França diz que vai voltar a analisar projeto de gasoduto nos Pirenéus

  • Lusa
  • 30 Agosto 2022

"Espanha e Alemanha são aliados muito próximos de França, pelo que quando fazem uma proposta, nós examinamo-la”, disse o ministro francês.

França vai voltar a avaliar a possibilidade do projeto de um gasoduto nos Pirenéus, atendendo ao pedido de países “amigos” como Espanha e Alemanha, disse esta terça-feira o ministro da Economia francês, Bruno Le Maire. “A partir do momento em que o presidente do Governo espanhol e o chanceler alemão o pedem, quando os amigos o pedem, analisamos o pedido dos nossos amigos, dos nossos parceiros”, afirmou Bruno Le Maire, citado pela agência de notícias espanhola EFE.

Os líderes dos Governos da Alemanha, Olaf Scholz, e de Espanha, Pedro Sánchez, voltaram hoje a insistir na necessidade de avançar com ligações para o transporte de energia entre a Península Ibérica e o resto da Europa e, em concreto, com o gasoduto previsto para os Pirenéus. “Espanha e Alemanha são aliados muito próximos de França, pelo que quando fazem uma proposta, nós examinamo-la”, disse o ministro francês, em resposta a questões dos jornalistas em Paris.

Bruno de La Maire lembrou que o projeto do novo gasoduto dos Pirenéus “é uma questão muito antiga”. O projeto desta ligação para transporte de gás e, no futuro, de hidrogénio tem já décadas, mas foi abandonado em definitivo em 2019, por causa de resistências francesas relacionadas com questões ambientais a que se juntaram outras de viabilidade económica, atendendo aos preços baixos do gás russo na altura.

Há duas semanas, o Ministério da Transição Energética francês assumiu ter reservas em retomar o projeto, que foi recentemente considerado como prioritário pela União Europeia (UE), no contexto da dependência de vários países da Europa Central do gás russo e da ameaça de Moscovo de cortar o fornecimento.

Olaf Scholz defendeu esta terça ser necessário avançar com a “grande tarefa” de construir e reforçar a rede europeia de ligações energéticas, tanto ao nível da eletricidade, como do hidrogénio, no futuro, mas também do gás, para tornar a UE menos dependente da Rússia.

A Alemanha fará “o possível” para concretizar os projetos relacionados com as interconexões europeias de energia e para que se aproveitem mais as capacidades e possibilidade de Portugal e Espanha nesta matéria, disse Olaf Scholz, numa conferência de imprensa conjunta com Pedro Sánchez, que hoje foi convidado a participar numa reunião do Conselho de Ministros da Alemanha, em Meseberg, perto de Berlim.

Pedro Sánchez, por seu turno, reiterou que Portugal e Espanha pedem há anos que se acelerem as ligações para transporte de energia entre a Península Ibérica e o resto da Europa e que se o projeto do gasoduto dos Pirenéus “não se desenvolver ao ritmo adequado”, por obstáculos colocados por França, a própria UE definiu “outra possibilidade”, que é a de uma ligação com Itália.

A Península Ibérica, por falta de ligações para transporte de energia ao resto da Europa, funciona como uma “ilha energética” e tanto Portugal como Espanha fizeram investimentos nesta área que criaram infraestruturas que agora poderiam ser usadas para fornecer outros países europeus. Scholz convidou Sánchez para estar esta terça num Conselho de Ministros do Governo alemão depois de ter defendido publicamente no dia 11 deste mês a construção de um gasoduto pan-europeu, que ligue a Península Ibérica, desde Portugal, à Alemanha.

Também o secretário de Estado dos Assuntos Europeus português, Tiago Antunes, defendeu esta terça que a “concretização das interligações energéticas entre Portugal, Espanha e o resto da Europa” é “uma coisa quase óbvia no contexto geopolítico” atual.

“Esta ideia está a fazer o seu caminho. Achamos que este é o momento. Este é o contexto ideal para de uma vez por todas concretizar essa necessidade importante que Portugal tem vindo a defender a nível europeu”, afirmou. Tiago Antunes defendeu que a Península Ibérica “tem de deixar de ser uma ilha energética” no contexto europeu e que Portugal tem “um potencial enorme para a produção de gases renováveis em particular de hidrogénio verde”, que pode “exportar para o resto da Europa”.

Apesar de reconhecer que “tem sido difícil concretizar essa ideia”, o secretário de Estado salientou que a ligação energética via Portugal tem “cada vez mais adeptos”, dando o exemplo das declarações do chanceler Olaf Scholz, que apelou à construção do gasoduto para reduzir a dependência de gás russo.

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Fatura do gás da Galp vai subir em média 8 euros em outubro

Depois da EDP e da Goldenergy, a Galp avança com um aumento da fatura de oito euros para o escalão mais representativo de clientes.

A Galp concretizou esta terça-feira quais os aumentos que se vão verificar nas respetivas ofertas de gás natural, depois de ter confirmado que planeia subir preços em outubro. Segundo o comunicado, a partir de 1 de outubro, os clientes vão sentir um aumento, o qual rondará “os 8 euros para o escalão mais representativo de clientes da Galp”.

“Face à volatilidade do mercado e ao respetivo aumento do custo do gás, a Galp irá proceder a uma atualização do preço final de gás natural no dia 1 de outubro. O novo preço reflete o aumento do respetivo custo de aquisição em linha com a evolução do preço deste produto no mercado internacional“, lê-se no comunicado divulgado esta tarde pela petrolífera.

A empresa liderada por Andy Brown diz reconhecer “o impacto que o atual contexto do mercado está a provocar na fatura dos seus clientes” e recorda que a oferta integrada que a Galp coloca à disposição “permite níveis de poupança mensais que contribuem para compensar os aumentos agora anunciados”.

O esclarecimento da Galp chega depois de já ter comunicado que “face à volatilidade do mercado e ao respetivo aumento do custo do gás, a Galp confirma que irá proceder a um aumento dos preços do gás em outubro”. Um anúncio que se seguiu à informação por parte da EDP Comercial de as respetivas faturas do gás natural vão encarecer, em média, 30 euros, durante o último trimestre do ano, e da Goldenergy, que vai subir as mesmas faturas, em média, 10 euros – considerando clientes residenciais e pequenos negócios -, uma subida que desce para uma média de seis euros considerados apenas os clientes residenciais.

Em reação às atualizações avançadas por estas empresas, o Governo avançou uma medida de apoio aos consumidores, que disse já estar em preparação mesmo antes de serem divulgados os aumentos. O Executivo socialista indicou que vai voltar a permitir o acesso ao mercado regulado do gás natural por parte da generalidade dos consumidores – famílias e pequenos negócios –, de forma a que estes tenham a possibilidade de aderirem a uma alternativa mais barata: a mudança para o mercado regulado pode poupar cerca de 65% às famílias, calcula o Governo.

(Notícia atualizada às 17h28)

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Lisboa fecha em queda penalizada pelo setor energético

Lisboa fechou terça-feira em queda superior a 1%, ao lado dos principais índices europeus. Bolsa fecha com apenas duas cotadas a negociar acima da linha de água, e setor da energia a liderar quedas.

A bolsa de Lisboa encerrou a sessão desta terça-feira em terreno negativo com uma queda superior a 1%, sendo que este é o sexto fecho consecutivo em queda, após o arranque de hoje ter dado sinais de uma recuperação.

O PSI caiu 1,50%, para os 6.020,56 pontos, com apenas duas cotadas a negociar acima da linha de água. Enquanto o BCP somou 2,40% para os 0,1451 euros por ação, os CTT avançaram 0,31% para os 3,23 euros. Já a Altri encerrou a sessão desta terça-feira em terreno estável, e manteve-se nos 5,535 euros por ação.

A penalizar o índice português esteve a queda de 3,53% do setor energético nacional, sendo que a GreenVolt foi quem liderou as perdas percentuais, ao afundar 3,69% para os 9,65 euros por ação. Na mesma linha seguiu a Galp Energia, a desvalorizar 3,53% para os 10,93 euros, com a EDP Energia a registar a mesma tendência, com perdas de 2,77% para os 4,885 euros por ação.

Nas praças europeias o sentimento foi maioritariamente negativo, embora Frankfurt tenha estado em contraciclo com o resto da Europa, com um avanço de 0,53% para os 12.961,14 pontos. Enquanto o índice europeu Stoxx 600 recuou 0,73% para os 419,57 pontos, Londres recuou 0,88% para os 7.361,63 pontos. Por sua vez, Paris registou perdas de 0,19% para os 6.210,22 pontos.

O desempenho da bolsa no fecho desta terça-feira é também um reflexo da postura agressiva adotada pelo Banco Central Europeu (BCE) no simpósio de Jackson Hole, nos EUA. Os membros do Conselho do BCE defenderam a necessidade de um novo aumento das taxas de juro, até atingirem um nível considerado neutral. Neste sentido, os investidores antecipam agora uma subida dos juros em setembro.

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Subida de rating pela “amiga” DBRS limita ganhos para Portugal, dizem especialistas

Não há dúvidas de que a subida do rating para o nível A é uma boa notícia para a dívida soberana e para as empresas. Contudo, o impacto é limitado por ser apenas a DBRS, admitem analistas.

Portugal entrou na liga A dos ratings 11 anos depois. Os analistas dizem que é uma boa notícia não só para a dívida soberana, mas também para as empresas, pois poderão beneficiar de custos de financiamento mais baixos. Contudo, reconhecem que o impacto será limitado por ser apenas a DBRS, a mais amiga das agências de rating, a melhorar a notação de risco do país.

“Obviamente que não são más notícias, pelo contrário, mas o impacto deverá ser limitado. Em primeiro lugar porque a DBRS é uma agência normalmente tida menos em conta do que as ‘big three’ e tem sido mais benevolente do que estas ao longo do tempo”, admite o economista e presidente do IMF – Informação de Mercados Financeiros, Filipe Garcia, ao ECO.

O diretor de Investimentos do Banco Carregosa está de acordo. Filipe Silva diz que a decisão da DBRS “vai dar mais confiança aos investidores e permitirá uma exigência de prémios de risco mais baixos, não só para a dívida soberana como também para as empresas”, mas “este efeito será mais visível se outra agência de rating seguir o mesmo caminho, até porque a DBRS foi a única agência que nunca tirou o grau de qualidade a Portugal, mesmo em alturas mais complicadas e quando todas as outras o fizeram”.

Nos anos de maior pressão das agências de notação de risco, foram justamente os canadianos a segurarem o rating de Portugal com um grau qualidade de investimento (por oposição ao grau especulativo), mantendo assim dívida do país elegível para o programa de compras do Banco Central Europeu (BCE), o que ajudou a conter os custos de financiamento.

Esta sexta-feira, a DBRS deu mais uma boa notícia, justificando a melhoria do rating para o nível A – o nível mais alto em 11 anos – com o facto de “as vulnerabilidades de crédito a Portugal associadas a choques externos estarem a diminuir e as perspetivas macroeconómicas a melhorarem”. Já a Fitch e S&P dão nota BBB (perspetiva estável) e a Moody’s atribui Baa2 (perspetiva positiva) a Portugal, três níveis abaixo da notação que dá atualmente a DBRS.

A seguir à República, é expectável que as empresas públicas também vejam os seus ratings revistos em alta pela agência canadiana.

Apresentar-se no mercado com um rating A reforça a confiança dos investidores na capacidade de um país, empresa ou banco reembolsarem o que lhes foi emprestado.

"Não são más notícias, pelo contrário, mas o impacto deverá ser limitado. Em primeiro lugar porque a DBRS é uma agência normalmente tida menos em conta do que as ‘big three’ e tem sido mais benevolente do que estas ao longo do tempo.”

Filipe Silva

Economista e presidente do IMF

“Teria sido mais prudente não mexer no rating

Para reforçar a sua ideia, Filipe Garcia, que não deixa de manifestar alguma surpresa com a melhoria da notação de risco pela DBRS, salienta que o país sentirá um maior impacto quando passar a ter um rating “high grade”, ou seja, já com duplo “AA”.

“A passagem para A não traduz uma alteração muito significativa em termos qualitativos com aquela que é a passagem do high yield para grau de investimento ou a passagem para high grade”, diz, dando o exemplo da reação dos juros e do spread da dívida nos mercados secundários – esta segunda-feira até aumentaram por causa do discurso mais duro dos responsáveis do Banco Central Europeu (BCE).

"A subida de rating mostra o bom percurso que a economia portuguesa vem a fazer, mesmo tendo passado por uma pandemia. Vai dar mais confiança aos investidores e permitirá uma exigência de prémios de risco mais baixos, não só para a dívida soberana como também para as empresas. ”

Filipe Silva

Diretor de investimentos do Banco Carregosa

O economista da IMF estava contar com a manutenção do rating porque “há sinais preocupantes para o futuro como a previsível desaceleração económica, a evolução da guerra e da inflação, a subida dos juros e a incerteza sobre a política monetária do BCE”. Nesse sentido, “teria sido mais prudente não mexer já no rating, adianta, embora não veja a subida como uma surpresa total tendo em conta que “a posição orçamental do país é robusta este ano e a trajetória previsível da dívida/PIB é favorável”.

Filipe Silva considera que será importante reduzir o stock da dívida pública – atingiu os 280 mil milhões de euros – para consolidar a melhoria do rating e “não sentirmos tanto o efeito do custo do serviço da mesma nesta fase de subida de taxas de juro”.

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UE atinge meta de 80% para armazenamento de gás, diz von der Leyen

  • Lusa
  • 30 Agosto 2022

“Basicamente já atingimos a quantidade que acordámos para este ano, mas sabemos que ainda vamos aumentar o preenchimento do armazenamento”, disse a presidente da Comissão.

A presidente da Comissão Europeia anunciou esta terça-feira que a União Europeia (UE) já atingiu a meta de 80% de armazenamento de gás, prevista para 1 de novembro próximo, falando em “boas notícias” para reduzir a dependência da Rússia.

Precisamos de nos afastar dos combustíveis fósseis russos e conseguir fontes fidedignas e confiáveis, principalmente para encher os nossos armazéns, e aqui existem boas notícias [pois] atingimos já uma média na União Europeia de preenchimento do armazenamento de 80%”, anunciou Ursula von der Leyen, discurso numa cimeira sobre Segurança Energética em Copenhaga, na Dinamarca.

E sublinhou: “Basicamente já atingimos a quantidade que acordámos para este ano, mas sabemos que ainda vamos aumentar o preenchimento do armazenamento”. Ainda assim, Ursula von der Leyen vincou que a dependência da UE face aos combustíveis fósseis russos “só acabará se se investir maciçamente em energias renováveis”.

“É por isso que estamos aqui hoje e que propusemos aumentar ainda mais a nossa meta de 2030 para as energias renováveis até 45%”, adiantou a líder do executivo comunitário. Dados da organização europeia Gas Infrastructure Europe, consultados pela agência Lusa, revelam que o preenchimento das reservas de gás da UE está hoje a 79,94%, com Portugal a ter o seu armazenamento totalmente cheio (100%).

Numa altura em que se teme corte no fornecimento do gás russo à UE, estão em vigor no espaço comunitário novas regras para armazenamento de gás, prevendo que as instalações na UE estejam pelo menos 80% preenchidas até 01 de novembro próximo, devendo os países esforçar-se para chegar aos 85%.

A ideia é evitar uma rutura no inverno, já que os armazéns subterrâneos de gás (que existem em 18 dos 27 Estados-membros) disponibilizam aprovisionamento adicional em caso de forte procura ou de perturbações no abastecimento, reduzindo a necessidade de importar gás adicional ao, habitualmente, fornecerem 25-30% do gás consumido na estação fria.

No final de março passado, a Comissão Europeia propôs uma obrigação mínima de 80% de armazenamento de gás na UE para o próximo inverno, até início de novembro, para garantir fornecimento energético, percentagem que deverá chegar aos 90% nos anos seguintes.

Face a tais obrigações, Portugal e Espanha criticaram a obrigação de armazenamento subterrâneo de gás na UE acima dos 80%, pedindo a inclusão das “circunstâncias específicas da Península Ibérica” e a contabilização do gás natural liquefeito (GNL).

Previsto está agora que o armazenamento subterrâneo de gás no território dos Estados-membros seja abastecido em pelo menos 80% da sua capacidade antes do inverno de 2022/2023 e a 90% antes dos períodos de inverno seguintes. Coletivamente, o objetivo é o de a UE encher 85% da capacidade de armazenamento subterrâneo de gás em 2022.

Estipulado está também que os países da UE possam “cumprir parcialmente” o objetivo de 90%, contabilizando as reservas de GNL ou combustíveis alternativos armazenados nas instalações. E, uma vez que só 18 países têm instalações de armazenamento no seu território, os Estados-membros sem instalações de armazenamento devem ter acesso às reservas de outros.

Dos 27, só a Grécia, Chipre, Irlanda, Eslovénia, Lituânia, Finlândia, Estónia, Malta e Luxemburgo não têm infraestruturas para armazenamento de gás. As tensões geopolíticas devido à guerra da Ucrânia têm afetado o mercado energético europeu, já que a UE importa 90% do gás que consome, sendo a Rússia responsável por cerca de 45% dessas importações, em níveis variáveis entre os Estados-membros. Em Portugal, o gás russo representou, em 2021, menos de 10% do total importado.

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Espanha e Alemanha insistem em necessidade de acelerar gasoduto que ligue Península Ibérica à Europa

  • Lusa
  • 30 Agosto 2022

O chanceler alemão, Olaf Scholz defendeu ser necessário avançar com a "grande tarefa" de construir e reforçar a rede europeia de ligações energéticas.

Espanha e Alemanha reiteraram esta terça-feira a necessidade de acelerar as ligações para transporte de energia entre a Península Ibérica e o resto da Europa, com o líder do Governo alemão a garantir fará “o possível” para que se concretizem.

O chanceler alemão, Olaf Scholz defendeu ser necessário avançar com a “grande tarefa” de construir e reforçar a rede europeia de ligações energéticas, tanto ao nível da eletricidade, como do hidrogénio, no futuro, mas também, e de forma mais urgente, do gás, para tornar a União Europeia (UE) menos dependente do gás russo.

A Alemanha fará “o possível” para concretizar os projetos relacionados com as interconexões europeias de energia e para que se aproveitam mais as capacidades e possibilidade de Portugal e Espanha nesta matéria, disse Olaf Scholz, numa conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez, que esta terça foi convidado a participar numa reunião do Conselho de Ministros da Alemanha, em Meseberg, perto de Berlim.

Pedro Sánchez, por seu turno, reiterou que Portugal e Espanha pedem há anos que se acelerem as ligações para transporte de energia entre a Península Ibérica e o resto da Europa e que se o projeto do gasoduto dos Pirenéus “não se desenvolver ao ritmo adequado”, por obstáculos colocados por França, a própria UE definiu “outra possibilidade”, que é a de uma ligação com Itália.

O gasoduto dos Pirenéus foi recentemente considerado uma infraestrutura prioritária pela UE, no contexto da crise energética na Europa provocada pelo ataque da Rússia à Ucrânia em 24 de fevereiro passado e a ameaça de Moscovo de cortar o fornecimento de gás à Europa.

A Península Ibérica, por falta de ligações para transporte de energia ao resto da Europa, funciona como uma “ilha energética” e tanto Portugal como Espanha fizeram investimentos nesta área que criaram infraestruturas que agora poderiam ser usadas para fornecer outros países europeus.

Essas “capacidades de regaseificação” europeia disponíveis na Península Ibérica não podem ser usadas “de maneira total e completa” por falta de gasodutos e “é isso que é preciso resolver, seja por França, seja por Itália, mas Espanha está disposta a ser solidária e a responder à chamada” de países como a Alemanha “que estão a sofrer a chantagem de Putin”, disse Sánchez, numa referência ao Presidente da Rússia, Vladimir Putin.

Scholz convidou Sánchez para estar esta terça-feira num Conselho de Ministros do Governo alemão depois de ter defendido publicamente no dia 11 deste mês a construção de um gasoduto pan-europeu, que ligue a Península Ibérica, desde Portugal, à Alemanha.

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Líder sérvio bósnio diz que espera momento oportuno para avançar com secessão

  • Lusa
  • 30 Agosto 2022

Milorad Dodik adiantou também que vai reunir-se com o Presidente russo, Vladimir Putin, em setembro, e discutirá a construção de um gasoduto da Sérvia para o transporte de gás russo.

O representante sérvio-bósnio na presidência tripartida da Bósnia Herzegovina, o ultranacionalista Milorad Dodik, assegurou que espera apenas a “constelação” internacional oportuna para cumprir a ameaça de rutura com o Estado central e proclamar a independência. “Estou constantemente à espera que esteja configurada uma constelação adequada de relacionamentos no mundo. Assim que isso acontecer, vou proclamar a independência”, disse Dodik ao canal local Una TV.

O líder sérvio bósnio, que proclama há anos a ameaça de rutura, assegurou que não teme as pressões ocidentais porque, disse, tem o apoio da Rússia, China, Turquia e Hungria. A Constituição bósnia de 1995, acordada no final dos três anos de guerra civil, estabeleceu no Estado da Bósnia-Herzegovina duas entidades autónomas – a República da Sérvia e a Federação comum de muçulmanos e croatas.

A presidência colegial tripartida tem sido integrada por um bosníaco (muçulmano), um sérvio e um croata, mas desde sempre revelou grandes dificuldades de funcionamento devido às persistentes divergências internas. Desde há meses que os partidos políticos croatas e bosníacos tentam, sem sucesso, negociar uma reforma eleitoral, sob os auspícios da União Europeia e Estados Unidos. A última ronda destas conversações, em março passado, terminou sem resultados.

Os croatas bósnios exigem um método que permita eleger o seu membro “legítimo” da presidência, enquanto os bosníacos têm alertado contra o reforço das divisões e do apartheid do país. Na mesma entrevista, o líder sérvio bósnio adiantou que vai reunir-se com o Presidente russo, Vladimir Putin, em setembro, e discutirá a construção de um gasoduto da Sérvia para o transporte de gás russo, face aos planos da Federação de importar esse combustível a partir da Croácia, membro da União Europeia.

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Sonae lança Saúde Universo com Real Vida e RNA

  • ECO Seguros
  • 30 Agosto 2022

O seguro Saúde Universo, desenvolvido em parceria com a Real Vida e a RNA, visa "colmatar os desafios sentidos no setor da saúde". A aquisição é realizada nos canais da marca.

O Saúde Universo é o novo seguro da Sonae, desenvolvido em parceria com a Real Vida e com a RNA, entidade que vai estabelecer e gerir a interação com a rede de cerca de 33 mil prestadores de cuidados médicos e conexos que darão apoio aos seguros.

Tiago Osório, Chefe de Seguros e Empréstimos Pessoais na Universo, diz que a nova solução “quer disponibilizar um acesso democratizado e generalizado à saúde”.

Com uma mensalidade fixa de 9,99 euros, o produto garante o acesso a cuidados clínicos numa extensa rede médica, disponibilizando consultas presenciais e ao domicílio com preços fixos, consultas online gratuitas, e descontos de até 40% em exames clínicos.

A nova solução oferece ainda um seguro dentista por uma mensalidade de 6,99 euros, que inclui uma higienização anual gratuita, aparelhos fixos ou invisíveis e mais de 70 tratamentos gratuitos.

“Esta gama de proteção visa colmatar os desafios sentidos no setor da saúde e da medicina dentária, apresentando-se como uma resposta rápida e de qualidade para os portugueses, com poupanças significativas também noutros serviços de saúde como a psicoterapia, a nutrição e farmácias”, destaca Tiago Osório, Chefe de Seguros e Empréstimos Pessoais Universo. “O Universo quer disponibilizar um acesso democratizado e generalizado à saúde, independentemente da idade ou da condição financeira”, acrescenta.

O seguro da Sonae quer destacar-se ainda pelas suas oportunidades de poupança, comunicando a oportunidade de descontos que podem chegar aos 40% em farmácias e óticas, bem como serviços complementares de saúde como psicólogos, fisioterapia ou nutrição.

A marca Universo distribui-se entre a área Universo (Pagamentos, Cartão, Crédito Pessoal e Seguros), a Universo Flex (financiamento em compras online), a Cartões Dá (cartão refeição, oferta e recompensas) e a MoneyGram.

O seguro de Saúde Universo é acessível através dos canais da marca: o projeto disponibiliza uma app Universo e uma linha telefónica especializada. O seguro de saúde não está dependente da adesão ao cartão Universo.

Além do seguro de saúde, o Universo oferece uma vasta gama de soluções de seguros, incluindo Proteção Casa (danos graves, riscos elétricos, equipamento eletrónico, furto ou roubo), em parceria com a Generali; Proteção Família (doenças graves, invalidez total e permanente e morte) pela Real Vida; Proteção Ordenado (invalidez temporária e desemprego involuntário), pela Cardif; Proteção Saldo Cartão (morte, invalidez absoluta e definitiva, baixa médica, desemprego involuntário, hospitalização e uso fraudulento), ainda pela Cardif; e até Proteção Viagem (despesas médicas de emergência, bagagem, atividades e desportos de Inverno e cancelamento ou interrupção de viagem), em parceria com a White Horse Ireland.

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Pacote de apoio ao rendimento das famílias será aprovado na próxima segunda-feira

António Costa anuncia reunião do Conselho de Ministros extraordinária para a próxima segunda-feira, onde será aprovado o pacote de apoio ao rendimento das famílias face à inflação.

O primeiro-ministro, António Costa, anunciou para a próxima segunda-feira uma reunião do Conselho de Ministros extraordinária, com o objetivo de aprovar o pacote de apoio ao rendimento das famílias face aos efeitos da inflação.

O primeiro-ministro, em conferência de imprensa no Palácio de S. Bento, disse ainda que está agendado para o próximo dia 15 de setembro o Conselho de Ministros para aprovação da regulamentação que cria a direção executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS), sendo que António Costa admitiu a possibilidade de esta reunião ser antecipada.

Em causa está a aprovação de um conjunto de reformas com o objetivo de “robustecer o SNS”, sendo que António Costa destacou que esta se trata de uma “peça-chave” no reforço do sistema de saúde, conforme sublinhado também pelo Presidente da República.

Costa adiantou também, num tweet publicado na sua conta oficial, que reuniu esta tarde com os ministros da Presidência, Finanças e Ambiente e Ação Climática, bem como com o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, para “preparar o Conselho de Ministros Extraordinário da próxima semana”.

O pacote de apoio ao rendimento das famílias foi avançado inicialmente no final de junho, sendo que o primeiro-ministro garantiu que as medidas não irão obrigar o Governo a refazer as contas do Orçamento do Estado para 2022.

O pacote anti-inflação surge numa altura em que a inflação atingiu, em julho, 9,4%. A contribuir para o encarecimento dos preços na Zona Euro têm estado os produtos energéticos, seguidos da alimentação, álcool e tabaco.

(notícia atualizada às 18h56)

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Proposta para intervenção de emergência na UE apresentada “em semanas”

  • Lusa
  • 30 Agosto 2022

A iniciativa para “as reformas mais estruturais será para o início do próximo ano”, indica ainda um porta-voz da Comissão Europeia.

A Comissão Europeia vai apresentar “dentro de semanas” a proposta para intervenção de emergência no mercado energético europeu, estudando medidas como limites de preços, e vai avançar no início do próximo ano com a reforma estrutural na eletricidade.

A informação foi esta terça-feira avançada pelo porta-voz principal da Comissão Europeia, Eric Mamer, um dia depois de a líder do executivo comunitário, Ursula von der Leyen, ter defendido uma “intervenção de emergência e uma reforma estrutural” no mercado energético comunitário, dadas “as limitações” da configuração atual na eletricidade, exacerbadas pela crise.

A Comissão Europeia está a trabalhar em duas questões diferentes: uma intervenção de emergência a fim de aliviar algumas das questões que surgiram no setor da energia tendo em conta a agressão da Rússia contra a Ucrânia e as perturbações nos fornecimentos à Europa e o efeito que isso teve nos preços e na Europa, em particular nos preços do gás e, portanto, também nos preços da eletricidade e, em segundo lugar, uma reforma mais estrutural do modelo de mercado da eletricidade”, explicou Eric Mamer.

Falando na conferência de imprensa diária da instituição, em Bruxelas, o responsável explicou que, “para a primeira, será uma questão de semanas” para o executivo comunitário avançar com uma proposta, enquanto a iniciativa para “as reformas mais estruturais será para o início do próximo ano”.

Questionado sobre quais as medidas abrangidas, o porta-voz adiantou apenas “diferentes modelos possíveis”, embora a instituição já tenha vindo a dizer estar a estudar a introdução de limites de preços no gás.

“Precisamos de equilibrar duas coisas, a gravidade da situação e as consequências enfrentadas pelos consumidores e a indústria, mas, por outro lado, é necessário apresentar uma proposta adequada à complexidade dos nossos mercados energéticos e, em particular, do nosso mercado de eletricidade, pelo que é muito importante que tomemos o tempo necessário para apresentar propostas que possam dar resposta a estas duas dimensões diferentes”, argumentou Eric Mamer.

Na atual configuração do mercado europeu, o gás determina o preço global da eletricidade quando é utilizado, uma vez que todos os produtores recebem o mesmo preço pelo mesmo produto — a eletricidade — quando este entra na rede.

Na UE, tem havido consenso de que o atual modelo de fixação de preços marginais é o mais eficiente, mas a acentuada crise energética, exacerbada pela guerra da Ucrânia, tem motivado discussão. “Apresentaremos propostas que nos pareçam mais adequadas à situação que enfrentamos atualmente”, concluiu Eric Mamer, não excluindo que estas surjam antes do próximo Conselho extraordinário de Energia, marcado para 09 de setembro.

Os ministros europeus da Energia vão reunir-se num Conselho extraordinário a 9 de setembro, anunciou na segunda-feira a presidência checa da UE, propondo uma “solução ao nível europeu” para a acentuada crise energética, exacerbada pela guerra.

O mercado energético grossista da UE é, hoje em dia, um sistema de preços marginais, pelo que os produtores de eletricidade recebem o mesmo pela energia que vendem num dado momento, sendo que o valor final depende da fonte energética, com as renováveis a serem mais baratas do que os combustíveis fósseis.

Uma vez que a UE depende muito das importações de combustíveis fósseis, nomeadamente vindas da Rússia, o atual contexto geopolítico levou a preços voláteis na eletricidade, além do gás.

As tensões geopolíticas devido à guerra na Ucrânia têm afetado o mercado energético europeu, já que a UE importa 90% do gás que consome, sendo a Rússia responsável por cerca de 45% dessas importações, em níveis variáveis entre os Estados-membros.

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WTW Lisboa vai operacionalizar corretagem de sucursais na Europa

  • ECO Seguros
  • 30 Agosto 2022

A 6ª maior corretora nacional vai prestar serviços de corretagem a outras sucursais da WTW na Europa. Vai começar por Espanha.

A WTW Portugal vai alargar a esfera de atuação do seu hub de Lisboa que já prestava serviços de atuariado e quantificação de responsabilidades de pensões a outras sucursais europeias da WTW.

Nuno Arruda, CEO da WTW em Portugal, vai alargar os serviços prestados a outras filiais da corretora na Europa.

“Passaremos a curto prazo a prestar também serviços de operações a equipas de corretagem noutros países na Europa”, confirmou Nuno Arruda, CEO da WTW Portugal. Esse novo passo, por se tratar de atividade regulada, obriga a pedir autorização aos supervisores desses países.

Nesse sentido, a ASF, entidade reguladora em Portugal, já enviou notificação à Dirección General de Seguros y Fondos de Pensiones (DGSFP), autoridade de supervisão de Espanha, desta intenção da WTW Portugal em exercer a atividade de distribuição de seguros, nos ramos Vida e Não Vida, naquele território, em regime de livre prestação de serviços.

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“Quem quer mudança de política tem de derrubar o Governo”, avisa Costa

António Costa afasta remodelação alargada do Governo e tenta concluir reformas no Serviço Nacional de Saúde ainda a tempo do mandato de Marta Temido.

Desta vez não foi possível não aceitar o pedido de demissão. O primeiro-ministro, António Costa, confirmou nesta terça-feira que a ministra da Saúde, Marta Temido, já tinha apresentado mais do que um pedido para sair. António Costa quer ainda que seja Temido a apresentar o Estatuto do Serviço Nacional de Saúde.

“Quem quer mudança de política tem de derrubar o Governo”, atirou o primeiro-ministro em conferência de imprensa, no Palácio de São Bento.

António Costa pretende que Marta Temido fique no Governo até que seja apresentada a regulamentação do Estatuto do Serviço Nacional de Saúde. A data prevista para a apresentação era 15 de setembro mas pode vir a ser antecipada.

Por causa disso, a substituição de Marta Temido poderá ocorrer apenas na próxima semana. O primeiro-ministro vai estar em Moçambique a partir de quinta-feira, dia 1. “Só depois das deslocações é que me posso concentrar na substituição”, afirmou.

O novo estatuto levantou dúvidas ao Presidente da República na altura da sua promulgação. “Fica por regulamentar, até seis meses, quase tudo o que é essencial: a própria natureza jurídica do SNS; o enquadramento e os poderes da nova direção executiva; o regime do pessoal; e as soluções excecionais para as zonas mais carenciadas”. Aqui, afirma que o país vai “ter de esperar mais um tempo” até perceber “o que muda e em que termos”, escreveu o chefe de Estado em 1 de agosto.

Morte foi “gota de água”

António Costa assumiu também que este não foi o primeiro pedido de demissão de Marta Temido. Mas “para quem foi ministra da Saúde num período tão duro como o da pandemia, é normal que estabeleça como linha vermelha o falecimento em serviços“. “Respeito a avaliação que faz”, adiantou o primeiro-ministro, em declarações difundidas pela RTP3.

Na noite de segunda-feira, foi revelado que uma grávida tinha morrido depois de ser transferida do Hospital de Santa Maria por falta de vagas na neonatologia.

(Notícia atualizada às 15h56 com mais informação)

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