FMI falha acordo para declaração conjunta sobre Ucrânia

  • Lusa
  • 14 Abril 2023

"Fizemos todo o possível para chegar a um acordo sobre uma declaração. Infelizmente, não foi possível", disse a ministra espanhola, Nadia Calviño.

A ministra da Economia e Transformação Digital de Espanha, Nadia Calviño, lamentou esta sexta-feira não ter sido possível chegar a um acordo sobre uma declaração com uma posição conjunta sobre a invasão russa da Ucrânia e o controlo da dívida.

A afirmação de Calviño surge na qualidade de presidente do Comité Monetário e Financeiro Internacional (IMFC), órgão dirigente das políticas do Fundo Monetário Internacional (FMI), integrado por 24 membros de diversos países, durante as reuniões de primavera da instituição e do Banco Mundial que decorrem esta semana em Washington.

“Fizemos todo o possível para chegar a um acordo sobre uma declaração. Infelizmente, não foi possível”, disse Calviño. A ministra espanhola salientou que a guerra na Ucrânia continua a ter grandes impactos económicos e humanitários e a ser a principal fonte de incerteza.

Calviño destacou que, embora tenha havido “conversas muito produtivas” e “discussões muito construtivas” que atestam “a vontade de cooperar”, não houve “unanimidade na mensagem de Bali sobre a guerra que foi acordada pelos líderes do G20″ em 2022.

Por outro lado, Calviño recordou como as instituições multilaterais são fundamentais para atender às necessidades de “países vulneráveis”, como a Ucrânia e Sri Lanka, e comemorou que o evento serviu para “aumentar a cooperação dos membros em políticas económicas” e fortalecer “a rede de segurança financeira global”.

Por seu lado, Kristalina Georgieva, líder do FMI, apelou às autoridades monetárias para que continuem a combater a inflação enquanto “salvaguardam a estabilidade financeira” e incentivou os países a reduzir a pobreza e aumentar os recursos alocados ao Fundo para o Crescimento e Redução da Pobreza.

“É um instrumento que provou ser útil para dar apoio sem juros a países de baixo rendimento e está numa procura recorde agora que as taxas de juros estão altas”, frisou.

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LG apresenta nova identidade de marca

No digital, a marca pretendeu que o símbolo fosse mais interativo com os clientes e tivesse uma maior capacidade de expressão, pelo que as letras "L" e "G" conseguem formar oito expressões diferentes.

A LG divulgou uma nova identidade visual com o objetivo de se afirmar como uma marca “icónica” e “amada” pelos clientes de todos os países e gerações. A geração Z – ou seja, os nascidos entre a metade da década de 1990 e o início do ano 2010 – são um “alvo” assumido pela empresa.

Ter uma estratégia de marca forte e consistente permite-nos comunicar melhor a nossa proposta de valor e a nossa identidade única, a qual combina de forma harmoniosa inovação e calor humano”, refere William Cho, CEO da LG Electronics, citado em comunicado, acrescentando que através da implementação desta nova estratégia de marca, a LG “pretende tornar-se numa marca icónica capaz de comunicar com consumidores transcendendo gerações e geografias”.

O objetivo desta nova identidade de marca passa também por realçar o slogan – “A vida é boa” (Life’s Good) – com um aspeto visual mais “dinâmico” e “jovem” em todos os meios, tanto físicos como digitais, revela a marca.

No que ao digital diz respeito, a marca pretendeu que o símbolo fosse mais interativo com os clientes e tivesse uma maior capacidade de expressão, pelo que as letras “L” e “G” conseguem formar oito expressões, como assentir, rodar ou piscar o olho.

A LG vai também passar a utilizar a cor mais energética “LG Active Red” em todos os pontos de contacto com o cliente. Além disso, foram introduzidos outros tons, como o branco ou preto, de forma a oferecer mais variedade e flexibilidade e possibilitar a sua aplicação de acordo com a característica única de cada produto ou serviço.

O tipo de letra do slogan vai também ser alterado e utilizado de uma “forma mais ampla como um ativo da marca na embalagem do produto. Inteligentemente integradas no tipo de letra, será possível encontrar formas inspiradas em vários produtos LG”, refere-se em comunicado.

“A nova estratégia de marca da LG não vem, apenas, fortalecer a identidade única da empresa; vem também sinalizar a vontade e capacidade de evoluir com as gerações, juntamente com o seu compromisso incomparável em inovar as experiências dos clientes em todo o mundo. A empresa planeia utilizar este ativo em todos os pontos de contacto com clientes a nível global ao longo do ano”, explica-se na mesma informação.

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Governador do banco central da Eslováquia multado por corrupção

  • ECO
  • 14 Abril 2023

Peter Kazimir, governador do Banco Nacional da Eslováquia e membro do conselho de governadores do BCE foi multado em 100 mil euros, por estar envolvido num caso de corrupção.

Peter Kazimir, governador do banco central da Eslováquia e membro do conselho de governadores do Banco Central Europeu (BCE), foi multado em 100 mil euros por um tribunal eslovaco, por estar envolvido num caso de corrupção que terá cometido alegadamente quando foi ministro das Finanças, escreve o Cinco Dias (acesso livre, conteúdo em espanhol).

De acordo com o jornal espanhol, a sentença foi proferida no passado dia 3 de abril, mas só esta sexta-feira foi anunciada por um porta-voz do Tribunal Especial Anticorrupção a um jornal eslovaco. Depois de ter sido conhecida a decisão, o primeiro-ministro da Eslováquia pediu a demissão de Peter Kazimir como governador do Banco Nacional da Eslováquia.

Peter Kazimir, que está atualmente em Washington, nos Estados Unidos, a participar nas reuniões de primavera do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional, ainda não reagiu a esta sentença, mas no passado rejeitou as acusações.

O caso veio a público em 2021 quando Peter Kazimir já assumia as rédeas do Banco Nacional da Eslováquia. Na altura, vieram a público suspeitas de que quando ocupava o cargo de ministro das Finanças (entre 2012 e 2019) tivesse servido de intermediário de um suborno de 50 mil euros entre um empresário local e o anterior chefe da autoridade tributária eslovaca, segundo o mesmo jornal.

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Conferência anual da APAN quer debater “Better Marketing – Mesmo a propósito”

António Casanova, Francisco Pedro Balsemão, Inês Lima ou José Pedro Dias Pinheiro são alguns dos oradores nacionais.

A conferência anual da Associação Portuguesa de Anunciantes (APAN) está de volta para uma nova edição, no dia 6 de junho, no Centro de Congressos do Estoril. “Better Marketing – Mesmo a propósito” é o mote da iniciativa.

O objetivo da “Better Marketing” passa por “reunir as tendências, os desenvolvimentos recentes e os desafios mais urgentes na indústria da comunicação e do marketing“, numa edição que “ficará marcada por debates e conversas desafiantes”, refere-se em nota de imprensa.

Steven Van Belleghem e Mark Ritson são os oradores internacionais que marcam presença na conferência, que vai abordar temas como a “Comunicação & Sustentabilidade” e “Comunicação & Media”.

“The diamond in the rough. The future of customer Experience”, é o tema a ser apresentado pelo autor Steve Van Belleghem. “Consciente do facto de ainda nem todas as empresas conseguirem colocar efetivamente o cliente no centro da sua atividade, irá falar sobre como construir uma cultura do cliente, em que este fique efetivamente satisfeito. Uma intervenção que inclui as novas tecnologias, a empatia, a construção de uma relação duradoura e a responsabilidade social”, explica-se em comunicado de imprensa.

Por seu lado, o colunista, consultor e professor de marketing, Mark Ritson, leva à conferência o tema “Marketing Effectiveness”. Ritson – que trabalhou como consultor de marcas como a Baxter, McKinsey, Subaru, Donna Karan, Westpac, Johnson & Johnson, Sephora, Benefit, Amgen, Ericsson, Jurlique, Cloudy Bay ou WD40 – vai destacar a importância da eficácia no marketing.

Helena Gouveia, diretora de Marketing da Ikea Suécia também irá intervir sobre “Criar um dia a dia melhor para a maioria das pessoas”. Helena Gouveia é membro do Comité Nórdico do GARM (Global Alliance for Responsible Media) e foi recentemente eleita Gestora de Marketing do Ano, na Suécia.

Na sessão será também apresentado um estudo exclusivo da APAN – “Hábitos e Comportamentos de Consumo de Media na Era Digital”. A apresentação fica à responsabilidade de António Gomes, que será também o moderador de um painel que junta António Casanova (Unilever), Francisco Pedro Balsemão (Impresa), Inês Lima (McDonald’s) ou José Pedro Dias Pinheiro (GroupM).

Espera-se um debate estratégico sobre os desafios de como chegar ao consumidor de forma eficiente e eficaz“, afirma-se em nota de imprensa.

O programa provisório, as inscrições e as informações sobre o evento estão disponíveis aqui. Aqueles que se inscreverem até ao dia 15 de abril beneficiam de um Early Bird superior a 10% de desconto.

“Queremos partilhar e discutir os desenvolvimentos recentes e os desafios mais urgentes da nossa indústria – compromisso, autenticidade, transparência e criatividade – e a importância de encontrar novas formas de pensar e trabalhar para conseguir a excelência no desempenho”, revela a organização no seu site.

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IGCP cancela dois leilões de dívida de curto prazo

As duas operações estavam planeadas para 19 de abril e 17 de maio, e tinham um montante indicativo global de 1.250 milhões de euros.

A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP), liderada por Miguel Martín, anunciou esta sexta-feira que cancelou dois leilões de Bilhetes do Tesouro, que estavam agendados para 19 de abril e 17 de maio.

A operação que estava planeada para 19 de abril seria realizada sobre a linha de Bilhetes do Tesouro BT15MAR2024, que atualmente está a negociar no mercado secundário com uma yield de 2,92%, e apresentava um montante indicativo de 500 milhões de euros.

Para o leilão de 17 de maio, o IGCP tinha a intenção de colocar no mercado 750 milhões de euros através do lançamento de uma nova linha de Bilhetes do Tesouro a 12 meses.

No final do mês passado, no seguimento da divulgação do Programa de Financiamento da República Portuguesa para 2023 para o segundo trimestre, o IGCP revelou que “o financiamento líquido através de Bilhetes de Tesouro espera-se que registe um decréscimo, de uma estimativa inicial de 4,3 mil milhões de euros para uma variação líquida de zero em 2023.”

No mesmo documento, o IGCP revelava já um financiamento líquido de Bilhetes do Tesouro no primeiro trimestre negativo de 200 milhões e euros.

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Miguel Frasquilho assume conselho consultivo da Optimize Investment Partners

  • Trabalho
  • 14 Abril 2023

O gestor acumula a nova função com o cargo de diretor-geral para o Sul da Europa, que desempenha, desde janeiro de 2022, na CI&T.

IBS Career Forum no ISCTE - 06FEV19

Miguel Frasquilho, antigo presidente da AICEP e ex-chairman da TAP, assumiu a presidência do conselho consultivo da Optimize Investment Partners, uma sociedade gestora de organismos de investimento coletivo, anunciou o próprio através da sua página no LinkedIn. Papel que já desempenhada em outras três empresas.

Criado em 2008, a Optimize Investment Partners tem mais de 230 milhões de ativos sob gestão, num total de 17 fundos de investimento Optimize e mais de 18 mil clientes, segundo informação do site da sociedade de investimento. A sociedade tem Pedro Lino como CEO, Nuno Santos como administrador executivo e Carlos Pinto como senior investment manager.

O gestor acumula a nova função com o cargo de managing director for southern Europe, que desempenha, desde janeiro de 2022, na CI&T, consultora tecnológica especialista em transformação digital e cotada na bolsa de Nova Iorque.

Além disso, Miguel Frasquilho mantém-se como presidente do advisory board na MAGOP, FNWAY e da ACEPI.

Antigo deputado, ex-secretário de Estado do Tesouro e Finanças, Miguel Frasquilho foi ainda antigo chairman e CEO da AICEP e da TAP, tendo ainda ocupado o cargo de chief economist do antigo BES.

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Câmara de Oeiras tenta vender terrenos de antiga petroquímica pela quarta vez

  • Ana Petronilho
  • 14 Abril 2023

Autarquia liderada por Isaltino Morais já fez três sessões de hastas públicas para tentar vender os terrenos onde funcionava a antiga petroquímica. Reduziu agora em dois milhões o valor base.

A Câmara de Oeiras vai tentar, pela quarta vez, vender os terrenos onde funcionava a antiga Companhia Nacional de Petroquímica. E tendo em conta que as anteriores hastas públicas ficaram desertas, sem qualquer proposta apresentada, a autarquia liderada por Isaltino Morais decidiu retirar cerca de dois milhões de euros ao valor base do imóvel.

De acordo com a deliberação aprovada pela Câmara de Oeiras, a que o ECO teve acesso, o valor do imóvel fixado em 14,52 milhões de euros vai passar, na próxima hasta pública ainda por agendar, para 12,43 milhões. Já a licitação verbal que tem como lance mínimo 100 mil euros, deverá manter-se.

A autarquia diz que a redução do valor-base tem em conta que, ao contrário do inicialmente previsto, haverá a “substituição de 50% da área total destinada a serviços” para “uso de um aparthotel”. Além disso, foi considerada a “atualização dos valores de custo de construção, valores de venda e as taxas aplicáveis, à data de janeiro de 2023”, lê-se no documento da deliberação aprovada em reunião de câmara.

Os terrenos onde funcionava a antiga Companhia Nacional de Petroquímica foram, pela primeira vez, a hasta pública a 6 de setembro, quando foram realizadas duas sessões que ficaram desertas, avançou na altura o Jornal de Negócios. A autarquia decidiu fazer uma terceira tentativa de venda dos terrenos a 19 de outubro, mas sem sucesso.

Projeto para os terrenos prevê habitação, comércio e serviços

Nos terrenos, localizados na Estrada de Paço de Arcos e com uma área de 20 mil metros quadrados, ainda se encontram “edifícios devolutos da antiga Companhia Nacional de Petroquímica e vias internas de acesso” “em mau estado de conservação”, sendo o seu futuro “a demolição e total reconversão funcional”.

Ainda foram “ocupados pelos serviços técnicos” da autarquia mas, agora, “o prédio em causa não se encontra arrendado nem apto a ser ocupado”, disse, ao Negócios, fonte oficial da câmara de Oeiras, acrescentando que a autarquia “desenvolveu para o local um novo cenário urbanístico multifuncional que prevê a concretização de dois lotes de terreno destinado a serviços, comércio e habitação em conformidade com a qualificação do solo definida em PDM”.

Para a compra dos terrenos, no dia da hasta pública, terá de ser pago 10% do valor e os restantes 90% são pagos no dia da escritura, que terá de ser celebrada num prazo de 90 dias, após a adjudicação que resulta do leilão. Todas as despesas legais da compra dos terrenos, como os registos e a escritura, são também suportados pelo adjudicatário.

De acordo com procedimento definido pela Câmara de Oeiras, o adjudicatário tem um prazo de nove meses, a partir da data da escritura, para pedir o licenciamento da operação de loteamento para o imóvel e apresentar todo o projeto de construção, incluindo reordenamento viário exterior.

A demolição dos edifícios devolutos e as obras dos novos imóveis terão de arrancar num prazo máximo de 24 meses, após a assinatura da escritura. Caso os prazos não sejam cumpridos por motivos imputáveis ao adjudicatário, será aplicada uma multa de 0,5% do valor da aquisição dos terrenos, por cada mês de atraso, lê-se no documento da autarquia.

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Numa conjuntura adversa, como comunicam os bancos?

Em momentos de maior incerteza económica, os bancos parecem apostar num reforço da comunicação. Novas soluções e o reforço da imagem e confiança são as principais opções.

O momento económico atual não é o mais favorável para as famílias, que se debatem com uma taxa de inflação alta e o aumento da taxa de juros.

Com esta subida, também os empréstimos bancários representam um peso maior nos orçamentos, nomeadamente no crédito à habitação. Até final de 2023, serão 335 mil os contratos que terão uma variação da taxa de esforço igual ou superior a cinco pontos percentuais. Destes, 58 mil enfrentarão uma taxa de esforço acima de 50% — taxa de esforço significativa em que pelo menos metade dos rendimentos é usado para pagar a prestação da casa.

No entanto, os bancos registam bons resultados. Conforme noticiou o ECO, na Caixa Geral de Depósitos (CGD), por exemplo, a subida das taxas de juro vai aumentar as receitas com juros e comissões em 2023, com o banco público a prever que o produto bancário ascenda a quase três mil milhões de euros este ano. Isto depois de a CGD ter registado em 2022 um dos seus melhores anos de sempre, com lucros de 843 milhões de euros.

E os portugueses não estão alheados destas e outras questões. Segundo um estudo da Direção-Geral dos Assuntos Económicos e Financeiros da Comissão Europeia, Portugal está entre os países onde o interesse sobre a inflação subiu no seguimento dos anúncios das medidas de política monetária, nomeadamente as mexidas nos juros.

Neste sentido, como estão as instituições bancárias a comunicar nestes tempos mais conturbados e como tentam reafirmar ou recuperar a confiança dos clientes? O +M contactou os cinco principais bancos do país – BPI, Caixa Geral de Depósitos, Millennium bcp, Novo Banco e Santander Totta – sobre o tema.

“A primeira e mais importante medida foi a forma como temos procurado comunicar aos clientes com toda a transparência as soluções para os problemas colocados pela subida das taxas”, explica ao +M Constança Macedo, diretora de comunicação e marca do BPI.

Segundo Constança Macedo, “o BPI é muito sensível às dificuldades das famílias (e das empresas) e mantemos um acompanhamento e comunicação permanentes. O banco tem vindo a encontrar soluções à medida das necessidades específicas de cada cliente, com muita flexibilidade e sobretudo muita proximidade com os clientes. Por exemplo, no caso da renegociação dos créditos à habitação, montámos uma estrutura omnicanal específica para lidar com esta questão. O mesmo se passa com as empresas”.

Temos comunicado um conjunto de novos produtos e serviços, que visam precisamente dar resposta às necessidades atuais e futuras dos clientes em áreas como a habitação, poupança e investimento, reforma, proteção e o lazer.

Constança Macedo

Diretora de comunicação e marca do BPI

O BPI, diz, procura sempre estar próximo dos clientes e da sociedade, “independentemente do contexto económico”, refere também na resposta ao +M, acrescentando que a instituição tem como prioridade “manter a sua excelente reputação, assente em elevados níveis de qualidade do serviço e na afirmação do banco como uma referência na área da sustentabilidade, inovação, gestão responsável e compromisso social”.

Este exercício de manutenção da reputação parece passar também pelo reforço do setor social, com o BPI a evidenciar que, em conjunto com a Fundação “la Caixa”, este ano vai destinar 50 milhões de euros para o desenvolvimento de iniciativas sociais, científicas, educativas e culturais.

Por outro lado, temos também comunicado um conjunto de novos produtos e serviços, que visam precisamente dar resposta às necessidades atuais e futuras dos clientes em áreas como a habitação, poupança e investimento, reforma, proteção e o lazer. Além disso, no domínio da inovação, o BPI foi o primeiro Banco a lançar um balcão em realidade virtual, naquele que é o primeiro passo do BPI no metaverso”, refere Constança Macedo.

Ainda no âmbito da comunicação, a instituição bancária adianta que irá lançar campanhas ao longo do ano. Neste momento, o BPI encontra-se a divulgar o primeiro “BPI All in One”, um “novo conceito de espaço comercial financeiro”, que contempla atendimento próximo e personalizado, agilidade e comodidade através do uso de tecnologias inovadoras e abertura à comunidade. Com este espaço o banco pretende “revolucionar” a experiência dos clientes no canal físico.

Na Caixa estamos preparados para acompanhar este contexto. Encaramo-lo como uma oportunidade para melhorar o atendimento e o serviço aos nossos clientes, mas também como um desafio a que temos que responder, com investimento ao nível da comunicação, que dê a conhecer aos portugueses as soluções que temos para lhes oferecer.

Raquel Vila Verde

Diretora de comunicação e marca da CGD

A alteração de paradigma do mercado exige, hoje, um sentido de urgência e planos de ação efetivos. O contexto é adverso e de especial incerteza, mas não é novo”, diz ao +M, Raquel Vila Verde, diretora de comunicação e marca da CGD, acrescentando que o banco está “consciente” do enquadramento “desafiante” e continua a atuar junto dos clientes com “respostas rápidas, de forma proativa e com soluções eficazes, que apoiem as famílias”.

Segundo Raquel Vila Verde, a Caixa está preparada para acompanhar este contexto económico mais adverso, encarando-o como uma “oportunidade para melhorar o atendimento e o serviço aos nossos clientes, mas também como um desafio a que temos que responder, com investimento ao nível da comunicação, que dê a conhecer aos portugueses as soluções que temos para lhes oferecer“.

Exemplo claro deste alinhamento é a recente campanha da CGD que tem a atleta olímpica Patrícia Mamona como protagonista e “Chegar mais longe” como assinatura. Esta nova campanha institucional da Caixa é um “exemplo claro do que queremos passar como marca, especialmente neste contexto. Estamos prontos para, em conjunto com os portugueses, ‘Chegar mais longe’, com Resiliência, Esforço, Dedicação, Foco, Ambição e Superação“, diz a diretora de comunicação.

“Um conceito de campanha alinhado com os princípios da Caixa e que nos inspira a superar as expectativas dos nossos clientes, garantindo proximidade e qualidade no serviço que prestamos e uma oferta de produtos financeiros inovadores”, acrescenta Raquel Vila Verde.

Estes tempos de maior incerteza económica parecem ser assim, na visão da Caixa, um momento adequado para o reforço da comunicação. Desde logo com este regresso da CGD à televisão (meio no qual não comunicava desde outubro de 2021) mas também com uma campanha de crédito à habitação, com taxa fixa, que está a ser comunicada em imprensa, digital e rádio.

A nossa prioridade passa por aprofundar as relações de proximidade e de confiança, adequando a nossa oferta às condições de mercado e às necessidades daqueles que servimos, para continuarmos a merecer a sua preferência. Na comunicação com as empresas privilegiamos os contactos e eventos de proximidade.

Ricardo Valadares

Diretor de comunicação e marca do Millennium bcp

O reforço do seu posicionamento parece ser também a estratégia adotada pelo Millennium bcp perante o atual contexto desafiante, conforme refere Ricardo Valadares, diretor de comunicação e marca. “Trabalhamos para entregar produtos e serviços de qualidade e valor, que correspondam às necessidades dos clientes, o que fazemos com uma preocupação especial nestes tempos de maior incerteza. Queremos ser o suporte para os nossos clientes, numa relação assente na confiança e no profissionalismo”, refere.

Mas também o aprofundamento das relações de proximidade e confiança com os clientes parece ser a principal preocupação desta instituição bancária:

A nossa prioridade passa por aprofundar as relações de proximidade e de confiança, adequando a nossa oferta às condições de mercado e às necessidades daqueles que servimos, para continuarmos a merecer a sua preferência. Na comunicação com as empresas privilegiamos os contactos e eventos de proximidade“, diz Ricardo Valadares, acrescentando que, nesse sentido, estão a ser realizadas as Conferências Millennium Talks em todo o país, que “abordam os principais temas da atualidade com especialistas, decisores e empresários”.

Apontando a flexibilidade, a personalização e a proximidade como as “palavras-chave” na atuação do banco, Ricardo Valadares diz ao +M que, exemplo deste posicionamento, é a disponibilização de uma nova funcionalidade, através dos canais digitais. Esta “permite a formalização de vários processos relacionados com a contratualização e alteração de operações de crédito à habitação”, além de uma oferta diversificada de soluções com taxa fixa, mista e variável.

“Fomos também o primeiro banco a realizar o primeiro contrato de crédito remoto, totalmente digital, sem a presença física conjunta dos intervenientes. Tal como ocorreu durante a pandemia com as moratórias bancárias, procuramos sempre ser parte da solução”, afirma o diretor de comunicação e marca do Millenium bcp.

Outra estratégia adotada pelo bcp para chegar mais perto e ganhar a confiança dos clientes passa pelo apoio ao desporto, nomeadamente através do patrocínio ao torneio de téni Millenium Estoril Open ou do lançamento há duas semanas da campanha “Embaixadores Millennium”, que juntou o tenista João Sousa e as surfistas Teresa Bonvalot e Marta Paço.

“Sob o mote ‘Juntos, partilhamos a paixão pelo futuro’, o Millennium bcp compromete-se a estar sempre presente, a inspirar novas metas e a celebrar cada vitória, na conquista de novos desafios”, aponta a instituição bancária.

Por parte do Novobanco – que assinalou recentemente o fim da sua reestruturação com uma nova campanha – Vicente Moreira Rato, diretor de marketing da instituição, refere que, tendo em conta o “cenário atual”, o Novobanco lançou “diversas iniciativas de apoio aos seus clientes entre as quais se incluem a remuneração da conta à ordem a 4% para novos clientes com domiciliação de ordenado ou um programa de comparticipação nas despesas essenciais que oferece a novos clientes do banco um cashback de 10% nos gastos feitos em supermercados ou gasolineiras.

“Este programa será alvo de uma campanha de comunicação específica a lançar nas próximas semanas”, adiantou o diretor de marketing do Novobanco.

O Santander Totta, também contactado, não respondeu até à publicação deste texto.

Perante cenários economicamente adversos, as instituições bancárias parecem assim responder com um reforço da comunicação, tanto de novas soluções que se enquadrem nas necessidades dos clientes, como de um reforço de imagem e confiança do próprio banco.

Resta perceber como vão os portugueses reagir perante este reforço de comunicação por parte dos bancos. No que toca a depósitos – com os bancos portugueses a remunerar menos do que a banca da Zona Euro – as instituições bancárias registaram um quebra de 2,1 mil milhões nos depósitos em fevereiro de 2023.

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Lagarde alerta que perspetivas de crescimento são frágeis

  • Lusa
  • 14 Abril 2023

"As tensões persistentemente altas nos mercados financeiros podem apertar as condições gerais de crédito mais fortemente do que o esperado e enfraquecer a confiança", disse a presidente do BCE.

A presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, considerou esta sexta-feira que as perspetivas de crescimento da economia melhoraram nos últimos meses, mas continuam frágeis num contexto de incerteza persistente em que os riscos se inclinam para o lado negativo.

As tensões persistentemente altas nos mercados financeiros podem apertar as condições gerais de crédito mais fortemente do que o esperado e enfraquecer a confiança”, disse durante a reunião do Comité Monetário e Financeiro Internacional do Fundo Monetário Internacional (FMI) nas reuniões de primavera, que decorrem esta semana em Washington (Estados Unidos).

Neste sentido, reiterou que o Banco Central Europeu (BCE) está a monitorizar as atuais tensões do mercado e continua preparado para responder conforme for necessário para preservar a estabilidade de preços e a estabilidade financeira na zona euro.

Por outro lado, recordou que a guerra na Ucrânia continua a ser um risco negativo significativo para a economia que pode fazer subir novamente o custo da energia e dos alimentos, enquanto o crescimento na zona euro também pode ser afetado se a economia mundial enfraquecer mais do que o esperado.

Desta forma, reconheceu que as perspetivas de recuperação da economia mundial continuam frágeis enquanto se mantém a continuidade da incerteza e a possibilidade de surgirem novamente pressões nos mercados mundiais de energia e alimentos, o que conduziria novamente ao aumento da inflação.

Alertou ainda que a resiliência dos mercados de trabalho e o forte crescimento salarial, especialmente nas economias avançadas, sugerem que as pressões inflacionistas subjacentes continuam fortes.

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Repsol investe 400 milhões de euros na reflorestação de até dez mil hectares em Portugal

  • Lusa
  • 14 Abril 2023

Governo considera que projeto da petrolífera, Motor Verde, vai contribuir para estabelecer o mercado voluntário de créditos de carbono.

Os ministros da Economia e do Ambiente consideram que o projeto da petrolífera Repsol ‘Motor Verde’, que para já prevê reflorestar entre a cinco a dez mil hectares, vai contribuir para estabelecer o mercado voluntário de créditos de carbono.

Na apresentação do projeto ‘Motor Verde + Floresta’, no Instituto Superior de Agronomia de Lisboa, o ministro da Economia e do Mar, António Costa e Silva, disse que este projeto pode atrair para investimentos na floresta portuguesa empresas internacionais interessadas em compensar emissões de carbono.

“Este projeto insere-se no mecanismo aprovado pelo Governo de estabelecer em Portugal um mercado voluntário de créditos de carbono. Será uma das primeiras experiências e um exponenciador deste desenvolvimento“, afirmou Costa e Silva.

Pelo seu lado, o ministro do Ambiente e Ação Climática, Duarte Cordeiro, considerou que este é “um projeto transformador do espaço rural português” e um “projeto estrutural na floresta” e que contribuirá para Portugal atingir a meta da neutralidade carbónica em 2050.

Duarte Cordeiro saudou o projeto da Repsol e disse que é sempre difícil para um ministro do Ambiente estar ligado a uma petrolífera, mas que sem mobilizar os setores mais poluentes não será possível fazer a transição energética.

Sobre a criação em Portugal do mercado voluntário de créditos de carbono, Duarte Cordeiro disse que tal é muito importante mas que, ao mesmo tempo, “Portugal vai aumentar a sua ambição na redução de emissões de carbono“.

Ambos os governantes consideraram ainda que o projeto irá ajudar a fixar pessoas em zonas mais despovoadas ao estimular a economia local.

Já o presidente da Repsol, Antonio Brufau, disse que, para já, o projeto vai reflorestar entre cinco a 10 mil hectares, num investimento de cerca de 40 milhões de euros, e que no futuro pode chegar a 100 mil hectares (com cerca de 90 milhões de árvores e capturando 25 milhões de toneladas de carbono) e a um investimento de 400 milhões de euros e criação de 15 a 20 mil novos empregos.

O projeto ‘Motor Verde’ já existe em Espanha, uma iniciativa da Fundación Repsol, reflorestando terras queimadas ou baldias e criando bosques para compensar as emissões de CO2, araindo empresas interessadas em compensar a sua pegada de carbono.

O protocolo de colaboração entre o Governo português e a Repsol sobre o projeto ‘Motor Verde +Floresta’ foi hoje assinado, no Instituto Superior de Agronomia de Lisboa, entre o ministro do Ambiente e Ação Climática, Duarte Cordeiro, e o presidente da Repsol, Antonio Brufau.

Em 26 de janeiro, o Governo aprovou o decreto-lei que cria e promove o desenvolvimento de um mercado voluntário de carbono de âmbito nacional, tendo estado em consulta pública até esta semana (11 de abril).

Em janeiro na Assembleia da República, o ministro do Ambiente e da Ação Climática explicou que o mercado se baseia em projetos de redução de emissões de gases com efeito de estufa e sequestro de carbono “que contribuam para o cumprimento dos compromissos nacionais, comunitários e internacionais assumidos por Portugal”, e a medida vai contribuir para a mitigação das alterações climáticas.

Duarte Cordeiro adiantou também que numa fase inicial o Mercado Voluntário de Carbono vai dar prioridade a projetos de sequestro florestal de carbono, em especial nas áreas florestais ardidas e nas áreas prioritárias previstas nos Programas de Ordenamento e Gestão da Paisagem.

O mercado de carbono consiste na criação de créditos ou licenças que são pagos pelas empresas para compensar as suas emissões de carbono.

Esta semana, a associação ambientalista Zero considerou que o mercado voluntário de carbono não pode substituir o objetivo principal de reduzir emissões de gases com efeito de estufa (GEE) na fonte e que os mecanismos de escrutínio têm de ser mais robustos e que os efeitos do projeto têm de ter pelo menos uma duração de 100 anos.

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Notre-Dame estará reconstruída em 2024, promete Macron

  • Lusa
  • 14 Abril 2023

Presidente francês indica que está em cima da mesa a criação de um museu dedicado a Notre-Dame pela importância que tem no "destino nacional".

As obras de reconstrução de Notre-Dame estarão concluídas em 2024, de acordo com as previsões, afirmou esta sexta-feira o presidente francês Emmanuel Macron, quando se aproxima o quarto aniversário do incêndio naquela catedral parisiense.

“Cinco anos para reviver Notre-Dame. É titânico. Estamos a trabalhar nisso. Artesãos, restauradores, trabalhadores e colegas, todas as equipas no local garantiram novamente esta amanhã: estaremos lá em 2024”, escreveu o presidente Macron no seu perfil da rede social Twitter.

Macron acrescentou que a catedral vai renascer e que está a pensar sobre a criação de um museu dedicado a Notre-Dame pela importância que tem no “destino nacional”.

De acordo com o último relatório oficial sobre as obras as tarefas de limpeza e reconstrução foram iniciadas depois da conclusão da fase inicial de estabilização.

A comitiva que acompanhava o presidente conseguiu observar o transepto restaurado e a conclusão da estrutura que vai suportar a nova agulha da catedral que será instalada no final do mês de abril.

A emblemática “flecha” de Notre-Dame, com 96 metros, que se perdeu durante o incêndio de 15 de abril de 2019, começará a ser reconstruída ainda durante este mês.

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Conselho Constitucional francês dá luz verde a aumento da idade de reforma

  • ECO e Lusa
  • 14 Abril 2023

O Conselho Constitucional francês validou esta sexta-feira grande parte da nova lei de pensões, que prevê um aumento da idade de reforma de 62 para 64 anos.

O Conselho Constitucional francês deu luz verde, esta sexta-feira, a grande parte da nova lei de aposentações, que prevê que a idade de reforma aumente para 64 anos, avança o Le Fígaro (acesso livre, conteúdo em francês).

O grupo conhecido pelo “nove sábios” validou os pontos essenciais do pacote de reforma às pensões, incluindo a polémica medida do aumento da idade da reforma. Contudo, censurou algumas medidas, nomeadamente a criação de um “índice sénior”, a realização de um referendo e a medida que previa facilitar a contratação de candidatos a empregos de longa duração com mais de 60 anos.

Já há algumas reações à decisão. “A luta continua”, reagiu o líder da esquerda radical Jean-Luc Mélenchon. Já Marine Le Pen, da extrema-direita, escreveu, no Twitter, sublinha que “o povo tem sempre a última palavra” caber-lhe-á “preparar a alternativa que voltará a esta reforma inútil e injusta”.

O dirigente do Partido Comunista, Fabien Roussel, apelou ao Executivo para “não promulgar” a lei que validada pelo Conselho Constitucional. “Receio uma erupção social, receio hoje um transbordamento”, alertou, e quando diversas manifestações contra o projeto foram assinaladas por violência, incêndios nas ruas e uma forte atuação policial.

“Caso seja promulgado, o Presidente não poderá continuar a governar o país”, declarou Mathilde Panot, responsável do partido da esquerda radical A França Insubmissa (LFI). “A mobilização prossegue mais que nunca e não deixaremos que esta reforma prossiga o seu caminho”, disse, e quando as manifestações, com a participação de centenas de milhares de pessoas desde janeiro, parecem estar a perder o fulgor inicial.

Pelo contrário, o chefe da direita tradicional, Eric Ciotti, apelou a “todas as forças políticas” que “aceitem” a decisão, ao considerar que “a censura de diversos artigos [pelo Conselho] sanciona os erros de método do Governo”. Por sua vez Jordan Bardella, presidente do Reagrupamento Nacional que substituiu Marine Le Pen, lamenta que o Conselho Constitucional não esteja atento “às necessidades” do “povo soberano”. “A luta continua e deve reunir suas forças”, acrescenta também no Twitter.

França tem vivido os últimos meses sob fortes protestos, depois de no início de janeiro o Governo francês ter apresentado nova lei das aposentações que prevê, entre outros aspetos, o aumento dos 62 para os 64 anos da idade de reforma sem penalizações financeiras em França.

(Notícia atualizada)

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