Lucros da Corticeira Amorim crescem 32% e vendas superam mil milhões
Empresa de Mozelos registou vendas superiores a mil milhões de euros pela primeira vez na sua história. Subida de preços e consolidação da compra do grupo Saci contribuem para desempenho de 2022.
A Corticeira Amorim aumentou os seus lucros em 31,6% face a 2021. A empresa liderada por António Rios Amorim registou um resultado positivo de 98,4 milhões de euros, segundo os números divulgados nesta quinta-feira. As vendas da companhia de Mozelos superaram pela primeira vez a fasquia dos mil milhões de euros: foram 1.021 milhões de euros, mais 21,9% do que em 2021.
Apesar de a empresa referir que “as pressões inflacionistas continuaram a penalizar os resultados”, os resultados antes de juros, impostos, amortizações e depreciações (EBITDA) aumentaram 22%, para 164 milhões de euros. A situação contribui para um rácio EBITDA/vendas de 16,1%, mais 0,1 pontos percentuais do que em 2021, refere comunicado divulgado junto da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.
Todas as unidades de negócio da Corticeira Amorim conseguiram melhorar as suas vendas, mesmo com o “agravamento significativo dos preços de energia e de algumas matérias-primas”, além do “aumento dos custos com pessoal”:
- As vendas da unidade de rolhas cresceram 27,1% face a 2021, para 754 milhões de euros. Esta unidade “beneficiou particularmente da melhoria do mix de produtos e da subida de preços implementada no início do ano, bem como do impacto favorável da valorização cambial”;
- Nos revestimentos, a subida foi de 7,1%, para 132 milhões de euros, “refletindo melhorias do mix de produto, com uma evolução particularmente favorável dos produtos lançados recentemente, e subidas de preços”;
- Nos aglomerados compósitos, a melhoria foi de 6,7%, para 124,6 milhões de euros, por conta de uma “evolução positiva do mix de produto”;
- Nos isolamentos, as vendas cresceram 9,8% (16 milhões de euros, “apesar dos menores níveis de atividade decorrentes de paragens programadas nas suas duas unidades industriais”.
A dívida líquida da Corticeira Amorim triplicou para 129 milhões de euros – face aos 48 milhões de euros do final de 2021. As razões são a compra de 50% do capital da Saci por 49 milhões de euros; a aquisição de 50% da sociedade que detém partes da Herdade do Rio Frio, dos aumentos do investimento em ativos fixos, das necessidades de fundo maneio e do pagamento de dividendos.
Apesar da situação, a Corticeira Amorim vai propor em assembleia geral a distribuição de um dividendo bruto de 20 cêntimos por ação, o mesmo montante aplicado em 2021.
(Notícia atualizada às 17h30 com mais informação)
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