Nas notícias lá fora: preços, imigração e energia

  • ECO
  • 8 Setembro 2022

Tribunal aceita novas provas, mas recusa adiar julgamento do processo Twitter-Musk. E China defende racionalidade económica da estratégia 'zero casos' de Covid.

Espanha está a tentar seguir as pisadas de França e chegar a acordo com as cadeias de distribuição alimentar para impor um limite aos preços dos bens essenciais. Já a Alemanha quer reduzir os entraves burocráticos à imigração, agilizar os tempos de naturalização e facilitar a plurinacionalidade, para atrair trabalhadores estrangeiros qualificados essenciais à economia. Por outro lado, a produção de energia fotovoltaica atingiu um novo recorde na Europa este verão. Estas são algumas das notícias que marcam a atualidade internacional desta quinta-feira.

Cinco Días

Espanha quer pôr um tecto no preço de alimentos básicos

A ministra do Trabalho e da Economia Social, Yolanda Díaz, vai reunir-se esta quinta-feira com o diretor executivo do Carrefour Espanha, Alexandre de Palmas, para falar da proposta da cadeia de colocar um tecto de 30 euros no preço de 30 alimentos básicos como o pão, leite e ovos. Depois deste encontro, o Executivo espanhol vai reunir-se segunda-feira com os grandes distribuidores e associações de consumidores para tentar um acordo que ajude a travar a escalada dos preços dos alimentos. “Não se trata de uma intervenção sobre os preços, mas de uma medida diferente para conseguir um acordo entre distribuidores e associações de consumidores, de modo a fazer algo totalmente lega, que já se fez em França e funcionou”, disse a ministra.

Leia a notícia completa no Cinco Días (acesso livre, conteúdo em espanhol)

DW

Alemanha quer acelerar naturalizações para atrair trabalhadores estrangeiros

A Alemanha pretende reduzir os entraves burocráticos à imigração, agilizar os tempos de naturalização e facilitar a plurinacionalidade, para atrair trabalhadores estrangeiros qualificados essenciais à economia, segundo uma proposta apresentada pelo Governo alemão. A escassez de mão-de-obra é um dos principais problemas da principal economia europeia, a ponto de ameaçar o seu potencial de crescimento nos próximos anos, acreditam os especialistas. De acordo com o documento estratégico elaborado pelo governo com o objetivo de reverter a tendência, a Alemanha pretende ser vista como “um país de imigração atraente na competição internacional por trabalhadores qualificados”.

Leia a notícia completa na DW (acesso livre, conteúdo em alemão)

Reuters

Produção de energia fotovoltaica bate novo recorde na UE

A produção de energia fotovoltaica atingiu um novo recorde na Europa este verão, evitando a importação de 20 mil milhões de m3 de gás por um valor potencial de 29 mil milhões de euros. Segundo o relatório do think-tank Ember, que analisa os dados da rede europeia de operadores de transporte de eletricidade, entre maio e agosto, a produção de energia solar ascendeu a 99,4 terawatts horas (TWh), mais um quarto do que em 2021. Em igual período do ano passado, a quota de energia solar na produção europeia de eletricidade atingiu 9% (77,7 TWh). De acordo com os dados, 18 dos 27 países da União Europeia registaram este verão um recorde de produção solar, incluindo os Países Baixos (23% do seu mix de eletricidade), Alemanha (19%) e Espanha (17%).

Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês)

CNBC

Tribunal aceita novas provas mas recusa adiar julgamento do processo Twitter-Musk

O empresário Elon Musk pode incluir novas provas de um denunciante do Twitter no processo para sair do acordo de compra da plataforma social, mas não poderá adiar o julgamento agendado para outubro. A juíza Kathaleen St. Jude McCormick, do Tribunal de Delaware, negou o pedido do patrão da Tesla para adiar o julgamento por quatro semanas, mas permitiu que os advogados de Musk acrescentassem novas provas relacionadas com alegadas más práticas de cibersegurança do Twitter. O multimilionário e presidente da Tesla tem tentado recuar no acordo que anunciou em abril para a compra da tecnológica, o que levou a administração do Twitter a processá-lo no mês passado para que a aquisição avançasse.

Leia a notícia completa na CNBC (acesso livre, conteúdo em inglês)

Financial Times

China defende racionalidade económica da estratégia ‘zero casos’ de Covid

A estratégia ‘zero casos’ de Covid-19 continua a ser economicamente “mais racional” para a China do que coexistir com o coronavírus. A política chinesa é a “forma mais científica de travar a Covid-19, à medida que a pandemia continua a alastrar-se pelo mundo, criando novos riscos”, defendeu o vice-diretor do Centro Nacional de Prevenção e Controlo de Doenças, Chang Jile. A abordagem chinesa consiste em “detetar rapidamente novos surtos e conter a propagação com o menor custo possível”, descreveu Chang. Isto inclui o isolamento de todos os casos positivos e contactos diretos em instalações designadas, o bloqueio de distritos e cidades inteiras e a realização de testes em massa. A China mantém também as fronteiras praticamente encerradas desde março de 2020, com as ligações áreas reduzidas a menos de 2%, em comparação com 2019. Quem viaja para o país tem que cumprir pelo menos sete dias de quarentena num hotel designado pelas autoridades.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso livre, conteúdo em inglês)

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Preço do gás natural cai 4% após UE querer impor teto máximo

União Europeia quer impor um teto máximo de preço ao gás natural que é importado da Rússia. Ministros de Energia da UE devem reunir-se esta sexta-feira.

Os preços do gás natural na Europa estão a cair 4% esta quinta-feira, acumulando uma queda de 15% nos últimos cinco dias. Este desempenho acontece depois do disparo de 25% no início da semana e horas depois de a União Europeia (UE) ter proposto impor um teto máximo de preço ao gás natural que é importado da Rússia.

O contrato Dutch TTF Gas para entrega em outubro está esta manhã a cair 4,15% para 205 euros por MWh, o equivalente a uma queda de 14,82% nos últimos cinco dias. Este desempenho é uma correção dos preços face ao disparo de 25% que acontece há dois dias.

Evolução do preço do gás natural na Europa desde março.

O Presidente russo ameaçou esta quarta-feira interromper as exportações de petróleo e gás natural da Rússia se fossem impostos preços máximos pelos compradores europeus. Horas depois desta ameaça, a UE propôs mesmo impor tetos máximos ao preço do gás natural comprado a Moscovo.

A petrolífera estatal russa Gazprom interrompeu na semana passada os fluxos do gasoduto Nord Stream 1, cortando uma percentagem substancial do fornecimento para a Europa. Nesse dia, os preços do gás natural dispararam 25%.

Este impasse entre o Ocidente e a Rússia pode fazer subir ainda mais os preços do gás natural na Europa, aumentando as “contas” que os governos da UE estão a pagar para impedir que os fornecedores de energia entrem em colapso e que os menos favorecidos congelem nos próximos meses frios.

Os ministros de Energia da UE devem reunir-se esta sexta-feira para uma reunião de emergência. “Vamos propor um teto para o preço do gás russo. Devemos cortar as receitas da Rússia que Putin usa para financiar esta guerra atroz na Ucrânia”, disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em declarações aos jornalistas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ucrânia volta a assumir controlo de partes de Kharkiv, diz Zelensky

Ucrânia fala em contraofensiva bem sucedida em Kharkiv, que continua a sofrer ataques russos. Zelensky fala com chanceler alemão sobre fortalecimento da ajuda militar.

A cidade ucraniana de Kharkiv assume o palco central dos combates neste dia. Enquanto o Presidente ucraniano reclama a reconquista do controlo de algumas partes da cidade, algo corroborado pelo instituto norte-americano The Institute for the Study of War, que aponta que se recuperaram 400 quilómetros quadrados de território no leste da região, as forças russas lançaram dois ataques com mísseis em Kharkiv durante a noite.

Volodymyr Zelensky continua a discutir com os líderes internacionais as necessidades do país neste combate, sendo que terá falado com o chanceler alemão, Olaf Scholz, esta quarta-feira, o fortalecimento das capacidades defensivas da Ucrânia contra a invasão russa, em conversa telefónica.

No que diz respeito à exportação de cereais, a Ucrânia refutou as acusações do Presidente russo, que alega que os produtos ucranianos foram maioritariamente para a União Europeia, com Kiev a garantir que grande parte se dirigiu a África e Ásia.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lisboa sobe em linha com bolsas europeias em dia de decisão do BCE. BCP ganha quase 1%

O dia começou com ganhos ligeiros nas bolsas europeias, antes de ser conhecida a decisão de subida de juros do BCE.

A bolsa de Lisboa regressa aos ganhos no arranque deste dia, após três sessões de quedas. A praça nacional acompanha assim a tendência positiva vivida nas congéneres europeias, no dia em que será conhecida a decisão do Banco Central Europeu sobre as taxas de juro. Por cá, o BCP sobe quase 1% e impulsiona o PSI.

Pela Europa, as bolsas começam a negociação em terreno positivo. O índice de referência europeu, Stoxx-600, avança 0,5%, a par com o francês Cac-40 e o espanhol Ibex-35. Já o britânico FTSE 100 soma 0,3% e o alemão Dax ganha 0,6%.

Em Lisboa, o índice de referência sobe 0,20% para 5.949,51 pontos. Entre as 15 cotadas do PSI, são mais aquelas que se situam a negociar no verde do que aquelas abaixo da linha de água.

Nos ganhos, o destaque vai para o BCP, que sobe 0,90% para os 0,1450 euros. Já a Sonae avança 0,41% para os 0,9830 euros e a a REN ganha 0,38% para os 2,62 euros.

BCP sobe quase 1%

E com o petróleo em alta, a Galp Energia, por sua vez, oscila entre terreno positivo e negativo, no dia em que foi conhecido que comprou a participação de 48,5% da Martifer na Ventiveste, tendo agora o controlo total do consórcio. Por agora, segue a valorizar 0,33% para os 10,57 euros.

Por outro lado, nas perdas, sobressaem as empresas de energias renováveis. A Greenvolt cai 0,67% para os 8,85, enquanto a subsidiária EDP Renováveis recua 0,12% para os 24,57 euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Documentos portugueses da NATO apanhados à venda na “darkweb”

  • ECO
  • 8 Setembro 2022

Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA), comandado pelo chefe de Estado-Maior, terá sido alvo de um "ciberataque prolongado e sem precedentes".

Centenas de documentos portugueses classificados da NATO foram postos à venda na darkweb, depois de o Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA), comandado pelo chefe de Estado-Maior, ter sido alvo de um “ciberataque prolongado e sem precedentes”, avança o Diário de Notícias (acesso pago).

O Governo apenas soube porque foi informado pelos Serviços de Informações norte-americanos, através da embaixada em Lisboa, com uma comunicação que terá sido feita diretamente ao primeiro-ministro em agosto. Terão sido os ciberespiões da Inteligência norte-americana a detetar “à venda na darkweb centenas de documentos enviados pela NATO a Portugal, classificados como secretos e confidenciais“.

Este ciberataque está a ser gerido pelo gabinete de António Costa, mas várias estruturas ligadas à segurança também estão envolvidas, diz o jornal. A NATO já terá exigido explicações e garantias ao Governo português e, na próxima semana, representantes do Executivo vão deslocar-se ao quartel-general da NATO, em Bruxelas, para discutir o assunto.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Montenegro disponível para negociar reforma da Segurança Social

  • ECO
  • 8 Setembro 2022

Presidente do PSD afirma que, apesar de a proposta para as pensões dos sociais-democratas ser diferente, não exclui adaptá-la "àquilo que é o racional de todo o decreto" do Governo.

Depois de ter acusado o Governo de fazer um “corte de mil milhões de euros no sistema de pensões”, o presidente do PSD diz que o partido está disponível para discutir esta medida com o Executivo. Em entrevista conjunta à Renascença e ao Público, Luís Montenegro afirma que, apesar de a proposta dos social-democratas ser diferente, não exclui adaptá-la “àquilo que é o racional de todo o decreto” e admite abertura para debater uma futura reforma da Segurança Social.

“Isto significa um corte de mil milhões de euros no sistema de pensões e não vale a pena brincar com as palavras”, disse Luís Montenegro sobre a medida anunciada pelo Governo para antecipar o pagamento das pensões já para outubro. Nesse sentido, o PSD vai pedir a apreciação parlamentar do decreto, o que pode resultar na cessação de vigência do decreto ou na sua alteração. “Tenho disponibilidade para ajudar o Governo a ter uma solução única, que possa ser diferente da nossa”, disse Luís Montenegro, mostrando-se disponível para reformular a medida de pensões decidida por António Costa. “Não me coloco de fora de adaptar a nossa proposta àquilo que é o racional de todo o decreto. Não queremos alterar o decreto de A a Z. Queremos alterar o que, do ponto de vista social, é iníquo, é injusto“, disse.

E vai mais longe admitindo trabalhar com o PS numa reforma do sistema. “Durante vários anos, desafiámos o PS a sentar-se com o PSD para fazer uma reforma da Segurança Social que pudesse conferir sustentabilidade ao sistema e garantir às pessoas que não iriam perder poder de compra. O que é que o PS disse? Não é necessário fazer essa reforma, não estamos disponíveis”, recordou Montenegro. “Quando sou confrontado com a pergunta: está disponível para tratar de assuntos estruturantes com o PS, sempre disse que estou”, frisou. No entanto, o líder do PSD condicionou esta disponibilidade: “Só falarei numa eventual revisita à Segurança Social se o PS disser, preto no branco, sem tibiezas, que está disponível e que é necessário fazer essa reforma”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Medina nomeou ex-chefe de gabinete para a Estamo apesar de chumbo da Cresap para agência pública

  • ECO
  • 8 Setembro 2022

Cresap tinha apresentado shortlist de candidatos para a AMA onde não constava Fátima Madureira. Responsável manteve-se na presidência e foi agora nomeada para a Estamo.

A antiga chefe de gabinete de Fernando Medina na Câmara de Lisboa assumiu o cargo de presidente da Agência para a Modernização Administrativa (AMA) sem ter sido escolhida pela Cresap, a comissão independente que avalia os candidatos a altos dirigentes do Estado, noticia o Observador (acesso pago). Mesmo assim, o ministro das Finanças decidiu nomear Fátima Madureira para a vice-presidência da Estamo, a imobiliária do Estado, como avançou o ECO.

Fátima Madureira foi nomeada para a presidência da AMA em regime de substituição em 2020. Quando o concurso para a presidência da AMA foi aberto, em janeiro de 2021, candidatou-se, mas não foi uma das escolhidas pela Cresap para a shortlist de três candidatos depois apresentada ao Governo. Na altura, não avançou nenhuma nomeação porque o Orçamento do Estado estava na iminência de ser chumbado, como nota a antiga ministra Alexandra Leitão, ao jornal.

Entretanto, com o novo Governo (que passou a tutela do organismo para a secretaria de Estado da Digitalização e da Modernização Administrativa) o concurso foi anulado, com o responsável a alegar que era preciso “atualizar” os critérios de seleção, perante a “nova orientação” da AMA. Entretanto, já foi pedido um novo concurso e nomeados novos presidente e vogais para a AMA, em regime de substituição.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Galp compra os restantes 48,5% da Ventiveste à Martifer

  • ECO
  • 8 Setembro 2022

A Galp detém agora controlo total da Ventiveste. A operação atingiu o valor de 6,4 milhões de euros.

A Galp comprou a participação de 48,5% da Martifer na Ventiveste, tendo agora o controlo total do consórcio que detinha com a Martifer desde 2007, avança o Jornal de Negócios (acesso pago). Esta empresa representa a entrada da petrolífera nas renováveis, mas acabou por não se traduzir expressivamente na produção da Galp.

“A tomada do controlo total sobre a Ventinveste foi uma oportunidade de negócio concretizada em total alinhamento com a estratégia da Galp de diversificar o seu portefólio ibérico de energias renováveis, que está assente sobretudo na energia solar”, explicou fonte oficial Galp ao jornal. A operação atingiu o valor de 6,4 milhões de euros.

A Ventiveste tem em carteira apenas o Parque Eólico de Vale Grande, em Arganil, com capacidade instalada de 12,3 megawatts (MW), que entrou em operação no início da década passada. Esta aquisição insere-se no “plano global estratégico para a transição energética” da Galp, que já tinha comprado em maio, no mercado brasileiro, duas carteiras de projetos de energia renovável, ainda em fase de desenvolvimento.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Preços do petróleo caem com receios do lado da oferta

Impasse entre as nações europeias e a Rússia está a causar receios nos investidores devido à oferta de matéria-prima.

Os preços do petróleo estão a cair ligeiramente esta quinta-feira, quase um dólar por barril, depois de uma queda na sessão anterior devido ao impasse entre as nações europeias e a Rússia, causando nos investidores receios devido à oferta de matéria-prima.

Às 11h05 desta quinta-feira, o barril de Brent, cotado em Londres e que serve de referência às importações nacionais, está a desvalorizar 0,4% para 87,65 dólares, enquanto o WTI, cotado em Nova Iorque, recua 0,44% para 81,58 dólares.

Este desempenho acontece depois de o Presidente russo ter ameaçado interromper as exportações de petróleo e gás natural da Rússia se fossem impostos preços máximos pelos compradores europeus. Horas depois desta ameaça, a União Europeia propôs impor tetos máximos ao preço do gás natural comprado a Moscovo, aumentando os receios nos investidores de que Putin cumpra a sua ameaça.

A petrolífera estatal russa Gazprom já interrompeu os fluxos do gasoduto Nord Stream 1, cortando uma percentagem substancial do fornecimento para a Europa. Nesse dia, os preços do gás natural dispararam 25%.

A tendência de evolução dos preços do petróleo está a ser moldada por “várias forças externas, como a batalha energética entre os países ocidentais e a Rússia”, referiram analistas da Haitong Futures, numa nota citada pela Reuters. Mas o impacto de um acordo entre o Ocidente e o Irão no programa nuclear de Teerão também seria significativo, observaram. Isso faria com que as sanções às exportações de petróleo iranianas fossem suspensas.

(Notícia atualizada às 11h05 com novas cotações)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Hoje nas notícias: Pensões, NATO e gás

  • ECO
  • 8 Setembro 2022

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Os destaques desta quinta-feira dão conta de que o PSD está disponível para debater uma reforma da Segurança Social e de que documentos portugueses da NATO foram apanhados à venda na darkweb. O custo do gás triplicou para uma em cada três empresas e a Galp comprou os restantes 48,5% da Ventiveste à Martifer. Conheça as notícias que estão a marcar o dia.

Montenegro disponível para negociar reforma da Segurança Social

O líder do PSD considera que a medida anunciada pelo Governo sobre pensões representa um “corte de mil milhões de euros no sistema”. No entanto, Luís Montenegro admite abertura para debater uma futura reforma da Segurança Social. “Durante vários anos, desafiámos o PS a sentar-se com o PSD para fazer uma reforma da Segurança Social que pudesse conferir sustentabilidade ao sistema e garantir às pessoas que não iriam perder poder de compra”, disse Montenegro. O PSD pediu a apreciação parlamentar do decreto em causa para forçar o debate na Assembleia.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

Documentos portugueses da NATO apanhados à venda na darkweb

O Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA), comandado pelo chefe de Estado-Maior, Almirante Silva Ribeiro, foi alvo de um “ciberataque prolongado e sem precedentes” que teve como resultado a exfiltração de “centenas de documentos” classificados “como secretos e confidenciais” da NATO. O Governo português só soube porque foi informado pelos Serviços de Informações norte-americanos, através da embaixada em Lisboa, com uma comunicação que terá sido feita diretamente ao primeiro-ministro no passado mês de agosto.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago)

Custo do gás triplicou para uma em cada três empresas

Mais de uma em cada três empresas viu a fatura do gás natural triplicar este ano, enquanto uma em cada seis unidades industriais registou este aumento no custo da eletricidade, segundo um estudo da Associação Empresarial de Portugal (AEP). A maioria dos inquiridos diz que irá reduzir a atividade para lidar com estes custos, sendo que 18% admite o recurso ao lay-off e 17% o encerramento parcial das unidades de produção.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (link indisponível)

Galp compra os restantes 48,5% da Ventiveste à Martifer

A Galp comprou a participação de 48,5% da Martifer na Ventiveste, tendo agora o controlo total do consórcio que detinha com a Martifer desde 2007. Esta empresa representa a entrada da petrolífera nas renováveis, mas acabou por não se traduzir expressivamente na produção da Galp. “A tomada do controlo total sobre a Ventinveste foi uma oportunidade de negócio concretizada em total alinhamento com a estratégia da Galp de diversificar o seu portefólio ibérico de energias renováveis, que está assente sobretudo na energia solar”, explicou fonte oficial Galp.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Medina nomeou ex-chefe de gabinete para a Estamo após chumbo da Cresap

A antiga chefe de gabinete de Fernando Medina na Câmara de Lisboa assumiu o cargo de presidente da Agência para a Modernização Administrativa (AMA) sem ter recebido luz verde da Cresap, a comissão independente que avalia os candidatos a altos dirigentes do Estado. Mesmo assim, o ministro das Finanças decidiu nomear Fátima Madureira para a vice-presidência da Estamo, a imobiliária do Estado.

Leia a notícia completa no Observador (acesso pago)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

5 coisas que vão marcar o dia

BCE acelera na subida das taxas de juro na Zona Euro. Governo pode apresentar plano para poupar energia. E serão conhecidos os prejuízos causados pelos fogos na Serra da Estrela.

É dia de nova subida dos juros na Zona Euro, com o BCE a preparar-se para um aumento que pode ser superior ao promovido em julho. Em Portugal, o Governo deverá aprovar o plano de poupança de energia por causa da crise energética na Europa. Saiba que assuntos prometem marcar o dia.

BCE acelera na subida dos juros

Em 21 de julho, o BCE pôs fim à era dos juros negativos na Zona Euro. Hoje, é dia de nova subida. Os investidores estão à espera que Christine Lagarde anuncie um aumento nas taxas de juro de 75 pontos base, maior do que o aumento de 50 pontos decretado na reunião anterior. A subida acontece numa altura em que os juros da dívida da periferia se têm agravado e o euro tem negociado abaixo do valor do dólar. Os economistas acreditam que a subida dos juros é a principal receita para tratar da inflação.

Governo planeia poupança de energia

Pode ser hoje que o Governo anuncia o plano para poupar eletricidade e gás no país, necessário no contexto da crise energética que se vive na Europa. Depois de ter apresentado e detalhado as medidas de apoio aos rendimentos das famílias na segunda e terça-feira, o Expresso tinha garantido que o tema da poupança de energia seria hoje discutido no Conselho de Ministros. Está prevista uma conferência de imprensa “a partir das 13h30”.

Conhecidos os prejuízos na Serra da Estrela

A notícia foi dada pela ministra da Coesão Territorial em Penela. Segundo Ana Abrunhosa, o montante dos prejuízos causados pelos incêndios que destruíram 25% do Parque Natural da Serra da Estrela este ano será conhecido no final da reunião do Conselho de Ministros desta quinta-feira. O levantamento foi pedido pelo Governo depois de ter sido decretada a situação de calamidade na região.

Matos Rosa diz adeus no Parlamento

Com cerca de dois meses de mandato pela frente, a presidente da Autoridade da Concorrência vai hoje ao Parlamento, para falar do Plano de Atividades do regulador. A audição está prevista para as 15h00. Ontem, Margarida Matos Rosa reentrou em cena, tendo multado a Santa Casa da Misericórdia em 2,5 milhões de euros, acusando-a de ter comprado a sociedade gestora do Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa sem a devida notificação prévia. Quando concluir o mandato, Matos Rosa terá, de longe, o recorde de multas aplicadas, a rondar 1,5 mil milhões de euros.

Partidos ouvem banco de fomento

Beatriz Freitas também está de saída. A CEO do banco de fomento soube em junho que será substituída no cargo por Ana Carvalho, atual administradora executiva da seguradora de crédito Cosec, se o perfil merecer aprovação do Banco de Portugal. Mesmo assim, será ouvida esta quinta-feira no Parlamento, depois da hora do almoço, a pedido do Bloco, do PAN e do PSD. O banco de fomento viu-se envolvido numa polémica quando se soube que tinha atribuído um empréstimo de 40 milhões de euros a uma empresa de Mário Ferreira (que também é acionista do ECO). Entretanto, Mário Ferreira desistiu desse apoio.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Quase 90% dos trabalhadores sentem-se “plenamente incluídos” na sua empresa. Mas discriminação continua presente

Embora 87% dos colaboradores digam que se sentem "plenamente incluídos" na sua empresa, um número semelhante (83%) admite que já testemunhou algum tipo de discriminação e 63% já foi alvo da mesma.

É quase unânime: 87% dos colaboradores dizem sentir-se “plenamente incluídos” na sua organização, e destes, mais de 70%, compreende claramente os conceitos de diversidade e inclusão. Contudo, simultaneamente, 83% dos profissionais admitem já ter testemunhado algum tipo de discriminação e 63% refere mesmo já ter sofrido, pelo menos, uma forma de discriminação no local de trabalho, revelam o estudo internacional “Diversidade e Inclusão nas Organizações: Desafios e Competências de uma Transformação Cultural”, realizado pela CEGOC, em alinhamento com o Grupo CEGOS e o apoio da Associação Portuguesa da Gestão das Pessoas (APG), a que Pessoas teve acesso.

“A discriminação continua muito presente no local de trabalho”, conclui a CEGOC. “Estes atos de discriminação são perpetrados, em primeiro lugar, por colegas e depois por gestores diretos”, detalha.

Já os intervenientes mais dispostos a combater os atos de discriminação nas organizações são, segundo os colaboradores, os colegas e os gestores, enquanto, segundo os diretores e responsáveis de RH, os próprios profissionais de RH. Para promover uma maior inclusão, tanto colaboradores como diretores e responsáveis de RH estão, sobretudo, focados em três alavancas: organização do trabalho, recrutamento e formação.

“Este estudo dá-nos pistas importantes sobre as ferramentas, alavancas e condições favoráveis que existem para colaboradores e organizações evoluírem em matérias de D&I. Verificámos, por exemplo, que o recrutamento, a sensibilização e a formação são claramente vistos como alavancas para a ação, mas ainda não estão suficientemente exploradas”, comenta Maria João Ceitil, head of talent & innovation da CEGOC.

Maria João Ceitil, head of talent & innovation da CEGOC.

“Do lado dos gestores, estes têm claramente um papel fundamental a desempenhar no desenvolvimento das políticas de D&I, mas é evidente que ainda não estão suficientemente apoiados para o fazer”, acrescenta a responsável.

84% considera inclusão critério “importante” numa eventual mudança de trabalho

O mindset das pessoas “está preparado”, considera a organização responsável pelo estudo em causa. Cabe, agora, às organizações implementar e avaliar as ações a desenvolver, um tema que influencia a própria competitividade das empresas.

Em termos gerais, os responsáveis de recursos humanos enfrentam um grande desafio para o futuro: “Reforçar o seu employer branding, a fim de continuar a atrair jovens talentos num mercado de trabalho particularmente dinâmico em certos setores de atividade”, atira Maria João Ceitil.

Se mudassem de emprego no futuro, 84% dos colaboradores inquiridos teriam em conta as questões de inclusão como um critério “importante” na escolha de um novo empregador.

“É alentador verificar que as novas gerações se revelam muito mais plurais, tolerantes e inclusivas. Estes profissionais (gerações Y e Z, sobretudo) nasceram e/ou cresceram intimamente ligados à expansão da tecnologia e da internet e, talvez por isso, tenham desde cedo incorporado uma perceção natural do mundo como um lugar globalizado, interconectado e plural. Em contexto de trabalho, estes profissionais assumem um papel mais interventivo na promoção da D&I, bem como de exposição de comportamentos discriminatórios e tentativa de resolução dos mesmos junto dos D/R RH”, justifica a head of talent & innovation da CEGOC.

Acreditamos firmemente que as organizações que não ousam ou não sabem como compreender e endereçar estas questões vão ficar para trás, especialmente se não tiverem em conta as expectativas e exigências das gerações mais jovens. Verbalizar, sensibilizar, formar e recrutar: estas são as quatro alavancas prioritárias de ação.

Benoît Felix

CEO do Grupo CEGOS

Para Benoît Felix, CEO do Grupo CEGOS, considera que é notória a vontade das organizações de abraçarem os desafios no âmbito da diversidade inclusão. “Longe de ser uma moda, trata-se de um conceito estrutural que nasce de uma verdadeira transformação cultural e social”, defende. “Acreditamos firmemente que as organizações que não ousam ou não sabem como compreender e endereçar estas questões vão ficar para trás, especialmente se não tiverem em conta as expectativas e exigências das gerações mais jovens. Verbalizar, sensibilizar, formar e recrutar: estas são as quatro alavancas prioritárias de ação”, conclui.

Este estudo recolheu a opinião de 4.007 colaboradores (12% portugueses) e 420 diretores e responsáveis de RH (entre os quais 14% portugueses), com funções em organizações dos setores público e privado, que empregam 50 ou mais colaboradores, em sete países, quer na Europa – Portugal, Espanha, França, Alemanha, Itália e Reino Unido – quer na América Latina (Brasil).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.