NorteShopping estreia primeiro banco de fraldas reutilizáveis em Portugal

Além de poderem comprar fraldas reutilizáveis, os consumidores têm a possibilidade de realizar a recompra de fraldas usadas.

Foi no NorteShopping que nasceu o primeiro banco de fraldas reutilizáveis do país, indica o centro comercial. Com foco na sustentabilidade e na economia circular, a portuguesa Pico Tango disponibiliza a venda de fraldas reutilizáveis, assim como a recompra, revenda e retoma.

Desde o início do mês que, neste centro comercial de Matosinhos, as famílias podem comprar fraldas reutilizáveis com têxteis com ciclo de vida “provadamente sustentáveis” e cujos fornecedores são maioritariamente portugueses (86%), indica a nota divulgada esta quarta-feira. As fraldas são vendidas num saco de transporte igualmente sustentável.

Neste quiosque, os consumidores têm também a possibilidade de realizar a recompra de fraldas usadas, e devolvidas, em bom estado, de forma rápida e segura.

Segundo a Pico Tango, “todas as fraldas são limpas, higienizadas e são alvo de avaliação para que sejam usadas em segunda mão“. Quem tiver fraldas que já não precise — por exemplo, devido ao desfralde –, pode vender ao banco de fraldas e escolher entre receber o valor de recompra ou tê-lo em crédito. A outra opção é doar a uma instituição social.

A revenda de fraldas usadas em bom estado, de forma segura e simplificada, é outro dos serviços da mesma loja, bem como a retoma deste produto em fim de ciclo de vida — neste caso, a marca assume a responsabilidade pelo desmantelamento dos materiais e por encaminhá-los para upcycling, reciclagem e compostagem junto de parceiros.

“As pequenas ações podem ter um grande impacto não só no orçamento familiar como no planeta (…)” refere Paulo Valentim, diretor do NorteShopping, na nota enviada.

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Ministério da Cultura trabalha para permitir aumentos de 74 euros na Lusa

  • Lusa
  • 12 Abril 2023

Os sindicatos da Lusa disseram que, depois da greve de quatro dias, os trabalhadores da agência "não baixam os braços" e vão debater novas formas de luta.

O ministro da Cultura disse esta quarta-feira, no parlamento, que está a trabalhar com as Finanças para um aumento da indemnização compensatória à Lusa que permita aumentos salariais de 74 euros, valor já recusado pelos trabalhadores, que exigem 100 euros.

Temos estado a trabalhar para a revisão da indemnização compensatória para acomodar um aumento que permita atingir outro valor, é essa a proposta em cima da mesa, aumento de 74 euros de salário bruto para todos os trabalhadores“, afirmou Pedro Adão e Silva, em audição da Comissão parlamentar de Cultura e Comunicação.

Segundo o governante, o aumento de 74 euros é “significativamente melhor” do que o valor inicial proposto pela administração da Lusa, de 35 euros, que disse que era então o acomodável na indemnização compensatória em vigor este ano (13,5 milhões de euros em 2023).

Por isso, acrescentou, é que está a ser estudada uma maior transferência do Estado para a Lusa, para que seja possível um aumento de 74 euros, recusando que uma hipótese seja permitir à agência de notícias ter prejuízos no final do ano.

O ministro da Cultura disse ainda que os aumentos salariais têm em conta a subida da massa salarial de 5,1% este ano que o Governo permite no setor empresarial do Estado, e não os 6,3% de aumento da massa salarial já aceites para a função pública e que esse tema poderá posteriormente ser discutido.

Já depois de a administração da Lusa ter proposto 74 euros de aumentos salariais, os trabalhadores cumpriram quatro dias de greve em 30 e 31 de março e 01 e 02 de abril em reivindicação dos 100 euros. A paralisação teve uma adesão acima de 90% e ‘fechou’ a linha noticiosa da Lusa.

Questionado sobre as críticas dos representantes dos trabalhadores ao seu papel neste dossiê, Adão e Silva afirmou que discorda da afirmação de que as reuniões com a Comissão de Trabalhadores e com os sindicatos foram infrutíferas.

“Se a proposta era 35 euros e passa para 74 euros e pelo meio há reuniões com Comissão de Trabalhadores e sindicatos tenho dificuldade em dizer que as reuniões não serviram para nada”, afirmou.

Sobre a indemnização compensatória da Lusa ser ainda hoje inferior à que existia antes da ‘troika’, Adão e Silva não respondeu diretamente, afirmando, em contrapartida, que essa indemnização era em 2013 de 10,7 milhões de euros e no ano atual é de 13,5 milhões de euros.

O governante disse ainda que, apesar de a agência Lusa estar no setor empresarial do Estado (o Estado tem mais de 50% da Lusa), esta também tem de estar em linha com o setor em que opera e que os salários na agência são, em média, superiores aos do setor. Além disso, afirmou, os trabalhadores da Lusa têm outros benefícios como 25 dias de férias e seguro de saúde.

O Estado deve dar o exemplo, mas neste momento a proposta que está em cima da mesa [74 euros] é melhor do que aquela que conhecemos para grupos de comunicação social privados. A remuneração dos trabalhadores da Lusa quando comparada com as do setor é melhor, não estou a dizer que é bom, gostava imenso de aumentar mais os salários em todas as empresas e entidades que tutelo, mas há um equilíbrio a alcançar entre aumentos e sustentabilidade da empresa”, afirmou.

Esta terça-feira, em comunicado, os sindicatos representativos dos trabalhadores da Lusa disseram que, depois da greve de quatro dias, os trabalhadores da agência “não baixam os braços” e na próxima semana haverá um plenário para debater novas formas de luta para que sejam cumpridos os 100 euros de aumentos salariais reivindicados, que dizem ser equivalente a menos de 10 euros por cada um dos 12 anos sem aumentos.

Os sindicatos SJ, SITESE e SITE recordaram ainda que, na semana passada, a Federação dos Sindicatos da Administração Pública (Fesap) anunciou que afinal o aumento da massa salarial na função pública passará de 5,1% para 6,6% em 2023 (em vez dos 6,3% anteriormente falados) e que o Governo lhe assegurou que haverá um “ajustamento” também para o setor empresarial do Estado.

“Tendo isto em conta, a Lusa deverá ficar com mais margem para cumprir o aumento de apenas 100 euros reivindicado pelos trabalhadores, para fazer face a 12 anos sem aumentos”, referem os sindicatos, que consideram que a “Lusa tem de ser um farol” na valorização salarial, pois “não há jornalismo de qualidade e de referência com trabalhadores maltratados, com baixos salários e em precariedade”.

A Lusa tem cerca de 250 trabalhadores efetivos, aos quais acrescem cerca de 90 jornalistas avençados e à peça.

O Estado é o principal acionista da Lusa, detendo 50,15% do capital da empresa, e, ao abrigo do contrato de serviço público, transfere para a agência cerca de 13,5 milhões de euros por ano.

Os segundos maiores acionistas da Lusa são o grupo Global Media e Páginas Civilizadas, ambas do empresário Marco Galinha, que assim detém um total 45,71%.

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Cluster agroindustrial do Centro organiza missões empresariais virtuais

  • Lusa
  • 12 Abril 2023

Associação do Cluster Agroindustrial do Centro está a organizar missões empresariais virtuais aos mercados francófonos e da Alemanha, com o objetivo de promover a internacionalização das PME do setor.

Com o objetivo de promover a internacionalização das Pequenas e Médias Empresas (PME) nos mercados da Alemanha, França, Bélgica, Suíça e Luxemburgo, a Associação do Cluster Agroindustrial do Centro (InovCluster) está a organizar missões empresariais virtuais.

“As missões virtuais irão agregar a presença de vários importadores e distribuidores dos mercados alvo, assegurando e criando um espaço de contacto para reuniões B2B [de empresa para empresa] entre as PME nacionais e os agentes internacionais”, refere, em comunicado, a InovCluster.

O objetivo é promover a internacionalização das PME do setor para os mercados da Alemanha e países francófonos (França, Bélgica, Suíça e Luxemburgo), sendo um complemento à presença em certames de relevância nestes mercados, através de uma abordagem direta junto de importadores, distribuidores e canal Horeca, com reuniões B2B em formato digital.

As missões virtuais irão agregar a presença de vários importadores e distribuidores dos mercados alvo, assegurando e criando um espaço de contacto para reuniões B2B [de empresa para empresa] entre as PME nacionais e os agentes internacionais.

Associação do Cluster Agroindustrial do Centro (InovCluster)

“As reuniões serão preparadas de forma a assegurar que a agenda de cada empresa está alinhada com a sua estratégia de internacionalização. Para isso, será feito o levantamento e identificação do perfil e objetivos de cada PME e a preparação de materiais de promoção digital”, lê-se na nota.

Segundo o Cluster Agroindustrial do Centro, posteriormente, serão identificados e caracterizados importadores e/ou distribuidores dos mercados alvo, levando à criação do perfil das empresas envolvidas. Após a realização desta identificação são agendadas reuniões de matchmaking entre as PME participantes e importadores e/ou distribuidores interessados.

A InovCluster dividiu estas missões internacionais em quatro fases: levantamento e identificação do perfil e objetivos de internacionalização das PME selecionadas; levantamento e identificação de empresas nos mercados alemão e/ou francófono, com potencial para matchmaking e para participação em reuniões B2B; apoio na preparação de materiais de promoção digital; e organização e realização das missões inversas digitais.

Esta ação promovida pelo Agroindustrial do Centro está inserida no âmbito do Projeto Conjunto de Internacionalização 2021- 2023, sendo que as PME elegíveis a projeto podem beneficiar de apoio financeiro de até 50% do custo total de participação.

A InovCluster, com sede nas instalações do CATAA, em Castelo Branco, tem como objetivo o aumento da competitividade dos sistemas produtivos locais e regional, e procura a afirmação da região Centro de Portugal ao nível nacional e internacional.

Criada em 2009, conta já com 184 associados, dos quais 148 empresas, associações, instituições de ensino superior, instituições de investigação e desenvolvimento (I&D) ligadas ao setor agroindustrial e agroalimentar, e vários municípios da região Centro.

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Consultora de IT Prime Group abre 270 vagas em Portugal até final do ano

Ao todo, o grupo planeia contratar 500 novos colaboradores para os seus 25 escritórios espalhados por toda a Europa.

O Prime Group, grupo de empresas de consultoria de IT e engenharia, planeia contratar 500 profissionais até ao final do ano para reforçar as equipas de gestão, tecnologia e engenharia nos seus 25 escritórios espalhados por toda a Europa. Em Portugal, o grupo planeia abrir 270 vagas, entre as quais para a área tecnológica e gestão de negócios.

“Das 500 vagas em aberto que o grupo terá até final de 2023, 270 são para Portugal e incluem cargos quer para a área tecnológica, como developers (Java, Phyton, React, Angular, .NET, PHP, OutSystems, IOS, Android), DevOps, QA, cybersecurity, scrum masters, project managers, business analysts, product owners, quer na área de gestão de negócios”, detalha a empresa em comunicado.

“Na área de engenharia, existem vagas de consultoria de Engenharia Civil, Engenharia Energética, Arquitetura e Engenharia do Ambiente nos vários escritórios em França”, acrescenta.

Todas as oportunidades podem ser consultadas na página de carreiras do grupo.

“As vagas de emprego das empresas do grupo destacam-se pelas diferentes oportunidades de colaboração e pelas oportunidades de contexto internacional, tanto on-site, como na possibilidade de parcerias com players do mercado internacional em Portugal. Além disso, o grupo distingue-se pelo ambiente de trabalho colaborativo e inovador e pelo
crescimento e progressão na carreira, contando com programas de formação e desenvolvimento pessoal e profissional”, pode ler-se.

O Prime Group já abriu escritórios em Espanha, França, Suíça, Polónia e Reino Unido. O Brasil é também alvo de expansão para o grupo, contando atualmente com equipas especializadas de recrutamento que poderão vir a apoiar a mobilidade de profissionais para o mercado europeu.

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Clube dos Pequenos Acionistas confirmam que não vão vender na OPA sobre a Sonaecom

  • Lusa
  • 12 Abril 2023

Desde que a Sonae anunciou a OPA sobre as ações não detidas da Sonaecom, o Clube dos Pequenos Acionistas tem vindo a reiterar que o preço oferecido "é injustificado" e que "não é de considerar".

A Maxyield – Clube dos Pequenos Acionistas reiterou esta quarta-feira que os 2,50 euros por ação oferecidos pela Sonae na Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre a Sonaecom são um valor “baixo”, aconselhando os seus associados “a não vender”.

“Nestas condições, a Maxyield, registada na CMVM [Comissão do Mercado de Valores Mobiliários] como associação de defesa dos investidores, aconselha os seus associados a não vender as suas ações na situação de OPA, cuja condição de sucesso (obtenção de capital superior a 90%) por ora não se dá por adquirida”, lê-se numa “posição final” divulgada esta quarta-feira em comunicado.

Notando que, “em caso de aquisição potestativa, o valor a receber é mais elevado, pois encontra-se livre de encargos, comissões e impostos, ao contrário da fase da OPA em que são suportados pelo acionista”, a Maxyield sustenta que “o funcionamento do mercado garante a existência de compradores da ação em contexto posterior à Oferta“.

Em 21 de dezembro do ano passado, a Sonae anunciou uma OPA sobre as ações não detidas da Sonaecom, com uma contrapartida de 2,50 euros por ação, sendo que a Maxyield tem vindo desde então a reiterar que o preço oferecido pela Sonae nesta operação “é injustificado” e que “não é de considerar”. “A contrapartida oferecida não é justa nem equitativa, pelo que o preço não é de considerar”, tem vindo a repetir.

Agora, e tendo por base as contas auditadas de 2022 da Sonaecom, divulgadas no passado dia 3, e que “permitem apurar de forma clara o valor patrimonial da companhia”, o Clube dos Pequenos Acionistas sustenta que “o seu património é superior quatro euros por ação”.

“Encontram-se confirmadas todas as posições públicas tomadas pela Maxyield sobre a OPA geral e voluntária da Sonae SGPS sobre a Sonaecom, designadamente o baixo preço da Oferta”, sustenta, considerando que, “com a consolidação da resolução do acordo para social entre os acionistas da ZOPT e detenção de 26,07% do capital da NOS, a Sonae revela capacidade para remunerar a estrutura acionista de forma robusta e sólida”.

Assegurando que “não é contra a OPA, mas contra o baixo preço da Oferta”, a Maxyield afirma que, “ao longo deste processo, não foi dada qualquer explicação pública para a significativa diferença entre o preço da Oferta e o justo valor da Sonaecom” e lamenta que a Sonae não tenha manifestado “abertura para rever as condições da Oferta, tornando mais atrativos os pressupostos da OPA”.

No passado dia 29 de março, o administrador financeiro (CFO) da Sonae, João Dolores, afirmou que o preço da OPA sobre a Sonaecom “não vai mudar” porque “é um preço” que o grupo considera “justo”.

“O preço da OPA não vai mudar. É um preço que consideramos justo e não temos qualquer intenção de o alterar. Acreditamos que esta oferta é uma oportunidade única para os acionistas minoritários venderem as suas ações a um valor substancialmente superior à cotação da ação nos últimos anos e que foi, aliás, validado pela própria CMVM”, adiantou o gestor.

O responsável referiu que “o prémio pago é de 25% face à cotação do último fecho antes do anúncio da OPA e de 33% face à média dos seis meses anteriores”.

Afirmando que “nos três anos” antes da oferta “a ação nunca atingiu este valor”, João Dolores disse que, se não forem atingidos os 90% do capital social, como exigido pela CMVM, “a empresa irá manter-se cotada em bolsa”.

A OPA da Sonae sobre a Sonaecom foi registada pela CMVM em 14 de março, expirando em 14 de abril o prazo para emissão de ordens de venda.

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FMI antecipa “subida acelerada” das dívidas públicas. Portugal entre os mais endividados

FMI estima que nos próximos cinco anos a dívida pública mundial cresça a ritmo muito mais elevado face ao período pré-pandemia. Entre as economias desenvolvidas, Portugal é a sexta mais endividada.

Além de antecipar um abrandamento da economia mundial em 2023 e nos próximos anos, o Fundo Monetário Internacional (FMI) projeta uma economia mundial cada vez mais endividada.

Segundo as últimas estimativas do FMI presentes no relatório “Fiscal Monitor”, apresentado esta quarta-feira, em 2028 a dívida pública mundial será, pela primeira vez, superior à riqueza criada no mundo.

Para Portugal esse cenário não é uma novidade. Desde 2010 que a dívida pública é superior ao PIB e, segundo estimativas do FMI, assim continuará até, pelo menos, 2026. Para este ano, depois de em 2022 ter fechado com um rácio de 113,9%, o Fundo prevê que Portugal registe uma dívida pública equivalente a 112,4% do PIB, cerca de 22,6 pontos percentuais acima da média da Zona Euro (89,8%).

Grupo dos mais endividados

Entre as economias mais desenvolvidas do mundo, o FMI coloca Portugal como o sexto país mais endividados do mundo em 2023.

 

Depois de em 2021 e 2022 o rácio da dívida pública face ao PIB ter caído em grande parte dos países, após a pandemia ter atirado o nível de endividamento dos países para máximos históricos, o FMI estima que os “rácios da dívida voltem a subir em 2023 e continuem a aumentar em cerca de 1,25 pontos percentuais por ano, a médio prazo, até 2028”, refere Vítor Gaspar, diretor do Departamento de Finanças Públicas do FMI desde 2014.

No decorrer da conferência de imprensa realizada esta quarta-feira, no seguimento da apresentação do relatório “Fiscal Monitor”, o ex-ministro da Finanças sublinha que a dívida pública mundial deverá crescer a um nível mais acelerado do que antes da pandemia, que culminará em 2028 com uma dívida pública global “equivalente a cerca de 100% do PIB”.

Vítor Gaspar deu como exemplo os EUA, que deverão registar um aumento de cerca de 2,8 pontos percentuais por ano no rácio da dívida pública face ao PIB, entre 2023 a 2028. “Um ritmo duas vezes mais elevado do que antes da pandemia”, chegando a 2028 com um rácio de 135%, “ultrapassando o pico que atingiu durante a pandemia”.

Vítor Gaspar salienta também a evolução da dívida pública da China. Segundo as previsões do FMI, deverá atingir um valor equivalente a 105% do PIB em 2028 como consequência de um aumento anual médio de 4,5 pontos percentuais por ano no rácio da dívida pública face ao PIB.

No entanto, o diretor do FMI salienta que “excluindo os EUA e a China, os rácios da dívida pública no resto do mundo deverão cair, se bem que lentamente, entre 2023 e 2028“.

Uma crise soberana em países desenvolvidos pode acontecer, como aconteceu em 2010-2013 e, por isso, é importante estar alerta com as movimentações nos mercados financeiros.

Vítor Gaspar

Diretor do FMI

Num ambiente marcado por uma subida das taxas de juro, a contínua subida da dívida pública no mundo “torna a gestão da dívida mais complicada” e com um potencial “maior turbulência financeira dos países”, sublinha Vítor Gaspar.

No entanto, Vítor Gaspar afasta uma crise sobre a dívida soberana nos países desenvolvidos, notando que a probabilidade de isso acontecer é “muito baixa”. No entanto, o diretor do FMI salienta que “uma crise soberana em países desenvolvidos pode acontecer, como aconteceu em 2010-2013 e, por isso, é importante estar alerta com as movimentações nos mercados financeiros”.

Vítor Gaspar recorda que há seis meses “estávamos a discutir algumas turbulências no mercado dos títulos de dívida do Reino Unido (Gilts)” e que, em função disso, “claramente o risco [de uma crise da dívida] existe e tem de ser avaliado e evitado ao máximo”.

E, concluiu Vítor Gaspar, parte da tarefa para evitar tensão no mercado da dívida e reduzir o risco de uma nova crise soberana passa por um “reequilíbrio das finanças públicas” por parte dos países, nomeadamente no campo orçamental.

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Landing.jobs quer ajudar empresas a “aterrar suavemente” em Portugal

Nova unidade de negócio quer ajudar empresas estrangeiras, de qualquer setor, a instalar-se no país, prestando serviços que vão desde à criação da empresa à gestão de salários e vistos.

A Landing.jobs quer ajudar empresas estrangeiras a instalarem-se em Portugal e acaba de lançar a Softlanding. A nova unidade de negócio surge três meses depois de a recrutadora especializada na área tecnológica ter adquirido a LisbonTechGuide.

“A Softlanding surge da aquisição no início de 2023 da Lisbon Tech Guide pela Landing.Jobs, e das sinergias que daí surgiram. Portugal é cada vez mais um destino de eleição para empresas internacionais, e o objetivo da Softlanding é garantir que estas empresas ‘aterrem suavemente’ no nosso país”, diz José Paiva, CEO Landing.Jobs e da Softlanding.

“Os principais diferenciadores da Softlanding são disponibilizarmos um leque completo de serviços chave na mão de gestão de empresa e recursos humanos que cobre todas as necessidades dos nossos clientes, e agirmos não como fornecedor de serviços mas como verdadeiro parceiro das empresas que escolhem o nosso país para crescer, partilhando risco e resultados”, continua o gestor, citado em comunicado.

Um número crescente de empresas estrangeiras tem vindo a escolher Portugal para instalar as suas operações, atraídos pela disponibilidade de talento e localização. “Lisboa, em particular, tem emergido como um centro tecnológico na Europa, com um número crescente de startups e empresas de tecnologia a estabelecerem-se na cidade”, destaca a Landing.Jobs, que, com um conjunto de 40 parceiros públicos e privados, cofundou o Portugal Tech Hub de modo a promover o destino Portugal junto do mercado empresarial incentivando a atração de empresas e talento ao país.

A nova unidade de negócio da Landing.jobs visa, assim, responder a essa potencial procura. A Softlanding pretender ser “um parceiro preferencial para empresas que queiram aproveitar as oportunidades disponíveis em Portugal, qualquer que seja o seu setor de atuação.”

Criação de empresa, gestão de salários e processos de recursos humanos, recrutamento, vistos e realocações, employer or record (EOR), professional employer organisation (PEO) e serviços de apoio a profissionais (obtenção de estatuto residente não habitual, NIF e NISS português, etc.) são os serviços prestados pela nova unidade.

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Inflação nos Estados Unidos abranda para 5% em março

A taxa de inflação homóloga nos Estados Unidos terá abrandado para 5% em março, abaixo dos 6% registados em fevereiro e o ritmo mais baixo desde maio de 2021.

A taxa de inflação homóloga nos Estados Unidos terá abrandado para 5% em março, abaixo dos 6% registados em fevereiro e o ritmo mais baixo desde maio de 2021, de acordo com os dados divulgados esta quarta-feira Departamento do Trabalho norte-americano.

Estes dados ficaram abaixo do esperado pelos analistas consultados pela Reuters, que estimavam que a taxa de inflação homóloga nos EUA abrandasse para 5,2% em março em termos homólogos e subisse 0,2% face a fevereiro.

Já na comparação mensal, o índice de preços no consumidor (IPC) ficou nos 0,1%, face ao registado no mês anterior e depois de se ter fixado em 0,4% em fevereiro.

No entanto, a inflação subjacente, que exclui os preços da energia e da alimentação, abrandou para 5,6% na comparação homóloga, tendo-se situado nos 0,4% na comparação mensal.

(Notícia corrigida às 18h28)

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Espólio do Instituto do Vinho do Porto vai ser preservado

  • Lusa
  • 12 Abril 2023

O Museu do Douro vai salvaguardar, restaurar e divulgar o património móvel do Instituto do Vinho do Douro, criado há 90 anos, que ajuda a conhecer a história da região demarcada.

O Museu do Douro vai salvaguardar, restaurar e divulgar o património móvel do Instituto do Vinho do Douro (IVPD), criado há 90 anos, que ajuda a conhecer a história da região demarcada, segundo foi divulgado.

Na segunda-feira foram assinalados os 90 anos da criação do Instituto do Vinho do Porto que, em 2003, passou a designar-se Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP). O presidente do IVDP, Gilberto Igrejas, disse esta quarta-feira que foi estabelecida uma parceria com o Museu do Douro com vista à preservação do património do instituto público, para que “as gerações futuras possam vir a usufruir de toda esta importante coleção que o IVP” acumulou desde a sua criação.

No âmbito do protocolo assinado com a Fundação Museu do Douro, o património móvel do IVP (1933 – 2003) passou para a unidade museológica, que tem sede no Peso da Régua, distrito de Vila Real, que o irá estudar, salvaguardar, preservar e, depois, divulgar e o mostrar ao público.

“Está assegurada a preservação, que era a parte mais importante e tínhamos todos uma obrigação nessa matéria”, salientou Gilberto Igrejas. E são, segundo o responsável, “várias dezenas de milhares de itens” entre documentos, manuais criados pelo instituto, fotografias, zincografias, moldes, moedas, rótulos, instrumentos de laboratório; material este que se encontrava nas instalações do organismo, a grande maioria na delegação do Porto.

O espólio inclui ainda as fotografias da coleção Alvão, que revelam a dureza da Região Demarcada do Douro e a forma como se plantaram as vinhas, como se ergueram os muros ou se carregavam os grandes cestos cheios de uvas pelos socalcos. “Inclui, inclusive, a primeira ata da criação do IVP”, destacou.

Estes são, para Gilberto Igrejas, “documentos muito importantes para as gerações futuras perceberem a história da Região Demarcada do Douro e como o instituto teve um papel crucial nesta harmonização da região e que continua hoje como IVDP”.

“Uma história marcada pela defesa da qualidade e da autenticidade dos vinhos do Douro e do Porto”, sustentou.

No âmbito do projeto de salvaguarda do património móvel do IVP vai ser editado um livro que, segundo o responsável, “dê testemunho real das peças” que, agora, estão no Museu do Douro. Posteriormente, este património será também exposto.

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Novo parque logístico na Azambuja cria mais 350 empregos

Novo parque logístico representa investimento de 100 milhões e vai criar 350 postos de trabalho diretos. É o primeiro investimento em Portugal da marca do grupo Aquila Capital.

O complexo logístico Rainha Green Logistics Park, localizado na Azambuja, está pronto a ser ocupado. Representou um investimento de cerca de 100 milhões de euros e vai criar 350 postos de trabalho diretos. Na fase de construção empregou cerca de 300 pessoas.

Composto por dois edifícios, este parque conta com uma área total de 178 mil metros quadrados. É o primeiro investimento em Portugal da Greeen Logistics, marca de logística do grupo alemão Aquila Capital.

Para Jens Hoeper, responsável da área de gestão de investimento em logística na Aquila Capital, a entrega deste complexo “representa um marco muito importante para a Green Logistics e consolida o primeiro de muitos projetos da Green Logistics neste país”.

Ambos os edifícios já estão alugados, sendo que o primeiro inquilino do complexo Rainha Green Logistics Park é a MC, empresa de retalho alimentar que pertence ao universo Sonae.

O parque logístico incorpora recursos sustentáveis, nomeadamente uma bacia de retenção de água, que promove a drenagem natural da água da chuva, sem necessidade de ligação à rede pública, carregadores para veículos elétricos e um parque para bicicletas e painéis fotovoltaicos.

“Este é um projeto de referência na área da logística sustentável, com uma grande preocupação com a sustentabilidade ambiental e o território, e não poderíamos ter começado de melhor forma em Portugal”, afirma o responsável da área de gestão de investimento em logística na Aquila Capital.

Além disso, o complexo acolhe o maior armazém frigorífico individual em Portugal, de aproximadamente oito mil metros quadrados, concebido para minimizar as cargas térmicas e potenciar a eficiência energética.

Os trabalhos de urbanização desenvolvidos no âmbito do projeto, entregues ao município da Azambuja, incluem um parque de estacionamento com capacidade para 343 veículos ligeiros e 51 veículos pesados, o prolongamento da estrada de acesso existente, uma nova estrada de acesso e um acesso pedonal direto à estação ferroviária de Vila Nova da Rainha.

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Lula da Silva discursa no Parlamento a 25 de abril antes da sessão comemorativa

  • Lusa
  • 12 Abril 2023

A sessão de boas-vindas ao Presidente brasileiro Lula da Silva na Assembleia da República vai decorrer no dia 25 de Abril, às 10h00, antes da sessão solene comemorativa da revolução.

A sessão de boas-vindas ao Presidente brasileiro Lula da Silva na Assembleia da República vai decorrer no dia 25 de Abril, às 10h00, antes da sessão solene comemorativa da revolução.

A sessão solene de boas-vindas a Lula da Silva tem início marcado para as 10h00 e contará com intervenções do presidente do Brasil e do presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva. De seguida, está previsto um momento para apresentação de cumprimentos.

Estas informações foram transmitidas aos jornalistas pela deputada Maria da Luz Rosinha (PS) no final da reunião da conferência de líderes. Já a tradicional sessão solene comemorativa do 25 de Abril vai arrancar às 11:30.

De acordo com a porta-voz da conferência de líderes, Augusto Santos Silva endereçou um convite para que o Presidente brasileiro “possa assistir à sessão do 25 de Abril”, mas “ainda não veio a resposta”.

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pbbr conta com cinco novos sócios

Gonçalo Mendes Martins, Inês Carrilho, Inês Oom de Sacadura, Marco Pereira Cardoso e Mário Silva Costa são os novos sócios da pbbr.

A sociedade de advogados pbbr promoveu recentemente cinco advogados a sócios. Gonçalo Mendes Martins, de Corporate/M&A, Inês Carrilho, de Imobiliário, Inês Oom de Sacadura, de Laboral, Marco Pereira Cardoso, de Corporate/M&A e Bancário/Financeiro, e Mário Silva Costa, de Fiscal, são os novos sócios.

“Estas promoções representam o reconhecimento das qualidades profissionais e pessoais dos novos sócios, bem como do compromisso destes para com a cultura e valores da pbbr”, refere o sócio Pedro Pinto.

Em comunicado, o advogado assegura que acolheram os novos sócios com “muita esperança no contributo que podem dar para o crescimento da sociedade, num contexto de abertura geracional que nos cabe estimular”.

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