UE: Limite de preço de petróleo russo não é responsável por filas

  • ECO Seguros
  • 11 Dezembro 2022

A fila de petroleiros no Mar Negro não é o resultado do limite de preço imposto pelo G7 para o petróleo russo, disse a Comissão Europeia.

O limite de preço imposto pelo G7 ao petróleo russo não é responsável por uma fila de petroleiros que aguarda, no Mar Negro, para passar pelo Estreito de Bósforo de Istambul, a caminho do Mediterrâneo, disse a Comissão Europeia.

O número de navios em fila de espera no Mar Negro aumentou, na passada sexta-feira, para 20, de acordo com a agência de navegação Tribeca, no contexto de conversações com vista a dispersar a acumulação de navios.

Desde o início do mês, a Turquia tem exigido aos navios que apresentem provas de seguro que cubram o seu trânsito pelo estreito de Bósforo – ou quando fazem escala em portos turcos -, o que está a causar a obstrução.

As filas de espera coincidiram com a introdução de um plano, esta semana, pelos países do G7 e pela União Europeia, para impedir as seguradoras de ajudarem a exportar petróleo russo por navio, a menos que o produto seja vendido a um preço máximo, numa tentativa de reduzir as receitas petrolíferas de Moscovo.

“Esta situação não se deve ao limite máximo do preço do petróleo do G7, uma vez que existe, em qualquer caso, um período de 45 dias para o petróleo bruto russo adquirido por via marítima antes de 5 de dezembro”, disse um porta-voz da Comissão Europeia à Reuters, em declarações enviadas por email.

Ao abrigo do período de transição do esquema do G7, que vai até 19 de janeiro, ainda podem ser prestados serviços, tais como seguros, para o petróleo bruto russo marítimo comprado antes de 5 de dezembro, mesmo que tenha sido adquirido a um preço acima do limite.

O porta-voz da Comissão disse que, após este período de transição, as autoridades turcas podem continuar a verificar as apólices de seguro dos petroleiros “exatamente da mesma forma que antes”.

“Estamos, portanto, em contacto com as autoridades turcas para procurar esclarecimentos e estamos a trabalhar para desbloquear a situação“, disse o porta-voz.

Na passada quinta-feira, ao ignorar as pressões exteriores sobre o aumento do bloqueio de navios, a autoridade marítima turca disse que continuaria a manter fora das suas águas os petroleiros que não possuíssem as cartas de seguro adequadas, e que precisava de tempo para verificações.

 

 

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Embaixador português no Japão critica “pequenez” de Fernando Santos

Vítor Sereno é embaixador de Portugal no Japão e criticou, no Linkedin, a "pequenez" de Fernando Santos depois da eliminação da seleção no Qatar. Luís Santos, gestor e filho do selecionador, respondeu

Portugal foi eliminado do Mundial do Qatar depois de perder com Marrocos nos quartos-de-final do torneio, num contexto marcado pelo caso Ronaldo e pela opção de Fernando Santos de o deixar de fora da equipa inicial. As reações sucederam-se, muitas delas críticas das opções do selecionador, mas uma ganhou um peso particular: Vítor Sereno, embaixador de Portugal no Japão, escreveu na sua página profissional no Linkedin, um texto severo para Fernando Santos, considerando que “sairá por baixo, refém da sua incapacidade táctica, do medo, da incoerência, mas sobretudo da sua pequenez“.

A posição pública do embaixador, escrita nessa qualidade, acaba por comprometer também o próprio Ministério dos Negócios Estrangeiros. E é isso mesmo que leva o gestor do fundo Alpac, Luís Santos, filho do selecionador português, a responder ao embaixador. Num comentário ao ‘post’ de Sereno, Luís Santos escreve: “O Sr. Embaixador tem direito à sua opinião. Mas escrever publica e gratuitamente da “pequenez” de quem deu tanto à sua pátria, pode não ser digno da posição que ocupa“. Até ao momento, não se conhece a posição oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros sobre o comentário do embaixador no Japão.

No ‘post’, entretanto apagado depois da noticia do ECO, Vítor Sereno critica Fernando Santos de forma dura. “Um treinador que não soube sair por cima quando tinha tudo para o fazer. Como Campeão Europeu e vencedor da I Liga das Nações ficaria para sempre na história. Eu próprio votaria e faria lobby para que rotundas pelo país inteiro tivessem o seu nome (…) A insistência da FPF em Fernando Santos é doentia e vice-versa. Agarrar-se ao cargo e não colocar imediatamente o lugar à disposição (basta olhar para Luís Enrique, Tite ou Roberto Martinez) é sintomático”, acrescenta, numa crítica também a Fernando Gomes, presidente da Federação e que termina o mandato em 2024. Fernando Santos não desvendou o seu futuro e remeteu uma decisão para uma conversa com Fernando Gomes.

Em contraponto às críticas a Fernando Santos, o embaixador português no Japão (e antigo chefe de Gabinete de Miguel Relvas no Governo de Pedro Passos Coelho) elogia Cristiano Ronaldo. “O único, até hoje, que vi a tentar mudar o paradigma deste estado de depressão constante, alternado com estados de euforia, foi Cristiano Ronaldo. O melhor embaixador de Portugal (conheço-os todos: é inigualável) e o único que nunca teve vergonha de assumir que nós, os portugueses, quando queremos, chegamos ao topo do mundo“.

Numa outra referência implícita a Fernando Santos, Vítor Sereno escreve que “Cristiano é muito mais do que Portugal e, no fundo, isso chateia-nos. É mais fácil nivelarmo-nos pela mediocridade do que pela excelência – tive um colega mais velho, há muitos anos, que me dizia para não trabalhar tanto porque isso obrigava os outros a fazer igual ou melhor…”.

No comentário ao ‘post‘ de Vítor Sereno, Luís Santos faz um desafio ao embaixador, em jeito de provocação: “Há muito trabalho a fazer na relação Portugal-Japão. Contamos consigo para o realizar com tanto empenho e competência quanto a nossa seleção que nos levou aos quartos de final do campeonato do mundo, pela 3ª vez na sua história, e caiu de pé. E em particular, tanto empenho e competência quanto o selecionador da “pequenez” (palavras suas) dos dois únicos troféus da história futebolista da nação”.

(Nota: Vítor Sereno apagou o ‘post’ sobre Fernando Santos na rede Linkdedin).

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Angola: Seguros cresceram 24%. Mercado vale 435 milhões de euros

  • ECO Seguros
  • 11 Dezembro 2022

O mercado angolano valeu 435 milhões de euros em prémios no ano passado, mas os altos preços do petróleo melhoram expectativas futuras. Conheça os grandes números e os protagonistas.

Os preços do petróleo preveem um ano de ouro para a economia angolana semelhante ao período de 2011 a 2014. Por enquanto, a Arseg, entidade supervisora do setor dos seguros e fundos de pensões, divulgou o relatório de atividade de 2021, um ano ainda afetado pela recuperação pós-pandémica. São 22 as seguradoras a operar em Angola e o mercado valia no final do ano passado cerca de 435 milhões de euros em prémios.

Elmer Serrão, presidente da ARSEG, salienta a resiliência do setor em ambiente de elevada inflação.

Elmer Serrão, presidente da Arseg, afirmou que “apesar do contexto desafiante que a economia do país atravessa, o setor dos seguros “tem de forma resiliente procurado encontrar soluções na gestão das suas operações de negócios”, acrescentando que “Soluções que minimizem o impacto negativo do baixo crescimento económico, os altos níveis de inflação e das políticas restritivas foram colocadas em prática para controlar a inflação”.

Os principais números e protagonistas do mercado angolano em 2021 são:

  • A produção atingiu 277 797 588 572,49 Kwanzas (435,5 milhões de euros ao câmbio de 31-12-2021), mais 24,15% em termos nominais relativamente a 2020:
  • O conjunto das seguradoras apresentou resultado líquido positivo em 2021 de cerca 17 029 354,85 de Kwanzas (26,7 milhões de euros). Os investimentos das companhias renderam 4% em 2021, em Kwanzas;
  • O crescimento real da economia angolana em 2021 foi de 0,7% crescimento real, registou-se uma inflação 27% e a taxa básica de juros terminou o ano a 20%. A Densidade seguradora é de 8.654 Kw (13,5 euros) por habitante e a penetração de 0,8% PIB. O Kwanza desvalorizou 16,8% face ao euro entre 1-1 e 31-12 de 2021;
  • Os seguros de saúde, de acidentes e viagens continuam a ser o ramo com maior predominância na carteira de negócios das seguradoras. Os três ramos representaram, em conjunto, um peso de 50%, seguido do ramo petroquímica com 21%, automóvel com 9%, tendências que se mantêm neste ano de 2022.
  • O ramo que mais cresceu foi o ramo vida em cerca de 52%, embora com uma quota de produção de apenas 3%, seguido de Incêndios e Elementos da Natureza 42,99% e em terceiro lugar o ramo Petroquímica que em 2021 cresceu cerca de 42,79%.
  • A taxa de sinistralidade global de 2021, medida pela relação indemnizações/prémios tem observado reduções ao longo dos últimos anos, e, no ano de 2021, rondou os 37%, o que representa uma redução do nível de sinistralidade de 4% quando comparado com o ano anterior;
  • O ano de 2021 terminou com 22 Seguradoras autorizadas a explorar o “Ramo Vida” e o “Ramo Não Vida”, 99 Mediadores Pessoa Colectiva e 1 351 Mediadores Pessoa Individual.

A Ensa, única seguradora estatal e líder do mercado,tem um processo de privatização parcial em curso agora com entrada direta em bolsa, por falta a propostas aliciantes para modelo inicial com candidatos convidados à compra de 49%;

A Ensa lidera as 22 seguradoras que operaram no mercado segurador em 2021 atingindo uma produção de cerca de 153 milhões de euros, 35% do mercado. Numa concentração em que as 10 maiores detêm mais de 90% de quota de mercado, um grupo composto pela Nossa (grupo BAI), o grupo sul-africano Sanlam e a Fidelidade Angola está entre o 2º e 4ª posição com quotas de mercado de entre 13% e 11%. BIC seguros, Aliança, Protejja, Fortaleza (banco Millennium Angola), Global e Prudencial completam o top 10.

  • Em relação à mediação de seguros, o presidente da Arseg deu a conhecer que o setor conta com cerca de 1.450 mediadores, dos quais 1.351 pessoas singulares, sendo que 8% do total de prémios brutos emitidos no mercado, em 2021, foram devido à sua atividade de mediação;
  • As principais empresas de resseguro que asseguram a dispersão da cobertura de riscos das seguradoras Angolanas são: Africa Re; Swiss Re; Munich Re; Mapfre Re; Scor Global P&C; Trust Re; Chubb European Group Limited; Hannover Re ; Seguradoras Unidas (Tranquilidade/Generali) e Fidelidade Seguros; Santam Limited.
  • As principais empresas de corretagem de resseguro internacional que intermedeiam os contratos entre a seguradora e o ressegurador são: Guy Carpenter; Thompsom Heath & Bond; AON; Reinsurance Solutions; RFIB Insurance & RE e ACE Insurance Group;
  • O ramo não vida registou maior número de apólices, 7 775 apólices, em relação às 38 apólices emitidas para o ramo vida, deixando claro que, este último ramo, diferente das demais realidades, tem sido pouco explorado em Angola. A subscrição de apólices voltadas ao ramo de automóveis (2 368) destaca-se entre seus pares, muito impulsionada pelo SORCA – Seguro Obrigatório de Responsabilidade Civil e Automóvel.

A ARSEG refere ainda que continua a apoiar e a seguir de perto as atividades inerentes ao Governo de Angola no que diz respeito à Carta Amarela, seguro de responsabilidade civil automóvel transfronteiriço.

Reconhecendo que a taxa de penetração dos seguros está aquém do desejável, uma vez que continua abaixo de 1% do PIB, a Arseg optou por celebrar protocolos para melhor juntar sinergias e em conjunto com os pares de supervisão para reforço das ações de literacia e de educação financeira.

A ARSEG, afirma ainda que no seu papel de supervisão, impôs maior rigor aos operadores para que ajustassem os seus capitais aos níveis de responsabilidade assumidos e que continuassem a seguir estratégias de investimento adequadas, assentes na diversificação e dispersão de ativos para que se assegurem níveis de solvabilidade robustos que comportem buffers de capital adicional, bem acima dos mínimos exigidos para suportar eventuais sinistros que possam vir a ocorrer, conclui a autoridade angolana.

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Erdogan propõe a Putin alargar corredor de cereais a outros produtos

  • Lusa
  • 11 Dezembro 2022

Presidente turco propôs ao seu homólogo russo alargar o âmbito do corredor de exportação de cereais ucranianos a outros produtos.

O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, propôs este domingo ao homólogo russo alargar o âmbito do corredor de exportação de cereais ucranianos a outros produtos, numa conversa telefónica em que Putin insistiu na eliminação de bloqueios a produtos russos.

De acordo com um comunicado da Presidência turca, citado pelas agências de notícias Anadolu e EFE, Erdogan propôs a Vladimir Putin expandir as funções do corredor para exportação de cereais ucranianos, para incluir também a outros produtos alimentares, de forma gradual, bem como outras matérias-primas.

Na mesma conversa telefónica, o Presidente russo insistiu na necessidade do cumprimento integral do acordo de exportação de cereais a partir dos portos ucranianos e na eliminação dos bloqueios ao fornecimento de produtos agrícolas e fertilizantes russos, segundo o Kremlin.

Nenhuma das presidências revelou a posição de Putin sobre a proposta que lhe foi feita pelo Presidente turco durante a conversa telefónica.

Putin e Erdogan discutiram a aplicação dos acordos de Istambul de 22 de julho, que foram prorrogados por mais 120 dias, em 19 de novembro, sob a condição de que a exportação de produtos russos, prejudicada por sanções, seja também facilitada.

Os dois presidentes discutiram ainda a cooperação bilateral e destacaram a importância de projetos conjuntos de energia, principalmente na indústria de gás.

Segundo o Kremlin, Putin aproveitou a recente reunião entre Erdogan e o presidente da empresa estatal russa Gazprom, Alexei Miller, na sexta-feira, em Istambul, para trocar opiniões sobre o centro de distribuição de gás russo que quer implementar na Turquia.

Os dois chefes de Estado abordaram ainda a situação no norte da Síria, face à ameaça de uma possível operação terrestre turca naquela zona do país árabe.

Erdogan reiterou, nas últimas semanas, que a Turquia pretende lançar uma ofensiva terrestre na Síria para expulsar as milícias curdas YPG da fronteira, que considera uma subsidiária do grupo armado curdo PKK, ativo em solo turco.

A Turquia exigiu que a Rússia honrasse o acordo russo-turco de Sochi de 2019, no qual Moscovo assumiu a responsabilidade de ‘limpar’ a zona de “terroristas”.

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Empresários ligados a esquema de corrupção na Defesa terão de pagar caução de 200 mil euros

  • Lusa
  • 11 Dezembro 2022

Três empresários envolvidos num esquema de corrupção ligado a três ex-diretores da Defesa Nacional vão ter que prestar caução de 200 mil euros para aguardarem o desenrolar do inquérito em liberdade.

Três empresários envolvidos num esquema de corrupção ligado a três ex-diretores da Defesa Nacional vão ter que prestar caução de 200 mil euros para aguardarem o desenrolar do inquérito em liberdade, decidiu o juiz de instrução criminal.

Segundo a decisão do Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), a que a agência Lusa teve acesso, os empresários Paulo Machado, Manuel Sousa e André, além de Termo de Identidade e Residência (TIR), ficaram obrigados a prestar caução no valor de 200 mil euros no prazo de 10 dias, com proibição de se ausentarem do país (devendo proceder à entrega de passaporte no prazo máximo de dois dias) e ainda com proibição de estabelecer qualquer tipo de contactos com os restantes arguidos e demais intervenientes a que aludem os autos do processo.

A fundamentar a aplicação destas medidas de coação aos três empresários, o TCIC considerou, ao nível dos pressupostos do Código de Processo Penal (CPP), existir “perigo de fuga”, “perigo de perturbação do decurso do inquérito, nomeadamente perigo para a aquisição e conservação da prova” e “perigo de continuação da atividade criminosa”.

Quanto aos três altos quadros da Defesa Nacional – Alberto Coelho (ex-diretor-geral dos Recursos da Defesa Nacional), Paulo Branco (ex-diretor de Serviços de Gestão Financeira) e Francisco Marques (ex-diretor de Infraestruturas e Património da Defesa) – o TCIC, além do TIR já prestado, aplicou como medidas de coação a proibição de estabelecer qualquer tipo de contactos com os restantes arguidos e intervenientes do processo e a “suspensão de quaisquer funções ou atividades de natureza pública”.

A justificar estas medidas de coação impostas a estes três dirigentes/titulares de cargos públicos da Defesa Nacional, o tribunal invocou o perigo de perturbação do decurso do inquérito, nomeadamente a aquisição e conservação da prova, e o perigo de continuação da atividade criminosa.

Estes altos quadros da Defesa Nacional – incluindo Alberto Coelho, que liderou a Direção-Geral de Recursos da Defesa Nacional durante seis anos – foram detidos na última terça-feira por suspeitas de corrupção no exercício de funções públicas e outros crimes de natureza financeira, no âmbito da Operação “Tempestade Perfeita” realizada pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) da Polícia Judiciária (PJ), que custaram ao Estado 3,2 milhões de euros, num valor muito superior aos 750 mil euros inicialmente previstos.

Em causa encontra-se um alegado esquema de corrupção, que envolveu, entre outros negócios, as obras de requalificação do Hospital Militar em Lisboa.

Em comunicado, a PJ revelou na altura ter decorrido uma “operação policial visando a execução de 59 mandados de busca, dos quais 29 buscas domiciliárias e 30 buscas não domiciliárias”.

O objetivo desta operação foi a “recolha de elementos probatórios complementares e relacionados com suspeitas de práticas criminosas no exercício de funções públicas, sob investigação”.

A operação policial, que mobilizou 200 operacioais, desenrolou-se em Lisboa, Porto, Alter do Chão, Almada e Comporta e, segundo as autoridades, foram cumpridos cinco mandados de detenção fora de flagrante delito e constituídos 19 arguidos.

Segundo a PJ, esta investigação “visa apurar da eventual prática, entre o mais, de crimes de corrupção ativa e passiva, peculato, participação económica em negócio, abuso de poder e branqueamento, ilícitos relacionados com adjudicações efetuadas, por parte de Organismo da Administração Central, a diversas empresas, as quais lesaram o Estado português em muitos milhares de euros”.

As averiguações incidem sobre atos praticados pelos arguidos entre 2018 e 2021.

Ainda de acordo com a nota então emitida pela PJ, as buscas a recolha de elementos probatórios de diversa natureza, “tendo-se logrado a recolha de prova pessoal e a apreensão de prova de natureza documental, digital, entre o mais, inerente aos procedimentos de contratação pública em causa”.

O Ministério da Defesa Nacional já reafirmou a sua “total colaboração com as autoridades em tudo o que lhe for solicitado”.

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Covid-19 está a propagar-se “rapidamente” na China após alívio de restrições

  • Lusa
  • 11 Dezembro 2022

Epidemiologista conselheiro do Governo chinês adiantou que a Covid-19 está a “propagar-se rapidamente” no país, depois de Pequim ter abandonado a estratégia de “covid zero”.

A vaga de Covid-19 está a “propagar-se rapidamente” na China, alertou um epidemiologista conselheiro do Governo, na sequência da decisão da tutela de abandonar a estratégia de “covid zero”.

Na quarta-feira, as autoridades chinesas anunciaram o abrandamento geral das restrições sanitárias, depois dos protestos da população, e na esperança de revitalizar a segunda maior economia do mundo, que tem sido asfixiada pelas restrições.

As lojas e restaurantes de Pequim estavam desertos este domingo, enquanto o país aguarda um pico de infeções com o fim dos testes PCR de rotina em grande escala, a possibilidade de isolamento em casos ligeiros e assintomáticos, e o recurso mais limitado de confinamentos.

“Atualmente, a epidemia na China (…) está a alastrar rapidamente e, nestas circunstâncias, por mais forte que sejam a prevenção e o controlo, será difícil cortar completamente a cadeia de transmissão”, afirmou, em entrevista aos meios de comunicação estatais chineses, um dos principais conselheiros do Governo desde o inicio da pandemia.

“As atuais sub variantes da Omicron … são altamente contagiosas … uma pessoa pode transmitir a 22 pessoas”, acrescentou Zhong.

O país enfrenta uma onda de casos que está mal preparado para gerar, com milhões de idosos ainda não totalmente vacinados e hospitais sem capacidade para acomodar um elevado número de pacientes.

A China tem uma cama em unidades de cuidados intensivos para cada 10.000 habitantes, alertou, na sexta-feira, o diretor do departamento de assuntos médicos da comissão nacional de saúde.

Jiao Yahui anunciou que 106 mil médicos e 177.700 enfermeiros seriam redirecionados para unidades de cuidados intensivos para lidar com a nova vaga de casos, não adiantando, no entanto, como é que outros setores hospitalares se iam organizar.

Longas filas de pessoas formaram-se à porta das farmácias de Pequim, enquanto os residentes se apressavam a abastecer de medicamentos para a febre e de ‘kits’ de testes contra a covid-19.

Em declarações à AFP, algumas pessoas disseram que estavam a encomendar medicamentos em farmácias de cidades próximas.

“Tenho medo de sair”, afirmou Liu Cheng, residente no centro de Pequim, acrescentando que “muitos” dos seus amigos com sintomas ou que deram positivo no teste contra a covid-19 não tinham reportado.

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Ronaldo após a derrota no Mundial: “Agora, é esperar que o tempo seja bom conselheiro”

Capitão da seleção nacional reagiu à derrota de Portugal no Mundial nas redes sociais: “Deixei tudo em campo. Nunca virei a cara à luta e nunca desisti desse sonho". Deixa futuro na seleção em aberto.

Ronaldo entrou aos 50 minutos, mas não foi capaz de ajudar a seleção a inverter o resultado.EPA/Georgi Licovski

Sem querer “reagir a quente”, depois da derrota frente a Marrocos, que custou o sonho de Portugal no Mundial do Qatar, Cristiano Ronaldo diz que ainda é cedo para tomar uma decisão quanto à sua continuidade na seleção nacional, deixando o futuro em aberto. “Agora, é esperar que o tempo seja bom conselheiro e permita que cada um tire as suas conclusões”, escreveu nas redes sociais.

Com o Europeu à distância de dois anos, o capital da seleção portuguesa, 37 anos, pode ter cumprido a última internacionalização por Portugal este sábado no Mundial do Qatar. Após a eliminação aos pés de Marrocos, por 1-0, Cristiano Ronaldo abandonou o campo em lágrimas.

Quase um dia depois do jogo, Ronaldo lamentou a saída de Portugal da prova. Ser campeão do Mundo por Portugal “era o maior e mais ambicioso sonho da minha carreira”, escreve o atleta que está sem clube, depois da saída atribulada do Manchester United no mês passado.

"Por agora, não há muito mais a dizer. Obrigado, Portugal. Obrigado, Qatar. O sonho foi bonito enquanto durou… Agora, é esperar que o tempo seja bom conselheiro e permita que cada um tire as suas conclusões.”

Cristiano Ronaldo

Capitão da seleção portuguesa

Também atribulada foi a campanha portuguesa no Qatar, sobretudo quando Ronaldo reagiu mal a ser substituído no terceiro jogo da fase de grupos com a Coreia do Sul, reclamando com o selecionador. Nos oitavos, contra a Suíça, Fernando Santos colocou o capitão no banco. Especulou-se que Ronaldo ameaçou abandonar os trabalhos da seleção, descontente com as opções do treinador.

“Não vale a pena reagir a quente. Quero apenas que todos saibam que muito se disse, muito se escreveu, muito se especulou, mas a minha dedicação a Portugal não mudou nem por instante. Fui sempre mais um a lutar pelo objetivo de todos e jamais viraria as costas aos meus companheiros e ao meu país“, assegura o avançado que no Qatar cumpriu o seu quinto Mundial, prova onde é um dos melhores marcadores portugueses, com oito golos.

Ronaldo afirma que sempre deixou “tudo em campo” com o símbolo das quinas ao peito. “Nunca virei a cara à luta e nunca desisti desse sonho”.

“Por agora, não há muito mais a dizer. Obrigado, Portugal. Obrigado, Catar. O sonho foi bonito enquanto durou…”, frisou o jogador português.

Com 195 internacionalizações, Ronaldo marcou 118 golos ao serviço da seleção A pela qual se estreou a 20 de agosto de 2003. Conquistou um Campeonato da Europa (2016) e uma Liga das Nações (2019).

(Notícia atualizada às 15h09)

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Vice-presidente do Parlamento Europeu e mais três pessoas acusadas e detidas

  • Lusa
  • 11 Dezembro 2022

Eva Kaili e três outras pessoas foram acusadas e detidas este domingo, na Bélgica, no âmbito de uma investigação sobre suspeitas de corrupção relacionadas com o Qatar.

A vice-presidente do Parlamento Europeu Eva Kaili e três outras pessoas foram acusadas e detidas este domingo, na Bélgica, no âmbito de uma investigação sobre suspeitas de corrupção relacionadas com o Qatar no seio desta instituição, indicou fonte judicial.

O Ministério Público Federal não forneceu nomes ao anunciar a prisão preventiva de quatro das seis pessoas presas nas últimas 48 horas, de acordo com o que avançou fonte judicial à agência de notícias francesa France Presse.

Quatro pessoas foram presas após serem indiciadas por um juiz de instrução de Bruxelas por “pertencerem a uma organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção”, informou a procuradoria federal em comunicado à imprensa. Outras duas pessoas foram libertadas pelo juiz.

Segundo adiantou uma fonte judicial à France Presse, Eva Kaili é uma dessas quatro pessoas detidas.

Não pode beneficiar da sua imunidade parlamentar porque o crime de que é acusada foi detetado “em flagrante delito” na sexta-feira, explicou a mesma fonte.

Esta fonte confirmou relatos da imprensa de que Kaili estava na posse de “sacos de ingressos” na noite de sexta-feira, quando a polícia belga a prendeu.

O Ministério Público Federal também anunciou ter ocorrido uma busca na noite de sábado na casa de um segundo deputado.

Neste caso, “suspeita-se do pagamento de avultadas quantias em dinheiro ou da oferta de presentes significativos a terceiros com posição política e/ou estratégica que permita, no seio do Parlamento Europeu, influenciar as decisões” desta instituição, sublinha o comunicado.

Na noite de sábado, a presidente do Parlamento Europeu, a maltesa Roberta Metsola, havia decidido uma primeira sanção contra Eva Kaili: foi destituída de todas as tarefas delegadas por Metsola, incluindo a de representá-la na região do Médio Oriente.

Eurodeputados de esquerda, incluindo o ecologista Philippe Lamberts em nome do grupo dos Verdes no Parlamento Europeu, exigiram a renúncia de Kaili, excluída do Partido Socialista Grego (Pasok-Kinal) na noite de sexta-feira.

A polícia de Bruxelas realizou na sexta-feira 16 buscas domiciliárias e efetuou as detenções, entre as quais o companheiro de Kaili, atual colaborador ligado ao grupo dos Socialistas e Sociais Democratas no PE.

Le Soir e Knack tinham avançado, igualmente na sexta-feira, a existência de uma investigação sobre um alegado caso de corrupção, organização criminosa e branqueamento de capitais iniciado pela Procuradoria-Geral da República da Bélgica em julho, por suspeita de que o Qatar teria tentado influenciar o posição do PE.

“Há vários meses que investigadores da polícia suspeitam que um Estado do Golfo tenta influenciar as decisões económicas e políticas do Parlamento Europeu”, adiantou o Ministério Público Federal belga em comunicado.

Este Estado teria executado esta estratégia através do “pagamento de quantias substanciais de dinheiro, e oferecendo presentes importantes a terceiros, a pessoas com uma posição política ou estratégica importante dentro do Parlamento Europeu”, acrescentou.

Embora o Ministério Público belga não mencione explicitamente o Qatar, os dois meios de comunicação belgas citam várias fontes que confirmaram que se trata do país que organiza o Mundial de futebol.

No âmbito da investigação liderada por um juiz especializado em crimes financeiros, as buscas domiciliárias centraram-se em assessores parlamentares do PE.

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“O setor automóvel é muito cético quanto à massificação dos elétricos”, garante secretário-geral da ANECRA

ACEA estima que Europa irá voltar a liderar na eletrificação até 2030, mas sublinha necessidade de um investimento 22 vezes superior ao atual. Roberto Gaspar, da ANECRA, questiona rumo da transição.

A Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA) estima que o mercado europeu de veículos elétricos a bateria (BEV) irá assumir a liderança no processo de eletrificação do mercado automóvel. No entanto, atualmente, quase 20% de todos os novos carros registados na China são BEV, pelo que o país oriental se encontra à frente tanto da Europa como dos EUA.

A entidade europeia prevê que o mercado europeu de BEV fique pouco aquém dos 30% em 2025 e ultrapasse os 70% até 2030, altura onde irá assumir novamente a liderança mundial no processo de eletrificação. Contudo, a ACEA garante que o principal obstáculo à eletrificação diz respeito à implantação de postos de carregamento no território europeu, sendo esta uma barreira que só pode ser ultrapassada se os governos intensificarem os seus investimentos em infraestrutura.

De momento, quase metade dos postos de carregamento elétrico europeus encontram-se em apenas dois países: os Países Baixos (90 mil carregadores) e a Alemanha (60 mil). Para atingir o objetivo de uma redução de 55% dos níveis de CO2 provenientes dos automóveis de passageiros, a ACEA estima que sejam necessários 6,8 milhões de postos de carregamento públicos, em toda a Europa, até 2030.

Isto significa que, com base nos dados atuais, é necessário um investimento europeu 22 vezes superior ao atual em menos de 10 anos.

Postos de carregamento elétrico por país e por percentagem face ao total da Europa (2021)

Fonte: EAFO (ACEA)

Em 2021, Portugal dispunha de apenas 1,3% (4.124) do total de postos de carregamento elétrico na Europa, embora seja o quarto país com mais carregadores por cada 100km.

No entanto, para Roberto Gaspar, secretário-geral da Associação Nacional das Empresas do Comércio e da Reparação Automóvel (ANECRA), “estamos nesta lógica da eletrificação não porque a indústria decidiu que o futuro é elétrico, mas porque os políticos, nomeadamente a comissão europeia, decidiu que até 2035 os carros serão elétricos ou 0% emissões”.

Em entrevista ao ECO, Roberto Gaspar não esconde o sentimento do setor automóvel face à eletrificação. “O setor automóvel, de uma forma geral, é muito cético quanto à massificação dos elétricos”, sendo que para o responsável, este segmento de veículos é pressionado em várias frentes, nomeadamente na infraestrutura e na disponibilidade das matérias-primas necessárias.

Neste sentido, a aposta nos combustíveis baixos em carbono (dos quais se incluem os combustíveis sintéticos e biocombustíveis) representa uma das melhores apostas para baixar as emissões de CO2, pois “não estaríamos à espera dos novos carros para baixar as emissões, seria possível intervir numa boa parte dos carros do atual parque circulante”, assegura o secretário-geral.

Para este fim, Roberto Gaspar defende a necessidade de uma “coordenação de vontades” dos diferentes intervenientes do mercado, “seja dos principais atores da distribuição, combustíveis, ou mesmo com o Estado a incentivar este tipo de projetos”.

O secretário-geral da ANECRA refere mesmo que o investimento neste modelo alternativo possibilita uma redução das emissões de CO2 mais efetiva, sendo esta compatível com o investimento na eletrificação, já que fabricantes como a Audi se encontram a apostar em motores com combustíveis sintéticos.

Adicionalmente, a possibilidade de usar combustíveis sintéticos nos atuais veículos em circulação iria implicar “mudanças mínimas na sua mecânica”, além de “não ser necessário criar toda uma nova geração de motores”, esclarece Gaspar.

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Corrida recorde às plataformas de criptomoedas após queda da FTX

  • ECO
  • 11 Dezembro 2022

Colapso da FTX no mês passado está a alarmar investidores.

Os investidores estão a tirar montantes recorde de bitcoin das plataformas de negociação de criptomoedas, depois do colapso da FTX ter aumentado os receios sobre a segurança dos investimentos nestes ativos digitais.

A FTX, que tinha enorme reputação na indústria cripto, entrou com um pedido de proteção contra falência há cerca de um mês, atingida por um buraco de oito mil milhões de dólares. O colapso deverá atingir mais de um milhão de credores.

A queda desta exchange alarmou os investidores que mantêm e negoceiam noutras plataformas de negociação centralizadas, levando a resgates recorde de bitcoin, a moeda mais negociada em todo o mundo.

No mês passado, os investidores retiraram 91.363 bitcoins, no valor total de quase 1,5 mil milhões de dólares, com base no preço médio de novembro de cerca de 16.400 dólares, de exchanges centralizadas, incluindo Binance, Kraken e Coinbase. Foi a maior saída de bitcoin já registada, de acordo com dados da CryptoCompare, citados pelo jornal Financial Times (acesso pago/conteúdo em inglês)

O jornal adianta que não é claro se as moedas estão a ser vendidas ou movimentadas para carteiras privadas.

Ainda assim, sob pressão vendedora, o preço da bitcoin já caiu 64% este ano, negociando em torno dos 17 mil dólares.

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📹 Retenção na fonte muda em 2023. Veja o vídeo

Portugueses vão descontar menos para o IRS todos os meses com as novas tabelas do próximo ano, mas os reembolsos também vão encolher.

novas tabelas de retenção na fonte para o próximo ano, que desta vez contemplam diferenças entre o primeiro e o segundo semestre. O montante que se desconta para o IRS todos os meses vai encolher para vários portugueses, sendo que será a partir de julho que se sentem os maiores efeitos.

Há ganhos líquidos com as novas tabelas de IRS, que para alguns só chegam na segunda metade do ano, mas é de notar também que ao descontar menos os reembolsos deverão ser menores.

Veja o vídeo.

http://videos.sapo.pt/PDir1Nr62N8PYAnpTQgu

Nota: Se está a aceder através das apps, veja o vídeo neste link.

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Sindicato acusa TAP de marcar falta por greve a tripulantes de folga

  • Lusa
  • 11 Dezembro 2022

O sindicato dos tripulantes de cabine acusou este domingo a TAP de marcar falta por greve a trabalhadores de folga, em dias de serviço livre ou assistências que não foram acionadas.

O sindicato dos tripulantes de cabine acusou este domingo a TAP de marcar falta por greve a trabalhadores de folga, em dias de serviço livre ou assistências que não foram acionadas, lamentando o “intuito persecutório” da empresa.

Em comunicado enviado aos associados, a que a Lusa teve acesso, o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), que convocou a greve de tripulantes de cabine levada a cabo na quinta e sexta-feira, considerou “lamentável o intuito persecutório perpetrado pela TAP contra os tripulantes de cabine, antes, durante e após o período de greve”.

O sindicato lembrou que já tinha condenado o “e-mail enviado para os tripulantes para que ‘informassem a TAP se nos dias de greve iam aderir ou não’, considerando que a ausência de resposta seria considerada como um assentimento tácito de que aderiram à mesma”.

O SNPVAC apontou que, segundo o código civil, a falta de resposta do trabalhador não vale como declaração de que vai aderir à greve.

“Mas a TAP, fazendo tábua rasa da Lei e da CRP [Constituição da República Portuguesa], num ato só enquadrado à luz de uma raiva incontida pelo êxito da nossa greve, manteve a sua posição, marcando falta por adesão à greve aos tripulantes que, nos dias 08 e 09, tinham assistências (que nunca fora acionadas!), não reunindo, portanto, suporte legal para deduzir se os mesmos aderiram ou não à greve”, lê-se na nota do sindicato.

De acordo com o SNPVAC, a TAP “marcou igualmente falta por motivo de greve aos tripulantes que se encontravam em gozo de folgas ou dias livres de serviço”, acrescentando que “a empresa até enviou um e-mail a tripulantes que se encontravam de férias, questionando se aderiam ou não à greve”.

O sindicato adiantou que irá “impugnar as condutas de coação e discriminação que a TAP adotou e venha a adotar”.

Os representantes dos tripulantes acusaram ainda a companhia aérea de ‘mascarar’ os números de voos realizados durante a greve, que avançou que em 267 previstos para os dois dias só não se realizaram dois voos de serviços mínimos.

De acordo com o SNPVAC, a TAP Air Portugal realizou três voos no período de greve de tripulantes e os restantes “são primariamente desprovidos de sustentação e por isso facilmente desmascarados”.

“Todos os voos que a administração revela ter realizado são voos de regresso à base (fora do âmbito da greve por nós decretada); voos operados por companhias aéreas contratadas para o efeito ou operados pela Portugália (pertencente ao Grupo TAP, mas cujos tripulantes não são da TAP Air Portugal); ou ainda os respetivos voos de serviços mínimos, decretados pelo Tribunal Arbitral – à exceção do Praia e Bissau que a própria Companhia incumpriu, cancelando-os”, explicou o sindicato.

O SNPVAC reiterou ainda a disponibilidade para negociar com a TAP, para chegarem a um entendimento relativamente ao acordo de empresa, mas sublinhou que, se a TAP mantiver a mesma postura, vai cumprir com a decisão da assembleia-geral de 06 de dezembro, de marcar pelo menos mais cinco dias de greve até 31 de janeiro.

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