Combustíveis vão ficar mais caros. Gasolina e gasóleo sobem 1,5 cêntimos na próxima semana
Para a semana, quando for abastecer, deverá passar a pagar 1,440 euros por litro no gasóleo simples e 1,652 euros por litro na gasolina simples 95.
Os preços dos combustíveis vão voltar a subir na próxima semana, por isso não espere por segunda-feira para atestar o seu veículo. Tanto o gasóleo, o combustível mais usado em Portugal, como a gasolina devem aumentar 1,5 cêntimos, avançou ao ECO fonte do setor.
A partir desta segunda-feira, quando for abastecer, deverá passar a pagar 1,440 euros por litro no gasóleo simples e 1,652 euros por litro na gasolina simples 95, tendo em conta os valores médios praticados nas bombas à segunda-feira, divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG).
Estes preços já têm em conta os descontos aplicados pelas gasolineiras e a revisão das medidas fiscais temporárias para ajudar a mitigar o aumento do preço dos combustíveis. Até ao final deste mês, “a redução da carga fiscal passará a ser de 30 cêntimos por litro de gasóleo e de 31,6 cêntimos por litro de gasolina em maio”. Ou seja, uma redução de 2,8 cêntimos no caso do gasóleo e de 2,4 cêntimos na gasolina.
Os preços podem ainda sofrer alterações para ter em conta o fecho das cotações do petróleo brent esta sexta-feira e o comportamento do mercado cambial. Mas também porque os preços finais resultam da média dos valores praticados por todas as gasolineiras. E é de recordar que os preços cobrados ao consumidor final podem variar consoante o posto de abastecimento.
Este agravamento dos preços dos combustíveis surge depois de uma subida de dois cêntimos no gasóleo e de 2,4 cêntimos na gasolina esta semana. Subidas inferiores à expectativa do mercado que apontava para uma subida de três cêntimos no gasóleo e 3,5 cêntimos na gasolina e que interromperam duas semanas consecutivas de descidas.
Os preços do brent sobem ligeiramente (0,66%) esta sexta-feira para os 76,36 dólares por barril, mas caminham para uma subida semanal de 3%, interrompendo quatro semanas consecutivas de quedas. “O petróleo continua a ter um comportamento flutuante perante sinais mistos”, explica a nota de research do ANZ, citada pelo Wall Street Journal.
O banco sublinha que a procura fraca nos Estados Unidos, com a gasolina ainda sem revelar a retoma associada às viagens de verão, contrasta com as viagens aéreas na China que regressam aos níveis pré-pandemia. “A procura de crude por parte da China atingiu um nível recorde de 14,5 milhões de barris por dia, respondendo assim por 50% da procura global de petróleo”, diz a mesma nota.
Por outro lado, também pesa positivamente nos mercados o otimismo dos investidores que esperam que seja evitado um default dos EUA, numa altura em que decorrem as negociações sobre os limites ao teto da dívida.
Evolução do preço do Brent em Londres
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