MAI condenado a pagar aos chefes da PSP suplemento de patrulha retirado em 2010

  • Lusa
  • 10 Fevereiro 2023

O Ministério da Administração Interna (MAI) foi condenado a pagar com juros aos chefes da PSP o suplemento de patrulha retirado "ilegalmente" em 2010, segundo uma decisão do tribunal.

O Ministério da Administração Interna (MAI) foi condenado a pagar com juros aos chefes da PSP o suplemento de patrulha retirado “ilegalmente” em 2010, segundo uma decisão do tribunal.

Esta decisão resulta de uma ação interposta pelo Sindicato Nacional da Polícia (Sinapol) em 2020 contra o MAI e abrange os chefes da Polícia de Segurança Pública que ficaram sem receber o suplemento de patrulha em 2010, no valor mensal de 65,03 euros, e que desempenham funções fora das instalações policiais, como supervisor operacional e chefe das Equipas de Intervenção Rápida ou de trânsito.

Reconhece-se o direito dos polícias da carreira de chefe de polícia da Polícia de Segurança Pública, que reúnam as condições previstas no n.º 2 do artigo 104.º do Decreto-Lei n.º 299/2009, de 14 de outubro, a receber o suplemento de patrulha, nos termos previstos no mesmo preceito, com todas as consequências legais, designadamente o dever de o pagar, incluindo juros desde que cada prestação era/é devida”, refere a sentença do Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa, a que a agência Lusa teve acesso.

O número dois do artigo 104 do estatuto profissional da PSP refere que têm direito ao suplemento de patrulha os chefes com prestação efetiva de serviço no exterior das instalações da subunidade orgânica de afetação, sendo também atribuído mensalmente um suplemento de patrulha aos agentes, no valor de 59,13 euros.

Este suplemento não se aplica aos chefes que exerçam funções na Unidade Especial de Polícia e na investigação criminal.

Em 2010, quando entrou em vigor o estatuto profissional da PSP, a direção nacional decidiu retirar o suplemento de patrulha aos chefes que prestassem serviços no exterior, mantendo apenas aquele subsídio para os agentes.

O Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa considera que este suplemento foi retirado ilegalmente aos chefes da PSP, condenando o MAI ao “pagamento de juros, contados à taxa legal supletiva desde a data de vencimento de cada uma das prestações remuneratórias em falta até integral e efetivo pagamento”.

O tribunal justifica a decisão com a lei que, “expressamente e de forma a não suscitar qualquer dúvida razoável, prevê um montante concreto do subsídio de patrulha a atribuir a chefes e a agentes da PSP”, frisando que “o legislador consagrou a solução mais acertada”.

Segundo a sentença, esta decisão de ressarcimento do suplemento de patrulha aos chefes da PSP e pagamento dos retroativos desde 2010 aplica-se aos associados do SINAPOL ou a todos aqueles que se venham a tornar associados deste sindicato.

O tribunal indica ainda que se deve agora apurar as situações concretas e individuais de cada chefe da PSP que reúna ou tenha reunido as condições para receber o suplemento de patrulha e os meses em que tal efetivamente sucedeu, para se proceder ao seu cálculo, processamento e pagamento.

O presidente do Sinapol, Armando Ferreira, disse à Lusa que esta sentença deve abranger cerca de 1.000 chefes e que aqueles que tenham mantido funções no exterior das esquadras desde 2010 ininterruptamente, podem vir a receber de juros cerca de 14 mil euros.

Armando Ferreira avançou que o Sinapol pediu esta sexta-feira uma reunião à secretária de Estado da Administração Interna, Isabel Oneto, para apurar como vai ser feito o pagamento e identificar os polícias que têm direito.

O presidente do Sinapol sublinhou ainda que “mais uma vez se prova que a Polícia e a direção nacional não defendem os interesses dos polícias”.

Esta não foi a primeira vez que o MAI foi condenado em tribunal por retirada de subsídios aos polícias em 2010. Em 2018, o Supremo Tribunal Administrativo de Lisboa, após uma ação interposta pelos sindicatos da PSP, considerou ilegais os cortes feitos em 2010 e decidiu que os polícias tinham de voltar a receber os suplementos em período de férias.

O MAI pagou depois com retroativos os suplementos retirados em períodos de férias, entre 2010 e 2018, aos elementos da PSP e GNR.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Walk Talks. Cuide de si, para que possa cuidar dos outros

  • Trabalho
  • 10 Fevereiro 2023

As Walk Talks estão de regresso. Hoje é dia de cuidar de si, de se colocar no centro do seu plano de trabalho. Há que cuidar de si mesmo, para que possa trabalhar em prol do outro.

Cuidar de nós deveria ser uma prioridade, mas nem sempre o é. Deve colocar-se a si mesmo no seu plano de ação para o futuro, pois se não o fizer dificilmente vai conseguir atingir objetivos, mesmo aqueles em prol do outro. Defina uma estratégia e mantenha-se firme nessa decisão.

Nesta segunda temporada das Walk Talks, Nuno Santos Fernandes e João Perre Viana, partners e mentores da Walking Mentorship, sugerem algumas estratégias para não deixar de ter o seu bem-estar nas suas prioridades. Faça diariamente um check in de si próprio

http://videos.sapo.pt/pRudnMkErWEl8eOsfOfh

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Combustíveis voltam a descer para a semana. Gasóleo fica 3,5 cêntimos mais barato e gasolina 0,5 cêntimos

Esta segunda-feira, quando for abastecer, deverá pagar 1,545 euros por litro de gasóleo simples e 1,684 euros por litro de gasolina simples 95

Os combustíveis vão voltar a descer na próxima semana. O litro de gasóleo, o combustível mais usado em Portugal, vai descer 3,5 cêntimos e o de gasolina 0,5 cêntimos, avançou ao ECO fonte do mercado. Por isso, se puder, espere por segunda-feira para encher o tanque.

A partir de segunda-feira, quando for abastecer, deverá pagar 1,545 euros por litro de gasóleo simples e 1,684 euros por litro de gasolina simples 95, tendo em conta os valores médios praticados nas bombas à segunda-feira, divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG).

No entanto, os preços cobrados ao consumidor final podem variar consoante o posto de abastecimento. E ainda podem sofrer ajustamentos para ter em conta o fecho das cotações do petróleo brent esta sexta-feira e o comportamento do mercado cambial. Mas também porque os preços finais resultam da média dos valores praticados por todas as gasolineiras.

Estes preços já têm em conta os descontos aplicados pelas gasolineiras e a revisão das medidas fiscais temporárias para ajudar a mitigar o aumento do preço dos combustíveis, que são atualizadas no início de cada mês. Em fevereiro, o efeito de mecanismo de compensação aplicado ditou uma manutenção do desconto no ISP do gasóleo e um aumento de 2,3 cêntimos por litro no desconto do ISP no caso da gasolina, face a janeiro.

Os preços mantêm assim a tendência de descida já verificada esta semana. O gasóleo desceu sete cêntimos esta semana e a gasolina cinco cêntimos, ou seja, uma descida um cêntimo inferior ao antecipado pelo mercado.

Esta sexta-feira, os preços do brent, que serve de referência para o mercado europeu, estão a subir 2,18%, para os 86,34 dólares por barril, depois de a Rússia ter anunciado esta manhã um corte voluntário da produção de 500 mil barris a partir de março. Nos últimos dias, a cotação do barril de petróleo tem andado com oscilações, entre as perspetivas de recessão da economia dos Estados Unidos e as expectativas de recuperação total da economia da China — os principais clientes de crude. O Brent deverá registar esta semana um ganho semanal de 8%.

Evolução do preço do Brent em Londres

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Agenda do Trabalho Digno aprovada só com votos a favor do PS

  • Mariana Marques Tiago
  • 10 Fevereiro 2023

Alterações à lei laboral foram aprovadas com votos a favor do PS. As novas regras devem entrar em vigor em abril e envolvem temas como o teletrabalho, a contratação e as licenças.

A Agenda do Trabalho Digno foi aprovada em votação final global esta sexta-feira na Assembleia da República, só com os votos favoráveis do PS e abstenção do PSD, Chega, PAN e Livre. O Bloco, a Iniciativa Liberal e o PCP votaram contra.

Em causa estão múltiplas alterações à legislação laboral, que passam por temas como o teletrabalho, a contratação, os despedimentos, as plataformas e as famílias, e que devem entrar em vigor no início de abril.

Depois de muitos e longos debates, de avanços e recuos no processo legislativo que mostraram a dificuldade em encontrar consensos nesta matéria, a discussão da Agenda do Trabalho Digno terminou esta sexta-feira, com a aprovação do documento que contempla mais de 150 normas alteradas e introduzidas no Código do Trabalho.

Antes da votação global do texto final, foram apresentados requerimentos por parte do PSD, PCP e Bloco, com avocações e propostas de alteração ao documento. Apenas o requerimento apresentado pelos bloquistas foi aprovado.

Entre as novas normas destacam-se uma maior despesa com os despedimentos (e o trabalho suplementar), a proibição do outsourcing após rescisão de contrato, o aumento de benefícios para as empresas quando recorrem à contratação coletiva, ou o aumento salarial dos estagiários. A nível da saúde, o serviço SNS24 poderá passar baixas de até três dias.

No tema do trabalho remoto, as mexidas passam pela isenção fiscal destes gastos ou pelo alargamento do direito a teletrabalho para os pais com filhos com deficiência, doença crónica ou oncológica.

Ainda abrangendo as famílias, haverá um alargamento da licença parental do pai, das licenças por falecimento, da dispensa por processos de adoção e acolhimento familiar e a criação da licença por luto gestacional.

O objetivo é que estas novas leis entrem em vigor no dia 3 de abril. No entanto, tudo depende da promulgação pelo Presidente da República e da sua posterior publicação em Diário da República.

A Comissão de Trabalho, Segurança Social e Inclusão foi responsável por votar e ratificar cada artigo. Um processo que teve início em novembro e que só terminou em fevereiro, culminando o trabalho dos deputados com o texto final que foi esta sexta-feira sujeitado a votação global na Assembleia da República.

(Notícia atualizada às 14h12)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comissão de Trabalhadores da TAP marca plenário geral para dia 15 sobre privatização da companhia

  • Lusa
  • 10 Fevereiro 2023

Sob o mote "por uma TAP pública ao serviço do país e dos portugueses, os de cá de dentro e os de lá de fora", a comissão de trabalhadores da companhia marcou um plenário para quarta-feira.

A Comissão de Trabalhadores (CT) da TAP convocou um Plenário Geral para a próxima quarta-feira, dia 15 de fevereiro, sobre a privatização da companhia aérea, a que se opõe, seguida de uma marcha até ao aeroporto, anunciou esta sexta-feira a coordenadora, Cristina Carrilho.

Por uma TAP pública ao serviço do país e dos portugueses, os de cá de dentro e os de lá de fora“, é este o mote do “Plenário Geral de trabalhadores que vai acontecer no dia 15 de fevereiro pelas 15 horas, seguido de uma marcha até à aerogare”, anunciou a coordenadora da CT, em conferência de imprensa, à entrada das instalações da companhia aérea, junto ao aeroporto de Lisboa. Serão também discutidas a “defesa e a melhoria das condições laborais“.

“É necessário fazermos uma avaliação do que se está a passar na empresa, agora com a privatização em cima da mesa. A Comissão de Trabalhadores da TAP sempre defendeu a TAP pública e, portanto, vamos falar sobre este assunto, debatê-lo com os trabalhadores e definir formas de tentarmos evitar essa privatização”, afirmou Cristina Carrilho.

Para a CT, a finalidade do plano de reestruturação a que a companhia aérea está a ser sujeita é torná-la viável e rentável e se tal for alcançado com uma gestão pública, não há necessidade de privatizar.

Questionada sobre o ponto em que se encontra o processo de privatização, a coordenadora da CT disse que não recebeu ainda informação por parte da administração da empresa.

Já sobre uma notícia avançada esta sexta-feira pelo Expresso, de que o hub (centro de conexão) de Lisboa não estará assegurado com a privatização, Cristina Carrilho afirmou não ficar surpreendida. “Se a empresa for comprada, e o que tem sido dito [na comunicação social] é que será uma companhia aérea multinacional, que tem os seus hubs no sítio onde operam e, por exemplo, se for a IAG [Iberia-British Airways], há aqui Barcelona, há Madrid aqui mesmo ao lado e, portanto, poderá o hub ser desviado para uma dessas cidades”, apontou Cristina Carrilho. Para a CT, esta é uma situação que “vai afetar, com certeza, a economia do país”.

A estrutura representativa dos trabalhadores da TAP teme que a privatização agrave a “perda de direitos laborais e sociais” que os trabalhadores já enfrentam, na sequência do plano de reestruturação que impôs despedimentos e cortes salariais.

“A intenção, com os cortes e as denúncias dos AE [acordos de empresa] é fazer os trabalhadores ficarem mais baratos, para que a privatização seja mais agradável, digamos assim, para quem comprar”, defendeu a coordenadora, realçando que poderá até estar em causa o eventual “desaparecimento da TAP”.

Cristina Carrilho defendeu ainda que “todas as privatizações que foram tentadas na TAP correram sempre muito mal e, se não fosse o Estado a pôr a mão, a TAP já tinha desaparecido há algum tempo”.

(Notícia atualizada às 14h14)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Exportações têxteis registam recorde de vendas “amargo” em 2022

As vendas de têxteis e vestuário no estrangeiro aceleraram 13% em valor, mas encolheram em quantidade, devido à “forte contração” registada no último trimestre do ano passado.

As exportações de têxteis e vestuário ascenderam a 6.122 milhões de euros, um novo registo máximo para o setor, correspondente a um aumento de 13% no valor exportado em relação ao ano anterior.

No entanto, os industriais falam num “resultado histórico com sabor amargo”, já que as quantidades vendidas para o exterior encolheram quase 1%, sobretudo devido a uma “forte contração” superior a dois dígitos (-11%) no último trimestre do ano.

“Este diferencial entre valor e quantidade é justificado em grande medida pelo aumento generalizado dos custos de produção, em particular, devido ao aumento dos preços de energia, com especial destaque para o gás natural”, sublinha a associação do setor (ATP).

Em termos de grandes categorias de produtos, em volume, o setor exportou -0,3% de matérias têxteis (equivalente a menos 894 toneladas face a 2021), -3,3% de vestuário (3.118 toneladas a menos) e -0,1% de têxteis-lar e outros artigos têxteis confecionados (perda de 77 toneladas).

A instabilidade e incerteza provocada pela guerra (…) teve forte impacto no rendimento disponível, consumo e na procura das famílias, em particular nos bens não essenciais.

Mário Jorge Machado

Presidente da ATP - Associação Têxtil e Vestuário de Portugal

Numa nota de imprensa assinada pelo presidente, Mário Jorge Machado, a associação descreve uma “desaceleração da procura ao longo do ano, com implicações na produção e nas exportações deste setor”.

“A instabilidade e incerteza provocada pela guerra, que trouxe graves consequências no mercado energético e originou uma inflação generalizada nos preços dos bens, serviços e um aumento das taxas de juro, teve forte impacto no rendimento disponível, consumo e na procura das famílias, em particular nos bens não essenciais”, resume o gestor.

Num ano que acabou com um saldo de 696 milhões de euros na balança comercial setorial, com uma taxa de cobertura de 113%, os mercados que registaram maiores quebras em valor foram a China (-13%) e a Rússia (-69%), enquanto a França, que é o número dois do ranking, teve o comportamento mais positivo (+21% em valor e +7,7% em quantidade) em termos homólogos.

Em Espanha, que continua a ser o principal destino das exportações do têxtil e vestuário (quota de 23,3%), os industriais portugueses recuperaram “algum do valor perdido em 2020”, tendo crescido cerca de 3% face a 2021. Ainda assim, o país vizinho ficou aquém dos valores exportados em 2019 (-11%) e, em quantidade, até perdeu 4,4% face ao ano passado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Altar-palco afinal vai custar 2,9 milhões. Palco no Parque Eduardo VII será pago pela Igreja

Palco no Parque Eduardo VII vai ser financiado pela fundação JMJ e custará até 450 mil euros, enquanto palco principal é reduzido. Revisão de custos vai poupar 1,7 milhões ao erário público.

O presidente da Câmara de Lisboa confirma a redução de custos nas infraestruturas da Jornada Mundial da Juventude (JMJ): afinal, o altar-palco vai custar 2,9 milhões de euros e o palco no Parque Eduardo VII vai ser financiado pela fundação JMJ. Esse palco secundário custará até 450 mil euros. A revisão de custos vai poupar 1,7 milhões ao erário público.

O palco principal, no parque Tejo Trancão, tinha um valor inicial de 4,2 milhões de euros mas passa então para 2,9 milhões de euros, numa redução de preço em 30%, anunciou Carlos Moedas em conferência de imprensa. Este corte nos custos foi possível através da “redução substancial da altura do palco de nove metros para quatro metros e da redução no número de pessoas no palco, que passa de 2.000 para 1.240 pessoas”.

Desta forma, “reduz-se a área de implementação, que passa de 5.000 para 3.250 metros quadrados”. O autarca de Lisboa admite ainda que a mudança na altura do palco “terá impacto na visibilidade do Papa”, sendo que numa das zonas poderão estar “30 mil pessoas com visibilidade reduzida”.

Já no palco no Parque Eduardo VII, o projeto não estava fechado mas a solução acabou por ser uma “estrutura muito leve que poderá ascender a 450 mil euros”. Este valor será financiado pela Igreja, através da fundação JMJ.

O investimento total vai até 35 milhões de euros, mas “até 25 milhões de euros ficarão na cidade: é um investimento líquido de dez milhões de euros”, reitera Carlos Moedas.

Quando às pessoas que ficam de fora do altar-palco com a redução de espaço, o Bispo Auxiliar de Lisboa, D. Américo Aguiar, explica que se começa pelo mínimo, isto é as figuras essenciais, e depois faz-se a distribuição. No que diz respeito ao Parque Eduardo VII, diz que “sempre foi importante” colocar os jovens nesta zona, porque era “muito pobre” ser apenas no Parque Tejo a semana inteira.

Questionado sobre a antecipação destes números por Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente da Câmara de Lisboa reitera que é importante estarem todos informados e que foi ele que comunicou ao Presidente da República.

(Notícia atualizada às 13h25)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Aplicações de particulares em fundos de investimento recuam 1,6 mil milhões de euros

  • Lusa
  • 10 Fevereiro 2023

Os fundos de investimento captaram menos 1,6 mil milhões de euros de investimento em 2022 face a 2021 junto dos pequenos investidores, interrompendo três anos de crescimento.

Os fundos de investimento tinham emitido 34.900 milhões de euros de unidades de participação no final de dezembro, menos 1.600 milhões de euros que em 2021, interrompendo três anos de crescimento, divulgou esta sexta-feira o Banco de Portugal.

“Depois de três anos de crescimento do setor, os fundos de investimento tinham emitido 34.900 milhões de euros de unidades de participação no final de 2022, menos 1.600 milhões do que no final de 2021”, refere o Banco de Portugal (BdP) numa nota divulgada hoje no seu portal.

Segundo o banco central, esta redução de 4,4% foi “maioritariamente explicada pelo facto de o montante de unidades de participação amortizadas ter superado em 1.400 milhões de euros o montante emitido”.

Os fundos imobiliários e os fundos de obrigações foram os que mais unidades de participação amortizaram, com 1.000 milhões de euros e 900 milhões de euros, respetivamente. Por sua vez, nos fundos de ações, as emissões superaram as amortizações em 400 milhões de euros.

O BdP acrescenta que a desvalorização das unidades de participação foi mais expressiva nos fundos de obrigações (1.000 milhões de euros), de ações e nos fundos mistos (ambos com desvalorizações de 600 milhões de euros), estando “sobretudo relacionada com a desvalorização dos títulos de dívida e de capital detidos por estes fundos”.

O regulador assinala que os fundos imobiliários voltaram a ser a tipologia mais representativa do setor, correspondendo a 40% do total de ativos dos fundos de investimento no final do ano em análise, sendo seguidos por fundos de obrigações (23%) e os outros fundos (17%).

Em 2022, os particulares reduziram em 2.000 milhões de euros as suas aplicações em fundos de investimento, mas mantinham-se como principal setor investidor em fundos de investimento, detendo 50% do total de unidades de participação emitidas.

Numa análise à carteira dos fundos de investimento, em 2022 estes reduziram os seus depósitos e o investimento em ativos não financeiros em 1.200 milhões de euros e 700 milhões de euros, respetivamente, e aumentaram o investimento em títulos de capital (em 400 milhões de euros) e títulos de dívida (100 milhões de euros).

No final do ano anterior, os fundos de investimento tinham emitido 35.500 milhões de euros de unidades de participação, o valor mais elevado desde janeiro de 2008.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Rússia vai cortar 5% da produção de petróleo. Brent sobe 2,5% após anúncio

  • Joana Abrantes Gomes
  • 10 Fevereiro 2023

As cotações de petróleo nos mercados internacionais estão a valorizar mais de 2% depois de Moscovo anunciar que vai cortar a produção de crude em 500 mil barris por dia como resposta ao embargo da UE.

A Rússia anunciou esta sexta-feira que vai cortar em cerca de 5% a respetiva produção mensal de petróleo em março, em resposta ao limite de preços imposto pela União Europeia (UE).

Num comunicado, o vice-primeiro-ministro russo, Alexander Novak, afirma que a redução “voluntária” de 500 mil barris por dia da produção russa de petróleo, o que equivale a 0,5% da oferta mundial, ajudará a “restaurar as relações de mercado”.

O anúncio surge dias depois de ter entrado em vigor o teto máximo de preço para todos os produtos refinados do petróleo russo e não apenas o combustível em bruto, imposto pela UE e os parceiros do G7 (EUA, Canadá, Reino Unido e Japão).

A UE alargou a proibição das importações marítimas de crude russo para cobrir combustíveis refinados como o gasóleo e a gasolina, enquanto o G7 impôs um limite de preços para os mesmos combustíveis que os compradores devem respeitar se quiserem aceder aos mercados ocidentais de petroleiros e de seguros.

“A Rússia acredita que o mecanismo de preços máximos para a venda de petróleo e produtos petrolíferos russos interfere com as relações de mercado”, disse Novak, acusando o Ocidente de continuar com uma “política energética destrutiva”.

Após este anúncio, o barril de Brent, cotado em Londres e que serve de referência às importações portuguesas, sobe 2,56%, para 86,63 dólares, enquanto WTI, negociado em Nova Iorque, valoriza 2,36%, para 79,92 dólares.

Fonte: Refinitiv

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

CTT “vão deixar de vender raspadinhas”, diz Galamba

  • Lusa
  • 10 Fevereiro 2023

"A gestão da atual administração dos CTT vai deixar de usar a rede dos CTT para vender raspadinhas", adiantou o ministro das Infraestruturas, após uma proposta do Livre nesse sentido.

O ministro das Infraestruturas anunciou esta sexta-feira que os CTT “vão deixar de vender raspadinhas”, uma medida que vai ao encontro da proposta do Livre, e teceu elogios à atual gestão da empresa liderada por João Bento.

João Galamba falava no parlamento, no âmbito de uma proposta de lei sobre os critérios de aplicação e distribuição dos custos de regulação do setor postal. “Por exemplo, os CTT vão – não sei se é uma novidade – deixar de vender raspadinhas”, afirmou o governante, referindo que esta decisão vai ao encontro “da preocupação” dos deputados do Livre Rui Tavares e do Bloco de Esquerda (BE) Mariana Mortágua.

Portanto, “a gestão da atual administração dos CTT vai deixar de usar a rede dos CTT para vender raspadinhas e vai-se dedicar precisamente àquilo que o senhor deputado Rui Tavares disse que gostava que os CTT fizessem, que o Governo também gostaria que os CTT fizessem e a boa notícia é que a atual administração dos CTT tem a mesma visão”, sublinhou João Galamba.

Durante o debate, Rui Tavares tinha questionado se “era compatível” com o serviço público prestado pelos CTT “o fomento de um vício que em Portugal”, comparativamente aos congéneres, é bastante mais acentuado e mais grave e com impacto social regressivo sobre os mais pobres nas próprias estações de correio. Por isso, o Livre apresentou uma proposta para acabar com as raspadinhas.

Ou seja, “um entendimento radicalmente diferente daquele que foi aqui identificado, e bem, pela senhora deputada Mariana Mortágua e valorizar exatamente esta capilaridade e a rede dos CTT, serviços de proximidade em articulação com as populações, com as câmaras municipais, com as empresas locais, para valorizar a capilaridade como uma rede de proximidade exatamente nos termos defendidos, e bem” por Rui Tavares, prosseguiu o ministro das Infraestruturas.

Na sua intervenção, João Galamba sublinhou que a “política da atual administração dos CTT é aquela que parece ir ao encontro dos anseios do Bloco de Esquerda e do PCP e já agora” de Rui Tavares, salientou, ou seja, um “olhar de forma completamente diferente da rede agências, que está presente em todos os 308 municípios, tem 569 lojas próprias e quase 1.800 postos de correios geridos” e que comercializam produtos e serviços dos CTT.

João Galamba admitiu que existem problemas, tal como os que foram identificados pelo deputado comunista Bruno Dias, e defendeu que é preciso “corrigir a questão dos atrasos, mas afastou qualquer cenário da reversão da privatização.

“Não me parece o mais correto (…) que uma mera reversão da privatização resolva automaticamente a questão”, disse, sublinhando que “uma gestão diferente e uma regulação mais exigente e um cuidado da parte do Governo de orientar mais os CTT para o serviço público tem demonstrado que é possível”.

Em vez de “nos fixarmos em opções ideológicas, nós fixamo-nos mesmo nos serviços prestados à população, na capilaridade da rede e de uma mudança de gestão e de uma filosofia dos CTT, parece-nos que isso é o mais importante, não fixações ideológicas, mas sim a resolução concreta dos problemas das populações e é isso que está em curso e isso deixa obviamente o Governo agradado”, rematou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Custo do trabalho aumenta 3,2% em 2022

  • Lusa
  • 10 Fevereiro 2023

A este aumento, segundo o INE, corresponderam acréscimos de 3,0% nos custos salariais e 4,0% nos outros custos. No quarto trimestre de 2022, o custo do trabalho registou um acréscimo homólogo de 1,4%.

O índice do custo trabalho aumentou 3,2% em 2022 e 1,4% no quarto trimestre, em termos homólogos, um abrandamento face ao trimestre anterior, anunciou esta sexta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).

“Em 2022, o ICT [índice do custo do trabalho] aumentou 3,2%, a que corresponderam acréscimos de 3,0% nos custos salariais e 4,0% nos outros custos“, informou a autoridade estatística.

Segundo o INE, “para o aumento dos custos não salariais, contribuiu o acréscimo das contribuições patronais decorrente da diminuição progressiva de empresas abrangidas pelo regime de layoff simplificado no setor privado da economia”.

Assim, o custo médio por trabalhador aumentou 4,3% e o número de horas efetivamente trabalhadas por trabalhador aumentou 1,3%.

no quarto trimestre de 2023, o ICT registou um acréscimo homólogo de 1,4%, que compara com um aumento de 4,3% no trimestre anterior.

Naquele período, os custos salariais (por hora efetivamente trabalhada) aumentaram 1,4% e os outros custos (também por hora efetivamente trabalhada) aumentaram 1,3%, em relação ao mesmo período do ano anterior.

De acordo com o INE, a evolução homóloga do ICT resultou do acréscimo de 4,7% no custo médio por trabalhador e do acréscimo de 3,4% no número de horas efetivamente trabalhadas por trabalhador.

“O acréscimo da primeira componente foi transversal a todas as atividades económicas, em que as maiores variações foram registadas nas atividades que se enquadram nas secções B a N (5,0% na Indústria, 4,7% na Construção e 5,9% nos Serviços)”, enquanto a Administração Pública observou um acréscimo menor, de 3,3%, destacou a entidade.

Já as horas efetivamente trabalhadas por trabalhador também registaram um aumento em todas as atividades económicas, em que o menor acréscimo foi registado na Construção (1,9%) e o maior foi observado na Administração Pública (5,6%).

O ICT aumentou em todas as atividades económicas, tendo diminuído apenas na Administração Pública (2,0%).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

PS questiona Galamba sobre novas regras de partilha de contas da Netflix

  • Lusa
  • 10 Fevereiro 2023

Três deputados do PS questionaram o ministro João Galamba sobre se tomou alguma medida para a salvaguarda da privacidade dos utilizadores da Netflix, face às novas regras para partilha de contas.

Três deputados do grupo parlamentar do Partido Socialista (PS) questionaram o ministro das Infraestruturas, João Galamba, sobre se tomou alguma medida para a salvaguarda da privacidade dos utilizadores da Netflix, face às novas regras para partilha de contas.

Numa pergunta datada de quinta-feira e inicialmente noticiada pelo Jornal de Notícias, os deputados socialistas Paulo Araújo Correia, Hugo Carvalho e Hugo Oliveira questionam “quais as medidas que estão a ser tomadas para garantir o integral cumprimento por parte da Netflix do direito fundamental à reserva sobre a intimidade da vida privada dos consumidores”.

Os três deputados questionam, ainda, se já foi feita alguma diligência junto da Autoridade Nacional de Comunicações sobre este assunto.

Na quarta-feira, a Netflix anunciou ter terminado com a partilha de contas fora da residência em vários países, incluindo Portugal.

A partir de agora, os membros com o plano standard ou premium podem “adicionar contas secundárias de membro adicional, para até duas pessoas fora da sua residência”, com um custo adicional mensal de 3,99 euros, divulgou a Netflix em comunicado.

Os deputados concentraram-se no facto de a Netflix ter indicado que vai “usar o endereço de IP, ID de dispositivos e atividades de conta para detetar em que local é que os utilizadores estão a entrar na conta”.

Esta atuação faz com que os deputados se questionem se estará em conformidade com o Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD) e até mesmo com a Constituição.

“Conforme resulta do publicamente anunciado pela empresa Netflix, esta sua pretensão de limitação ou restrição do direito à reserva da intimidade da vida privada dos consumidores visa exclusivamente servir propósitos comerciais, não sendo dada qualquer explicação pela mesma sobre como pretende compatibilizar esta sua pretensão com o integral cumprimento deste direito fundamental”, argumentam os deputados.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.