SNS regista em 2022 a maior atividade assistencial da sua história

  • Lusa
  • 1 Fevereiro 2023

Nos hospitais do SNS "foi batido o recorde" das consultas médicas, com um total 12.770.000 em 2022, e foram feitas 758.313 cirurgias, um aumento de 7%, disse ministro da Saúde.

O ministro da Saúde afirmou esta quarta-feira que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) desenvolveu em 2022 a “maior atividade assistencial da sua história, com os hospitais públicos a baterem o recorde de consultas médicas e cirurgias. “Em 2022, assistimos a uma notável recuperação da atividade assistencial. É a maior atividade assistencial da sua história, mesmo comparando com o maior número anteriormente alcançado em 2019″, afirmou Manuel Pizarro num debate sobre o Estatuto do SNS por iniciativa das bancadas do PSD e do Chega, que pediram a apreciação parlamentar do decreto-lei aprovado pelo Governo.

Segundo disse o governante, nos hospitais do SNS “foi batido o recorde” das consultas médicas, com um total 12.770.000 em 2022, e foram feitas 758.313 cirurgias, um aumento de 7%. Já ao nível dos cuidados de saúde primários, Manuel Pizarro avançou que o número de consultas presenciais aumentou, entre 2021 e 2022, 19% para 17.271.000.

“Percebemos bem que, sobretudo, no lado direito desta assembleia fiquem muito incomodados com o sucesso do SNS. Interpretamos isso como estando no caminho certo, a defender um serviço público essencial para os portugueses”, referiu o ministro.

No debate parlamentar, Manuel Pizarro recordou ainda que a negociação com os sindicatos sobre a contagem e o reposicionamento dos pontos da carreira permitiu “melhorar a remuneração de mais de 16 mil enfermeiros” do SNS. “Temos em curso negociações com os médicos e com os outros profissionais. É, aliás, no âmbito destas negociações que será tratado o tema da dedicação plena. É à mesa desta negociação que o tema pode e deve ser tratado”, alegou o governante.

Perante os deputados, Manuel Pizarro adiantou ainda que, no âmbito do diploma que conferiu maior autonomia aos hospitais do SNS, já foram contratados diretamente, em cinco meses, 558 médicos, permitindo captar clínicos que estavam em prestação de serviços e médicos recém-especialistas.

Quanto ao recente concurso para médicos de família, no qual foram admitidos 212 candidatos para as 196 vagas abertas, o ministro da Saúde reiterou que vai “haver vagas para todos os que sejam necessários” e salientou que o número de especialistas que concorreram prova a capacidade de atração do SNS.

Já quanto ao recente concurso que para médicos de saúde pública, Manuel Pizarro adiantou que foram preenchidas 75% das vagas, sendo possível colocar médicos em 18 dos 24 lugares abertos.

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Milhares de professores em greve manifestaram-se em Londres

  • Lusa
  • 1 Fevereiro 2023

Para os próximos dias e semanas estão previstas mais greves, incluindo dos enfermeiros e dos tripulantes de ambulância.

Milhares de professores, funcionários públicos, empregados ferroviários e outros trabalhadores saíram à rua em Londres para exigir melhores salários face à crise do custo de vida, num dos maiores dias de paralisações dos últimos anos no Reino Unido.

A manifestação decorreu esta quarta à tarde e acabou com a entrega de uma petição na residência oficial do primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, em Downing Street, contra a legislação que impõe serviços mínimos em certos setores.

O documento foi entregue pelo secretário-geral da federação intersindical britânica Trades Union Congress (TUC), Paul Nowak, juntamente com representantes dos Sindicatos dos Bombeiros e do Serviço de Ambulâncias.

Tomaremos todas as medidas à nossa disposição para defender o direito à greve. Estamos a analisar muito cuidadosamente a forma como o faremos, a fim de tomar medidas legais se esta lei for por diante“, afirmou a secretária-geral adjunta do TUC, Kate Bell, em declarações aos jornalistas.

Sindicatos representativos de quase meio milhão de pessoas, incluindo 100.000 funcionários públicos, convocaram uma greve para que afetou mais de 23.000 escolas e paralisou a maioria dos comboios e um grande número de autocarros. O sindicato de professores National Education Union disse que 85% das cerca de 23.000 escolas afetadas estão fechadas total ou parcialmente.

Porém, o Ministério da Educação indicou que só cerca de 52% das escolas foram parcialmente fechadas ou encerradas entre os 16.400 estabelecimentos públicos que providenciaram informação. “A remuneração dos professores, juntamente com grande parte do setor público e em todos os setores, tem sido reduzida em termos reais desde 2010. O salário dos professores foi reduzido em 20%”, disse Martin Rush, um professor que participou no protesto na capital britânica, à agência espanhola EFE.

Embora algumas escolas tenham oferecido um aumento de 5% aos professores, segundo contou também à EFE a mulher de Martin Rush, Alice, igualmente professora, estes fundos “têm de vir do orçamento escolar”, pelo que “um aumento vai ser à custa de dinheiro retirado às crianças”.

Na manifestação também participaram jovens em apoio à causa dos professores. Para os próximos dias e semanas estão previstas mais greves, incluindo dos enfermeiros e dos tripulantes de ambulância, prolongando meses de disrupção no quotidiano dos britânicos devido às disputas sobre salários e condições de trabalho entre os sindicatos e o Governo britânico.

Os sindicatos exigem aumentos ainda este ano acima da taxa de inflação atual de 10,5% para compensar a perda de compra causada sobretudo pela subida dos preços da energia e alimentação. O Governo tem argumentado que este valor é incomportável porque arrisca atear a inflação, preferindo negociar aumentos para o ano fiscal que começa em abril.

Desde o verão passado que o Reino Unido regista greves e protestos em múltiplos setores, que estão a ser comparadas aos grandes conflitos laborais dos anos 1970 conhecidos por “inverno de descontentamento”.

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Convenção Liberty ataca 2023 e considera rumor a venda da seguradora em Portugal

A seguradora reuniu 350 mediadores em Lisboa para focar no crescimento no negócio Automóvel, Lar e Vida Risco. A possível venda da Liberty ibérica é apenas um rumor para o management.

ADN Liberty foi o mote da segunda edição da Convenção de Agentes Liberty Seguros que reuniu em Lisboa 350 mediadores de todo o país. Jesus Nuñez – WEM Sales & Distribution Leader, Alexandre Ramos – Techonology Leader Western Europe Market e Rita Almeida, Diretora Comercial Mediação Tradicional da Liberty Portugal & Irlanda, lideraram o evento que contou com as equipas comercial e de suporte ao negócio massivamente representadas.

Jesus Nuñez, Alexandre Ramos e Rita Almeida, focaram nas ambições da Liberty para 2023 perante 350 agentes.

“A Convenção com os Agentes de Seguros tem como objetivo estarmos mais perto dos nossos mediadores e reforçamos a nossa relação de proximidade. Os principais temas abordados foram os sucessos e desafios de 2022 e, mais importante, a nossa antecipação ao mercado para 2023, definindo prioridades e ambições estratégicas para um ano que pretende ser de crescimento no Automóvel, Lar e Vida Risco” afirmou a ECOseguros Rita Almeida.

O top management em Portugal também colocou foco dos caminhos prioritários futuros “na bancarização da carteira, na simplificação do negócio, na transformação digital e na melhoria da experiência digital e humana com os parceiros de negócio e clientes

Rita Almeida referiu ainda que “é importante estar próximo do cliente, por isso, há que ouvir os mediadores, esclarecer as suas questões e toda a Organização perceber como podemos apoiá-los a melhor servir o cliente. Queremos que sintam que estamos perto, disponíveis e preparados para construir um futuro de sucesso junto da mediação profissional”, acrescentou.

Quanto à venda da companhia espanhola que integra as operações em Portugal e Irlanda, Rita Almeida, afirmou que “a Liberty não faz comentários sobre rumores do mercado e esse não foi um tema abordado durante o evento”.

Palavra aos responsáveis de sinistros e um roadshow a percorrer o país

A convenção da Liberty teve como speakers convidados os responsáveis de Sinistros para – segundo a companhia – “evidenciar a importância do compromisso com a proteção dos Clientes, que se pauta pela qualidade, rapidez e capacidade de contacto do mediador profissional de seguros com os gestores de sinistros, algo que é diferenciado no mercado”.

Falaram aos mediadores Olga Lucena, Responsável Sinistros Acidentes de Trabalho, Pessoais e Vida, Sandra Andrade, Responsável Sinistros Automóvel, Vera Araújo, Responsável Sinistros Patrimoniais, Contencioso e Reembolsos e Bernardo Marquez, Responsável Gestão de Prestadores.

Entretanto ,e para “reforçar a proximidade com os seus mediadores”, a seguradora irá iniciar um Roadshow pelo país a partir de dia 7 de fevereiro, visitando os agentes presentes em Aveiro, Albufeira, Braga, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Leiria, Lisboa, Porto, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu.

A Liberty subiu em 2022 para 9º lugar no ranking das seguradoras em Portugal, apesar de ter descido para 253 milhões de euros os seus prémios em relação ao ano anterior. Apesar da sua pouca faturação em Vida, que este ano quer alterar, a Liberty conta com uma quota de mercado de 6,3% em Automóvel que representa metade do seu negócio em Portugal. Também em multirriscos está posicionada no topo em 8º lugar do ranking com 3,8% do mercado neste segmento.

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Dinamarca propõe eliminar feriado para financiar orçamento de Defesa

  • Joana Abrantes Gomes
  • 1 Fevereiro 2023

A proposta do Governo liderado pela primeira-ministra Mette Frederiksen não está a ser bem recebida junto da sociedade dinamarquesa. Quase 450 mil cidadãos já assinaram petição para manter feriado.

O Governo da Dinamarca quer aumentar o orçamento do país para a Defesa para atingir os 2% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2030, três anos antes do previsto, devido à crescente ameaça da Rússia. Para tal, propõe eliminar o feriado do “Grande Dia de Oração”, avança a Bloomberg (acesso pago).

A abolição deste feriado, celebrado na quarta sexta-feira depois do dia de Páscoa, elevaria o excedente orçamental público em cerca de 470 milhões de dólares por ano (cerca de 430 milhões de euros ao câmbio atual), enquanto o PIB valeria três vezes mais, segundo cálculos do Ministério das Finanças.

No entanto, a proposta não está a ser bem vista pela sociedade dinamarquesa, recebendo críticas tanto dos nove partidos da oposição no Folketing (Parlamento da Dinamarca), como de bispos da igreja do país e de líderes sindicais. Ao mesmo tempo, cerca de 450 mil dinamarqueses assinaram uma petição online defendendo a manutenção do feriado.

As mais recentes sondagens mostram que, se houvesse eleições neste momento, os partidos que formam o Governo de coligação perderiam a maioria, apenas três meses após vencer as legislativas. O Executivo liderado por Mette Frederiksen tem agora o apoio de menos de metade dos eleitores.

O feriado “Grande Dia de Oração” foi introduzido na Dinamarca em 1686, ano em que o Rei Christian V fundiu uma série de pequenos feriados religiosos num só, para aumentar a produtividade. Cerca de 73% dos dinamarqueses são membros da igreja luterana estatal, mas menos de 40% identificam-se como religiosos.

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Governo prolonga programa “bilha solidária” até esgotar verba de 3 milhões

  • Lusa
  • 1 Fevereiro 2023

O apoio à aquisição de gás engarrafado pelos consumidores, beneficiários de tarifa social de energia elétrica ou das prestações sociais mínimas, vai vigorar até esgotar os 3 milhões de verba.

O Governo vai prolongar o programa “bilha solidária” até esgotar a verba de três milhões, afeta ao apoio à aquisição de gás engarrafado, divulgou esta quarta-feira o Ministério do Ambiente e da Ação Climática. A medida foi oficializada na sequência de um aditamento ao protocolo, assinado entre o Ministério do Ambiente e da Ação Climática, tutelado por Duarte Cordeiro, o Fundo Ambiental e a Associação Nacional de Freguesias (Anafre).

O protocolo estabelece o apoio à aquisição de gás engarrafado pelos consumidores domésticos beneficiários de tarifa social de energia elétrica ou das prestações sociais mínimas. “Face à instabilidade de preços ainda sentida nos mercados energéticos, ficou inscrito no Orçamento do Estado o prolongamento deste apoio que, desde novembro, conta com o apoio da Anafre e das juntas de freguesia para a operacionalização do pagamento do apoio de 10 euros na aquisição de gás engarrafado pelos beneficiários elegíveis”, justifica o Governo, em comunicado.

O mecanismo vigorará durante o presente ano “ou até ao esgotamento da verba prevista para este efeito, que ascende a três milhões de euros”. Segundo os dados divulgados, desde 9 de novembro, data em que entrou em funcionamento a plataforma que gere o apoio, foram atribuídos incentivos no valor de 243.830 euros pelas 1.590 juntas de freguesia aderentes.

Numa análise geográfica, verifica-se que os apoios atribuídos, ao abrigo do programa, estão mais concentrados na região norte do país, destacando-se também as regiões de Lisboa, Setúbal e Santarém.

Em 25 de agosto do ano passado, quando decidiu a possibilidade de as famílias e pequenos negócios poderem regressar ao mercado regulado do gás, o ministro do Ambiente já tinha anunciado a decisão de relançar o programa Bilha Solidária, que já esteve em vigor, mas obteve baixa adesão.

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Governo com pouca abertura para acolher propostas da oposição para mudar Sifide

Objetivo da proposta do Executivo é evitar as situações de abuso, mas manter o benefício. Governo comprometeu-se a reforçar a capacidade da ANI para que possa desenvolver as suas competências.

O Governo demonstrou pouca abertura para acolher as propostas de alteração da oposição ao sistema de incentivos fiscais em investigação e desenvolvimento empresarial (Sifide) que apresentou esta quarta-feira no Parlamento e que deverá ser votado na sexta. Sublinhando que o grande objetivo é evitar as situações de abuso, também se comprometeu em reforçar a capacidade da Agência Nacional de Inovação (ANI) para que possa desenvolver as suas competências.

“Quanto às melhorias ao diploma em sede de especialidade, ao Governo compete respeitar a prerrogativa soberana da Assembleia da República de trabalhar sobre os diplomas que o Governo lhe propõe. Mas o nosso objetivo é manter o incentivo, a promoção, evitando as situações de abuso”, disse claramente o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Nuno Félix, escusando-se a responder em concreto às várias questões que a oposição lhe colocou sobre se o Executivo estaria ou não disposto a acolher as sugestões feitas.

Também o secretário de Estado da Digitalização e Modernização Administrativa, Mário Filipe Campolargo, fez questão de sublinhar que o objetivo da proposta de lei é “corrigir o regime em aspetos para evitar abusos” e recordou que “a ANI já reconheceu alguma incapacidade de fazer o controlo e isso vai ser reforçado com algumas medidas do Governo”. No entanto, não avançou qualquer detalhe sobre que medidas poderiam ser essas.

No relatório da Inspeção Geral de Finanças (IGF), entregue esta semana no Parlamento, são apontadas duras críticas à ANI. Perante os abusos verificados ao nível da via indireta do Sifide, a IGF sugere “a implementação de uma estratégia de análise de risco e o desenvolvimento de metodologias de controlo da execução dos projetos de I&D por parte da ANI”, já que é a entidade que certifica a idoneidade dos projetos em que é possível investir e dos fundos através dos quais esse investimento pode ser feito.

“O controlo realizado pela ANI evidencia várias insuficiências: ausência de estratégia de análise de risco, inexistência de procedimentos de controlo da execução dos projetos de I&D, não realização de auditorias tecnológicas desde 2015, desatualização do manual de aprovação de candidaturas, ausência de manual relativo ao processo de reconhecimento da idoneidade para a prática de atividades de I&D e insuficiente fundamentação da elegibilidade das despesas”, lê-se no relatório.

“Em nossa opinião, os montantes envolvidos e a especificidade e complexidade das atividades de I&D justificam uma estrutura de análise mais robusta e sustentada por parte da ANI”, refere ainda o documento.

Num debate onde a deputada do PAN, Inês Sousa Real, apresentou uma proposta para aumentar a transparência e os reportes em termos de política fiscal – que o PSD disse acompanhar, mas que o Governo contrapõe dizendo que “Portugal é um exemplo de transparência ao nível dos benefícios fiscais” – uma boa parte da discussão passou pela ala esquerda do hemiciclo a defender a necessidade de aumentar o investimento público em I&D e a criticar o uso de benefícios fiscais como o único instrumento de promoção da política industrial, colando a política do PS à “proposta eleitoral da Iniciativa Liberal”, ironizou Mariana Mortágua.

Em termos de propostas, o PSD acusou o Executivo de “ficar a meio caminho para acabar com os abusos fiscais” e de não responder a muitas das questões apontadas pela IGF. A proposta do Executivo “acaba com o duplo benefício para as empresas dedicadas a I&D, mas nas relações especiais, remetendo para o Código de IRC, não fica claro o que acontece com os grupos de empresas”, exemplificou o deputado social-democrata Hugo Carneiro. “Pode dar-se o caso de uma empresa investir num fundo de investimento, que por sua vez vai investir noutra empresa que pertence ao grupo da primeira empresa que vai beneficiar também do regime de Sifide. Isto é planeamento fiscal, no limite até planeamento fiscal agressivo e não é corrigido na proposta do Governo”, criticou.

Reconhecendo que pessoalmente tem reservas em manter a via indireta do Sifide, questionou o Governo se estaria “disponível para limitar até 49,99% os investimentos que um participante pode fazer num fundo de investimento”. Porquê? “Podemos ter fundos verticalizados dominados completamente por uma única grande empresa que vai fazer planeamento fiscal agressivo”, explicou Hugo Carneiro.

O deputado apontou ainda outra situação que o novo regime proposto pelo Executivo também não resolve. “O Governo obriga a que 90% das captações de investimento sejam realizadas efetivamente, deixando 10% para comissões de gestão. Isso vai originar a constituição artificial de fundos por grandes empresas eliminando as outras”, alertou, antes de perguntar se o Governo tem “disponibilidade para corrigir alguma coisa”.

A resposta veio da bancada ao lado, com o deputado socialista Carlos Pereira a desafiá-lo para que as sugestões do PSD baixassem à especialidade para serem discutidas, mas o partido não aceitou. Hugo Carneiro retorquiu que o PSD tem direito a ver as suas propostas discutidas e votadas no hemiciclo e recordou o caso das propostas sobre as comissões bancárias que “baixaram à comissão, mas afinal não houve vontade nenhuma de consenso”.

Já o PCP criticou o facto de o Governo “alargar a borla fiscal à conceção económica de produtos de 110 para 120%” e alargar a possibilidade de dedução de despesas no âmbito do Sifide de oito para 12 anos, quando não possam ser deduzidas no mesmo período”. Duarte Alves acusou o Executivo de repetir “a receita do OE2023 no qual foi alargado o reporte dos prejuízos fiscais”. Para o deputado comunista esta é “mais uma agradável prenda aos fundos de capital de risco” e, apesar de ter questionado por duas vezes sobre qual a razão subjacente a esta opção, ficou sem resposta.

A deputada Bloco de Esquerda recordou a divergência no seio do Governo relativamente a esta matéria já que o ministro da Economia, na discussão da proposta do Orçamento do Estado para 2023, tinha anunciado o fim dos incentivos para o investimento em I&D por via indireta, mas foi desmentido duas semanas depois pelo então secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, no Parlamento, durante a audição no âmbito da discussão do OE 2023 na especialidade.

“O ministro da Economia disse que ia acabar com o investimento indireto, mas depois vem o lobby dos fundos de capital de risco e o Governo recua”, atirou Mariana Mortágua. Os 3.500 milhões de euros gastos em Sifide, “cujos resultados não estão avaliados e que levantam enormes dúvidas sobre fraude e abusos que tem a ver com fundos de capital de risco” são razões, no entender de Mariana Mortágua, para acabar com a via indireta do regime.

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Comissão Executiva do BPI cresce e passa a ter seis membros até 2025. CFO renuncia

Com a saída de Ignacio Alvarez-Rendueles, que assumia as funções de CFO, BPI decide alargar composição da Comissão Executiva, que passa a contemplar seis pessoas.

A Comissão Executiva do BPI vai passar a ter mais um membro no mandato 2023-2025, totalizando seis pessoas. Mudança é anunciada em conjunto com a saída do administrador executivo e CFO Ignacio Alvarez-Rendueles, que levou à nomeação de dois novos membros, segundo adianta o banco em comunicado enviado à CMVM esta quarta-feira.

“O Conselho de Administração informa ainda que foram indigitados para a Comissão Executiva a Dra. Susana Trigo Cabral e o Dr. Diogo Sousa Louro, cuja efetivação só se concretizará na Assembleia Geral destinada a eleger o novo Conselho de Administração, depois de obtida a necessária aprovação das autoridades de supervisão”, lê-se no comunicado.

Ambos os novos membros “desempenham funções na Alta Direção do Banco BPI: a Dra. Susana Trigo Cabral, no Banco desde 1993, é atualmente Diretora Executiva, responsável pela Direção de Contabilidade e Gestão Orçamental; o Dr. Diogo Sousa Louro entrou no BPI em 1994 e é hoje um dos dois Diretores Executivos de Particulares e Negócios”, indica o banco.

O BPI anuncia também o pedido de renúncia de Ignacio Alvarez-Rendueles, deixando uma mensagem de reconhecimento pelo contributo nos últimos 15 anos “primeiro como administrador não executivo (2009-2016) e, desde 2017, como administrador executivo, com a responsabilidade do pelouro financeiro (CFO)”. O administrador vai cessar funções no momento da eleição do novo Conselho de Administração.

(Notícia atualizada às 19h36)

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Comité das Regiões pede reforço de regras para plataformas como Airbnb

Comité das Regiões Europeu apela à Comissão Europeia maior transparência e livre acesso aos dados para regular os arrendamentos de curta duração turísticos nas regiões e nas cidades.

Acesso livre aos dados e maior transparência de forma a que cada território, das grandes cidades às comunidades rurais, tenha as ferramentas necessárias para encontrar o equilíbrio certo para regular as plataformas online de arrendamento de curta duração como a Airbnb”. Estas são as reivindicações da Comissão dos Recursos Naturais do Comité das Regiões Europeu (CR) dirigidas às instituições da União Europeia (UE) que estão a elaborar as novas regras sobre o arrendamento de curta duração.

Estas decisões saíram de um debate, a 31 de janeiro deste ano, onde participaram líderes locais e regionais assim como o diretor da Airbnb para a Europa. Em cima da mesa estiveram o impacto positivo que o turismo tem na Europa. Assim como as preocupações sentidas “nas grandes cidades europeias que enfrentam fluxos turísticos excessivos e uma procura crescente de habitação a preços acessíveis”, de acordo com comunicado do Comité das Regiões Europeu.

Ainda segundo esta entidade, “os arrendamentos de alojamento de curta duração representam quase um terço da oferta total de alojamento turístico da UE, o que foi impulsionado pelo aumento das plataformas online”.

Em novembro de 2002, a Comissão Europeia propôs novas regras para aumentar a transparência e assegurar a verificação de hóspedes em plataformas de alojamento de curta duração na UE, como o Airbnb, estando mesmo previstas sanções perante a existência de incumprimentos.

Apesar de concordar que “o arrendamento de curta duração é uma oportunidade para as regiões e cidades”, a presidente Comissão NAT, Isilda Gomes, defendeu a implementação de uma “regulamentação para dar às regiões e cidades a capacidade de proporcionar alojamento para todos“. Até porque, nota a também presidente da Câmara Municipal de Portimão, “as casas são para as pessoas, não para fins lucrativos”.

Já o presidente do Conselho Regional de Vêneto (Itália), Roberto Ciambetti, realçou que “os arrendamentos de curta duração cresceram rapidamente nos últimos tempos, oferecendo oportunidades tanto para os anfitriões como para os viajantes”. Defendeu, contudo, alternativas para as grandes cidades não estarem sobrecarregas de turismo. “Este contexto da UE poderia ajudar a promover um ecossistema turístico mais equilibrado e encorajar os viajantes a voltarem-se para cidades mais pequenas e comunidades rurais, o que aliviaria a pressão sobre as grandes cidades”, sustentou.

O Parlamento pretende que “as administrações locais possam novamente controlar as suas cidades e que as grandes plataformas de arrendamento de curto prazo tenham em consideração as consequências da sua atividade no mercado imobiliário local”, explicou a membro do Parlamento Europeu, Kim Van Sparrentak (NL/Greens), recentemente nomeada relatora do Parlamento sobre o novo regulamento europeu relativo ao arrendamento de curta duração.

O diretor da Airbnb para a Europa, Médio Oriente e África, Emmanuel Marill, concordou com o reforço da regulamentação sobre transparência e partilha de dados. Mas alertou para o facto de “os ganhos positivos para a Europa, em termos de dispersão turística, poderem ser prejudicados por regras demasiado restritivas que excluam os anfitriões quotidianos do mercado”. O responsável deu ainda conta que, na Europa, “há 1,3 milhões de anfitriões a arrendarem as suas casas, através da plataforma online, dos quais quase um milhão têm apenas uma propriedade para alugar”.

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Fed sobe taxa em 25 pontos base. “É encorajador ver um processo desinflacionista em curso”, diz Powell

A Reserva Federal norte-americana reduziu pela segunda vez consecutiva o ritmo de subida das taxa de juro do dólar, aumentando a Fed Funds em apenas 25 pontos base para o intervalo de 4,5%-4,75%.

A Reserva Federal norte-americana (Fed) está definitivamente a abrandar a subida das taxas de juro. Esta quarta-feira, Jerome Powell anunciou uma subida de apenas 25 pontos base do preço da moeda norte-americana, colocando a Fed Funds no intervalo 4,5%-4,75%.

“É encorajador ver um processo desinflacionista em curso com um mercado de trabalho forte”, refere Jerome Powell, presidente da Fed no decorrer da conferência de imprensa após o anúncio da subida das taxa de juro.

Esta medida surge após um aumento de 50 pontos base em dezembro e depois da Fed ter realizado quatro aumentos consecutivos de 75 pontos base para tentar travar a escalada da inflação nos EUA. A decisão de hoje coloca a taxa de juro ao nível mais elevado desde outubro de 2007.

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“Os indicadores recentes apontam para um crescimento modesto das despesas e da produção. Os ganhos de emprego têm sido robustos nos últimos meses, e a taxa de desemprego tem permanecido baixa. A inflação tem abrandado um pouco, mas continua elevada”, refere a Fed em comunicado, sublinhando que o plano de subidas da taxa de juro ainda não se esgotou.

Powell anunciou ainda que “teremos quase certamente de manter a nossa posição restritiva durante algum tempo” e que a Fed ainda “tem muito trabalho pela frente”, desde logo porque, segundo Powell, “a taxa de inflação continua muito acima do objetivo.”

O anúncio do presidente da Fed não foi uma total surpresa. Já no final de novembro, Powell revelou que o tempo de abrandar o ritmo de subida das taxa de juro poderia chegar após a reunião de dezembro.

A decisão anunciada esta quarta-feira pela Fed foi também ao encontro das expectativas dos investidores e dos analistas, que perspetivavam este resultado por conta da taxa de inflação nos EUA estar a descer há seis meses consecutivos e a economia norte-americana continuar a crescer.

Ainda esta manhã, numa nota enviada aos seus clientes, os analistas Jim Reid e Henry Allen do Deustsche Bank anunciavam que um aumento de 25 pontos base da Fed marcaria “a primeira subida ‘normal’ [das Fed Funds] desde Março de 2022”, quando o banco central norte-americano iniciou o seu grande impulso anti-inflação.

Apesar deste abrandamento, a Fed não retira o pé do acelerador. “O Comité [Federal de Mercado Aberto – FOMC] antecipa que novos aumentos no intervalo da taxa serão apropriados para se atingir uma postura de política monetária suficientemente restritiva para devolver a inflação a 2% no longo do tempo”, refere o banco central em comunicado, que revela ainda que se tratou de uma decisão unânime por parte de todos os governadores da Fed.

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Novobanco escolhe Benjamin Dickgiesser para CFO

O alemão deve concluir o atual mandato, que termina em 2025. Nomeação está ainda dependente da 'luz verde' no processo de fit & proper dos reguladores.

O Novobanco já escolheu um novo administrador financeiro (CFO), depois da saída de Leigh Bartlett: será Benjamin Dickgiesser, segundo informou o banco em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). O responsável de nacionalidade alemã foi nomeado para o atual mandado, que termina em 2025.

O Conselho Geral e de Supervisão (CGS) do Novobanco aprovou esta quarta-feira o nome de Benjamin Dickgiesser para o cargo, que está ainda assim sujeito a autorização das entidades reguladoras competentes (Fit & Proper). O alemão será o novo membro do Conselho de Administração Executivo, sendo que tinha anteriormente feito parte do CGS.

Dickgiesser “trabalhou em Instituições Financeiras do Grupo Citigroup’s Investment Banking, em Londres, e na Lone Star Europe Acquisitions LLP”, sendo que trabalhou na Hudson Advisors Portugal “com funções de suporte a aquisições e gestão dos investimentos da Lone Star”, como explica o banco.

O conselho consultivo considera, por isso, ser “o candidato ideal uma vez que possui experiência e conhecimento significativo do mercado e do sistema financeiro português, adquirido nos últimos cinco anos; profundo entendimento das operações do novobanco e da sua estratégia, e; conhecimento dos mercados de capitais”, segundo indicam à CMVM.

Dickgiesser vem substituir LeighBartlett, que saiu do cargo em dezembro do ano passado após sete meses em funções. O papel de administrador financeiro estava a ser assumido pelo presidente executivo do banco Mark Bourke, até ser encontrado um substituto.

(Notícia atualizada às 19h)

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Mina de lítio em Montalegre passa crivo ambiental, exceto local da refinaria

Local da refinaria sem luz verde, mas isso não será impedimento ao avanço do projeto, defende a empresa responsável, considerando que consegue responder às objeções.

O projeto para a mina de lítio em Montalegre foi aprovado pelas entidades ambientais, que deram contudo um parecer desfavorável à localização “de anexos mineiros”, que incluem a refinaria de lítio. Mas a empresa responsável pelo projeto, a Lusorecursos, afirma que essas objeções são ultrapassáveis, pelo que a exploração de lítio em Montalegre deverá mesmo tornar-se realidade em breve.

Vai mesmo haver uma mina com refinaria em Montalegre. Porque mesmo os impactos da refinaria estão aprovados, o que não esta é o local [da refinaria] dentro da zona de concessão”, afirma fonte oficial da Lusorecursos, em declarações ao Capital Verde.

A questão de não estar aprovado o local da refinaria não será impedimento ao avanço do projeto, defende a mesma empresa.

A Lusorecursos tem agora seis meses para apresentar alternativas para uma nova localização dentro da área de concessão, o que a empresa diz ser possível, tendo em conta o grande número de hectares. E existe ainda a hipótese de propor ações de mitigação do impacto na população de lobos que preocupa as entidades ambientais, neste caso, o ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas.

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Governo vai analisar proposta da Anacom para reduzir fidelizações para seis meses

Pedido para baixar limite de fidelizações para seis meses vai ser analisado pelo Ministério das Infraestruturas, que "reitera a sua disponibilidade para analisar contributos que lhe sejam remetidos".

A proposta da Anacom para baixar para seis meses o prazo máximo das fidelizações vai ser analisada pelo Governo, que, pelo menos à partida, não fecha a porta a uma medida desse tipo. Instado a reagir à medida defendida pelo regulador esta quarta-feira, fonte oficial do Ministério das Infraestruturas deixou todas as opções em aberto.

“O Governo reitera a sua disponibilidade para analisar contributos que lhe sejam remetidos e mantém um contínuo acompanhamento do setor das comunicações”, reage fonte oficial do gabinete do ministro da tutela, João Galamba.

Esta quarta-feira, dia em que entraram em vigor os aumentos de preços de 7,8% para clientes da Meo e da Nos (a Vodafone terá aumentos semelhantes a 1 de março), a Anacom revelou ter enviado ao Governo uma proposta de alteração à lei para reduzir de 24 meses para seis meses o prazo máximo de vínculo contratual nas telecomunicações. O regulador defende que é uma “ilusão” a narrativa de que as fidelizações são benéficas para os consumidores, como tem sido reiterado ano após ano pelas operadoras.

Estes aumentos não caíram bem junto do regulador, que tinha apelado em outubro a que houvesse contenção por parte das empresas perante o contexto de forte aumento do custo de vida para as famílias. Numa conferência de imprensa esta quarta-feira, o presidente da Anacom, João Cadete de Matos, ciritou as operadoras por não terem acatado esse pedido.

O tema dos preços das telecomunicações também estará a ser analisado no seio do Governo. Esta semana, o Dinheiro Vivo noticiou que o Governo pediu à Anacom informações relativamente às subidas de preços anunciadas pela Meo, Nos e Vodafone. Em concreto, o gabinete do ministro das Infraestruturas “solicitou à Anacom informações (…) sobre os direitos dos consumidores em relação aos contratos em vigor, o seu eventual cancelamento e quanto às informações disponibilizadas pelas empresas”.

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