Cheias ameaçam 435 mil empregos na envolvente do Tejo

  • ECO
  • 14 Dezembro 2022

Inundações podem afetar milhares de empregos sobretudo nos setores do turismo e do comércio. Relatório da Agência Portuguesa do Ambiente antecipa que ficam em causa 103 municípios.

As cheias que atingiram os concelhos envolventes ao rio Tejo e às ribeiras do Oeste podem ameaçar cerca de 435 mil empregos e mais de 119 mil negócios, em particular nos setores do comércio e do turismo, avança o Jornal de Notícias (acesso pago), que cita o Plano de Gestão dos Riscos de Inundações do Tejo e das Ribeiras do Oeste — 2.º Ciclo (2022-2027), da Agência Portuguesa do Ambiente.

O relatório refere que, na zona em causa, que abarca 103 municípios, “as cheias assumem especial relevância pela extensão da área sujeita a inundações, mas também pela relevância dos núcleos urbanos sujeitos a este tipo de ocorrências“. Podem ser “cheias rápidas ou urbanas”, na Área Metropolitana de Lisboa e na cidade de Tomar, e “cheias de longa duração”, no curso principal do rio Tejo, no rio Sorraia e na ribeira de Muge, lê-se ainda.

De acordo com o JN, as medidas anunciadas em 2016 para minimizar cheias na região apresentavam uma taxa de execução de 45% em dezembro de 2020. A Quercus apela à necessidade de acautelar estas situações no ordenamento do território, criando áreas verdes e drenagem adequada nas cidades. “Lisboa é uma cidade com problemas de planeamento urbanístico, problemas de gestão de recursos, como entubamento de linhas de águas que fazem a drenagem natural das águas pluviais, entre outras más escolhas, que culminam na situação atual”, critica a associação.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo reforça verbas para investimentos na saúde com fundos europeus

Mudanças nos volumes financeiros e obtenção de financiamento europeu faz mudar verbas do programa de investimentos na saúde.

O Programa de Investimentos na Área da Saúde (PIAS) passou a ter 101 milhões de euros, tendo um reforço de 11 milhões, revela uma resolução do Conselho de Ministros publicada esta quarta-feira. O reforço surge por um lado porque se conseguiu financiamento comunitário para dois investimentos, enquanto outros dois registaram mudanças no financiamento.

“Verifica-se a necessidade de um novo ajustamento da execução orçamental do PIAS para acomodar o reescalonamento de alguns dos encargos com os projetos definidos e os inerentes compromissos plurianuais, a que acresce a circunstância de dois dos investimentos terem registado alterações nos volumes financeiros previstos em sede de execução dos respetivos projetos, bem como a obtenção de financiamento comunitário para outros dois investimentos”, lê-se na resolução.

Este programa tem agora 101.527.032,03 euros para avançar com o reforço da capacidade do Serviço Nacional de Saúde, um aumento face aos 90,63 milhões inicialmente previstos.

Há então dois projetos que conseguiram ter financiamento europeu. A aquisição de um acelerador linear para o Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, no montante total de 4,9 milhões de euros, terá um financiamento no âmbito do Programa Operacional Regional do Norte (Norte 2020) de 4.169.823,75 euros e uma comparticipação nacional de 735.851,25 euros.

Já a “requalificação do edifício de cirurgia do Instituto Português de Oncologia de Coimbra Francisco Gentil, E. P. E., no montante de 28.814.294 euros, incluindo IVA à taxa legal em vigor”, passa a ter financiamento no âmbito do Programa Operacional Regional do Centro (Centro 2020) no montante de 18.618.111,38 euros e uma comparticipação nacional de 10.196.182,62 euros.

Por outro lado, a reabilitação e melhoramento das instalações e equipamentos do Centro Hospitalar da Póvoa de Varzim/Vila do Conde passa a custar 5.017.026,80 euros, agora com financiamento da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim em 1.500.000 euros, através de protocolo celebrado para o efeito, e por verba do Orçamento do Estado, no montante de 3.517.026,80 euros.

Quanto à construção de uma central térmica no Hospital de Santa Maria, do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte, vê uma redução no investimento total para 8,3 milhões, sendo que terá um financiamento no âmbito do POSEUR de 7.926.372,78 euros e uma comparticipação nacional de 417.177,52 euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Mais de 9.600 operacionais empenhados hoje em trabalhos de limpeza

  • Lusa
  • 14 Dezembro 2022

“Entre as 00:00 de terça-feira e as 07:00 de hoje foram registadas 3.563 ocorrências relacionadas com o mau tempo, 1.850 das quais no distrito de Lisboa, diz comandante da ANEPC.

Mais de 9.600 operacionais estão hoje de manhã empenhados em trabalhos de limpeza e recuperação das áreas afetadas devido ao mau tempo, após uma noite “sem ocorrências significativas”, disse à Lusa fonte da proteção civil.

Num balanço feito à Lusa cerca das 08:30 de hoje, o comandante Elísio Pereira, da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), adiantou que durante a noite “houve uma acalmia, e não foram registadas ocorrências com grande expressão”.

“Não houve ocorrências significativas durante a noite, continuam é os trabalhos de limpeza e de recuperação das zonas afetadas pelo mau tempo de terça-feira um pouco por todo o país, mas com grande incidência em Algés, Lisboa, Loures e Campo Maior, em Portalegre”, disse. De acordo com o comandante Elísio Pereira, nos trabalhos de limpeza e recuperação de vias, habitações, espaços comerciais, etc, estão 9.628 operacionais.

“Entre as 00:00 de terça-feira e as 07:00 de hoje foram registadas 3.563 ocorrências relacionadas com o mau tempo, 1.850 das quais no distrito de Lisboa, 461 em Setúbal, 186 em Portalegre e 161 em Santarém. Nos restantes distritos foram registadas ocorrências abaixo das 100”, contou.

A chuva intensa e persistente que caiu na madrugada de terça-feira causou centenas de ocorrências, entre alagamentos, inundações, quedas de árvores e cortes de estradas nos distritos de Lisboa, Setúbal e Portalegre, onde há registo de vários desalojados.

Na zona de Lisboa a intempérie causou condicionamentos de trânsito nos acessos à cidade, que levaram as autoridades a apelar às pessoas para permanecerem em casa quando possível e para restringirem ao máximo as deslocações.

No distrito de Santarém, a chuva fez aumentar os caudais do rio Tejo, levando a Comissão Distrital de Proteção Civil a acionar o Plano Especial de Emergência para Cheias na Bacia do Tejo, dado o risco “muito significativo” de galgamento das margens do rio. Nesta bacia hidrográfica e na do Douro foi ativado o alerta amarelo.

Em Campo Maior, no distrito de Portalegre, a zona baixa da vila ficou alagada e várias casas foram inundadas, algumas com água até ao teto, segundo a Câmara Municipal, que prevê acionar o Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) colocou hoje todos os distritos de Portugal continental sob aviso amarelo devido à previsão de chuva por vezes forte e acompanhada de trovoada entre as 09:00 e as 18:00 de hoje.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Inflação em novembro em Espanha modera crescimento para 6,8%

  • Lusa
  • 14 Dezembro 2022

A evolução da taxa deve-se à descida da eletricidade "maior do que em novembro de 2021", assim como dos combustíveis.

Os preços em Espanha subiram 6,8% em novembro, comparando com o mesmo mês de 2021, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE) espanhol, confirmando o quarto mês consecutivo da moderação da inflação no país.

A inflação (subida dos preços comparando com o mesmo mês do ano anterior) foi 10,5% em agosto, 8,9% em setembro e 7,3% em outubro em Espanha.

Nos dados hoje divulgados, o INE espanhol confirma a estimativa que tinha feito do número da inflação para novembro e diz que a evolução da taxa se deve à descida da eletricidade “maior do que em novembro de 2021”, assim como dos combustíveis, que há um ano tinham aumentado.

Segundo o instituto, também os preços da roupa e do calçado contribuíram para a moderação da inflação em novembro, porque o aumento dos preços das novas coleções que chegaram às lojas foi inferior ao de 2021.

Por fim, houve uma descida dos preços do alojamento na hotelaria que foi maior do que no ano passado.

Sem os preços dos alimentos não elaborados e da energia (inflação subjacente), a variação dos preços em novembro em Espanha foi 6,3%, mais uma décima do que em outubro, segundo os mesmos dados do INE.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Euronext lança em Portugal plataforma de apoio a PME

Lançamento da rede Elite “vai permitir à Euronext criar a ponte entre o financiamento público e privado para as empresas portuguesas”.

A Euronext anunciou esta quarta-feira o lançamento em Portugal da rede Elite, uma plataforma que apoia o financiamento e o crescimento de pequenas e médias empresas (PME).

“As empresas privadas portuguesas irão beneficiar de uma rede internacional, com um vasto conjunto de competências e experiência em formação, bem como em financiamento do crescimento sustentável com capitais privados e públicos”, diz a Euronext em comunicado.

O primeiro grupo de parceiros da rede que vai ajudar a desenvolver a rede Elite em Portugal são a AEP-Associação Empresarial de Portugal, o Banco Santander, a Deloitte, a VDA-Vieira de Almeida e o World Trade Center Lisboa.

“A expansão internacional da ELITE para Portugal é um pilar fundamental do plano estratégico da Euronext “Growth for Impact 2024”. Este novo desenvolvimento vai possibilitar estender as atuais redes Elite e Euronext, e irá melhorar o dinamismo de todo o ecossistema”, sublinha o CEO e presidente do conselho de administração da Euronext, citado no mesmo comunicado. Stéphane Boujnah acrescenta ainda que o lançamento desta rede “vai permitir à Euronext criar a ponte entre o financiamento público e privado para as empresas portuguesas”. A ideia “é trabalhar com um grupo de PME para aumentar a sua dimensão, rentabilidade e impacto, nomeadamente em termos de emprego”, explicou ainda o responsável.

A Euronext comprou a Elite no âmbito da aquisição do Grupo Borsa Italiana em 2021 e desde então tem tentado expandir a atividade desta rede nos países onde a Euronext está presente. Portugal é o primeiro passo nessa estratégia de expansão, explica a Euronext.

A Elite reúne, atualmente, uma comunidade de mais de 1.300 empresas, em 23 países europeus. Desde o lançamento em 2012, as empresas que integraram esta plataforma conseguiram levantar mais de 15 mil milhões de euros através de 1.200 operações.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Veja as estradas cortadas e linhas de comboio condicionadas. Portugal está sob alerta amarelo a partir das 9 horas

  • Joana Abrantes Gomes
  • 14 Dezembro 2022

Embora as condições climatéricas estejam mais calmas nesta manhã, ainda há 14 estradas cortadas em todo o país e condicionamentos na circulação de comboios.

Depois das fortes chuvas durante a madrugada e a manhã de terça-feira, que provocaram quase 3.000 ocorrências, o país amanheceu mais calmo. Mas todos os distritos de Portugal continental estão sob aviso amarelo a partir das 9 horas e as previsões meteorológicas apontam novamente para precipitação intensa, sobretudo nas regiões centro e sul, segundo a informação disponível esta manhã no portal do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Num comunicado atualizado pela última vez às 7 horas, a Infraestruturas de Portugal (IP) indica que “não foram registados incidentes” nas últimas horas, provocados pelas condições climatéricas adversas, que tenham causado novos condicionamentos à circulação na rede rodoviária e ferroviária sob gestão da IP.

Ainda assim, mantêm-se cortadas 14 estradas, nomeadamente: EN8, entre Odivelas e Loures; EN250, na Zona de Frielas; EN115, na rotunda das Oliveiras e das Lebres; EN2, em Mora, com corte da circulação em ambos os sentidos entre os quilómetros 469 e 471; EN244, Avis, corte em ambos os sentidos ao quilómetro 104; EN246, em Arronches, com corte da circulação em ambos os sentidos entre os quilómetros 53 e 59,5, e em Elvas, com corte da circulação em ambos os sentidos ao quilómetro 18; IP2, Monforte, corte da circulação em ambos os sentidos ao quilómetro 203,1; EN251, corte da circulação em ambos os sentidos entre Couço e Mora; EN245, Portalegre, Ponte de Fronteira ao km 41,050 circulação interdita; EN365, corte da circulação em ambos os sentidos entre Vale Figueira e Pombalinho, km 53,450 e 61,2; EN118 — corte em ambos os sentidos entre Tramagal e Santa Margarida; EN373, estrada fechada no sentido Campo Maior – Elvas; e EN243, Fronteira, corte de estrada ao km 154,198.

Já a circulação ferroviária na região de Lisboa — que registou o maior número de ocorrências (mais de 800) — encontra-se condicionada em três troços. Na Linha do Norte, foi restabelecida a circulação em todas as vias entre Sacavém-Bobadela Sul e Alverca, mas com limitação de velocidade na zona de Póvoa da Santa Iria. A Linha de Sintra teve a circulação restabelecida entre Benfica e Campolide, com limitação de velocidade de 30 km/h entre os quilómetros 3,3 e 3,5. A Estação de Algés, na Linha de Cascais, continua sem serviço.

A Linha do Sul tem a circulação em ambas as vias entre Pragal e Corroios a efetuar-se com limitação de velocidade de 30 km/h, enquanto na Linha do Leste a circulação está suspensa entre Portalegre e Elvas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

UE chega a acordo para avançar com IRC mínimo de 15% em 2024

  • ECO
  • 14 Dezembro 2022

Após aprovação no Conselho, cada Estado-membro terá de adotar a legislação prevista na diretiva “até 31 de dezembro de 2023”, de forma a aplicar as regras fiscais em 2024.

Depois de conseguir o ‘sim’ da Hungria, os representantes dos 27 Estados-membros da União Europeia (UE) chegaram a acordo, na noite de segunda-feira, para começar a aplicar o IRC mínimo de 15% sobre os lucros das grandes empresas multinacionais a partir de 2024, noticia o Público (acesso condicionado). Segundo fez saber em comunicado, o Comité de Representantes Permanentes dos Governos dos Estados-membros (COREPER) vai avançar agora com um “procedimento escrito para a adoção formal” da medida, que caberá ao Conselho.

A medida tem como base o modelo desenhado no âmbito do G20 e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) em outubro de 2021, aplicando-se às empresas com um volume de negócios conjunto de pelo menos 750 milhões de euros (medido com base em demonstrações financeiras consolidadas). São abrangidas as empresas-mãe sediadas na UE e as sucursais de multinacionais que, estando sediadas num país terceiro, estão presentes no mercado comum.

A futura diretiva prevê ainda que, se um Estado-membro da UE verificar que uma empresa-mãe sediada no seu território e com atividade noutro país (num outro Estado-membro ou mesmo fora do bloco) não é tributada pelo limiar mínimo dos 15%, pode aplicar à empresa-mãe um imposto complementar com o objetivo de perfazer esse patamar. Esta salvaguarda chama-se “regras globe“, um mecanismo que pretende anular as tentativas das empresas de desviar lucros para paraísos fiscais, resultando da combinação de duas regras: a verificação da “regra dos lucros insuficientemente tributados” nesses territórios de baixa ou nula tributação e a consequente “regra de inclusão de rendimentos”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Grupo Pestana vai lançar marca CR7 no imobiliário

  • ECO
  • 14 Dezembro 2022

Com um investimento de 50 milhões de euros, o primeiro projeto irá nascer num terreno do jogador na Praia Formosa, no Funchal.

Seis anos depois de ter sido lançada a parceria que une o maior grupo hoteleiro do país a Cristiano Ronaldo – que conta com o portefólio de cinco hotéis Pestana CR7 –, Dionísio Pestana vai agora lançar a marca no imobiliário, segundo avança o Jornal de Negócios (acesso pago).

Com um investimento de 50 milhões de euros, o primeiro projeto irá nascer num terreno do jogador na Praia Formosa, no Funchal, estando previsto o arranque da construção de 88 apartamentos para a segunda metade do próximo ano. Será uma parceria 50-50, que marca o nascimento do Pestana Residences CR7.

Dionísio Pestana admite também expandir a marca além-fronteiras, mas tal “não faz parte do plano estratégico” por agora. “Neste momento estamos mais focados aqui em Portugal continental e na Madeira. Fizemos também um projeto nos Açores. Vamos começar por este projeto, ver o resultado e avaliar também o impacto”, explicou Dionísio Pestana.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Hoje nas notícias: IRC mínimo, marca CR7 e CGA

  • ECO
  • 14 Dezembro 2022

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Já há acordo entre os 27 Estados-membros da União Europeia para começar a aplicar o IRC mínimo de 15% sobre os lucros de empresas com um volume de negócios conjunto de pelo menos 750 milhões de euros. O maior grupo hoteleiro do país vai lançar a marca CR7 no setor imobiliário. Conheça estas e outras notícias que estão em destaque na imprensa nacional esta quarta-feira.

UE chega a acordo para avançar com IRC mínimo de 15% em 2024

Depois de conseguir o ‘sim’ da Hungria, os 27 Estados-membros da União Europeia chegaram a acordo, na noite de segunda-feira, para começar a aplicar o IRC mínimo de 15% sobre os lucros das grandes empresas multinacionais a partir de 2024. A medida tem como base o modelo desenhado pela OCDE, aplicando-se às empresas com um volume de negócios conjunto de pelo menos 750 milhões de euros. A diretiva terá agora de ser aprovada em sede de Conselho.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

Grupo Pestana vai lançar marca CR7 no imobiliário

Seis anos depois de ter sido lançada a parceria que une o maior grupo hoteleiro do país a Cristiano Ronaldo – que conta com o portefólio de cinco hotéis Pestana CR7 –, Dionísio Pestana vai agora lançar a marca no imobiliário. Com um investimento de 50 milhões de euros, o primeiro projeto irá nascer num terreno do jogador na Praia Formosa, no Funchal, estando previsto o arranque da construção de 88 apartamentos para a segunda metade do próximo ano.

Leia a entrevista completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Inflação já anulou ganho dos últimos dois anos no salário mínimo

Os ganhos de dois anos de subidas no salário mínimo nacional já foram anulados pela evolução de preços até ao final do terceiro trimestre. Desta forma, a retribuição mínima segue já a perder valor real face ao final de 2020, de acordo com a OCDE. O salário mínimo está nos 705 euros, valendo em setembro menos 0,2% em termos reais face a dezembro de 2020. Tendência não é exclusiva de Portugal.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Erro da Caixa Geral de Aposentações antecipa pagamento de pensões num ano

Um erro quase levava à antecipação do pagamento das pensões, já que a lista mais recente da Caixa Geral de Aposentações (CGA), publicada a 7 de dezembro em Diário da República, ditava que o pagamento das pensões a cerca de 1.500 novos aposentados e reformados começava a 1 de janeiro de 2022. A verdadeira data é um ano depois, 1 de janeiro de 2023, sendo que a CGA publicou esta terça-feira uma retificação em Diário da República.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

Marcelo inclinado a enviar lei da eutanásia para o Tribunal Constitucional

A decisão apenas será tomada após a leitura da redação final, mas o Presidente da República deverá enviar a lei que despenaliza a eutanásia para o Tribunal Constitucional (TC), pedindo a fiscalização preventiva. Marcelo Rebelo de Sousa deverá, assim, querer o aval do TC, nomeadamente depois de apelos da Madeira, que, pela voz do presidente da Assembleia Legislativa, diz que o Parlamento “não solicitou o parecer às regiões autónomas”.

Leia a notícia completa no Observador (acesso pago)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Wall Street fecha em queda após decisão da Fed

  • ECO
  • 14 Dezembro 2022

O presidente da Fed, Jerome Powell, considerou que "não há razões para ser complacente” com a inflação e que a política monetária vai manter-se agressiva. Mercados reagiram em queda.

Depois da euforia da véspera, os investidores chumbaram as declarações do presidente da Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed). As praças financeiras locais fecharam em baixa no final da sessão desta quarta-feira: o índice tecnológico Nasdaq cedeu 0,72% (11.176,30 pontos); a praça S&P 500 perdeu 0,59% (3.996,03 pontos); e o índice industrial Dow Jones caiu 0,35% (33.989,55 pontos).

Os preços do petróleo nos mercados internacionais prolongam os ganhos pela terceira sessão consecutiva, somando mais de 2%, após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e a Agência Internacional de Energia (AIE) terem antecipado uma recuperação da procura por “ouro negro” ao longo do próximo ano.

A Bolsa de Lisboa desvalorizou 0,1% para 5.787,35 pontos, em linha com o resto da Europa – o índice Stoxx-600 caiu 0,02% para 442,52 pontos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

5 coisas que vão marcar o dia

No dia em que a Fed anuncia nova subida da taxa de juro nos EUA, em Portugal são conhecidos novos dados sobre a inflação e o Governo apresenta apoios às empresas com “consumos relevantes" de energia.

Depois de ter sido adiado por causa do mau tempo em Lisboa, o novo pacote de medidas de apoio extraordinário às empresas intensivas em energia vai ser apresentado esta quarta-feira no Ministério da Economia. Do outro lado do Atlântico, os olhos estarão fixados na reunião da Reserva Federal norte-americana.

Fed anuncia novo aumento da taxa de juro

Depois de no início de novembro ter decidido aumentar a taxa de juro de referência do dólar em 75 pontos base, para o intervalo 3,75% – 4%, o valor mais elevado desde dezembro de 2007, a Reserva Federal norte-americana (Fed) deve anunciar uma nova subida após a reunião desta quarta-feira, visando ainda estancar o crescimento da taxa de inflação nos EUA. Jerome Powell revelou há duas semanas que o tempo de abrandar o ritmo de subida das taxas de juro poderá chegar após esta reunião de dezembro.

Apoios para empresas intensivas em energia

O ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, apresenta ao início da tarde o pacote de medidas de apoio extraordinário às empresas com “consumos relevantes de eletricidade e gás”. Espera-se que essas medidas deem algum alento a estas empresas intensivas em energia, que têm sido bastante castigadas pelos preços altos do gás e da eletricidade. No encontro estará também presente o ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro.

Inflação, turismo e construção na agenda do INE

Com o tema do combate à inflação no topo da agenda económica, o Índice de Preços no Consumidor, relativo ao mês de novembro, é o principal destaque a publicar ao final da manhã pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Está igualmente prevista a divulgação de novos dados relacionados com a atividade turística em outubro e, na área da construção, um balanço das obras licenciadas e concluídas no terceiro trimestre deste ano.

Relatório sobre fundos para o emprego na pandemia

O Tribunal de Contas Europeu vai divulgar a avaliação realizada ao programa SURE, um dos instrumentos temporários da União Europeia para a crise da Covid-19, destinado a apoiar os trabalhadores e as empresas afetados, no valor de 100 mil milhões de euros. O relatório especial permitirá avaliar o nível de eficácia na resposta aos riscos de desemprego no espaço comunitário decorrentes da pandemia, e se foi executado de forma eficiente pela Comissão.

Acordo para “112 Transfronteiriço”

É na Pousada de S. Teotónio, em Valença, que por volta das 11h30 vai ser assinado o memorando de entendimento do “112 Transfronteiriço”, que prevê a criação do primeiro serviço de emergência médica inter-regional entre Portugal e Espanha, envolvendo o Norte e a Galiza. Na apresentação deste projeto-piloto, que envolve o INEM e a homóloga galega (AXEGA), estarão presentes, do lado português, o presidente da CCDR-Norte, António Cunha, e as secretárias de Estado da Promoção da Saúde, Margarida Tavares, e do Desenvolvimento Regional, Isabel Ferreira.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Do efeito Z ao fulfillment. Nove tendências do talento em 2023

2023 será também marcado pela experiência de colaborador imersiva, pela explosão da inteligência artificial, pela rotatividade e pelo fulfillment (em substituição do engagement).

Com uma nova força de trabalho a entrar no mercado, é inevitável que os profissionais da geração Z transmitam os seus hábitos, prioridades e formas de pensar à sua equipa e até à própria companhia. É o chamado ‘efeito Z’ e anuncia-se já como uma das principais tendências de talento no próximo ano. Mas 2023 será também marcado pela experiência de colaborador imersiva, pela explosão da inteligência artificial, pela rotatividade e pelo fulfillment (em substituição do engagement), revela um estudo realizado pela LLYC, em colaboração com a DCH, a Organização Internacional de Gestores de Capital Humano, a que a Pessoas teve acesso.

“O mercado de trabalho está cada vez mais marcado pela força do efeito Z, uma geração que representará um terço dos quadros de pessoal em 2030 e que já impõe às empresas a sua cultura de trabalho, com condições mais flexíveis e maiores exigências éticas. Os seus hábitos, prioridades e formas de pensar sobre o trabalho já contagiam as restantes gerações”, comenta Marlene Gaspar.

“O seu ímpeto e exigências não só tornam os profissionais mais exigentes com as suas organizações em matéria de ética e sustentabilidade, como também provocaram uma mudança na relação com o emprego, com a exigência de horários de trabalho que permitam uma melhor conciliação com a vida pessoal. É o fim do trabalho árduo, tal como era anteriormente entendido, para estabelecer um quadro de relação em que a saúde mental e o bem-estar dos colaboradores são fundamentais”, considera a diretora sénior de Engagement e Deep Digital Business da LLYC, em declarações à Pessoas, destacando das nove tendências que vão marcar o mercado de trabalho em 2023, ao nível do talento, o efeito Z, numa referência à geração Z, os futuros líderes das empresas.

“A Geração Z são nativos digitais que combinam a disrupção com a reivindicação que é um melting pot que ainda não tínhamos assistido nas gerações anteriores. São sôfregos pela necessidade de imediatez e mudança à qual a sociedade, no geral, e empresas, em particular, estão-se a tentar adaptar. A Geração Z é o futuro no curto prazo do nosso mundo. São os líderes do amanhã e vão lutar por aquilo em que acreditam”, diz ainda.

A par do ‘efeito Z’, o estudo da consultora aponta outras tendências como a cultura de transparência sem filtros, a necessidade de abraçar o fulfillment, a importância do onboarding para cimentar a relação do profissional com a empresa ou a experiência do colaborador imersiva.

Conheça cada uma delas ao pormenor:

1. Efeito Z

A Geração Z traz consigo uma capacidade de revolucionar o mundo do trabalho. A LLYC destaca o efeito de contágio que os seus hábitos, prioridades e formas de conceber o trabalho já estão a ter e terão ainda mais nas outras gerações. “Por um lado, o ímpeto dos Z e as suas reivindicações tornaram os profissionais mais exigentes com as suas organizações quanto à ética e sustentabilidade. A ESG deixará de ser um acrónimo para públicos especializados e tornar-se-á uma alavanca fundamental da proposta de valor ao colaborador. As políticas de compliance, desde que as empresas saibam como utilizá-las em seu proveito, transcenderão a esfera regulamentar para se tornarem um fator de compromisso e orgulho de pertença dos colaboradores”, antecipa o relatório.

Para cativar estes profissionais, nascidos entre meados dos anos 90 e 2010, o comportamento ético da empresa, para além das normas, é fundamental. “Neste sentido, o primeiro exercício que as empresas devem fazer é com os seus próprios colaboradores. Os profissionais de todas as gerações mudaram a sua relação com o emprego e, embora um contexto de crise económica possa prever retrocessos, a realidade é que as pessoas não querem voltar atrás quanto a exigir horários de trabalho que lhes permitam conciliar melhor as suas vidas pessoais.”

Será o fim da cultura do presencialismo? E da cultura workaholic? Os ambientes de trabalho mais saudáveis acabarão por ser outra exigência que transporá a fronteira da Geração Z, prevê o estudo consultado pela Pessoas.

Com a Geração Z a ganhar peso no mercado de trabalho, assistiremos nas empresas a um confronto entre as gerações mais antigas e esta nova geração?

“Esta é, provavelmente, a geração melhor preparada de sempre a nível de recursos e de informação disponível, por outro lado, ainda não tem muita maturidade e experiência profissional para fazer o adequado equilíbrio de direitos e deveres. A reivindicação está ainda muito centrada no fim do trabalho árduo e pouco ainda no benefício/retorno que isso traz também à empresa, porque tem de ser win-win (colaborador|empresa), para que a GenZ possa usar o discurso que Kamala Harris fez a 5 de janeiro de 2015, na tomada de posse do seu segundo mandato como Procuradora-Geral da Califórnia: ‘As pessoas (neste caso as empresas) olham para nós, para verem como se pode inovar. Olham para nós, porque não carregamos o peso do que foi, mas inspirados pelo que pode ser”, refere Marlene Gaspar.

Mas ressalva: “O choque de gerações é sempre um desafio no mundo organizacional. Mas também não é novidade. Aconteceu com os Boomers, com a Geração X e com os Millennials. Um dia a própria Geração Z sentir-se-á desafiada pela Geração Alpha.”

Boomers, Geração X e Millennials têm maior experiência de vida e conhecimento do mercado e a Geração Z está mais à vontade com temas mais digitais. Também nunca tivemos tantas gerações no mesmo mercado de trabalho e isso é muito positivo. É a simbiose destas experiências que funciona, não o confronto.

Marlene Gaspar

Diretora sénior de Engagement e Deep Digital Business da LLYC

“Haverá sempre constrangimentos e as diferentes gerações, as empresas e os mercados acabam por se adaptar. Atualmente o maior desafio é a velocidade com que tudo acontece e a necessidade constante de as empresas (e seus colaboradores) estarem capacitados para se adaptar e se instruírem em conformidade com as mudanças”, continua.

“Na verdade, todas as gerações são dotadas de valências importantes e têm muito a ensinar. Boomers, Geração X e Millennials têm maior experiência de vida e conhecimento do mercado e a Geração Z está mais à vontade com temas mais digitais. Também nunca tivemos tantas gerações no mesmo mercado de trabalho e isso é muito positivo. É a simbiose destas experiências que funciona, não o confronto”, refere ainda a diretora sénior de Engagement e Deep Digital Business da LLYC.

2. Experiência de colaborador imersiva

Da Gucci à Coca Cola, da Nike à Hyundai, nenhum setor e empresa se manteve alheio a experimentar as possibilidades que o metaverso proporciona aos seus consumidores. Para Bernard Marr, um dos mais influentes autores nos domínios da tecnologia e dos negócios, a experiência imersiva do consumidor será, sem dúvida, uma das principais tendências para 2023.

“Cremos que a tendência irá transcender as fronteiras do produto e, como aconteceu noutros contextos, os recursos humanos seguirão o rasto do marketing também aqui. A tecnologia, como assinala Marr, já não servirá apenas para racionalizar os processos ou simplificar a vida do consumidor (neste caso, o colaborador), passando também a ser uma componente fundamental para mostrar o que os potenciais colaboradores mais exigem: conhecer a experiência de trabalhar numa organização sem ter de pertencer à empresa.”

É esperado que a experiência se democratize, o que pressupõe uma “oportunidade fundamental para as empresas que queiram contar a história de quem são e como é a experiência de trabalhar nelas”. Sem limites espaciais ou temporais, o metaverso facilita, não só uma nova forma de abordar os candidatos, mas pode também até chegar a modificar a experiência in-company. Desde o onboarding até à formação, as possibilidades para as equipas de talento são imensas.

3. Explosão da inteligência artificial

É esperado que o mercado global da inteligência artificial (IA) cresça mais de 20% entre 2022 e 2029, o que permitirá, entre outras coisas, o desenvolvimento de análises preditivas que contribuam para melhores decisões. “Isto é algo a que já estamos muito habituados quando falamos de clientes e consumidores, mas o discurso é igualmente transferível para a gestão do talento. Num contexto como o atual, em que os níveis de desmotivação e burnout são particularmente elevados, a IA pode ser uma ferramenta eficaz para melhorar esta realidade”, pode ler-se no estudo.

O relatório defende que a IA pode, por um lado, melhorar os processos — por exemplo, no recrutamento, os algoritmos de aprendizagem ajudam a automatizar a triagem dos currículos dos candidatos, proporcionando melhor qualidade na análise das competências e da experiência dos perfis — e, por outro, apresentar-se como uma oportunidade para melhorar a análise do pessoal e monitorizar o nível de engagement, a satisfação, a produtividade, o risco de burnout, as necessidades e o comportamento dos colaboradores.

“Em última análise, a IA é o substituto perfeito para os tradicionais inquéritos de clima de trabalho que provaram ser ineficientes na deteção de algumas nuances e na ativação de planos de ação eficazes.”

4. Data-Office

Com a proliferação do teletrabalho e do modelo híbrido, a utilização do escritório mudou. No relatório de tendências do ano passado já tinha sido uma assinalada a criação de “espaços terceiros” pelas empresa, de modo a proporcionar uma melhor experiência de colaborador aos profissionais, reduzindo os custos das deslocações e aumentando a eficiência da utilização dos recursos.

Este ano, sob os mesmos critérios, melhorando a eficiência da utilização do espaço e o engagement com os profissionais, a investigação destaca que a análise dos dados chega também à gestão dos escritórios. O objetivo é claro: “compreender melhor a forma como os locais de trabalho são utilizados”.

Será que precisamos realmente de todas as salas de reuniões que temos? É útil o espaço que temos para encontros informais? Qual é a ocupação real do escritório e como evolui em função dos dias da semana e dos meses do ano? O espaço de refeições que temos é suficiente? Todas estas questões podem ser medidas de forma eficiente utilizando dispositivos da internet of things, que armazenam dados e ajudam as equipas a formularem melhores decisões. Compreender e otimizar os espaços pode ajudar a reduzir os custos imobiliários e até a aumentar a produtividade dos profissionais.

5. Objetivo onboarding

Vários estudos demonstram que 90% dos trabalhadores decidem ficar ou não numa empresa que os contratou recentemente durante os primeiros seis meses. Nesta fase inicial da relação entre colaborador e empregador, o onboarding é o primeiro passo para reforçar esta relação, uma oportunidade única para criar uma boa experiência e integrar o profissional na cultura da empresa.

A importância do onboarding

Contudo, e apesar das muitas vantagens de contar com bons programas de onboarding para novos profissionais, tais como o aumento da produtividade ou a fidelização, “o certo é que o onboarding continua a ser a grande tarefa inacabada em termos de experiência de colaborador“. Tanto assim que 75% dos profissionais têm más recordações do seu período de incorporação, causando-lhes até situações de stress, abandono ou solidão. Esta perceção leva a que 21% dos novos colaboradores decidam finalmente abandonar o trabalho durante esta primeira fase.

Mais de metade das organizações (58%) refere que o seu programa de incorporação se concentra nas operações, nos processos burocráticos e na papelada e, além disso, é de curta duração, muitas vezes reduzindo-se apenas a um dia, de acordo com um estudo do Human Capital Institute. O grande desafio das empresas é tornar o processo de onboarding uma “experiência memorável”.

“Os departamentos de RH têm a oportunidade de aplicar técnicas de marketing associadas ao customer onboarding para estabelecerem laços com os seus novos colaboradores. Falamos de fazer evoluir os programas centrados nos primeiros dias para verdadeiros projetos de incorporação e acompanhamento alargados aos primeiros meses, que permitam ao novo colaborador compreender as operações enquanto vai ‘absorvendo’ a cultura da empresa. Além disso, é essencial gerar uma comunicação constante para traduzir a employee value proposition, criar experiências de valor acrescentado durante o processo e medir o sucesso do programa através da escuta ativa dos perfis participantes. Qualquer investimento e esforço no processo de incorporação de novos profissionais é claramente uma aposta no talento e no futuro da empresa.”

6. Mudança cultural de código-fonte aberto

Os avanços tecnológicos e a transformação digital, a revisão dos valores morais e dos ideais, as tensões políticas e as regulamentações estatais ou a fragilidade económica são apenas algumas das frentes que levam as organizações a tomar medidas que afetam em maior ou menor grau o funcionamento da empresa. Um efeito colateral desta situação é a “fadiga da mudança”.

Cansados e desgastados pela acumulação de mudanças, os colaboradores estão cada vez mais relutantes quanto a novos processos, práticas ou atualizações tecnológicas, entre outros. De acordo com a consultora Gartner, apenas 43% dos colaboradores que experimentam fadiga da mudança superior à média pretendem permanecer na sua organização, em comparação com 74% dos que apresentam baixos níveis de fadiga. A solução identificada pela Gartner é passar de um modelo em pirâmide para um modelo colaborativo, através de estratégias de mudança de código-fonte aberto.

“Tal significa envolver os colaboradores no processo, em vez de apenas lhes dizer o que vai acontecer. Existem já resultados satisfatórios de organizações que apostaram na mudança cultural de código-fonte aberto. Assim, o relatório ‘Top 5 Priorities for HR Leaders in 2023’ refere que a fadiga da mudança é reduzida em 29% e a retenção de talentos aumenta em 19%.”

7. Abraçar a rotatividade

Fenómenos como a grande demissão (Great Resignation) ou a demissão silenciosa (Quiet Quiting), que chegaram em força em 2022, vieram de mãos dadas com uma realidade comum à maioria das organizações: o aumento não desejado da rotatividade. Um estudo da Randstad sobre as tendências em RH para 2023 conclui que 45% das empresas registaram um aumento da rotatividade em 2022. Isto afetou diretamente não só os custos das organizações, mas também a estabilidade das equipas, o moral dos profissionais e as políticas de desenvolvimento interno. E não é provável que os níveis de rotatividade diminuam em 2023. Espera-se que a rotatividade voluntária nos EUA permaneça quase 20% mais elevada do que antes da pandemia, prevê a Gartner.

“O job hopping ou a busca permanente de novos desafios, típica dos perfis tecnológicos e das gerações mais jovens, estabeleceu-se como uma nova forma de compreender as relações talento-empresa. E isto não vai mudar”, salienta o estudo da LLYC.

O job hopping ou a busca permanente de novos desafios, típica dos perfis tecnológicos e das gerações mais jovens, estabeleceu-se como uma nova forma de compreender as relações talento-empresa. E isto não vai mudar.

Se os profissionais procuram cada vez mais o desafio permanente para manter o entusiasmo, pode ser uma boa solução proporcionar diferentes oportunidades dentro da mesma organização e formação específica para não criar limites funcionais ou geográficos ao crescimento da equipa. Tal como a mobilidade interna, a rotatividade também afetará os planos de carreira. Teremos de reformular o crescimento e o seu calendário para nos adaptarmos às novas necessidades dos perfis”, sugere.

Não menos importante será “acolher a rotatividade”, o que significa contar com uma política de seleção e contratação always on.

Transparência sem filtros

Vivemos na era da transparência. As empresas tornaram-se mais responsáveis perante os seus principais stakeholders, o que significa que os colaboradores estão mais e melhor informados sobre as empresas nas quais escolhem trabalhar. De acordo com a Glassdoor, 32% dos potenciais candidatos têm em conta as avaliações/opiniões dos colaboradores como o fator mais importante quando se candidatam a um novo emprego.

Existe uma ligação entre transparência e engagement que é aplicável por qualquer organização através de quatro princípios.”

São eles a transparência baseada no propósito partilhadoo propósito da empresa tornou-se um ativo empresarial fundamental para atrair novos candidatos e fomentar o empenho dos já existentes –; transparência como um objetivo estratégico da empresa — os profissionais procuram empresas e líderes honestos –; transparência a todos os níveis — um dos primeiros passos no caminho para a transparência é partilhar e envolver os trabalhadores na formulação de decisões sobre o futuro da empresa –; e, finalmente, a transparência que implica uma mudança de hábitos — aumentar o grau de transparência das empresas requer uma mudança de paradigma na sua comunicação que permita que a informação relevante seja partilhada eficazmente com os colaboradores.

9. Do engagement ao fulfillment

Depois do engagement, as atenções viram-se para o fulfillment. “Vai um passo mais além e é mais abrangente do que o conceito de engagement ou da satisfação no trabalho. É algo mais profundo e associado às motivações intrínsecas de cada um. O fulfillment é um estado de plenitude e total sintonia entre os colaboradores e as empresas, uma cultura em que o lado pessoal se combina com o profissional e, frequentemente, o influencia”, explica o relatório.

É premente investir no fulfillment dos colaboradores. Isto é, mais do que conectar com os colaboradores, urge agora investir numa cultura onde os colaboradores podem sentir, todos os dias, que o que fazem tem um sentido e um objetivo que realmente importa.

Marlene Gaspar

Diretora sénior de Engagement e Deep Digital Business da LLYC

Atualmente, um em cada três colaboradores não se sente em sintonia com a sua empresa, o que o torna 399% mais propenso a procurarem ativamente outro emprego, 340% mais propenso a sair no prazo de um ano e 71% menos propensos a recomendar a empresa como local de trabalho, conclui um inquérito da O.C. TANNER.

“Chegámos a um momento em que temos de ir um pouco mais além. Compreender as necessidades reais das pessoas, isto é, passar do engagement para o fulfillment. Ao final do dia trata-se de darmos aos nossos colaboradores uma panóplia de motivos para que eles continuem a escolher-nos todos os dias, fomentando a cultura da franqueza. Como defende Ed Catmull, a cultura de franqueza, pode ser muito útil: ‘A franqueza não é cruel. Não destrói. Pelo contrário, qualquer sistema de feedback bem-sucedido é construído sobre empatia, sobre a ideia de que estamos todos juntos no mesmo barco, que percebemos o sofrimento do outro porque já passámos pelo mesmo. É desta forma que se mantém envolvido o talento”, comenta Marlene Gaspar.

A diretora sénior de Engagement e Deep Digital Business da LLYC remete para um estudo de 2019, levado a cabo pela Udemy, sobre a felicidade no trabalho em que 78% dos Millennials e 62% de todos os trabalhadores aceitariam um emprego onde ganhassem menos se a nova empresa tivesse uma missão e valores alinhados com os seus valores pessoais.

“É premente investir no fulfillment dos colaboradores. Isto é, mais do que conectar com os colaboradores, urge agora investir numa cultura onde os colaboradores podem sentir, todos os dias, que o que fazem tem um sentido e um objetivo que realmente importa. A palavra fulfillment está diretamente ligada à experiência do colaborador, mas vai um passo mais além e é mais abrangente do que o conceito de engagement ou da satisfação no trabalho. É algo mais profundo e associado às motivações intrínsecas de cada um. Personalizar, tendo em conta o particular, mas fomentando o bem do todos é o futuro do recrutamento, e isso é possível fazer-se em todas as gerações em idade laboral”, diz.

Equilibrar a esfera privada e a esfera profissional, criar comunidade e fomentar o sentimento de pertença, incentivar o crescimento (pessoal e profissional) e clarificar o propósito são as quatro alavancas que mais influenciam a experiência do colaborador.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.