indicou, em comunicado.

No final do primeiro semestre, a dívida financeira consolidada do grupo fixou-se em 1.800 milhões de euros, menos 193,4 milhões de euros face a 31 de dezembro de 2021. Por sua vez, os encargos situaram-se em 20,9 milhões de euros, abaixo dos 34,4 milhões de euros apurados no semestre homólogo.

Conforme apontou, a redução do endividamento tem permitido melhorar a generalidade dos indicadores financeiros do grupo, destacando-se os rácios de solvabilidade de autonomia financeira, que aumentaram, respetivamente, para 229% e 70%.

Entre janeiro e junho, o resultado líquido da holding Parpública ascendeu a 36,2 milhões de euros, quando em igual período de 2021, tinha sido de 27,7 milhões de euros. A dívida financeira da holding estava em 251 milhões de euros no final do primeiro semestre, com uma “redução muito expressiva”.

“Para o segundo semestre, caracterizado por incerteza e risco relativamente ao cenário macroeconómico, a Parpública prosseguirá o acompanhamento próximo e efetivo das suas participadas, procurando explorar as sinergias corporativas entre estas, para além do apoio à tutela e ao acionista, e para o qual o desenvolvimento do centro de conhecimento e competências desempenhará um papel relevante”, apontou.

A Parpública é uma sociedade de capitais públicos, que constitui um instrumento para a gestão de ativos mobiliários e imobiliários.

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Sintac propôs aumentos de 9% para os trabalhadores da Portway

  • Lusa
  • 7 Outubro 2022

Proposta fundamenta-se no cenário macro, com uma previsão de crescimento "de 6,7% para 2022, em grande parte catapultado pelos resultados do turismo, no qual a aviação se enquadra".

O Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil (Sintac) apresentou uma proposta à empresa de handling Portway para uma atualização salarial de 9%, de acordo com um comunicado divulgado esta sexta-feira. “O Sintac enviou hoje à Portway uma proposta de atualização salarial para 2023”, referiu a estrutura sindical, que já fez greve este ano ao trabalho na empresa, que presta assistência em terra nos aeroportos.

“O sindicato, ciente de que decorrem reuniões para obtenção de um acordo de empresa único, não poderia deixar de apresentar desde já uma nova proposta de atualização salarial para todos os trabalhadores, tendo em conta que o ano de 2022 está a findar”, destacou.

O sindicato indicou que a sua proposta “fundamenta-se no atual cenário macroeconómico, com uma previsão de crescimento económico de 6,7% para 2022, em grande parte catapultado pelos resultados do turismo, no qual a aviação se enquadra e, fundamentalmente, na fortíssima inflação sentida este ano, que terá sequência no próximo ano (prevendo-se uma inflação acima dos 5%) e apontando-se em 2022 para no mínimo 7,8%”.

No comunicado, a estrutura explicou que, “perante os argumentos elencados e tendo em conta a real perda de rendimento salarial dos trabalhadores da Portway, o Sintac para 2023 enviou uma proposta de revisão salarial de +9% da tabela salarial e cláusulas indexadas, salientando que não existem aumentos salariais para todos os trabalhadores há cerca de seis anos”.

O sindicato disse ainda que, “relativamente às avaliações de 2019 e 2020 (principal razão da última greve de agosto de 2022), o Sintac, após a greve, já efetuou várias diligências e aguarda desenvolvimentos por parte da empresa até final de novembro”.

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Conselho de Ministros está de novo reunido para discutir OE2023

O Governo está novamente reunido em Conselho de Ministros extraordinário esta sexta-feira para discutir a proposta de Orçamento do Estado. Reunião pode estender-se para amanhã.

O Governo está novamente reunido esta sexta-feira, em Conselho de Ministros extraordinário, para discutir a proposta do Orçamento do Estado para 2023 (OE2023), que vai ser entregue na próxima segunda-feira no Parlamento, apurou o ECO junto de fontes da Presidência do Conselho de Ministros.

Não há uma hora prevista para o fim desta reunião, que poderá estender-se para este sábado, adiantaram as mesmas fontes. Na terça-feira já houve um Conselho de Ministros extraordinário para discutir o OE2023, naquela que foi a primeira reunião do início do processo de aprovação do documento.

Ao mesmo tempo, o Governo está reunido com os parceiros sociais para discutir o Acordo de Rendimentos e Competitividade, tendo sido esta quinta-feira apresentada uma nova proposta do documento.

O OE2023 vai ser entregue pelo ministro das Finanças no Parlamento na próxima segunda-feira, 10 de outubro. Será debatido na generalidade no Parlamento nos dias 26 e 27 de outubro, sendo que as duas habituais audições prévias acontecem a 21 de outubro com o ministro das Finanças e a 24 de outubro com a ministra do Trabalho e da Segurança Social. A votação final global está prevista para 25 de novembro.

(Notícia atualizada às 18h11 com mais informação)

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Londres e Dublin querem solução para Irlanda do Norte até ao final do mês

  • Lusa
  • 7 Outubro 2022

Novas eleições regionais terão de ser convocadas se as instituições políticas continuarem paralisadas até 28 de outubro.

Os governos britânico e irlandês manifestaram esta sexta-feira em Londres determinação e otimismo para encontrar até ao final do mês um entendimento sobre o estatuto comercial pós-Brexit da Irlanda do Norte. Após uma reunião da Conferência Intergovernamental Anglo-Irlandesa, o ministro dos Negócios Estrangeiros irlandês, Simon Coveney, afirmou querer evitar umas eleições “desnecessárias” na Irlanda do Norte.

Umas novas eleições regionais terão de ser convocadas se as instituições políticas continuarem paralisadas até 28 de outubro. Desde as eleições regionais de maio, ganhas pelos republicanos do Sinn Féin, que o Partido Democrata Unionista (DUP) recusou formar governo ou viabilizar a formação da assembleia autónoma.

“Espero que possamos trabalhar em conjunto para evitar o que consideramos umas eleições desnecessárias para resolver alguns dos problemas existentes que continuam há demasiado tempo”, afirmou Coveney, numa conferência de imprensa.

Por seu lado, o ministro britânico para a Irlanda do Norte, Chris Heaton-Harris, reiterou a importância de defender o acordo de paz de Belfast/Sexta-Feira Santa com a proposta de lei que suspende partes do acordo do Brexit relativo à Irlanda do Norte. “Nós preferimos muito mais um acordo negociado com a União Europeia para resolver os problemas causados pelo Protocolo. Estamos a trabalhar nesse sentido, há negociações técnicas em curso”, revelou.

“Quero ser positivo quanto às probabilidades de uma solução negociada. Estamos a trabalhar de boa fé e em cooperação para alcançar as alterações necessárias para o Protocolo ser consertado e temos de mostrar progresso”, acrescentou Heaton-Harris. As relações entre a Irlanda e o Reino Unido têm sido prejudicadas por desacordos sobre o chamado Protocolo da Irlanda do Norte, que faz parte do Acordo de Saída do Reino Unido da União Europeia (UE).

A província britânica faz fronteira com a República da Irlanda, membro da UE, mas o acordo de paz de 1998 determinou que não existam controlos físicos entre os dois territórios, o que era possível graças à liberdade de circulação de pessoas e bens. Depois do Brexit, a solução encontrada foi manter a Irlanda do Norte na prática no mercado único e transferir os controlos aduaneiros para a chegada de mercadorias do Reino Unido, o que criou atritos dentro do próprio país.

Na Primavera, Liz Truss, então ministra dos Negócios Estrangeiros, ameaçou alterar unilateralmente o acordo ao introduzir uma proposta de lei que continua em debate no parlamento, o que irritou Dublin e Bruxelas. Mas no último mês houve uma aproximação e foram retomadas as negociações sobre o Protocolo, que a UE recusa renegociar, apesar de mostrar abertura para encontrar soluções “criativas”. Esta semana, o secretário de Estado da Irlanda do Norte, Steve Baker, fez um gesto apaziguador ao pedir “desculpa” pela forma como ele e os seus colegas eurocéticos criticaram a Irlanda e a UE no processo do Brexit.

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Biden assina decreto para proteger dados dos europeus nos EUA

Casa Branca dá passo para evitar interrupção dos fluxos de dados pessoais de cidadãos europeus para os EUA, dando corpo a um acordo alcançado em março com a Comissão Europeia.

O Presidente dos EUA assinou um decreto que transpõe para a lei norte-americana o acordado com a Comissão Europeia em matéria de fluxos de dados pessoais entre os dois lados do Atlântico.

Na prática, o documento tenta limitar a capacidade das secretas americanas de acederem à informação privada de cidadãos europeus, depois de um acordo de princípio alcançado em março por Washington e Bruxelas.

“A ordem executiva introduz novas salvaguardas vinculativas para responder a todos os pontos levantados pelo Tribunal de Justiça da União Europeia, limitando o acesso à informação europeia pelos serviços de inteligência dos EUA”, indica uma nota informativa da Comissão Europeia.

O problema surgiu em julho de 2020, quando a Justiça europeia suscitou dúvidas quanto à transferência de dados pessoais de cidadãos europeus para os EUA. As questões levantadas pelo tribunal afetam o cerne de modelos de negócio de empresas como o Facebook, que chegou a ameaçar ter de interromper os serviços na Europa se não for adotado um “novo enquadramento transatlântico de transferência de dados”.

Além das salvaguardas referidas, o decreto executivo do Presidente Joe Biden constitui um novo tribunal de proteção de dados no seio do Departamento de Justiça, ao qual os cidadãos vão poder recorrer contra a forma como as secretas usam os seus dados pessoais. As decisões serão independentes e vinculativas.

Depois deste passo do lado americano, a Comissão Europeia diz que vai propor, de seguida, uma decisão que viabilize a adoção deste procedimento do lado da União Europeia.

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Gasoduto ibérico. Macron “está na fase do não. Esperemos que volte à fase do sim”, diz Costa

França voltou esta semana a rejeitar a construção do gasoduto ibérico. Costa recorda que infraestrutura não serviria apenas para transportar gás para a Europa, mas também hidrogénio.

O primeiro-ministro voltou a defender a construção de gasoduto ibérico com ligações a França, considerando ser “uma infraestrutura do futuro” tendo em conta que não serviria apenas para transportar gás para a Europa, mas serviria, também, para enviar hidrogénio, no futuro.

Aos jornalistas, esta sexta-feira, em Praga, António Costa considera que o tema em torno da construção desta interconexão, que voltou a ser rejeitada por Emmanuel Macron esta semana, é “crónico no quadro da União Europeia” e que do lado de França a posição, nos últimos anos, tem “sempre intermediado” com “sins”. “Agora está na fase do não. Esperemos, rapidamente, que volte à fase do sim”, admitiu.

 

“Compreendemos as preocupações de França tem suscitado relativamente à necessidade de preservarmos os valores ambientais”, explicou António Costa, durante uma conferência de imprensa após a primeira reunião da Comunidade Política Europeia, acrescentando, porém, que “o grande desafio é encontrarmos um bom equilíbrio entre preservar aquilo que são os valores ambientais e as necessidade de abastecimento de energia em toda a Europa“.

“Hoje o quadro que temos pela frente é diferente do que tínhamos em 2019”, disse, relembrando o ano em que os reguladores em Espanha rejeitaram a construção do gasoduto ibérico por não ter “viabilidade económica”. “Desde logo porque grande parte dos países no centro da Europa, como a Alemanha, que se forneciam na Rússia, hoje deixaram de o poder fazer e precisam de novas fontes de energia e novas rota de abastecimento”, argumentou.

Questionado sobre se irá desistir de insistir sobre o tema junto do presidente francês, o governante português rejeitou a hipótese, relembrando que o presidente Macron que disse “não” é o mesmo presidente Macron que, em 2018, assinou em Lisboa uma declaração que previa quer o incremento das interconexões elétricas, quer o incremento das interconexões gasíferas”, disse, referindo-se à Cimeira das Interligações celebrada na capital portuguesa em 2018, com a participação de Costa, Macron e do chefe de Governo espanhol, Pedro Sánchez.

Quanto à estrutura, é certo para António Costa que esta “tem que ser preparada desde o início para o hidrogénio verde” combustível que integra uma “realidade nova relativamente aquela que estava em cima da mesa em 2019”. “Devemos vocacionar a infraestrutura para aquilo que serão as infraestruturas do futuro, mas permitindo também as energias de transição como o gás natural“, frisou.

Estados-membros mais alinhados na fixação de preço do gás

Esta sexta-feira foi o último dia da cimeira que reuniu os líderes europeus em Praga, na Republica Checa, para debater a escalada da crise energética e um novo apoio financeiro e militar à Ucrânia.

Em cima da mesa, está a possibilidade de os Estados-membros fixarem um preço máximo no gás importado e distribuído por pipeline. A medida, apresentada inicialmente pela presidente da Comissão Europeia, no início do mês, não encontrou consenso junto dos restantes 27 países do bloco europeu, o que impediu que fosse integrada no mais recente pacote de medidas aprovadas pelo executivo comunitário com vista a combater a escalada de preços na energia.

No entanto, segundo António Costa, após a reunião em Praga, “o que começou por ser uma medida com forte rejeição, já recolhe uma maioria”. Portugal foi um dos 15 países europeus que assinou uma carta conjunta enviada à Comissão Europeia a reclamar um teto para o preço do gás importado, e esta sexta-feira, “um dos países mais renitentes, já aceita a medida”, indicou Costa, não especificando, no entanto, que Estado terá mudado de posição. Certo é que a Alemanha e os Países Baixos foram os dois países que se opuseram fortemente à fixação de um preço do gás importado.

Subscrita por 15 Estados-membros — Bélgica, Itália, Espanha, Portugal, Polónia, Grécia, Malta, Lituânia, Letónia, Eslovénia, Croácia, Roménia, França, Bulgária e a Eslováquia — os ministros responsáveis pela Energia dos Estados-membros subscritores, pedem ao executivo comunitário que apresente uma proposta para limitar o preço do gás natural.

De acordo com países signatários, “este limite é a prioridade e pode ser complementado com propostas para reforçar a supervisão financeira do mercado do gás e desenvolver parâmetros de referência alternativos para a fixação de preços do gás na Europa”.

Fontes europeias indicaram que o executivo comunitário deverá efetivamente apresentar em breve uma proposta com vista a um limite “dinâmico” para o preço do gás, com várias opções, e que deverá abordar a ideia de uma plataforma de aquisição conjunta de gás, solução defendida há muito por um leque alargado de países, entre os quais Portugal.

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Plataforma de criptomoedas Binance roubada em 103 milhões após ataque informático

  • Lusa
  • 7 Outubro 2022

Os hackers conseguiram retirar um total de dois milhões de BNB, a criptomoeda emitida pela Binance, ou seja, cerca de 580 milhões de dólares. Mas só conseguiram explorar uma fração deste total.

A Binance, uma das maiores plataformas de criptomoedas do mundo, revelou esta sexta-feira que foi atacada por piratas informáticos, tendo a grandeza do roubo rondado os 100 milhões dólares (103 milhões de euros).

De acordo com a Binance, os piratas informáticos (hackers) conseguiram retirar um total de dois milhões de BNB, a criptomoeda emitida pela Binance, ou seja, cerca de 580 milhões de dólares, mas os hackers só conseguiram explorar uma fração deste total, já que a maior parte foi de imediato bloqueada.

O presidente executivo (CEO) da Binance, Changpeng Zhao, mais conhecido pelo pseudónimo “CZ”, disse ao canal de televisão CNBC que “conseguiram limitar os danos a cerca de 100 milhões de dólares”. No início do dia, “CZ” tentou tranquilizar a comunidade de utilizadores garantindo no Twitter: “O problema agora está sob controlo”.

“Os seus fundos estão seguros. Pedimos desculpas pelo inconveniente e forneceremos mais atualizações em conformidade”, acrescentou o responsável. Entretanto, num post no site Reddit, a Binance também esclareceu que, do valor total que realmente foi roubado, cerca de sete milhões de dólares foram congelados.

Os piratas informáticos atacaram a ponte de cadeia cruzada do BSC Token Hub. Uma ponte é um serviço que permite a um utilizador transferir tokens criptográficos de um blockchain para outro. Depois da suspensão da rede da ponte de cadeia cruzada, a atividade na BNB Chain está por agora normalizada.

Os ataques dos piratas informáticos contra pontes entre cadeias têm-se multiplicado nos últimos meses.

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Agricultor interrompe greve de fome após visita de secretário de Estado adjunto de António Costa

  • Lusa
  • 7 Outubro 2022

Face ao "compromisso pessoal" do secretário de Estado e à "garantia de possibilidade de mediação" poder avançar, Luís Dias decidiu interromper a greve de fome.

O agricultor Luís Dias revelou esta sexta-feira que interrompeu uma greve da fome que durava há 30 dias após o secretário de Estado do primeiro-ministro prometer empenho em resolver o diferendo com o Ministério da Agricultura.

Na mensagem publicada no Twitter, Luís Dias refere que o secretário de Estado adjunto, Miguel Alves, se encontrou com ele e com Maria José Santos na tenda onde passara os últimos 30 dias em greve de fome, prometendo-lhe, com o conhecimento do primeiro-ministro, António Costa, que se empenhará pessoalmente em desbloquear a situação, tendo marcado uma reunião para a próxima segunda-feira.

Face ao “compromisso pessoal” do secretário de Estado e à “garantia de possibilidade de mediação” poder avançar, Luís Dias afirma que ele e Maria José Santos ficaram “sensibilizados com a visita” do governante e com a “promessa de celeridade de procedimentos”, pelo que, em “nome da esperança”, decidiu interromper a greve de fome iniciada em 08 de setembro.

Na mensagem no Twitter, o agricultor diz acreditar que se alcance uma “solução mediada” para o diferendo, ou seja, encontrar “uma solução que permita reerguer” a Quinta das Amoras, onde ele e Maria José Santos empenharam todos os seus recursos, em parceria com o Estado, que financiou o projeto de desenvolvimento agrícola.

“Tudo o que queremos é voltar à normalidade e, se possível, à quinta, contribuindo para o desenvolvimento da nossa região”, salienta Luís Dias, agradecendo todo o “apoio e carinho” que recebeu das pessoas que, ao longo desta sua “infeliz saga”, o visitaram e assinaram uma petição ao Governo em defesa da solução mediada para o problema.

A petição, que juntou mais de 6.000 assinaturas pedia ao primeiro-ministro que promova uma reunião com os agricultores em greve de fome, concretizando o processo de mediação pela Provedoria de Justiça. No documento, os peticionários afirmavam que seguiam “com preocupação” a greve de fome promovida pelo agricultor Luís Dias, junto à porta da residência oficial do primeiro-ministro, em São Bento, em Lisboa, onde se encontrava numa tenda.

Desde que iniciou a greve de fome, o agricultor Luís Dias foi duas vezes hospitalizado, a última das quais na passada quinta-feira, tendo regressado ao protesto no jardim junto à residência oficial de António Costa. O proprietário agrícola já tinha estado em greve de fome em frente ao Palácio de Belém, em Lisboa, um protesto que durou cerca de 30 dias e terminou a 06 de junho de 2021, após receber a visita de apoiantes e de falar com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Na altura, o agricultor, de 49 anos, disse que se encontrava em greve “contra a indiferença destrutiva do Estado”, que alega ter prejudicado o seu projeto agrícola, declarando: “A mediação que queremos, é que deem razão seja a quem for, mas que aconteça em tempo útil, porque o tempo útil está a esgotar-se. São oito anos e uma quinta tem plantas que foram morrendo porque o tempo passa e se as coisas não são feitas, as coisas desaparecem e o investimento todo desaparece”.

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Áustria apresenta queixa no Tribunal Europeu pela classificação “verde” da energia nuclear

  • Lusa
  • 7 Outubro 2022

A nova classificação europeia de investimentos "sustentáveis" inclui centrais nucleares com licença de construção antes de 2045 e centrais de gás que emitem menos de 270 gramas de dióxido e carbono.

A Áustria apresentou esta sexta-feira uma queixa no Tribunal de Justiça da União Europeia pela classificação “verde” da energia nuclear e gás natural aprovada pela União Europeia (UE), informou o jornal Kurier na edição online. O processo foi apresentado a poucos dias antes de terminar o prazo legal, na segunda-feira, cumprindo-se assim uma ameaça repetida pela ministra austríaca da Energia e Ambiente, a ambientalista Leonore Gewessler.

Segundo o jornal, o processo baseia-se num relatório de peritos internacionais que afirmam que a energia atómica não é sustentável. A Áustria considera também que o regulamento apresentado pela Comissão Europeia é juridicamente incorreto, uma vez que – argumenta – a Comissão não tem competência para decisões políticas de tão grande alcance.

Finalmente, são também citadas falhas processuais, uma vez que os Estados da UE teriam tido muito pouco tempo para avaliar as medidas. A nova classificação europeia de investimentos considerados “sustentáveis” inclui centrais nucleares com licença de construção antes de 2045 e centrais de gás que emitem menos de 270 gramas de dióxido de carbono por quilowatt hora até 2031, ou menos de 100 gramas ao longo de toda a sua vida útil.

O objetivo foi etiquetar as atividades consideradas genuinamente verdes para facilitar a canalização de investimentos para fins sustentáveis em setores como a energia, a agricultura, os transportes ou a indústria, mas na prática não obriga nem proíbe o investimento nas mesmas. Enquanto a França e alguns países nórdicos apoiaram a classificação, que entrará em vigor no primeiro dia de janeiro de 2023, outros, como a Áustria, Dinamarca, Espanha e Luxemburgo, opuseram-se.

Leonore Gewessler acusou repetidamente a classificação de ser uma “lavagem verde” da energia atómica e do gás natural, que na sua opinião “são prejudiciais para o clima e destroem o futuro” dos mais jovens. A Áustria tem uma lei constitucional que proíbe o uso da energia nuclear depois de um referendo em 1978 ter rejeitado a abertura de uma central nuclear já construída, e é um dos países com os mais fortes sentimentos antinucleares.

A posição de Leonore Gewessler, dos Verdes, tem sido apoiada pelo Partido Popular Austríaco (ÖVP), conservador e seu parceiro no atual governo de coligação.

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BCE pressiona bancos e pede cautela com pagamento de bónus a gestores

Esta pressão acontece numa altura em que vários bancos da Zona Euro reviram em alta as suas previsões apesar do aumento da inflação e das taxas de juro.

O Banco Central Europeu (BCE) pediu cautela aos bancos no que diz respeito ao pagamento de bónus aos gestores. De acordo com a Bloomberg, o supervisor bancário está a aumentar a pressão sobre algumas entidades, face à deterioração do contexto macroeconómico.

A instituição liderada por Christine Lagarde pediu recentemente à banca moderação no pagamento de salários e na distribuição de dividendos, dado os receios de que a crise energética possa desencadear uma onda de incumprimentos nos próximos meses. Esta pressão por parte do BCE acontece numa altura em que vários bancos da Zona Euro, como o italiano UniCredit e os alemães Commerzbank e Deutsche Bank reviram em alta as suas previsões apesar do aumento da inflação e das taxas de juro.

Há “uma certa relutância por parte dos bancos em envolverem-se seriamente em discussões de supervisão”, disse recentemente Andrea Enria, presidente do Conselho de Supervisão do BCE. A Europa está a enfrentar “um choque macroeconómico completo e persistente”, que exige que os supervisores “exerçam extrema cautela”, acrescentou.

O BCE já demonstrou nos últimos anos que está disposto a intervir na política de remuneração, tanto dos executivos como dos acionistas dos bancos, se considerar que os planos de remuneração são excessivos num contexto de elevado risco económico. Durante a pandemia, a instituição pediu cautela e vetou mesmo a distribuição de dividendos e programas de recompra de ações.

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Banco de Portugal apresenta proposta de cooperação para a cibersegurança

  • Lusa
  • 7 Outubro 2022

A instituição “apresentou à indústria uma proposta de iniciativa de partilha de informação e cooperação entre instituições financeiras, para o fortalecimento do setor" na cibersegurança.

O Banco de Portugal (BdP) apresentou à indústria financeira uma proposta de cooperação para a cibersegurança, durante uma reunião no âmbito do Fórum com a Indústria para a Cibersegurança e Resiliência Operacional (FICRO), segundo um comunicado.

“No passado dia 03 de outubro, o Banco de Portugal promoveu a realização da terceira reunião plenária do Fórum com a Indústria para a Cibersegurança e Resiliência Operacional (FICRO)”, referiu a instituição, recordando que “o FICRO é uma estrutura consultiva do Banco de Portugal que reúne representantes do setor bancário, do principal prestador de serviços de pagamento nacional e da autoridade nacional de cibersegurança, com o objetivo de reforçar a resiliência operacional do sistema financeiro português”.

Nesta reunião, o BdP fez “um balanço da implementação do TIBER-PT, o quadro de referência para testes de cibersegurança avançados aprovado em maio, tendo destacado o facto de ter sido iniciado o primeiro teste sob este quadro de referência”. Além disso, a instituição “apresentou à indústria uma proposta de iniciativa de partilha de informação e cooperação entre instituições financeiras, para o fortalecimento do setor no que diz respeito à cibersegurança”.

De acordo com o comunicado, “os membros do FICRO foram ainda convidados a ouvir e partilhar as suas reflexões sobre o impacto no setor bancário de outras iniciativas legais e regulamentares em curso em matéria de cibersegurança”.

“A cibersegurança e resiliência operacional continuam a ser um pilar fundamental do plano estratégico do Banco de Portugal, no âmbito da proteção do sistema bancário, e este Fórum tem sido essencial para atingir esse objetivo”, afirmou a Administradora do Banco de Portugal Ana Paula Serra, na abertura dessa sessão.

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Estado procura financiamento de 1.000 milhões em obrigações do Tesouro

Na próxima semana, o IGCP irá realizar dois leilões obrigações do Tesouro a 3 e a 9 anos para angariar até mil milhões de euros. O custo a pagar na maturidade mais longa deverá ficar acima dos 3%.

O IGCP anunciou que, na próxima semana, dia 12, irá realizar dois leilões das linhas de obrigações do Tesouro com maturidade em outubro de 2025 (OT 2,875% 15out 2025) e em outubro de 2031 (OT 0,3% 17out 2031), com vista a angariar entre 750 milhões e 1000 milhões de euros.

Esta será a primeira emissão de obrigações do Tesouro realizada pela Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida de Portugal (IGCP) desde que Miguel Martin assumiu a liderança da entidade a 1 de setembro.

De acordo com as yields que as duas linhas estão a cotar atualmente, o Estado deverá contar com um custo de financiamento de cerca de 2,2% na emissão com a maturidade mais curta (3 anos) e com um custo acima dos 3,1% na maturidade mais longa (9 anos).

A última vez que o Estado se financiou no mercado obrigacionista foi a 14 de setembro, tendo pago 2,75% por 780 milhões de euros numa emissão a 10 anos e 1,78% por 470 milhões de euros numa emissão a 4 anos.

Para a semana seguinte à realização destes dois leilões está agendado para 17 de outubro o reembolso de 8,4 mil milhões de euros de uma obrigação do Tesouro emitida há 7 anos (OT 2,20% Out 2022), que chegará à maturidade.

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